Por falar de Verdades e Mentiras, acabei de receber um e-mail com o seguinte título:

Descrição de ocorrências nas participações de
sinistro do ramo automóvel em 1998,
consideradas as mais caricatas





Eu chorei a rir. Espero que vos anime o fim-de-semana ou, melhor ainda, a segunda-feira.


1. O falecido apareceu a correr e desapareceu debaixo do meu carro.


2. Para evitar bater de frente no contentor do lixo, atropelei um peão.


3. O acidente aconteceu quando a porta direita de um carro apareceu de esquina sem fazer sinal.


4. A culpa do acidente não foi de ninguém, mas não teria acontecido se o outro condutor viesse com atenção.


5. Aprendi a conduzir sem direcção assistida. Quando girei o volante no meu carro novo, dei comigo na direcção oposta e fora de mão!


6. O peão bateu-me e foi para baixo do carro.


7. O peão não sabia para onde ia, então eu atropelei-o!


8. Vi um velho enrolado, de cara triste, quando ele caiu do tejadilho do meu carro.


9. Eu tinha a certeza que o velho não conseguia chegar ao outro lado da estrada, por isso atropelei-o.


10. Fui cuspido para fora do carro, quando ele saiu da estrada. Mais tarde fui encontrado numa vala por umas vacas perdidas.


11. Pensei que o meu vidro estava aberto, mas descobri que estava fechado quando pus a cabeça de fora.


12. Bati contra um carro parado que vinha em direcção contrária.


13. Saí do estacionamento, olhei para a cara da minha sogra e caí pela ribanceira abaixo.


14. O tipo andava aos ziguezagues de um lado para o outro da estrada. Tive que me desviar uma porção de vezes antes de o atropelar.


15. Já conduzia há 40 anos, quando adormeci ao volante e sofri o acidente.


16. Um carro invisível veio de não sei onde, bateu no meu carro e desapareceu.


17. O meu carro estava estacionado correctamente, quando foi bater de traseira no outro carro.


18. De regresso a casa, entrei com o meu carro na casa errada e bati numa árvore que não é minha.


19. A camioneta bateu de traseira no meu pára-brisas, em cheio na cabeça da minha mulher.


20. Disse à polícia que não me tinha magoado, mas quando tirei o chapéu percebi que tinha fracturado o crânio.



4 comentários:

  1. Com uma beldade destas junto ao caminho, qualquer um se despista, claro.
    Palavras vulgares, verdade, mas é o que se pode arranjar a esta hora.
    Mas voltando à "vaca fria" ie à beleza feminina, convenhamos que depois dos afectos, é das coisas que melhor dispõe qualquer cidadão "normal" (as aspas dão muito geito para estas ocasiões...).

    ResponderEliminar
  2. Maravilhosas!!!!
    Mas olha que a explicação 4, esteve perto de de uma em que eu e outro condutor escrevemos numa 'declaração amigável'. Quero eu dizer que estávamos os dois de acordo em que nenhum tinha tido grande culpa (embora ela fosse minha, é claro, e nem o discuti)
    A verdade é que estava a fazer «uma gincana» para fugir aos buracos de uma rua de Lisboa, tão concentrada nos tais buracos que não olhei para cima, onde vinha o tal condutor. Ele foi extremamente simpático, e estivemos os dois vai, não vai, para dizer que a culpa não era de nenhum e sim da Câmara!

    ResponderEliminar
  3. Não resito em 'colar' para aqui uma explicação de sinistro (que provavelmente já conheces) mas que eu quase morri a rir:

    Explicação de sinistro (explicação de um operário português sinistrado, à companhia seguradora, que estranhou a forma como o acidente ocorreu. trata-se de um caso verídico, cuja transcrição abaixo foi obtida através de cópia de arquivo da própria seguradora.)

    o caso foi julgado no tribunal de justiça da comarca de cascais.
    o português explica detalhadamente como aconteceu o acidente ao júri de cascais:

    Exmos. Senhores,

    Em resposta ao pedido de informação adicional, informo: no quesito nº 3, da participação de sinistro, mencionei "tentando fazer o trabalho sozinho" como causa do meu acidente, disseram-me em vossa carta que deveria dar uma explicação mais pormenorizada, pelo que espero que os detalhes abaixo sejam suficientes.

    Sou assentador de tijolos. no dia do acidente estava a trabalhar sozinho no telhado de um edifício novo de seis andares. quando dei fim ao meu trabalho, verifiquei que havia sobrado 250 quilos de tijolos. Em vez de os levar à mão para baixo, decidi colocá-los dentro de um barril, com a ajuda de uma roldana, a qual, felizmente, estava fixada num dos lados do edifício, no 6 andar.

    Desci, atei o barril com uma corda, fui para o telhado, puxei o barril para cima e coloquei os tijolos dentro. voltei para baixo, desatei a corda e segurei-a com força, de modo a que os 250 quilos de tijolos descessem devagar (notem que no quesito nº 11 indiquei que o meu peso é de 80 quilos).

    Devido à minha surpresa, por ter saltado repentinamente do chão, perdi a minha presença de espírito e esqueci-me de largar a corda.

    É desnecessário dizer que fui içado do chão a grande velocidade.

    Na proximidade do 3º andar, embati no barril que vinha a descer. isto explica a fratura no crânio e a clavícula partida.

    Continuei a subir numa velocidade ligeiramente menor, não tendo parado até os nós, dos dedos das mãos, estarem entalados na roldana, felizmente, já havia recuperado a minha presença de espírito e consegui, apesar das dores, agarrar a corda; mais ou menos ao mesmo tempo, o barril, com os tijolos, foi ao chão e o fundo partiu-se. Sem os tijolos, o barril pesava, aproximadamente, 25 quilos (refiro-me novamente ao meu peso indicado no quesito nº 11).

    Como podem imaginar, comecei a descer rapidamente. Próximo ao 3º andar, dei de encontro com o barril, que vinha a subir. Isto justifica a natureza dos tornozelos partidos e das lacerações das pernas, bem como da parte inferior do corpo.

    O encontro com o barril diminuiu a minha descida o suficiente para minimizar meus sofrimentos, quando caí em cima dos tijolos e, felizmente, só fraturei três vértebras.

    Lamento informar, no entanto, que, enquanto me encontrava caído sobre os tijolos, com dores, incapacitado de me levantar, a ver o barril acima de mim, perdi novamente a presença de espírito e larguei a corda. O barril pesava mais que a corda e, então, desceu e caiu por cima de mim, partindo-me as duas pernas.

    Espero ter-lhes dado a informação solicitada quanto ao modo como ocorreu o acidente.

    ResponderEliminar
  4. E a barraca que acabo de dar, a rir-me até ás lágrimas aqui sozinha no gabinete... Até os meus colegas aparecerem à porta com um ar desconfiado.

    Tu que és apaixonada pelo paraquedismo bem podias tentar este tipo de inversão de sentido de voo... Se precisares de contribuição para os tijolos diz.

    ResponderEliminar