SILLY SEASON 2015

Uma vez mais tenho estado mergulhada num silêncio blogueiro. Pois.
Não é que não haja assunto por onde pegar e largar, rir e chorar, elogiar e insultar, dar graças e lamentar. Há, de sobra e, creio, que é na sobra que está o busilis... A fartura é tanta que acabo por deixar cair, como se me passasse pela cabeça pegar com as mãos na areia de uma praia: o mais sensato é deixar cair e pensar noutra coisa menos inútil.


Aqueles que por aqui passam com alguma regularidade por certo já se terão apercebido de que não serei a pessoa mais "certinha", mais "ajuízadinha" do mundo mas há um mínimo que é muitíssimo conveniente preservar;
Alguma sensatez, alguma noção do que é de facto importante, a capacidade de distinguir o que é prioritário do que é apenas contextual e passageiro, a capacidade de se ser consequente não comprometendo o amanhã em nome de um qualquer impulso ou interesse nos jogos imediatistas (pessoais, "lobbistas", políticos, etc.).

Não serei a pessoa mais "certinha", nem a mais esperta, nem a mais sábia mas fico estupefacta ao observar como, em nome do que "dá jeito", pior, do que "dá jeito agora", se comprometem as situações mais sérias, mesmo que por vezes seja evidente que se poderá estar face a um "ponto de não-retorno".

Não sou pessimista, muito pelo contrário, acho que o bom-senso acaba por prevalecer, que os tiranos acabam por cair, que as conveniencias pessoais, políticas e outras acabam por ser reduzidas à sua insignificância. Serei talvez aquilo que os "profetas da desgraça" chamam uma ingénua. Como queiram, estou-me nas tintas para os "profetas da desgraça".

De que falo? Isso é relativamente irrelevante. Claro que tenho em mente estes, aqueles e outros assuntos, pessoais, sociais e mundiais, a questão não é essa.
A questão é a forma inconsequente e insensata como vejo a vida, o mundo, rolar à minha volta. Perdoem-me a imodéstia mas é assim que vejo, por cá, por lá, por além, à minha volta, à volta do mundo.

É muita areia para a minha pequena camionete, vou antes fazer um bacalhau assado ou dar banho ao cão.

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