Hoje publico dois, sobre o mesmo tema
As frases a negrito são enfases meus, onde encontro a minha opinião reflectida palavra a palavra.
Por mim, sobre o tema só tenho uma pergunta a deixar aos militantes “que se lixe a troika”, pergunta honesta porque eu não fui lá nem vi: Por acaso estava por lá o Zé Sócrates ou alguém do seu séquito?
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«Um milhão onde não cabem 300 mil»
03/03/2013 Por in Aventar 23 Comentários
2 de Março de 2013
«Não fui, nem nunca iria a uma
manifestação como esta que se verificou ontem, apesar de saber que
poucas coisas, nos dias de hoje, andam razoavelmente bem no nosso País.
Não encontro nos organizadores e apoiantes, no slogan simplista “que se
lixe a troika”, e no entoar da “Grândola” em tudo quanto é canto e
esquina ou acontecimento político em que intervenham ministros, qualquer
vislumbre de pensamento positivo ou de propostas alternativas que sejam
viáveis.
No entanto, este 2 de Março foi um marco, um aviso sério, um grito lancinante, feitos do desespero de alguns (muitos) e do oportunismo de muitos (demasiados).
Neste 2 de Março as gentes vieram para a rua não só para gritar
contra a troica, não só para gritar contra Gaspar ou Álvaro, mas
especialmente para avisar seriamente Passos Coelho do desespero que as
consome.
Neste 2 de Março, o governo, melhor dito, o nosso Primeiro Ministro,
tem de perceber que o povo está descontente, que não foi neste Gaspar
duro e aparentemente insensível que o povo votou e que o desespero pode
provocar um ainda maior descalabro social.
Passos Coelho tem de tirar ilações disto que se passou e actuar em conformidade. Foi para isso que o voto lhe foi dado pela maioria do Portugueses. Se o não fizer, corre sérios riscos de não se aguentar muito mais tempo na governação.
Passos Coelho tem de tirar ilações disto que se passou e actuar em conformidade. Foi para isso que o voto lhe foi dado pela maioria do Portugueses. Se o não fizer, corre sérios riscos de não se aguentar muito mais tempo na governação.
Mas neste 2 de Março também há um enorme aproveitamento político da parte de alguns. Ou senão, vejamos os números.
Independentemente da real grandeza da manifestação, que foi realmente
grande, os promotores conseguiram colocar um milhão de pessoas onde não
cabem mais de duzentos mil e quatrocentos mil onde nem oitenta mil
cabem, só para mostrar aos inocentes a força que a manifestação teve.
Esperava-se seriedade de quem quer tudo direitinho, não estas
mentiras. São afinal iguais aos que mentem descaradamente e nos entram
diariamente pela porta/televisão/rádio dentro, seja a falar de greves,
de sacrifícios próprios ou alheios, ou seja pelo que for.»
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«A LEGITIMIDADE VEM-NOS DO VOTO,
NÃO DAS MANIFESTAÇÕES DE GRUPOS»
20 de Fevereiro de 2013, in Atributos
.«PERSEGUIÇÃO NÃO É CRIME?»
«Há para aí grupelhos de gentinha que se intitulam donos da verdade.
Mas também é verdade que não as pode ignorar sob o risco de soçobrar.»
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«Há para aí grupelhos de gentinha que se intitulam donos da verdade.
Dessa forma entendem que tudo o que
façam ou possam fazer está dentro dos seus direitos, e que tudo o que os
outros fizerem ou disserem, desde que em dissonância com a sua (deles)
ideia, está do lado de fora desses mesmos direitos.
Na democracia deles, só fala quem eles quiserem.
Vem isto a propósito das recentes manifestações do grupo "que se lixe a troika" (para além da manifestação em si que impediu "democraticamente" alguém de exercer o seu direito a ser ouvido, o que mais me incomodou foi o ver as caras de ódio e ouvir os gritos, facilmente audíveis nas primeiras gravações apresentadas a público, de "assassino" e "ladrão") que impediram ministros da República de falarem e das intenções confirmadas e ditas em público, de perseguirem membros do governo, impedindo-os de falarem ou ... seja do que for, até à manifestação programada para 2 de Março.
Esquecem estas gentinhas que a
legitimidade das pessoas advém do voto popular e das maiorias aí
conseguidas, e não de manifestações mais ou menos fortes ou com mais ou
menos gente, que esses grupinhos organizam.
A razão que muitas vezes temos pode perder-se ao enveredarmos por acções que o colectivo abomine, para além de se poder duvidar da real representatividade destes grupos em relação ao povo Português.
E o governo mal irá se se deixar dominar por estas pressões.Mas também é verdade que não as pode ignorar sob o risco de soçobrar.»
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