SERÁ QUE NÃO ESTAMOS SÓS?

Talvez não estejamos sós no universo mental que envolve os portugueses
Uma imagem trouxe-me uma réstia de esperança
Ou o único carro cuja matricula se vê pertence a um turista/emigrante/diplomata
Ou estas coisas também acontecem sem ser em Portugal
Será?

DIZ-ME O QUE "TWITTAS" DIR-TE-EI QUEM ÉS

Há uns dias andou por aí um forróbódó nos jornais e nas redes sociais porque uns cavalheiros do PS, federação de Braga, andaram ao estalo. Cá por mim acho que toda a gente tem o direito de andar ao estalo e não há que discriminar  os militantes do PS, muito menos de Braga, terra de águas frias e sangue quente. Não é um bom sintoma no que toca à camaradagem que por lá reinará mas não é o fim do mundo nem  assunto para excitar tantas mentes opinantes; até o diabólico Professor Marcelo gastou palavras e tempo para referir o assunto. Referir, disse eu, não dissecar, analisar ou qualquer outro exercício racional que se debruçasse sobre o fulcro da questão - nem o Marcelo nem ninguém que me passasse sob os olhos.
E é isto que acho espantoso!
Eu quero lá saber que uns tipos do PS andem ao estalo, até acho graça, animado, o que me confunde é que ninguém tenha tirado conclusões acerca de por que é que andaram ao estalo. A notícia foi dada, foi, a "talho de foice", mas não me apercebi de que alguém tivesse dissertado acerca da pouca vergonha que motivou o acalorado encosto de coletes.

O senhor deputado deputado João Galamba publicou, na sua página oficial do Twitter, os resultados da votação  de uma moção sobre a realização do congresso do PS. Segundo o Galamba os resultados de tal votação seriam: 43 votos a favor e 2 contra e 26 teriam abandonado a sala.
Segundo o Galamba e mais ninguém porque a votação não teve lugar, não passou de imaginação do Joãozinho-a-twittar.
E vai daí?

Vai daí o PS emitiu um comunicado para as redacções noticiosas (21 de Junho) no qual dizia  ter tido conhecimento “de alegadas agressões físicas a um funcionário no interior do edifício sede da Federação Distrital do Partido Socialista de Braga, razão pela qual mandatou o Gabinete Jurídico e Contencioso para, nos termos da lei, instaurar o correspondente processo de averiguações interno, por forma a apurar a veracidade dos factos e os seus responsáveis”.
Pronto, está bem, é suposto as reuniões não acabarem ao estalo, mesmo as do PS.
Então e o Galambas? Ninguém liga nenhuma ao Galambas?

O Galambas inventou a votação de uma moção, inventou os resultados, inventou até que uns quantos saíram da sala, publicou o seu invento e não tem direito a "processo de averiguações interno"?
Mais. O Galambas não tem direito a parangonas titulares nos jornais, como teve a cena de estalo, fazendo jus à sua criatividade?

Não entendo, acho injusto, coitado do Galambas, o homem que se fartou de trabalhar na Comissão Parlamentar de Ética durante a reinação do Zé Sócrates.


O RESCALDO... POIS.

PORTUGAL X ALEMANHA

Pois, foi uma chatice, tive pena... Dava-me gosto ter ganho a uma das equipas mais fortes do campeonato, pois que dava.
Mas os alemães tinham melhor preparação física, pois que tinham.
Os alemães tiveram um senhor árbitro, perdão, um árbitro que gostava mais deles do que dos portugueses, pois que tiveram.
Os alemães marcaram um golo de penaltie, que eu não percebi lá muito bem, aos 11 minutos que deixou a equipa portuguesa cheia de nervos e a tender ao disparate, pois que tendeu.
E...
E eu não acredito em bruxas mas lá que elas voam,  ah pois que voam. Talvez a esquerda festiva tenha razão, talvez a Ângela seja mesmo uma bruxa...

O Curandeiro 
Falou-lhe ao ouvido e o alemão ficou logo bom
Ontem foi, para a equipa portuguesa, aquilo que os antigos chamavam "um dia nefasto", pois mui nefasto:
um árbitro contrário, lesões impeditivas (então a do Coentrão foi obviamente um bruxedo), um jogador a passar-se dos carretos com um fiteiro germânico (Pepe, esse encostozeco de cabeça não faz jus ao cartão vermelho, se é para ser expulso arreia-se à séria, estuda bem os vídeos das cabeçadas do Zidane).

