Há uns dias andou por aí um forróbódó nos jornais e nas redes sociais porque uns cavalheiros do PS, federação de Braga, andaram ao estalo. Cá por mim acho que toda a gente tem o direito de andar ao estalo e não há que discriminar os militantes do PS, muito menos de Braga, terra de águas frias e sangue quente. Não é um bom sintoma no que toca à camaradagem que por lá reinará mas não é o fim do mundo nem assunto para excitar tantas mentes opinantes; até o diabólico Professor Marcelo gastou palavras e tempo para referir o assunto. Referir, disse eu, não dissecar, analisar ou qualquer outro exercício racional que se debruçasse sobre o fulcro da questão - nem o Marcelo nem ninguém que me passasse sob os olhos.
E é isto que acho espantoso!
Eu quero lá saber que uns tipos do PS andem ao estalo, até acho graça, animado, o que me confunde é que ninguém tenha tirado conclusões acerca de por que é que andaram ao estalo. A notícia foi dada, foi, a "talho de foice", mas não me apercebi de que alguém tivesse dissertado acerca da pouca vergonha que motivou o acalorado encosto de coletes.
O senhor deputado deputado João Galamba publicou, na sua página oficial do Twitter, os resultados da votação de uma moção sobre a realização do congresso do PS. Segundo o Galamba os resultados de tal votação seriam: 43 votos a favor e 2 contra e 26 teriam abandonado a sala.
Segundo o Galamba e mais ninguém porque a votação não teve lugar, não passou de imaginação do Joãozinho-a-twittar.
E vai daí?
Vai daí o PS emitiu um comunicado para as redacções noticiosas (21 de Junho) no qual dizia ter tido conhecimento “de alegadas agressões físicas a um funcionário no interior do edifício sede da Federação Distrital do Partido Socialista de Braga, razão pela qual mandatou o Gabinete Jurídico e Contencioso para, nos termos da lei, instaurar o correspondente processo de averiguações interno, por forma a apurar a veracidade dos factos e os seus responsáveis”.
Pronto, está bem, é suposto as reuniões não acabarem ao estalo, mesmo as do PS.
Então e o Galambas? Ninguém liga nenhuma ao Galambas?
O Galambas inventou a votação de uma moção, inventou os resultados, inventou até que uns quantos saíram da sala, publicou o seu invento e não tem direito a "processo de averiguações interno"?
Mais. O Galambas não tem direito a parangonas titulares nos jornais, como teve a cena de estalo, fazendo jus à sua criatividade?
Não entendo, acho injusto, coitado do Galambas, o homem que se fartou de trabalhar na Comissão Parlamentar de Ética durante a reinação do Zé Sócrates.
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