O FUGITIVO

RECEBI UM E-MAIL
NÃO DIZ PROPRIAMENTE NADA DE NOVO MAS
ÀS VEZES FAZ BEM LER UM BOM SUMÁRIO
PARA RELEMBRAR A LIÇÃO
(LIÇÃO ESSA QUE MUITOS NÃO ESTUDARAM E OUTROS INSISTEM EM ESQUECER)

NÃO É UM SUMÁRIO ABSOLUTAMENTE COMPLETO
NÃO REFERE OFF-SHORES, NEM FREEPORT, NEM AMIGALHAÇOS
MAS PARA AUXILIAR DE MEMÓRIA CHEGA, ATÉ SOBRA.



  • Peçam ao fugitivo de Paris os 90.000 milhões de euros que aumentou na dívida pública entre 2005 e 2010.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, que decidiu nacionalizar o BPN, colocando-o às costas do contribuinte, aumentando o seu buraco em 4.300 milhões em 2 anos, e fornecendo ainda mais 4.000 milhões em avales da CGD que irão provavelmente aumentar a conta final para perto de 8.000 milhões, depois de ter garantido que não nos ia custar um euro.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 695 milhões de derrapagens nas PPPs só em 2011.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, que graças à sua brilhante PPP fez aumentar o custo do Campus da Justiça de 52 para 235 milhões.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 300 milhões que um banco público emprestou a um amigo do partido para comprar acções de um banco privado rival, que agora valem pouco mais que zero. Quem paga? O contribuinte.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 450 milhões injectados no BPP para pagar os salários dos administradores.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 587 milhões que gastou no OE de 2011 em atrasos e erros de projeto nas SCUTs Norte.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 200 milhões de euros que ?desapareceram? entre a proposta e o contrato da Auto-estrada do Douro Interior
  • .
    Peçam ao fugitivo de Paris, os 5800 milhões em impostos que anulou ou deixou prescrever.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 7200 milhões de fundos europeus que perdemos pela incapacidade do governo de programar o seu uso.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 360 milhões que enterrou em empresas que prometeu extinguir.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, para cancelar os 60.000 milhões que contratou de PPPs até 2040.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, que usou as vossas reformas para financiar a dívida de SCUTs e PPPs.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, para devolver os 14.000 milhões que deu de mão beijada aos concessionários das SCUTs na última renegociação.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 400 milhões de euros de agravamento do passivo da Estradas de Portugal em 2009.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 270 milhões que deu às fundações em apenas dois anos.

  • Peçam ao fugitivo de Paris, os 3.900 milhões que pagou em rendas excessivas à EDP tirados à força da vossa factura da electricidade.

  •  Peçam ao PCP e à CGTP, cujos sindicatos afundaram as empresas públicas em 30.000 milhões de passivo para encherem a pança aos camaradas sindicalizados com salários chorudos e mordomias, pagos pelo contribuinte.

AUTOR DESCONHECIDO
 

O TERRORISMO SUBJACENTE NO CENTRO DA EUROPA

Parece-me evidente que a crescente instalação de culturas islamicas fundamentalistas na Europa é um problema que não pode ser ignorado.

Tendo em consideração as palavras do lider Charia em Bruxelas (ou no Belgistão, como o grupo islâmico prefere) será bom termos presente que a tolerância e a democracia são valores que não se podem confundir com a ignorância de uma ameaça crescente, perigosa e real.
 Como estes islamitas fazem questão de afirmar, esses não são valores que respeitem ou tenham sequer em consideração:
 «Não pode haver um muçulmano democrata como não existe um cristão judeu ou um muculmano judeu, a única lei é a de Allah, a que por ele é ditada».

Têm como objectivo dominar o mundo (onde é que já ouvi isto?) e não têm duvidas de que conseguirão.
Afirmam com a maior das arrogâncias:  
«É apenas uma questão de tempo; se quiserem mandar-nos embora é melhor que comecem a ter quatro mulheres a a fazer muitos filhos, talvez assim tenham uma hipótese».

 A entrevista/reportagem abaixo data de Março deste ano.
O tempo passa, a correr.
Nós, europeus democratas, amantes da liberdade social, individual e religiosa, estamos parados, tolerantes, a olhar...
Não se trata de um apelo à intolerância, trata-se, pelo contrário, da defesa dos valores que respeitamos.
É melhor que façamos algo para os defender




É caso único? Nem perto.
É uma proliferação concertada que vai tomando conta da civilização ocidental, infiel, imoral e a abater.
Em França o problema atinge proporções já desmesuradas.
O que dizem em França:



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O MEMORANDO "ESQUECIDO"

 Há várias expressões portuguesas que se aplicam ao espernear socialista, e não só.

