SEGUNDA-FEIRA...
MUDOU A HORA...
RECOMEÇARAM AS AULAS...
HHAAAAAAAAA!

FREE TIBET


Sei que em diversas partes do planeta ocorrem, neste mesmíssimo momento, cenários de violência e sofrimento que talvez se possam classificar como sendo mais graves do que o que está a ocorrer no Tibete. Aceito, nem discuto. No entanto o que se está a passar no Tibete, com os monges e monjas, com um povo que foi ocupado, sem qualquer tentativa de justificação por parte da China (que traía um "acordo" assinado sob sérias e credíveis ameaças), e que tem vindo a resistir tão pacificamente quanto é humanamente possível fazê-lo, está a afectar-me ao ponto de me angustiar muito para além das imagens, das notícias (e falta delas), da constatação.


Sei que os monges são pessoas, são seres humanos como os outros, mas desde tenra idade são educados e treinados pela aplicação de várias técnicas, na estrita observância da tolerância, da compaixão, do pacifismo, da noção de carma e da sua relação causa/efeito.
Quando os monges "perdem a cabeça" que esperança resta ao mundo? É de ir ás lágrimas, é um sufoco.


Desde o início dos protestos que tenho buscado notícias, fotografias e vídeos "extra-noticiários" na net, com alguns resultados mas absolutamente aquém de satisfatórios, todos sabemos por quê.


Hoje cheguei ao ponto: não consigo, ou não quero, ficar quieta. Obviamente que tenho a noção de que as minhas míseras acções não alteram coisa alguma - se contribuírem para alterar, um bocadinho, o meu "estado de Alma" , e, quem sabe, o meu carma, já (me) ajuda. Também acredito que a consciência colectiva, tem o seu peso pesado no desenrolar dos acontecimentos, assim como não é passivo o acto de observar - não é romantismo, é física quântica.



O que encontrei de mais relevante?



  • Há uma "Playlist" no YouTube que é colocada pela Euronews onde se encontram os vídeos, e outras imagens, da rubrica "no comment" (no comment tv para as buscas) inteiramente dedicada aos acontecimentos no Tibete ou ligados à "Libertação do Tibete". Fica o Link:

  • http://www.youtube.com/view_play_list?p=A4FBC279F5F9FB26

  • Há uma Petição, para aprovação pela Assembleia da República, de uma moção que condena a violação dos Direitos Humanos e pela Liberdade Política e Religiosa no Tibete. Fica o Link:

  • http://www.petitiononline.com/Tibete08/petition.html

  • Há uma página da Casa do Tibete que tem como "fachada" uma lista de "sites" (de links) de interesse para obter informações e fazer pesquisa, inclusive duas ligações ao "Governo Tibetano no Exílio". Fica o Link:

  • http://www.inforquali.pt/casatibete/links.php






Por último, deixo abaixo um dos vídeos que mais me tocou.Encontrei-o no You Tube fazendo a busca por "Free Tibet"; há vários que merecem ser vistos, em especial os de depoimentos. Este foi feito em Setembro de 2006 e mostra a chegada à fronteira do Tibete, pelo alto dos Himalaias, do Lama Khamtrul Rinpoche. Duração: 3.03 min.




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Em 1950, o Partido Comunista chinês tomou conta da China. Tropas comunistas invadiram a cidade de Chamdo, localizada na fronteira oriental (leste) do Tibete. Em pouco tempo, as tropas chinesas tomaram a sede do governo local. No dia 11 de Novembro de 1950, o governo tibetano manifestou-se contra a agressão chinesa na Organização das Nações Unidas (ONU). Mas a Assembleia Geral da ONU adiou a discussão do problema.
Em 17 de Novembro de 1950, o 14º Dalai Lama assumiu a posição de Chefe de Estado do Tibete. O líder dos tibetanos tinha 16 anos de idade quando assumiu a liderança política e espiritual de seu país.


