Não sei se estou a gostar mais, ainda, da novela do Freeport/Jornal de 6ª do que gostei da novela da Bandeiras Nacionais anteriores à instituição da república. Não sei mesmo... De tal maneira que ontem nem me lembrei de fazer referência à bandeira azul e branca que foi hasteada na noite de 4 para 5, até à 6horas da manhã - hora costumeira do hastear de bandeira - na C.M do Porto pela rapaziada do blog "Portugal Monárquico".
Gostei, sinceramente , do mini-vídeo de promoção institucional ao Jornal Nacional de 6ª , o que não foi para o ar... Tenham paciência comigo, eu sou assim e já dificilmente mudarei, gosto de irreverência, de atirar pedras a águas paradas, gosto de chamar os "bois pelos nomes".
E também gostei de uma equipa de jornalistas que, um a um, se recusaram a substituir a colega Manuela M.G. na apresentação do Jornal de maior audiência; benemérita atitude que deu oportunidade a uma jovem "pivô" para se lançar no meio da "guerrilha". O José Rodrigues dos Santos (RTP) teve o início da "Guerra do Golfo" em directo, esta jovem teve o "tsunami" de quem "meteu muita água".
Já sei que há muito quem não suporte a Manuela Moura Guedes, e não estou a falar de José nem das suas boas razões; estou a falar dos muitos que a consideram rebiteza, ou malcriada, ou, como está agora nas lides do politicamente correcto dizer, má profissional. A Manuela M.G. poderá ser isso tudo mas, para má profissional, não há dúvidas de que revirou as audiências do Jornal Nacional, criou um estilo próprio, incomodou muitíssimo com as reportagens que colocou no ar e agitou as águas até à criação de um tsunami, não por si própria mas devido às ondas que levantou.
A Manuela M.G. poderá ser má profissional no entender de muitas e respeitáveis cabeças mas será difícil negar que tem aquilo que falta a muito boa gente, ou gente assim-assim: a Manuela M. G. têm-os no sítio e prontos a disparar, mais do que muito cavalheiro que tem a obrigação e a responsabilidade de o fazer, mais do que, por exemplo o Senhor Presidente da República Portuguesa, que para tomar uma posição clara, inequívoca, espera pelo dia em que o rei faz anos; quando é questionado sobre se a suspensão do Jornal Nacional de 6ª, na decorrência de uma conjuntura política e pré eleitoral como a que vivemos actualmente, responde que, perante a conjuntura política e pré eleitoral que vivemos actualmente, prefere não se pronunciar e, à pergunta «Considera que a liberdade de expressão e de informação foi posta em causa» responde «Eu espero que não, eu espero que não». Ou seja, não responde, a coisa alguma.
Dizer exactamente aquilo que se pensa quase nunca é politicamente correcto mas é corajoso, tem hombridade e é, quase sempre, louvável.
O óptimo apanhado que o "Expresso" fez sobre a "polémica Jornal Nacional"
AQUI
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