Daniel Cohn-Bendit não é bem rapaz que faça o meu género...
Reconheço em Cohn-Bendit as qualidades de "líder de opinião" que tem conseguido ser ao longo de muitos anos, quer relativamente às facções políticas que lhe são próximas como tocando as emoções de outros menos arreigados mas crentes em que é com fervor que se salva o mundo.
Não sei como se salva o mundo nem sequer se o mundo tem salvação; quero acreditar que sim. E também acredito que, em SOS, o fervor faz falta - só em "futebois" não chega... mas só fervores também não chega.
O fervor só não chega mas ajuda muito o espírito revolucionário - entusiasma, conquista, convence, fideliza. O fervoroso tem meio caminho andado para liderar - a parte plana, depois há o resto que é a subir... Poder-se-ia escrever um "Manual da liderança revolucionária à esquerda e à direita" com inúmeros capítulos dedicados à acção, reacção e repercussão do fervor revolucionário.
E poderia bem ser Daniel Cohn-Bendit a escrevê-lo, ele sabe da coisa. (Co-autor, com o irmão, de Obsolete Communism: The Left-Wing Alternative )
Este rapaz nascido em 1945 de família alemã refugiada em França, de nacionalidade alemã por opção, crescido entre os anarquistas do "Maio 68" em França, país que representa enquanto eurodeputado, e activista político em Itália (combinação quimicamente instável esta...), é actualmente co-presidente o grupo parlamentar Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia no Parlamento Europeu, opositor declarado de Durão Barroso.
Um destes dias Daniel resolveu dar mais um dos seus bem conhecidos "shows" em sede própria tendo por tema de fundo a situação da Grécia (e por tema profundo a denúncia da política económica da Comunidade Europeia).
Tendo em conta de onde vem, vale a atenção de ver, sobretudo ouvir e depois reflectir mantendo a mente alerta, atendendo ao que nos toca e ao que por aí virá.
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É bom, para ir acordando os que andam a dormir. Vou roubar ;-)
ResponderEliminarOLÁ ZP!
ResponderEliminarE achas que quem anda a dormir ainda é capaz de acordar? Hum...
Beijinhos