A 23 de Maio de 1951, uma delegação tibetana foi a Pequim para negociar a situação do Tibete. O governo chinês ameaçou invadir o Tibete de forma mais agressiva, caso a delegação tibetana se recusasse a assinar um acordo. O tratado estabelecia que o Tibete seria uma região autónoma da China sob o domínio tradicional do Dalai Lama. Na prática, o Tibete permanecia sob o controle da Comissão Comunista da China.
Em Setembro de 1951, o Tibete foi tomado pelas forças comunistas de Mao Zedong A ocupação chinesa do Tibete foi marcada pela destruição sistemática de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa. Ao governar o Tibete, as autoridades chinesas comunistas introduziram reformas agrárias e reduziram significantemente o poder das ordens dos mosteiros, apesar da forte oposição do povo tibetano.
Os tibetanos revoltaram-se frequentemente contra a presença de forças chinesas em seu país. A 10 de Março de 1959, organizaram uma grande revolta contra a China. Neste Levantamento Nacional Tibetano, ocorrido em Lhasa, a resistência nacional contra a China atingiu seu auge mas a reacção chinesa foi violenta: milhares de tibetanos foram mortos, aprisionados ou exilados.


Temendo pela sua sobrevivência, e pela do budismo tibetano, o Dalai Lama foi diversas vezes aconselhado a deixar o Tibete, acabando por sair de Lhasa a 17 de Março de 1959 fugindo para a Índia através dos Himalaias.



“Sou um adepto fervoroso da doutrina da não violência, que foi ensinada pela primeira vez pelo Buda, sendo depois praticada pelo santo e líder Mahatma Gandhi”
S.S. o Dalai Lama

http://www.dalailama.com/

PARA O LUIS RICARDO

COMO PROMETIDO AQUI FICA UMA PRENDA NO BLOG.
DO POCOYO PARA O PIRILI
E BEIJINHOS DA MÃE


2001 A Space Odyssey Orbital

A MÚSICA NÃO É A ORIGINAL, O QUE É PENA, MAS TEM UM CHEIRO DAQUELA GENIAL SEQUENCIA FINAL, AQUELE ESPANTOSO "OLHAR" INFINITO, QUE UNE O FIM AO PRINCIPIO E QUE É O "MEU" SIMBOLO DO MARAVILHAMENTO, A ESSÊNCIA DE ARTHUR C. CLARKE

ARTHUR C. CLARKE



ARTHUR C. CLARKE, COM 90 ANOS, FALECEU HOJE, DIA 19 (HORA LOCAL) NO SRI LANKA ONDE VIVEU DESDE 1956


TENHO-O COMO UM DOS HOMENS MAIS INFLUENTES DA "ERA ESPACIAL", UM DOS SERES HUMANOS MAIS AVANÇADOS RELATIVAMENTE À SUA ÉPOCA QUE A TERRA CONHECEU.


CHEGOU O DIA DA SUA VIAGEM ÀS ESTRELAS, ESTOU CERTA DE QUE O SAUDARÃO




VALE, MESMO, O TEMPO DE EXPLORAR O SITE DA FUNDAÇÃO

OUTRA INFORMAÇÃO BEM TRABALHADA EM YAHOO.COM NEWS

A PROPÓSITO DE PRIMAVERA...


"Só tirando o velho sobra espaço para o novo"

Se alguém duvidar da verdade encerrada pelo princípio entrópico bastará observar umas fotos diárias do desenvolvimento da entropia doméstica para fazer a sua verificação científica. O Caos é sorrateiro e desenvolve-se exponencialmente. Um a semana de preguiça, cansaço ou de um estado menos alerta e zás, a desorganização selvagem transforma qualquer doce lar numa selva de tralha e trapos
Como se isto não chegasse acresce que todos temos caixas e gavetas com objectos, fotos e papeis, recordações. Viver deixa rastros e arrastamos connosco, de uma casa para outra, caixas com marcas de quem fomos, e de quem nos tornamos, como testemunhos da nossa história.

E começam os acúmulos. Ninguém está a salvo da desorganização, é rápida e silenciosa, entranha-se sem que nos apercebamos. De vez em quando há que tomar medidas drásticas a fim de evitar a absoluta necessidade do uso de uma catana.
A Primavera tem vindo a ser, por tradição desde os tempos das nossas avozinhas, a época eleita para deitar braços a essas filosóficas tarefas
Como não sou grande fã destas actividades (só dos resultados) fiz uma pesquisa na net e recolhi algumas sugestões francamente úteis. Embora não faça bem o meu género achei que seria um acto de grande generosidade retoca-las e partilha-las com o meu povo.

