Há uns anos alguém me ofereceu umas fotocópias interessantíssimas de uma espécie de "Manual do Revolucionário" para aprendizes. Eficaz, sem dúvida. Explicava quais a acções a desenvolver para tomar conta de empresas, associações (estudantis e sindicais em particular), cooperativas, etc. Ah... e manifestações!
Independentemente da minha posição, que não tem a menor importância para o caso e que deixei claramente exposta no post anterior, milhares de pessoas saíram à rua neste sábado e manifestaram-se ordeiramente. Com muitas emoções à flor da pele, muita revolta, muito cansaço mas ordeiramente.
Com razões ou com emoções ninguém abusou da sua liberdade fazendo perigar a integridade do outro.
Mas a alguns, muito poucos, isto não chegou. Queriam porrada da grossa, queriam a polícia a carregar sobre os manifestantes, queriam sangue e vítimas. Um grupelho de instigadores fez o que pode para provocar uma grande chatice frente à Assembleia da República.
Quem tenha prestado uma acurada atenção poderá ter-se apercebido de que alguns dos rapazolas que se agitaram frente ao FMI, na Av. da República, eram exactamente os mesmos que estavam presentes nas primeiras filas junto à A.R.
Felizmente a polícia de choque não reagiu de acordo com o esperado por estes inconscientes - para não dizer pior.
No vídeo acima a dada altura a jornalista diz que a polícia começou a carregar sobre as pessoas. Isto é absolutamente falso. Não se vê nas imagens, nem nestas nem nas da RTP ou nas da TVI; nenhum dos manifestantes entrevistados mais tarde referiu qualquer carga da polícia.
A polícia teve um comportamento corajoso e exemplar face a tanta provocação: arremesso de pedras da calçada, petardos, garrafas de vidro, arranque de sinais de trânsito, derrube de barreiras e o que mais se viu.
À polícia de choque, e a quem a comandou, o meu sincero aplauso.
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Escrito pela minha amiga Paula, que não sei se esteve ou não na manifestação - mas conhecendo razoavelmente as suas ideias não estranharia que tivesse estado - , palavras que deixou "postadas" na sua página do Facebook:
«Sei que não é pacífico o que vou dizer. Já me tinha esquecido como as multidões, mesmo que unidas por uma mesma intenção, um ideal, um desejo comum, são muito especiais, e escolho a palavra "especiais" para ser delicada. É apenas um pormenor. Mas não é inocente. A forma exacerbada como as pessoas reagem só por verem a polícia, não faz sentido. Pelo menos, no dia de hoje, não fazia sentido. Vi os polícias com os cães - e bem sei que a metáfora é forte, a imagem está carregada de sentidos históricos, políticos, literários. CÃES NEGROS. Pois está. Mas mesmo assim e apesar de. Não faz sentido blasfemar e pronunciar injúrias e palavrões e ameaçar só porque. Só porque o polícia está ali. Só porque o é e porque sim!
Queria apenas, como legenda a esta foto, fazer uma pergunta: E AGORA, JOSÉ? Mas a minha irmã achou que não se perceberia : ) »
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Um outro assunto conseguiu captar a minha atenção hoje.
Ahhhh Paulinho, nunca me enganaste! Como pode um homem fugir à sua natureza?
Estou mortinha por te ouvir amanhã e saber como vais convencer-nos do quanto és bom rapaz. Fala, fala que o teu falar tem graça.
" Arremeçar"???
ResponderEliminarHups...Arremessei um erro mal arremessado.
ResponderEliminarCaríssimo anónimo vou corrigir de imediato, grata pela chamada de atenção
Já não tenho pachorra para escrever sobre estes assuntos, e como eu não o diria melhor, vou copiar este teu texto e colocá-lo no meu blogue.
ResponderEliminarBjs
Dispõe sempre, para mim é uma honra ser publicada no teu belíssimo blog. A sério.
ResponderEliminarBeijinho
Obrigado. Um beijo para ti também-
ResponderEliminarZé