Tenho estado muito caladinha... Pois é, faltam-me as forças para dizer "AI" duas vezes seguidas.
As festividades natalícias são cansativas... São... É por isso que se diz que "o Natal é para as crianças":
Nada como porem-nos na frente a boa comidinha que outros fizeram, papada a uma mesa linda que outros puseram, comer em pratos de natal que outros terão de pôr na máquina, tirar, arrumar.
Mas nem foi por aí, este ano não me tocou essa parte, estive como as crianças.
Nada como desembrulhar, deixando papeis e fitas pôr todos os cantos, aquilo que outros embrulharam, e esconderam com perícias de conto de fadas; sem ter de as procurar, de as "inventar", (que as pagar), de as transportar em dias frios e lojas quentes.
Nada como brincar com mil e uma coisas que outros terão de encontrar sítio para arrumar - dos sacos aos armários próprios, passando pela fase do transporte.
Pois não é fácil e essa parte lá me tocou, outra vez, para não falar já do complicado puzzle que é encaixar o novo com o pré-existente. Acrobacias...
Mas desta vez o desaforo total não veio (só) das festividades, desta vez arranjei uma estratégia infalível para não ter o menor sossego (que tanta faltinha me faz...)
Dia 22, terça-feira, tinha conseguido, finalmente, comprar umas prendas que os amigos me pediram que eu inventasse para oferecerem ao meu filho - «é mais fácil, dizem, tu é que sabes o que ele gosta e evitam-se repetições». Não deixa de ser verdade mas garanto-vos que requer algum reforço de imaginação...
"Só" faltavam as outras: a minha prenda para o meu filho, para a minha mãe, para as pessoas que se reuniriam connosco na consoada... Coisa pouca...
Eis que lá tinha uma mensagem a piscar no télélé, eram cerca de duas da tarde: O criador a quem tinha encomendado um cachorro, em fins de Outubro, tinha recebido o cão, acabara de chegar e precisava que eu o fosse buscar até ao dia seguinte o mais tardar... A Gondomar!
QUÊ?
O Natal, o resto das prendas (esta de "resto" sou eu a facilitar), os embrulhos, a criança, o tempo que estava mau que e se anunciava escorregar para o péssimo, a debandada de quem vai passar o Natal à terra, e depois... A véspera e o dia de Natal em casa da minha mãe que tem dois cães, um dos quais ainda cachorro e que nunca pára quieto... Avizinhava-se a loucura total.
Pois, mas não havia outra hipótese, tinha de ser.
Dia 23 lá fui com o meu filho a tiracolo, acompanhada por um amigo que se dispôs a partilhar esta aventura pela A1, chuvosa e pouco apetecível, sob os avisos mais tenebrosos da Protecção Civil, direitos a Gondomar sentindo que esta ficaria a pouca distância do fim do mundo.
O nosso primeiro encontro (foto ao lado) foi amor à primeira vista.
Vi-me com quase 7 quilos de bola de pêlo, dois meses e quatro dias de vida e patas descomunais a abraçar-me, literalmente, como se não houvesse amanhã.
O simpatiquíssimo casal de criadores, estavam tristes por o ver partir, literalmente. Muitas festinhas e lambidelas depois partimos deixando a promessa de notícias e fotografias.
E regressamos, sãos, salvos e cansados.
Claro que o Luís queria dormir com o cãozinho.
Claro que o cãozinho queria dormir connosco.
Claro que eu só queria era dormir, muito, e discutir o mínimo.
Chegamos a uma plataforma de entendimento: abre-se a cama do sofá da sala e ficamos lá os três. Finito!
O Luís dormiu; o cãozinho dormiu pouco, mas fez os xi-xis, os có-cós, as palhaçadas, as diabruras e lá pelas 71/2, 8 horas, da manhã, entenda-se, caímos, ambos, KO.
Às 9 horas a minha empregada meteu a chave à porta e o cãozinho deu de imediato provas de que já considerava que a nossa casa é mesmo nossa, incluindo dele... e quem era aquela estranha que entrava sem avisar, hã?
Greef- Au-au-au! Se não tivesse tanto sono creio que teria achado graça.
Voltamos a ser três cá em casa, apresento-vos o
É uma ternura de cão,
com dentinhos tipo agulha que precisam mordiscar a toda a hora.
Por sorte nem sempre mordiscam a primeira mão mais a jeito, embora seja muito mais giro porque as bolas e os brinquedos não gritam AI nem dão tanta luta a tentar agarrar uma vez mais.
De vez em quando dorme qualquer coisita,
desde que não haja o menor barulhinho, desde que não cheire a comida, desde que esteja verdadeiramente cansado, muito depois de nos ter estafado a todos.
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Lindo!!!
ResponderEliminarQue tenhas toda a sorte do mundo, bem como os teus donos.
Família Pinheiro
sitiodosanimais.com
Aproveito para vos desejar um Bom ano e que o Steiner vos traga tanta alegria como o Merlin :)
ResponderEliminarPARABÉNS!!!!
ResponderEliminarParece realmente um amor, e tu já me convenceste que nesses casos «amor com amor se paga»...
Bem vindo e que sejam todos muito felizes (de preferência cada um na sua cama...)
Família Pinheiro,
ResponderEliminarUm grande beijinho e duas lambidelas; Nós por cá todos bem, entre gargalhadas e mariquices.
Até breve
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Joana,
Obrigada, tudo a correr pelo melhor contigo.
Beijinho.
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Emiéle,
Embora haja ainda muito ser humano decente, isso do "Amor com amor se paga" não pode ser mais certo com alguém do que com um amigo canino - com esses é mesmo "até que a morte nos separe".
Já estamos cada um em sua cama... Na primeira noite a coisa estava ainda muito instavel e eu não tinha forças para mais, agora já é tudo "pessoal decente"
Alex!!! Que bom!!! Finalmente um trio amoroso outra vez... ;)
ResponderEliminarManda um beijinho aos teus dois machos da parte do nosso jardim zoológico. :)))
PS: De que marca é esse monstro? ;)
MONSTRO? C R, Monstro? Monstrinho faxavôri... É um Pastor de Berna, mais conhecido por Bouvier Bernois.
ResponderEliminarNo próximo Natal compro-lhe uma sela ;)
(Não é por nada mas só passaram 5 dias e acho que ele já está visivelmente maior)
Obrigada pelos beijinhos, serão entregues.