A culpa morre solteira.
(Quem não sabe esta verdade?)

Sacudir a água do capote;

Ficar com a batata quente nas mãos;

e mais há...

A memória é fraca e não se compadece com as agruras do dia a dia

A equipa do "31 da Armada" volta a publicar razão e factos, para mais tarde recordar



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UMA VOZ SENSATA

De vez em quando surge uma voz sensata na comunicação social 
É de aproveitar 



UMA MANHÃ ANIMADA

Estava esta manhã a trabalhar muito sossegadinha e a ouvir o debate quinzenal que estava a decorrer na Assembleia entre governo e oposição,  mais em "barulho de fundo" do que outra coisa. A partir de certa altura, mesmo sem querer, comecei a dar atenção.
(Não, não vou comentar.)

De repente comecei a lembrar-me dos desenhos animados do "Noddy" - aqueles que não têm filhos pequenos talvez não tenham presente do que falo mas vou pôr aqui uns bonecos exemplificativos.
Este é o Noddy e uns malandrecos

Nesta série com quase tantos anos quanto eu - nascida de livros mais antigos do que eu - há vários personagens com personalidades diferentes e bem vincadas.

Duas das personagens mais divertidas são o Sonso e o Mafarrico. Sobre estes dois não há muito a explicar, os seus nomes esclarecem-nos e, lá porque aparecem juntos não quer dizer que sejam amigos, longe disso, não perdem uma oportunidade de se torpediarem um ao  outro como fazem a qualquer outro que se atravesse incauto nos seus caminhos.


Tive uma epifânia:
Nós, cá no nosso "país dos brinquedos" também temos os nossos personagens que espelham os bonecos do Noddy (e o nosso Noddy).
Alguns nem são espelhados, são clonados; olhem lá:














Eu bem sei que não devo ouvir os debates na Assembleia da República, dá sempre nisto, fico com a mente afectada, ocorrem-me pensamentos dissociados, começo a ver coisas...

Começo a ver a Macaca Marta em todo o lado, rapariga de maus modos, refilona e de sentido de humor pérfido
















Não consigo afastar a imagem do Sr. Lei, no seu quotidiano policiamento vai inventando normas à medida das situações, adaptando a leitura dos factos à conveniência dos objectivos na ausência de um código expresso; com ele tudo é criativamente tácito.



















E não fora um exercitado sentido de humor que se adapta a ler nas entrelinhas dos disparates a graça da vida, a descrutinar na infantilidade de argumentos irracionais quem de põe "em bicos dos pés" ganindo por atenção, enlouqueceria procurando dar sentido àquilo que não passa de um rosnar impotente. É assim, com o Turbulento nada é o que parece e no fundo não tem qualquer importância quando o vemos aos pulos desejando apenas que o sigamos nas suas tropelias imaturas















Não terá sido uma manhã muito produtiva em termos de trabalho mas pronto, uma vez por outra não faz mal ver os desenhos animados, muito animados.
Sobre o que se passou nem vale a pena  comentar
A frase que mais gostei foi dita pelo Sonso, e cito:

« O senhor primeiro-ministro já não tem a maioria neste parlamento» ??? (ai venenoso...)






UMA MEDIDA INTELIGENTE

Quando tiverem 45 minutos disponíveis, ou para fazer tempo enquanto esperam por algo, aqui está uma boa sugestão de como adiantar as compras, socializar um pouco e passar um tempinho divertido.
Este acabou por ir aos 25 euros; eu não posso, estou em contensão, prometi-me não ultrapassar os 18... por caixa.
Tenho pena do pessoal das caixas mas estes estão mesmo a pedir uns "engarrafamentos" generalizados.Ir buscar "mais umas coisinhas" para chegar aos, ou passar dos, 20 euros não me parece uma boa ideia.


TROVAS ANTIGAS, SAUDADES LOUCAS

CITANDO O PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL:

“Os problemas económicos em Portugal são fáceis de explicar e a única coisa a fazer é apertar o cinto”.

“Não se fazem omeletas sem ovos. Evidentemente teremos de partir alguns”

“Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço feito por este governo.”  

