QUANDO UMA NAVE ESPACIAL VIRA "DINOSSAURO"


O Space Shuttle Discovery subiu pela primeira vez em direcção aos céus a 30 de Agosto de 1984. Acumulou o maior número de dias de voo no espaço, 352, percorreu um total de 241 milhões de quilómetros, transportou o maior número de astronautas para o espaço, 246, colocou em órbita o primeiro telescópio espacial Hubble, em 1990.

O Discovery foi o terceiro dos cinco "Shuttles" filhos da NASA (Columbia - o primeiro da frota, foi lançado a 12 de Abril de 1981 - o Challenger,o Discovery, o Atlantis - o penultimo a ser lançado mas o último a voar, tendo fechado as missões a 21 de Julho de 2011 - e o Endeavour).

Estas naves "vai-vem" transportaram astronautas para/em órbita repetidamente, lançaram, recolheram e repararam satélites, foram pioneiras em pesquisas de vanguarda no espaço e foram as bases de construção da maior estrutura existente no espaço - a Estação Espacial Internacional.

Hoje o Discovery virou peça de museu como um "dinossauro" mais; foi transportado do Kennedy Space Center no dorso de um Boeing 747 transformado, o NASA 905 (o mesmo que havia feito a entrega do Discovery Kennedy Space Center em Novembro de 1983) para o Smithsonian's National Air and Space Museum Steven F. Udvar-Hazy Center em Chantilly, Va.

A despedir-se do Discovery estiveram muitos amigos seus: astronautas, equipes de especialistas e inúmeros colaboradores da NASA que ao longo dos anos deram o seu melhor para manter esta super-resistente e especialíssima nave apta para o impecável cumprimento das suas fantásticas missões.


Muitos viram-na partir de lágrimas nos olhos
Eu, aqui no meu cantinho, emociono-me também.
E pergunto-me: quando uma peça de engenharia tão especial como esta vira bicho de museu o que nos trará o futuro da exploração e construção espacial? Ora aí está algo que pago à vida para ver.





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