Podia ter sido pior - eu vou sempre pelo lado ensolarado da vida - pelo menos ainda podemos mandar umas bocas aos espanhois... E ainda podemos dar a volta a esta fase, podemos vencer os EUA, ou não... Ou ficar contentes porque fomos dos que conseguiram ser apurados para o Campeonato do Mundo. Cá por mim não desarmo, tristezas não pagam dívidas, muito menos à Alemanha. ´Bora lá.
A empresa TBWA hoje, em Lisboa
Uma agencia de Pub. que tem como lema:
"It's more fun to be a Pirate than to join the Navy"

Em perigo não está o país, não chega a tanto, mas já Paulo Bento que se ponha a pau... António Costa, a ter em conta a informação do "Inimigo Público" de hoje, está de olho no seleccionador, parece que a sorte foi a equipa portuguesa não ter vencido a alemã por um mísero golito...

«António Costa teria avançado para o lugar do Paulo Bento se Portugal tivesse ganho por apenas 1-0»


«António Costa estava à espera do final do Portugal-Alemanha para decidir se avançava para o cargo de seleccionador nacional, mas acabou por ficar desiludido.
"Se tivesse sido uma vitória pífia e depois o Paulo Bento tivesse vindo cantar de galo e falar de uma grande vitória, eu avançava e tramava-o. Assim, com uma derrota esmagadora, prefiro que o Paulo Bento fique lá a arder em fogo lento", explicou o autarca. Já a ala socrática do PS quer que ele avance na mesma e faça ao Paulo Bento o que o Pepe fez ao Muller. VE »

Por Vítor Elias - In "Inimigo Público" 17 Jun.2014



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The D Day

O dia D, o princípio do fim da II Guerra, foi há 70 anos - 6 de Junho de 1944.
Cento e sessenta mil soldados aliados e sete mil embarcações constituíram a Operação Neptuno: os aliados invadiam cinco praias da Normandia, pelo mar e pelo céu.

Poucas horas depois cerca de 10 mil soldados aliados e quase 9 mil alemães haviam morrido.
Dois dias depois 2.500 civis franceses morreram durante os bombardeamentos da batalha da Normandia.

A 7 de Junho o porto artificial de  Arromanches, uma ideia miraculosa de Winston Churchil foi construído: fabricados em Inglaterra e rebocados por barcos ao longo de 175 km do Canal da Mancha, 115 blocos em betão, alguns com com seis mil toneladas, flutuavam sobre um "dique" formado por navios velhos da marinha mercante e constituíram a ponte de entrada de armamento, alimentos e medicamentos durante o restante tempo de guerra, o Mulberry Harbour, serviu para passar cerca de 18 mil toneladas de carga por dia.

Em menos de um mês, foram transferidos mais de 800 mil soldados, 148 mil
veículos militares e 570 mil toneladas de mantimentos através do canal da mancha, utilizando-se de aviões, navios o porto flutuante

Durante a madrugada de hoje, 70 anos depois, 20 minutos de fogo de artifício explodiu nas 5 praias da invasão da Normandia.

Tudo mudou? Não, nem tudo...

A Grã-Bretanha e os Estados Unidos continuam iguais a si próprios.
A Alemanha é presentemente um dos mais fortes aliados da Europa
A Rússia, nunca integrada no conceito europeu, desgastada e isolada pelos anos de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, é agora presidida por um ex-KGB - se é que é aplicável o sufixo ex quando referimos o KGB - que, provavelmente saudoso da sua URSS, tem sonhos expancionistas e isola a Mãe-Rússia.
Putin, o conquistador - Real Gana, 16Março14

E a França? Por vezes pergunto-me que devaneios político-culturais congelaram a evolução da mente colectiva dos franceses como se tivessem ficado cristalizados no Maio de 68.

Quando, em inequívoco uníssono, os países que integram o G8 sancionam a Rússia após a ocupação da Crimeia ucraniana,  passando assim a G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA - com a participação da União Europeia) , a França faz "uma manobra comercial paralela à sua concordância" e mantém a venda à Rússia de dois navios de guerra, não fazendo sequer menção de suspender a negociata. Não comento porque não me quero irritar. 

Após a ocupação da Crimeia, da manutenção de tropas russas em exercício junto à fronteira com a Ucrânia, da ocupação das cidades do sud-este ucraniano, da emissão de passaportes russos e apropriação dos bens imóveis daqueles que não os requereram, da ocupação de meios de comunicação social e poder local, da queima e substituíção de bandeiras e símbolos nacionais,  do roubo das listas de recenciamento eleitoral e dos boletins de voto a que tiveram acesso, em poucas palavras, à ocupação de território de um país independente, quantos de nós, europeus, não nos lembrámos das ocupações hitlerianas que vieram a culminar no início da II Guerra?

Haja calma, sabedoria, diplomacia... e força
Mas haja também bom senso e a consciência de que a época das ditaduras vê o seu fim, nem que seja à força.