 “Quando nos reunimos com os macro-economistas, todos reconhecem com gradações subtis ou simples nuances que a política que está a ser seguida é a necessária para Portugal”

“A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós” 

Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos”.

 “O importante é saber se invertemos ou não a corrida para o abismo em que nos instalámos irresponsavelmente”

 “Anunciámos medidas de rigor e dissemos em que consistia a política de austeridade, dura mas necessária, para readquirirmos o controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos ao abrigo de humilhantes dependências exteriores, sem que o pais caminharia, necessariamente para a bancarrota e o desastre”.

Não foi, de facto, com alegria no coração que aceitei ser primeiro-ministro. Não é agradável para a imagem de um politico sê-lo nas condições actuais” 


E AGORA AS MINHAS PREFERIDAS:  

 “[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre jogo das empresas e dos trabalhadores (…). O Estado só deve garantir o subsídio de desemprego

O que sucede é que uma empresa quando entra em falência… deve pura e simplesmente falir. (…) Só uma concepção estatal e colectivista da sociedade é que atribui ao Estado essa responsabilidade."

“Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos” 

A CGTP concentra-se em reivindicações políticas com menosprezo dos interesses dos trabalhadores que pretende representar” 
 
“A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem completamente falsa.”

 Basta circular pelo País e atentar nas inscrições nas paredes. Uma verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja punida na lei. Sê-lo-á

 A Associação 25 de Abril é qualquer coisa que não devia ser permitida a militares em serviço” 

“Dentro de seis meses o país vai considerar-me um herói”

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Todas estas frases foram proferidas, durante o periodo que decorreu entre Abril e Junho de 1984, pelo camarada Mário Soares, então primeiro ministro (Gov. 06/83 a 11/85) Foram compiladas num artigo da revista "Sábado" em Maio de 2012. Aí encontrarão as datas e o local de publicação.
Portugal  vivia dias muito difíceis, tanto ou mais do que presentemente e foi assinado um acordo com o FMI (Agosto 83)

EM LOIÇA, DAS CALDAS...




Dispenso-me a comentários, ficaria com azia.
Ou talvez só um e numa imagem, vale por mil palavras.

















 

ESPERANÇA

 ESTE ARTIGO É DE NOVEMBRO DE 2011, TEM QUASE 1 ANO; 
SÓ HOJE CHEGOU AOS MEUS OLHOS  E NÃO POSSO DEIXAR DE O PARTILHAR


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«RADIOTERAPIA QUE ELIMINA TUMOR NUMA SÓ SESSÃO EM PORTUGAL »



« Pode eliminar o cancro numa única sessão, mesmo com o tumor já espalhado. É indolor e tem menos custos que a radioterapia convencional. »

 foto boasnoticias 
in expresso 09/11/2011




  «Uma radioterapia que pode eliminar o cancro numa única sessão, mesmo com o tumor já espalhado, estará em breve disponível em Portugal, através de uma máquina quase única no mundo que ficará instalada na Fundação Champalimaud .

 O equipamento, permitirá fazer radioterapia de dose única, tratamento que requer um elevado nível de precisão e que poderá ser feito em poucos minutos e sem qualquer toxicidade para o doente, segundo explicou em entrevista agência Lusa o oncologista Carlo Greco

 "É o mais avançado equipamento no mundo. Será absolutamente único em Portugal e, na Europa, há muito poucos. Mas a máquina que chegará em Dezembro vai ser equipada com ferramentas especiais que a tornam única no mundo", afirma o director da área do cancro da Fundação Champalimaud.

Tumores são a primeira causa de morte no mundo

Carlo Greco, que considera o cancro como um dos piores problemas sociais da actualidade, lembra que este ano os tumores serão já a primeira causa de morte no mundo. Mas frisa que a taxa de sucesso nos tratamentos tem melhorado de ano para ano.

As metástases significam 90% das causas de morte por cancro e o oncologista lamenta que, hoje em dia, a resposta da comunidade médica nestes casos passe muito pelos cuidados paliativos.

 Esta técnica de radioterapia de dose única, disponível para tratamento no final do primeiro trimestre de 2012, vem permitir tratar muitos dos casos de cancro com metástases, sobretudo os menos disseminados.