Aqui ficam e não me gozem.


Para começar

- Conserte ou deite fora tudo aquilo que estiver partido ou rasgado o mais rápido possível.
Não guarde coisas muito desgastadas pelo o uso e que continuam ali entulhadas ocupando espaço
- Nos armários, inicie a organização retirando as roupas e acessórios que não usa
- Guarde coisas semelhantes juntas: arrume roupas no armário de acordo com a cor e fique só com as que realmente utiliza. - Na cozinha e casa de banho a regra é a mesma: cada coisa no lugar certo e se ainda não tem um lugar certo invente-o, assim não perde tempo quando procurar algo.
- Não adie a arrumação, limpeza e organização, transferindo a angústia para o futuro.
- Não junte tralhas nos cantos e nas gavetas, coisas que não servem para nada – folhetos velhos de propaganda, canetas e lápis que não escrevem e mais cem mil coisas que “ficam para a próxima”. Deite fora num arremesso de coragem
Método das três caixas: guardar, deitar fora e doar.
Coloque as três caixas (ou sacos) num local que lhe dê jeito. Ponha tudo o que está fora do sítio numa das três caixas. Quando acabar, a do lixo vai obviamente para o lixo, a de doações vai para o carro para ser levada
Não retire para fora coisas que não possa resolver no prazo de 1 hora.
Prepare-se para 1h de cada vez, quantas vezes quiser – assim quanto o cansaço vencer não ficará com um monte de coisas por fazer, o que desmotiva qualquer mortal

Caixas de entrada

Pode ter duas caixas de entrada – uma para a casa e uma para o trabalho.
Os papéis chegam à sua escrivaninha e aterram em um sem número de lugares. Recados de telefone, anotações e o infindável correio…
Tenha uma caixa de entrada para toda essa papelada. Uma vez por dia (ou uma vez por semana ou qualquer outra periodicidade que se adeqúe a si), processe a caixa de entrada para esvazia-la. Pegue cada item da caixa de entrada e decida que fazer com ele imediatamente: rasgue, delegue, arquive, ponha na sua lista de afazeres, ou faça agora. Não deixe essas decisões para depois. P/ EX. - Sexta-feira é dia de deitar papel fora.

A maior parte de pessoas tem um hábito de colocar coisas ou papeis sobre a mesa ou na escrivaninha com a intenção “de guardá-lo depois”. Bem, é assim que as coisas começam a ficar confusas e desorganizadas. Em vez disso, guarde agora. Só vai lhe tomar alguns segundos, e este hábito o ajudará muito na limpeza e organização depois. Quando se aperceber de que está a deixar alguma coisa para guardar depois, faça um esforçozinho e guarde logo. Em pouco tempo, essa atitude será natural.

- Limpe consoante vai usando. Explicando com um exemplo: lave os pratos após usá-los ou coloque-os na máquina, e aproveite para secar o lava loiças – se deixar a louça acumular, a tarefa vai ficando mais intimidante e até mesmo mais difícil. Dividir para conquistar é um princípio que vale até mesmo para a organização doméstica!

- Organize devagar. Comece por gavetas e armários; depois escolha uma divisão da casa, faça tudo ao seu ritmo e observe as mudanças acontecendo na sua vida, será motivador. Mas não esqueça: Não tire para fora coisas que não possa resolver no prazo de 1 hora.

Se a Sala de TV é onde a família se reúne e onde o nível de desorganização cresce a cada dia, com brinquedos para todos os lados, casacos, cadernos escolares, laptops, sapatos, etc. procure usar o seguinte truque: informe às crianças que a TV não será ligada até que todos os itens estejam em seus devidos lugares: brinquedos na caixa de brinquedos, roupas penduradas no armário, cadernos no quarto, sapatos na sapateira. Sem choro nem vela. Depois de alguns dias de reclamação, essa regra vai funcionar como um passe de magia e logo o “cenário de guerra” acaba. Pense nisso!

Onde está o controlo remoto? Perdido entre as almofadas do sofá? Enfiado na caixa de brinquedos? Está na hora de começar o seu programa preferido e a família inteira anda à procura do controlo...uma ideia é usar uma tira de velcro e prendê-lo num só lugar. Se na sua casa há vários controlos coloque uma pequena caixa sem tampa ou cesto num sítio acessível para todos os controles. O último que usar a TV é responsável por colocá-lo lá. Fim de papo!

