NÃO VAMOS LÁ DE LUVA BRANCA

Há dias li que o governo norueguês proibiu a Arábia Saudita, assim como empresários muçulmanos, de financiar mesquitas e a sua construção, enquanto subsistir a proibição de construção de igrejas e outros templos religiosos no seu país.
 «Seria um paradoxo e anti-natural aceitar essas fontes de financiamento de um país onde não existe liberdade religiosa», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, e acrescentou: «Noruega levará este assunto ao Conselho da Europa onde defenderá esta decisão baseada na mais estrita reciprocidade com a Arábia Saudita». (Janeiro 2013)

Esta decisão deixou-me a pensar...
Percebo a posição da Noruega e a sua noção de «reciprocidade» mas... Mas é aí mesmo que bate a questão, na «reciprocidade».
Se na Arábia Saudita, e não só, não existe liberdade religiosa, nos países ocidentais existe e, pela parte que me toca, orgulho-me disso. O alinhamento na ausência de liberdade religiosa não faz de nós melhores, muito pelo contrário. Já oiço o argumento rebativo: "há liberdade religiosa mas não deve haver para aqueles que não a respeitam", uma espécie de "toma lá do teu xarope a ver se gostas"... Percebo. Percebo mas mantenho as minhas dúvidas acerca da ética, e eficácia, desta resolução: Nós não somos assim, eles é que são. Alterarmos a  nossa posição por causa da deles parece-me um alinhamento por baixo e isso nunca é bom.

Compreenderia se isto viesse a condicionar a emigração - leia-se, ocupação - que os muçulmanos radicais estão a fazer para os territórios "infiéis". A Europa está repleta de muçulmanos que impõem de forma absurda os seus costumes e tradições, que estabelecem fronteiras bairristas onde a lei que vigora é a deles. Isto não é tolerável, a Tolerância nada tem de coincidente com esta prática crescente. Porém não é por não construírem mesquitas que os fundamentalistas muçulmanos deixarão de pretender ocupar o ocidente, continuarão as suas práticas onde bem lhes aprouver, a impor os seus códigos e a fazer muitos bebés nascidos na Europa mas educados a bem da causa do Islão.

LONDRES
Assim não vamos lá, não estamos a lidar com gente normal. Lamento dizê-lo, lamento pensa-lo mas a mera observação demonstra a radicalidade e intransigência quotidianamente.

Falando de fundamentalistas, faço um "intercalado" e já cá volto, desta vez não a Arábia Saudita mas o Irão...

Há dias o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, foi ao funeral de Chavez e, segundo se vê em vídeo, tocou o ombro da mãe de Chavez  - uma mulher não pertencente à sua família e, ainda para mais, infiel. Caiu o Carmo e a Trindade nas ostes fundamentalistas iranianas, os "ayatolas" lá do sítio entraram em alvoroço, Ahmadinejad pecou!

Logo Ahmadinejad apareceu numa foto consolando a mãe de Chavez durante o funeral, já não apenas um toque no ombro mas um abraço, que não aparece em qualquer vío nem se percebe onde possa ter ocurrido... (Prestando atenção ao vídeo vê-se um homem, talvez guarda-costas, tocando no presidente iraniano como que a avisa-lo "estás a esticar-te...")

Não é preciso ser uma águia para ver que a foto está retocadíssima: o fundo foi apagado, algumas pessoas "esborratadas" e nota-se perfeitamente o recorte.

Logo apareceu outra foto e a história complicou-se...
 Diz a malta de Ahmadinejad que a foto com a senhora é uma montagem usando a foto abaixo ao centro; Dizem os religiosos fundamentalistas no Irão (Conselho dos Guardiães) que  a montagem foi feita pelos amigos do presidente usando a foto que está abaixo à esquerda...


A foto da esquerda não tem "mãozinha", que é obviamente a mesma em ambas as fotos ; O comparsa dos óculos envelheceu imenso da esquerda para o centro; A camisa que aparece entre os dois é a mesma, com as rugas no mesmíssimo sítio, tal como a pequena ruguita no colarinho do presidente; Também as rugas de expressão Ahmadinejad são exactamente as mesmas, até os cabelitos fora da linha capilar.

Por mim é para o lado que durmo melhor, quanto mais eles se lixarem entre si melhor eu durmo, a questão não é essa. A questão é: O Irão é talvez o país fundamentalista islâmico mais perigoso actualmente, a sua escalada nuclear não é algo que possa ser visto com desdém. Sendo Mahmoud Ahmadinejad a boa prenda que tem demonstrado ser até à exaustão, o que pode o ocidente esperar dos comparsas mais "papistas do que o papa" que se escondem na sombra fundamentalista religiosa iraniana? Obviamente Ahmadinejad não lhes chega por muito que nos possa sobrar...

Findo o "intercalado" e voltando atrás...
Como pensarão os Senhores do Mundo Ocidental resolver problemas com gente que vive num outro mundo e que pensa e age de forma tão fechada, determinada, radical e que se move entre a ocupação e a aniquilação?
Não os deixando construir mesquitas? Estamos a brincar, só pode ser.

Por mais que o lamente, sou uma humanista inveterada, parece-me que é mais do que tempo de pegar o boi pelos cornos. Há que estabelecer regras muito restritas e bem pensadas no que concerne à imigração muçulmana e aos direitos e deveres destes na Europa e, até já, nos Estados Unidos; Mesmo a Austrália já tem problemas graves.
Particularmente os países francófonos têm já entre mãos uma ocupação que não tende a acabar bem. Não são problemas culturais nem religiosos, são problemas originados por extremistas, fanáticos, que não reconhecem outra lei que não a sua, que consideram que o mundo lhes pertence - só a eles -  e, que em mais casos do que transparece, servem de berço e abrigo a células terroristas.
Intervir no Mali não chega, é o solo que pisamos que está ameaçado.
Não se vai lá com "reprocidade", isso é um ralhete com meiguice. É necessário fazermos valer a nossa cultura, a nossa forma de viver social e individualmente e de não aceitar imposições que nos são aberrantes. Quem não estiver bem que se mude mas AQUI NÃO.
Até quando vamos tolerar isto em condescendência civilizada? Até fazermos perigar a nossa civilização? É tempo de agir.



.

Sem comentários:

Enviar um comentário