Trata-se de uma radioterapia por imagem guiada, em que se faz uma TAC e o tratamento em simultâneo, que exige um elevado nível de precisão para que a dose única seja aplicada no local adequado e se torne suficiente. "

Já testámos este equipamento e esta técnica na Universidade de Pisa, em Itália, e os resultados foram surpreendentes. Tem é de ser administrada uma dose suficientemente forte para erradicar o tumor. E já provámos que funciona em qualquer tipo de cancro, mesmo num dos mais resistentes à quimio ou radioterapia, como o do rim", explicou Carlo Greco.

O responsável da Fundação Champalimaud vinca mesmo que um estudo demonstrou uma taxa de sucesso de 80% deste tipo de tratamento nos casos de cancro dos rins.

"É uma revolução", resume, assegurando que é indolor, se elimina a toxicidade e se consegue fazer o tratamento "de olhos fechados" demorando menos de um quarto do tempo do que as sessões convencionais de radioterapia.

Ou seja, em 10 minutos consegue-se o mesmo do que com a cirurgia, mas permitindo ao doente ir para casa de seguida e sem risco de morte. A vantagem, segundo o especialista, é que este método permite tratar várias lesões numa mesma e única sessão: "Podemos finalmente oferecer aos doentes metastáticos, mais do que uma esperança, uma realidade - sem dor e sem invasão".

Tratamento mais barato do que a radioterapia convencional

Contudo, a radioterapia de dose simples requer uma equipa estruturada e investigação em patologia molecular, para que se estude cada caso e a dose certa a dar em cada tipo de cancro.

 "Isto significa uma medicina personalizada. Seleccionamos a dose conforme a histologia e a genética de cada pessoa. Só pode ser executado por uma equipa multidisciplinar", comenta.

 Carlo Greco espera vir a receber doentes de hospitais portugueses e também de qualquer país da Europa ou do mundo: "Queremos abrir as portas a todos".

O director da Fundação lembra que a administração tem estado a trabalhar com o Governo português e que as negociações futuras serão feitas com cada um dos hospitais que manifestem interesse.

 Por agora, a Fundação só recebe doentes particulares, tendo já acordos com oito instituições com seguros de saúde. Apesar de nunca revelar o custo do equipamento para a radioterapia de dose única, Greco garante que o tratamento sai menos caro do que a radioterapia convencional. O custo para o sistema de saúde é muito mais baixo. A máquina vive por 10 anos e trata quatro vezes mais doentes", sublinha.»


Nota: Este artigo foi traduzido de Acordês para bom Português


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CONVÉM LEMBRAR

Estou preocupada...
Será que o Tó Seguro (Tótó para os amigos) faz escutas secretas? Será que consegue entrar no PC do Ministro das Finanças?
Esta de ele dizer que vai chumbar um OGE que ainda ninguém conhece e, supostamente, ele também não, mesmo que o governo volte atrás com a baixa da TSU,  franziu-me as sobrancelhas...

Mais. Tendo em conta que os donos da massa que nos alimenta disseram ontem em Bruxelas que ou a rapaziada por cá tem juízo e cumpre com o prometido e exigido (redução do déficit) ou temos o caso muito mal parado, pergunto-me:
Será que o Tó espera que o OGE seja aprovado sim, para evitar a "Grande Bronca", mas diz que não para fazer um bonito eleitoralista? Será que ele é capaz de uma coisa dessas? (pois, os anjos que me respondam...)

Claro que há sempre aquela opção "que se lixe a troika"...
Podemos sempre optar por nos virarmos sozinhos.
(As taxas de juro já recomeçaram a subir...)

Convém lembrar que a maior parte do que consumimos é importada e não estou a falar da Burbury's, da Nike nem dos chocolates belgas; estou a pensar em comida, em combustíveis e outros bens essenciais. Para já não referir de onde vem, de facto, o dinheirinho com que são pagos os funcionários públicos e os pensionistas.
Aqui para nós que ninguém nos ouve não há nada que me faça acreditar que o Tó quer "que se lixe a troika", nem o Tó nem a grande maioria das pessoas que no sábado se manifestaram contra a troika, pelo menos aquelas que tenham uma mínima noção do que se passaria em Portugal se a troika nos mandasse lixar.

O Tribunal  Constitucional pronunciou-se contra os cortes dos subsídios e o Presidente da República manifestou as suas reservas.

O governo substituiu os cortes pela baixa da TSU como medida  para reduzir o défice de 2013, com o prejuízo de 3/4 da receita que conseguiria com os subsídios - uma diferença de 500 milhões de receita contra 2.000 milhões.
Convém lembrar que esta diferença acarreta uma maior austeridade para cumprir o défice de 2013.
Eu acho preferível não ter subsídio a encarar mais austeridade mas cada um sabe de si.

