Se tivermos em conta que em Março do ano passado o governo (ou lá o que é aquilo) britânico anunciou o seu plano para diminuir o número de efectivos nas Forças Armadas do Reino Unido - que pretende que seja de 72 500 em 2025 - torna-se (ainda mais) evidente um "conflito de interesses" entre governo e militares; Uns precisam dar a volta à economia, que vem coxeando em "modo post-brexit" e nesta altura se move com crescente dificuldade; os outros têm por dever e missão a defesa militar do Reino Unido, dos seus aliados e, não esquecer, do garbo das tropas britânicas e estão-se positivamente nas tintas para o pessoal do "Pub No10" de Downing Street.
«Russia's invasion of Ukraine underlines our core purpose - to protect the UK and to be ready to fight and win wars on land - and reinforces the requirement to deter Russian aggression with the threat of force.
The world has changed since the 24th February and there is now a burning imperative to forge an Army capable of fighting alongside our allies and defeating Russia in battle.
The goal is to accelerate the mobilisation and modernisation of the Army to reinforce Nato and deny Russia the chance to occupy any more of Europe… we are the generation that must prepare the Army to fight in Europe once again.»
Vá-se lá saber porquê, estas declarações coincidem com as declarações do Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, publicadas hoje na Alemanha:
«Temos de estar preparados para que isto dure anos, não devemos enfraquecer o nosso apoio à Ucrânia, mesmo que os custos sejam elevados, não só em termos de apoio militar, mas também devido ao aumento dos preços da energia e dos alimentos. Estes custos não são nada em comparação com o que os ucranianos pagam todos os dias na linha da frente»
Os próximos passos para a abordagem de nova política e estratégia quando se considera uma acção conjunta a longo-prazo, serão provavelmente anunciados após a já próxima cimeira da NATO que decorrerá durante os 3 últimos dias deste Junho
Para bom entendedor bastam poucas palavras