para não dizer muito bem»
José Sócrates, 11 de Março, 2011
2o dias depois...O “buraco” das contas públicas ultrapassou, largamente, o valor declarado pelo Primeiro-ministro, José Sócrates.
O valor inscrito na execução orçamental era de 6,8%.
O limite máximo imposto pelo Governo para o défice de 2010 era de 7,3%.
O défice orçamental referente a 2010 está, de momento, nos 8,6%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, após as alterações realizadas pelo Eurostat na metodologia que obrigaram a uma revisão
Credo! Até parece uma falcatrua!
«Essa revisão obriga a alterações nas contas do PIB, divulgadas a 11 de Março, para o ano de 2010, que apontavam para um crescimento de 1,4%.»
«O INE reviu também em baixa o crescimento da economia portuguesa em 2010, de 1,4% para 1,3%, na sequência da revisão em baixa em 0,1 pontos percentuais do crescimento em 2008.»
«As contas nacionais anuais de 2008, hoje divulgadas, explicam que a alteração realizada no Produto Interno Bruto de 2008 tem subjacente alterações substanciais em algumas componentes, como o consumo final das famílias residentes e das administrações públicas.»
A Comissão Europeia limita-se a tomar nota dos novos dados do défice orçamental português divulgados pelo INE.
O Executivo comunitário remete comentários para o final de Abril, altura em que será formalmente notificado pelo Eurostat dos números portugueses, e dos demais Estados-membros.»
ÚLTIMA HORA 31/03/11 21h20:
Teixeira dos Santos acabou de dizer em entrevista à TVI:
O Executivo comunitário remete comentários para o final de Abril, altura em que será formalmente notificado pelo Eurostat dos números portugueses, e dos demais Estados-membros.»
ÚLTIMA HORA 31/03/11 21h20:
Teixeira dos Santos acabou de dizer em entrevista à TVI:
« O défice orçamental poderia ter sido de 7,3% e foi de 6,8% »
É UM ESPANTO!
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É UM ESPANTO!
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E SE FOR FEITA UMA AUDITORIA ÀS CONTAS DO ESTADO?
Xiiiiiiiiiiiii...........
(Só um parêntesis:
A 31 de Outubro de 2007, para fazer a introdução a um artigo de António Barreto intitulado "Sócrates, o ditador", escrevi AQUI o seguinte:
O António Barreto é um homem que admiro desde que me lembro dele porque se destacava do rebanho do PS; nunca me pareceu enfeudado ao partido, independentemente de qual fosse o partido, e sempre o vi como uma Pessoa - inteligente, sério, humanista. Gosto dele.
A melhor parte de ter escrito isto há três anos e meio é que poderia, com a mesma sinceridade, escreve-lo hoje.
Dito isto e sob esta esta perspectiva estive a ler o que António Barreto disse sobre a necessidade e urgência em que seja feita, e publicada, uma auditoria às contas do Estado.
Comentando a rejeição que alguns responsáveis políticos têm pela realização de uma auditoria com o argumento de “dar um mau sinal” aos mercados, disse:
António Barreto considera que
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(Só um parêntesis:
A 31 de Outubro de 2007, para fazer a introdução a um artigo de António Barreto intitulado "Sócrates, o ditador", escrevi AQUI o seguinte:
O António Barreto é um homem que admiro desde que me lembro dele porque se destacava do rebanho do PS; nunca me pareceu enfeudado ao partido, independentemente de qual fosse o partido, e sempre o vi como uma Pessoa - inteligente, sério, humanista. Gosto dele.
A melhor parte de ter escrito isto há três anos e meio é que poderia, com a mesma sinceridade, escreve-lo hoje.
Fecha parêntesis)
Dito isto e sob esta esta perspectiva estive a ler o que António Barreto disse sobre a necessidade e urgência em que seja feita, e publicada, uma auditoria às contas do Estado.
Comentando a rejeição que alguns responsáveis políticos têm pela realização de uma auditoria com o argumento de “dar um mau sinal” aos mercados, disse:
«O único argumento que ouvi repetidas vezes, para meu desgosto, é que, em caso de auditoria, ia-se descobrir coisas ainda piores do que as que estão. Não é um argumento moral nem político. Com este argumento, já se está a dar a indicação de que há coisas piores que estão escondidas»
António Barreto considera que
«Portugal dá de facto um mau sinal ao mercado, porque aquilo que dizemos é que temos algo a esconder e o mercado desconfia. Se nós descobríssemos um défice ainda pior do que temos, esconde-lo e saber-se lá fora que está a ser escondido, é pior sinal ainda, porque a desconfiança ainda é mais grave.»
«Se nós estamos em crise, é indispensável reforçar ainda mais os critérios de transparência e informação. Em vésperas de eleições, a todos estes critérios, que são critérios teóricos e universais, acrescenta-se um, que é o da lealdade para com o povo; se este princípio não for satisfeito, se não houver nenhuma tentativa de dar mais informação aos cidadãos, vai continuar a haver elevada abstenção, ao mesmo tempo que esta espécie de irritação ou de cólera que há relativamente ao sistema político e democrático vai continuar a aumentar»
«Se não se realizarem auditorias, há dois problemas. O primeiro é que damos mais um sinal negativo ao exterior, isto é, que temos algo a esconder. Em segundo lugar, perante o eleitorado português, perante os cidadãos, é um factor de deslealdade inadmissível»
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É, de facto, um indivíduo fora de série, pelo simples facto de ser sério. E também um excelente fotógrafo!
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