A famigerada alteração da TSU é essencial?
Não, não me parece, desde que uma alternativa seja encontrada e acordada.
E a alternativa existe?
Existe, claro. A palavra de ordem é REDUZIR A DESPESA, já sabemos. Pois.

Não tenhamos a ingenuidade de acreditar que a redução de Despesa se resolve com a redução dos salários dos ministros, dos deputados e outros bichos afins. Não vai lá com a substituição dos BMW's por Fiat's 600 nem mesmo por bilhetes do Metro.
A redução da Despesa significa a diminuição substancial do aparelho do Estado, ou seja, com a dispensa dos funcionários que o Estado tem a mais e a eliminação de instituições que custam milhões sem produção equivalente. Traduzido em português corrente, despedimentos em barda e aumento drástico do desemprego.
Convém lembrar que se o governo optar por esta medida (e, pessoalmente, não vejo como a poderá continuar a evitar) vai haver outra manif. contra a miséria e os despedimentos. A Intersindical já tem os estandartes prontos para sair à rua.

Moral da história:

Ontem de manhã estava a tomar o meu primeiro café com um casal meu amigo e, para além do jogo do Sporting que lá se safou, falamos por alto da manif., do Paulo Portas. A dada altura a minha amiga, rapariga desperta e sensata, sai-se com esta:


- « Eu sou muito estúpida, eu devia era ter votado no Sócrates...»
- « Desculpa lá», espantei-me eu, «devias ter votado no Sócrates quando e porquê?»
- « Pois devia, como diz o povo e o povo sabe, quem comeu a carne que roa os ossos. O Sócrates é que devia ter ganho as últimas eleições e agora estava a aguentar-se com este sarilho todo e a malta na rua contra a troika e a arrear no governo. Isso é que ele merecia e eu gostava de ver. Depois então já poderia vir o salvador da pátria como virá depois do trabalho sujo feito».
Ora nem mais. Isso é que era bonito de se ver. Eu também devia ter votado no Sócrates.


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"QUE SE LIXE O POVO QUEREMOS É PORRADA PARA NOS PODERMOS QUEIXAR"



Há uns anos alguém me ofereceu umas fotocópias interessantíssimas de uma espécie de "Manual do Revolucionário" para aprendizes. Eficaz, sem dúvida. Explicava quais a acções a desenvolver para tomar conta de empresas, associações (estudantis e sindicais em particular), cooperativas, etc. Ah... e manifestações!

Independentemente da minha posição, que não tem a menor importância para o caso e que deixei claramente exposta no post anterior, milhares de pessoas saíram à rua neste sábado e manifestaram-se ordeiramente. Com muitas emoções à flor da pele, muita revolta, muito cansaço mas ordeiramente.
Com razões ou com emoções ninguém abusou da sua liberdade fazendo perigar a integridade do outro.

Mas a alguns, muito poucos, isto não chegou. Queriam porrada da grossa, queriam a polícia a carregar sobre os manifestantes, queriam sangue e vítimas. Um grupelho de instigadores fez o que pode para provocar uma grande chatice frente à Assembleia da República.
Quem tenha prestado uma acurada atenção poderá ter-se apercebido de que alguns dos rapazolas que se agitaram frente ao FMI, na Av. da República, eram exactamente os mesmos que estavam presentes nas primeiras filas junto à A.R.
 Felizmente a polícia de choque não reagiu de acordo com o esperado por estes inconscientes - para não dizer pior.

No vídeo acima a dada altura a jornalista diz que a polícia começou a carregar sobre as pessoas. Isto é absolutamente falso. Não se vê nas imagens, nem nestas nem nas da RTP ou nas da TVI; nenhum dos manifestantes entrevistados mais tarde referiu qualquer carga da polícia.

A polícia teve um comportamento corajoso e exemplar face a tanta provocação: arremesso de pedras da calçada, petardos, garrafas de vidro, arranque de sinais de trânsito, derrube de barreiras e o que mais se viu.
À polícia de choque, e a quem a comandou, o meu sincero aplauso.