Roupas – assim que mudar de roupa tome providências: a que usou vai pendurada para arejar ou vai para o cesto – nada de roupa em cima dos móveis, na sala ou no chão da casa de banho. Essa regra serve para as crianças também! Ajude-as no princípio mas depois delegue a tarefa!
A ideia é aliviar e não sobrecarregarDeixe a roupa que vai usar no dia seguinte separada. A das crianças também. Poupará minutos preciosos, e algum stress, em frente ao guarda-roupa buscando o que vestir logo cedo. Se o clima mudar, o mais que poderá acontecer é mudar uma peça.

Aqui ficam meia dúzia de sugestões para maior efectividade na organização da casa, aplicáveis do menor apartamento de solteiro até a maior casa de família

1. Tenha lugares certos para os objectos que você usa regularmente

Não importa se é só você que o usa ou se é compartilhado: não há por que não saber onde está o carregador do telemóvel! Deixe-o sempre na mesma tomada, ou junto a ela, com o cabo bem fixado, se quiser escondido atrás de um móvel

Na mesma linha, que tal ter um chaveiro bonitinho, bem visível e acessível para as chaves de uso não diário, réplicas, ou, em alternativa, numa gaveta com pequenas divisórias.

Quanto às chaves de uso diário, pare de se perguntar todas as manhãs – onde pus as chaves? – arranje uma bandeja, uma pequena caixa ou gaveta para as colocar assim que entra em casa; também serve para os malfadados óculos escuros que teimam em se esconder

E o guarda-chuva – já parou para pensar o quanto é prático ter um gancho ou cabide para deixá-los pendurados na lavandaria?
A cada vez que quer enviaruma carta tem de procurar pela casa os envelopes, os selos e o carimbo de remetente? Solução? Estes 3 itens são usados sempre em conjunto: tenha-os sempre juntos num sítio definido.


Quando que falta a electricidade... vale a pena ter a tranquilidade de saber onde está a lanterna, ou as velas (com fósforos ou um isqueiro que não saia dali, senão não adianta). Uma boa compra é uma daquelar lampadar de emergência que acendem quando há corte de corrente, desde que esteja sempre ligada e garregada, claro.

2. Tire do caminho o que raramente usa

As panelas de fondue, a panela de pressão, são coisas que se usam pouquíssimo. Faz sentido mantê-las num sítio da cozinha que ocupa o espaço de coisas de uso frequente? Não faz, claro. Arranje uma boa caixa de plástico com tampa hermética e guarde as panelas uma dentro da outra num local que possa não ser muito acessível mas que não lhe causará incómodo digno de nota – em cima de um armário ou numa prateleira alta.
Esta fórmula é válida para qualquer tipo de utensílio de uso raro, na cozinha ou fora dela, obviamente. Coloquei na estante também um pote opaco para guardar as moedas que insistem em estar no meu bolso quando eu chego em casa, e a cada vez que o pote enche, faço uma doação das moedas para alguma instituição aqui de perto.

3. Coloque no seu caminho o que não pode esquecer

É prático e útil ter uma bandeja de saída
perto da porta de casa (bem visível) para deixar qualquer coisa que precise ver quando sair – uma conta para pagar, um relatório que preciso levar para o trabalho, uma prenda para dar nesse dia, etc.
Para ajudar a que a verificação da bandeja não seja, por sua vez, esquecida, para que se torne num hábito, o melhor é coloca-la junto ao lugar das chaves ou do telemóvel.
Algumas pessoas colocam um quadro de avisos e lembretes perto da porta, mas qualquer zona de passagem obrigatória funciona.

4.Objectos estratégicos: não concentre, espalhe

Há objectos que se usam por todo o lado em casa: tesoura, óculos, caneta e papel, isqueiro e sei lá mais o quê. Considere a hipótese de te vários espalhados pela casa onde lhe fazem falta. Embora minha caixa de ferramentas fique guardada num sítio específico, frequentemente não muito “à mão”, pode-se ter um alicate universal e uma chave de parafusos, que resolvem uns 80% dos problemas corriqueiros num local prático como uma gaveta da escrivaninha ou coisa parecida.