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Escrito pela minha amiga Paula, que não sei se esteve ou não na manifestação - mas conhecendo razoavelmente as suas ideias não estranharia que tivesse estado - , palavras que deixou "postadas" na sua página do Facebook:

«Sei que não é pacífico o que vou dizer. Já me tinha esquecido como as multidões, mesmo que unidas por uma mesma intenção, um ideal, um desejo comum, são muito especiais, e escolho a palavra "especiais" para ser delicada. É apenas um pormenor. Mas não é inocente. A forma exacerbada como as pessoas reagem só por verem a polícia, não faz sentido. Pelo menos, no dia de hoje, não fazia sentido. Vi os polícias com os cães - e bem sei que a metáfora é forte, a imagem está carregada de sentidos históricos, políticos, literários. CÃES NEGROS. Pois está. Mas mesmo assim e apesar de. Não faz sentido blasfemar e pronunciar injúrias e palavrões e ameaçar só porque. Só porque o polícia está ali. Só porque o é e porque sim!
Queria apenas, como legenda a esta foto, fazer uma pergunta: E AGORA, JOSÉ? Mas a minha irmã achou que não se perceberia : ) »
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Um outro assunto conseguiu captar a minha atenção hoje. 
Ahhhh Paulinho, nunca me enganaste! Como pode um homem fugir à sua natureza?
Estou mortinha por te ouvir amanhã e saber como vais convencer-nos do quanto és bom rapaz. Fala, fala que o teu falar tem graça.



O PODER DA DEMAGOGIA

DEMAGOGIA:
  • Discurso ou acção que visa manipular as paixões e os sentimentos do eleitorado para conquista fácil de poder político
  • Termo de origem grega que significa "arte ou poder de conduzir o povo". A Demagogia é uma ideia política que consiste em apelar a emoções e sentimentos (amor, ódio, medo, inveja, desejo) para ganhar o apoio popular, frequentemente mediante o uso da retórica e da propaganda.
  • Arte de conduzir o povo a uma falsa situação. "A arte de conduzir o povo". Dizer ou propor algo que não pode ser posto em prática, apenas com o intuito de obter um benefício ou compensação.


 Começa como escrito nessa quadra de linhas aí abaixo o manifesto publicado no "Facebook" pela organização (?) da manif.
«Que se Lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas!»
marcada para este próximo sábado, 15 de Setembro:
«É preciso fazer qualquer coisa de extraordinário. É preciso tomar as ruas e as praças das cidades e os nossos campos. Juntar as vozes, as mãos. Este silêncio mata-nos. O ruído do sistema mediático dominante ecoa no silêncio, reproduz o silêncio, tece redes de mentiras que nos adormecem e aniquilam o desejo.»
Pela parte que me toca acho muito bem que as pessoas se manifestem de acordo com a sua consciência - o direito à manifestação é um dos pilares da Democracia.
Salvaguarde-se que há que ter em  conta que se pretende que se  manifesta a consciência, a  racionalidade e não apenas um estado de alma, sentimentos e emoções que, por muito compreensiveis e justificados que sejam em nada contribuem para a resolução dos problemas reais nem para a alteração do status.
A subjectividade é um direito humano que reproduz a variedade de opiniões e criatividade;
A objectividade funda-se em factos indiscutíveis, ou passiveis de discussão estéril.

Facto: A Torre Eiffel existe.
Seja qual for a opinião que tenhamos acerca da Torre, ela existe. Podemos deita-la abaixo, acrescenta-la ou pinta-la de cor de rosa, nada altera o facto de que actualmente ela existe.

Facto: a situação de ruptura económica de Portugal existe.
Em Abril de 2011, ou seja, há exactamente um ano e meio, Portugal faliu: o dinheiro que o Estado português tinha nos seus cofres não chegava para pagar os salários e pensões de reforma.( É. Em Abril de 2011 Portugal tinha nos seus cofres 300 milhões de euros; para termos comparativos, Tom Cruise ganha por ano 60 milhões de euros)

Por mais que o governo em funções, em Abril de 2011,  ainda presidido por José Sócrates, se tivesse negado a assumir a absoluta necessidade de pedir um resgate europeu viu-se forçado a fazê-lo. O governo, e os partidos maioritários, comprometeram-se com as condições especificadas pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, vulgo "Troika" para que fosse concedido um empréstimo que resgatasse, literalmente, a insustentável situação económica e social do Estado português. E pudemos então respirar, ou seja, pagar a funcionários, serviços e subsidiados do Estado - o que também é um facto.

Pudemos respirar mas, provavelmente, não quisemos tomar consciência das obrigações que contraíamos nem das incontornáveis alterações que teríamos de impor ao país, a todos nós.
Não foi, não é, nem será, mais possível continuarmos a viver dentro da esquemática económica em que vivíamos.
O dramático "aperto" em que nos encontramos é directamente proporcional à rebaldaria em que passivamente vivemos, aos astronómicos gastos a que nos habituamos muito acima da nossa real condição de pequenos-produtores/grandes-consumidores
E agora? Agora "aqui d´El rei qu´eu nã m´águento". Pois é, acontece sempre quando vem a factura da rebaldaria.
E a culpa? A culpa é sempre de quem toma medidas reais para alterar uma situação menos penosa mas factualmente insustentável. Não, ninguém nos vai dar dinheiro para continuarmos a pagar tudo o que estávamos habituados a pagar. E temos de pagar o que pedimos se queremos ser levados a sério, se quisermos manter o crédito aberto para os nossos lusos desaires, se quisermos conquistar mercados. É duro mas é um facto.
«... tomar as ruas e as praças das cidades e os nossos campos. Juntar as vozes, as mãos.»
É bonito, é até poético, é poesia surrealista.
Lembra-me um refrão em voga nos anos 70:
"Junta a tua à nossa voz, avante camarada, avante e o Sol brilhará para todos nós"

É revolucionário? Não. É demagógico, é manipulação:
Quem concebe esta mobilização (e já a próxima greve geral) sabe que  o «queremos as nossas vidas» vai ao encontro de um desejo generalizado, um sentimento enraizado mas que a recuperação "da vida" não passa por aí; passa por uma estabilização da economia, por um aumento da produção, pela redução drástica da Despesa.
Por passa apenas uma acção política concertada de conquista de poder e não a "espontânea reacção" no facebook. Por passa a mobilização de massas descontentes e fragilizadas com com um fim que nada tem a ver com a reconquista das nossas vidas
Isto deveria ser óbvio mas, ao que parece, não é.

Num ponto creio que a majoríssima parte dos portugueses estará de acordo: é fundamental conseguirmos a estabilização da economia, o aumento da produção, e a redução drástica da Despesa.
O "desacordo" começa não no que é fundamental mas na forma de o conseguir e, se coloco "desacordo" entre aspas, é porque para discordar de algo é necessário conceber uma ideia ou acção alternativa e praticável que se opõe, caso contrário não se trata de desacordo mas de mera contestação.
Contestação vejo muita, propostas de alternativas nem por isso.

Tomemos o caso da redução da Despesa Pública.
Uma série de organismos e fundações têm os dias contados - foi anunciado pelo governo.
OK. Só quero ver quando "os baluartes da redução da Despesa" constatarem que os seus ganha-pão vão ser encerrados, se não lhes dá para mudarem o seu móbil contestatário.

E mais. E pior... Mais grave.
A redução eficaz da Despesa pública, a redução do déficit orçamental, seria possível se fossem cortados (leia-se despedidos) cerca de 100 mil activos (leia-se trabalhadores), para mais e não para menos, do sector estatal. O governo opõe-se a fazê-lo.

Pergunto: alguma das almas que considera «Que se Lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas» se ergueria no meio da manif. para gritar: «Queremos as nossas Vidas, despeçam 100 mil pessoas»? Hum... não creio.
E não respondam «mas não é preciso». É. O aparelho de Estado tem mais peso do que aquele que o Estado suporta.
«Ah, mas há outras maneiras». Há? OK, digam quais, preto no branco, concretamente, sem facilitismos, romantismos nem demagogias.
«Para começar «Que se Lixe a Troika!»

Meus amigos, se não fora a Troika tínhamos deixado de comer há um ano e meio, e isto é um facto. Pode ser contestado à vontade mas a Torre Eiffel existe na mesma - assim como a falência nacional. Deixemo-nos de romantismos, precisamos ser adultos e racionais.
Não fora a Troika e os lixados somos nós, a verdade é esta doa a quem doer. Só nós podemos sair disto.
Talvez isto vos soe familiar e razoável:
«Queres independência? Acho muito bem. Ganha-a, a refilar não chegas lá».


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11

11 anos depois do dia 11,
o dia que mudou o mundo.

O dia que nunca vou esquecer



MANEL ZÉ

Talvez não seja a melhor forma de o fazer mas não quero pegar no telefone e dizer aos nossos amigos; sei que viriam conversas que não quero ter.
Espero que me entendam, que aceitem.