5. Coloque cestos de lixo perto dos locais onde o lixo é produzido

Se o arquivo fica mais perto do que o cesto de lixo, vai perceber que arquivará vários papéis que poderiam ir para o lixo. Tenha um cesto perto de onde abre sua correspondência.

6. Estruture seus arquivos pessoais

Toda a gente tem contas pagas, (sim, e para pagar...) recibos, notas fiscais, receitas, garantias, manuais de instruções e outros papéis que raramente são necessários – mas quando precisa deles, é preciso despender uma boa dose de calma e esforço até encontrá-los.
Faça dossiers pequenos e específicos. São mais fáceis de manipular do que um grande com vários separadores, resistem melhor à preguiça.
Arranje caixas de arquivo para os manuais que mereçam ser guardados, e para quantas outras tralhas de que não consiga separar-se.


UM FELIZ E FÉRTIL EQUINÓCIO

PS - Equinócio da Primavera 2008
........20 de Março às 5h48m
........Fonte:Observatório Astronómico de Lisboa
Rei ou Presidente?
10 de Março de 2008

República ou Monarquia?
Paulo Teixeira Pinto, presidente da Causa Real, enfrenta António Reis, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.
Ética republicana ou ideais monárquicos? O que divide hoje os dois regimes? As experiências europeias…Fundamentos e valores políticos…Paulo Teixeira Pinto, Gonçalo Ribeiro Telles, António Reis, Medeiros Ferreira e um conjunto alargado de personalidades monárquicas e republicanas


Não é meu intuito escrever um “artigo de opinião” sobre o que ontem à noite foi dito no “Prós e Contras” que teve por mote “Rei ou Presidente?”.
Primeiro porque opiniões há muitas e não me apetece armar-me em palerma com tiques de doutrinária do povo que me lê (Huauu! Esta foi fixe). Parto do terráqueo princípio de que cada um saberá muito bem o que pensar das coisas. Quanto a discuti-las, isso sim, mas não é aqui nem assim. Para se conversar é necessário, pelo menos, um interlocutor, mais ainda quando se discutem ideias oponíveis. Pretendo apenas deixar um brevíssimo comentário ao que, contas feitas, me ficou do programa.

Ficou mais mas não me parece particularmente proveitoso fazer o rol do que penso sobre que disseram os vários intervenientes, quem quis ouviu ou pode ainda ouvir.
“De passagem” posso dizer que o monárquico Luís Coimbra me surpreendeu, pela positiva. Há largos anos que não o ouvia tão racional.
Também o republicano António Costa Pinto esteve francamente bem; não concordo com tudo o que disse mas foi inteligente, mostrou-se sensível a muito disparate que por aí esteve pelo centenário do regicídio, lógico.
Elegi como “Bronco da Noite” o Daniel Oliveira, não por ser republicano, e deixa-o lá estar, mas por ser bronco; ele acha fútil o parlamento discutir uma coisa que se passou há 100 anos... E porquê? “Porque no parlamento só se discute política. No parlamento só se fazem propostas de pesar, sobre qualquer coisa, por causa da política presente, ninguém no parlamento faz propostas de pesar sobre outra coisa que não seja a política do momento. Isto é assim, pode ser bom, pode ser mau mas é assim” . Aí está um bom argumento! Isto tendo começado a sua elucidativa intervenção dizendo que Portugal teve de olhar para os 48 anos de ditadura, foi obrigado a isso, teve de construir a partir d’aí” (SIC) Daí, segundo Daniel, a futilidade...Hum !
Gostei francamente de ouvir o António Sousa Cardoso dizer, a propósito da derrota eleitoral sofrida pelo Partido Republicano com 7% dos votos: “Há uma coisa que eu garanto aqui, é que os monárquicos portugueses não restaurarão a monarquia através de uma revolução violenta como os republicanos o fizeram nessa altura”.

O debate foi um bom princípio, mas só, e válido enquanto princípio; Venha o que falta!