MANEL ZÉ
1959 - 2012

Uma vez o Manel Zé disse-me:
«Sou feliz porque estou como quero e tenho tudo o que quero; o que não sou ou não tenho não me é essêncial mas, pela primeira vez, acredito que sou capaz de chegar onde quiser»

Foi de facto assim, por algum tempo. Depois caiu uma noite sombria e os sonhos dele liquefizeram-se como se tivesse bebido a vida inteira de um só trago.

Lamento profundamente que não tenha usufruído da sua vida com todo o esplendor que merecia, que conheceu.

Lamento que tenha partido sem voltar a ser feliz




 .

DOIS SERES HUMANOS

Uma história escrita por um taxista de Nova Iorque
Publico-a aqui porque calou fundo em mim, deixou por momentos um silêncio doce e tive a sensação de "pensar em nada"; não há, de facto, mais nada a acrescentar.

Deixo, aqui na introdução, as três últimas frases deste relato sensivel e despretencioso:

«Penso que não fiz nada de tão importante na minha vida

Nós fomos condicionados para pensar que as nossas vidas giram em torno de grandes momentos

Mas grandes momentos apanham-nos maravilhosamente de surpresa  envolvidos naquilo que outros podem considerar um momento banal»


«I arrived at the address and honked the horn. After waiting a few minutes I honked again. Since this was going to be my last ride of my shift I thought about just driving away, but instead I put the car in park and walked up to the door and knocked.. 'Just a minute', answered a frail, elderly voice. I could hear something being dragged across the floor.

After a long pause, the door opened. A small woman in her 90's stood before me. She was wearing a print dress and a pillbox hat with a veil pinned on it, like somebody out of a 1940's movie.

By her side was a small nylon suitcase. The apartment looked as if no one had lived in it for years. All the furniture was covered with sheets.

There were no clocks on the walls, no knickknacks or utensils on the counters. In the corner was a cardboard box filled with photos and glassware.

'Would you carry my bag out to the car?' she said. I took the suitcase to the cab, then returned to assist the woman.

She took my arm and we walked slowly toward the curb.

She kept thanking me for my kindness. 'It's nothing', I told her.. 'I just try to treat my passengers the way I would want my mother to be treated.'

'Oh, you're such a good boy, she said. When we got in the cab, she gave me an address and then asked, 'Could you drive through downtown?'

'It's not the shortest way,' I answered quickly..

'Oh, I don't mind,' she said. 'I'm in no hurry. I'm on my way to a hospice.

I looked in the rear-view mirror. Her eyes were glistening. 'I don't have any family left,' she continued in a soft voice..'The doctor says I don't have very long.' I quietly reached over and shut off the meter.

'What route would you like me to take?' I asked.

For the next two hours, we drove through the city. She showed me the building where she had once worked as an elevator operator.

We drove through the neighborhood where she and her husband had lived when they were newlyweds She had me pull up in front of a furniture warehouse that had once been a ballroom where she had gone dancing as a girl.

Sometimes she'd ask me to slow in front of a particular building or corner and would sit staring into the darkness, saying nothing.

As the first hint of sun was creasing the horizon, she suddenly said, 'I'm tired.Let's go now'.
We drove in silence to the address she had given me. It was a low building, like a small convalescent home, with a driveway that passed under a portico.

Two orderlies came out to the cab as soon as we pulled up. They were solicitous and intent, watching her every move. They must have been expecting her.

I opened the trunk and took the small suitcase to the door. The woman was already seated in a wheelchair.

'How much do I owe you?' She asked, reaching into her purse.

'Nothing,' I said

'You have to make a living,' she answered.

'There are other passengers,' I responded.

Almost without thinking, I bent and gave her a hug.She held onto me tightly.

'You gave an old woman a little moment of joy,' she said. 'Thank you.'

I squeezed her hand, and then walked into the dim morning light.. Behind me, a door shut.It was the sound of the closing of a life..

I didn't pick up any more passengers that shift. I drove aimlessly lost in thought. For the rest of that day,I could hardly talk.What if that woman had gotten an angry driver,or one who was impatient to end his shift? What if I had refused to take the run, or had honked once, then driven away?

On a quick review, I don't think that I have done anything more important in my life.

We're conditioned to think that our lives revolve around great moments.

But great moments often catch us unaware-beautifully wrapped in what others may consider a small one....»


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