Não me pareceu que os republicanos apresentassem um só argumento de peso, sustentável num debate sério e fundamentado no conhecimento da historia, alicerçado em factos irrefutáveis – as economias mais prósperas, as sociedades menos problemáticas, os regimes democráticos mais estáveis e o encontro real, na prática, de direitos, liberdades e garantias consignados em qualquer código Humanista, encontram-se em Países que se desenvolveram sob uma vigência monárquica.
E mais...
Se for dada oportunidade a um povo de constatar e compreender o que se encontra a montante das qualidades de um Monarca, de uma Pessoa como, por exemplo, e por ser um excelente e próximo exemplo, o Senhor D. Duarte, e a jusante da sua praxis, serão vencidas as doutrinas falsamente libertadoras que se desenvolveram, também elas, num passado já longínquo, pretendendo acusar o regime monárquico de ser a causa de toda a miséria, atraso e desgraça. Inflamaram a inveja dos que pouco ou nada possuíam tapando-lhes as mentes com riquezas e privilégios fidalgos. Instigaram com belíssimas promessas de Liberdade, Igualdade e Fraternidade...
Vejamos onde estamos hoje. A Liberdade e a Igualdade vão sobrevivendo, por vezes a muito custo, muitas vezes vividas; a Fraternidade... bem uns são mais irmãos do que outros e a maioria não sabe quem é o pai.
Quanto à Humildade, que supostamente será condição de “um governo pelo povo e para o povo”, que terá de ser o terreno fértil de onde poderão florescer as três graciosas conquistas populares e democráticas, essa nem sequer ficou no tinteiro esperando ser, algum dia, escrita por punho verdadeiro em documento sério, essa, dizia , evaporou-se.

Melhor do que eu o poderei fazer, exprimiu-o Paulo Teixeira Pinto nas suas palavras de encerramento:
“Não conheço ninguém na classe política em Portugal que tenha um atributo, para não dizer uma virtude, tão rara que é uma palavra em desuso, que é a da humildade, não conheço ninguém que a tenha dom tão elevado como o Senhor D. Duarte, e digo isto não para o elogiar mas para lembrar que a humildade vem da característica do que é Húmus, do que fertiliza. É desse exemplo de humildade que eu acredito que no futuro haverá possibilidade de voltarmos a discutir isto numa base diferente.”

Relativamente ao argumento final expresso por António Reis – e que me pareceu o seu argumento definitivo – de que a ausência de um Órgão de Topo eleito, o Presidente, seria como a ausência de "um fecho de abóbada de qualquer regime democrático (...) existindo assim um deficit democrático por não legitimarem (os Estados Monárquicos) democraticamente o mais alto cargo público de uma sociedade que é o de Chefe de Estado" (SIC)
Pergunto-me se não passará pela cabeça de António Reis que o "edifício democrático" não precisa de "abobada" alguma que o converta num edifício do qual será ausente a Luz natural, que tanto se busca, que o encerrará aos sons do mundo que o rodeia. Quanto a mim nem "portas" deveria ter, muito menos "tecto" – É bom que os habitantes deste edifício, homens e mulheres que constituem o universo social, político e inteligente, saibam, sem disfarces, quando "está de chuva"... Talvez o Grão-Mestre passe demasiado tempo "entre colunas".

O que é imprescindível ao edifício democrático é um “cimento” que mantenha unidas as diversas “pedras” que o constituem, os diversos “materiais” empregues e as diversas “teorias” subjacentes à sua construção e manutenção. Um “cimento” alheio à(s) politica(s) e à saudável rotatividade democrática, nascido em comunhão com o seu povo. Se os nobres pertencem ao Rei, o Rei pertence ao povo e esta é uma pertença de Alma, de Destino, não é, nem pode ser, eleitoral.

Como momento alto, não posso deixar de referir ainda outras palavras “de toque” de Paulo Teixeira Pinto:
“É muito difícil, para não dizer impossível, usar algum argumento contra um Preconceito. Nós estamos no território dos preconceitos muito mais do que no território dos argumentos”

Esta parece-me a grande questão: “monarquia, o quê, voltar para trás?” Se for vencido o preconceito, batalha árdua e ofensiva de interesses inconfessos, os argumentos serão facilmente compreendidos por um povo fartinho de ver uma classe política que vive na “reinação” dos seus “incensuráveis” privilégios. E a coisa não é de agora...

O programa, na integra, está disponível na RTP dividido em 3 partes/ videos

1ª parte - http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=20236

2ª parte - http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=20236

3ª parte - http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=20236