Foi em 2010 mas agora é que dava um jeitaço
Começo a achar que a provável candidatura de António Guterres afinal não é assim tão má.
As declarações de José sobre o amigo Lula, já à data, eram notáveis mas relidas hoje, à luz da vigência do PT no Brasil são de facto um mimo, considero mesmo a hipótese se as emoldurar para as reler nos dias cinzentos e sem graça.
O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, afirmou hoje que apoiaria uma eventual candidatura do Presidente do Brasil, Lula da Silva, ao cargo de secretário geral da ONU.
"Estaria na primeira fila desse apoio. Temos apoiado, em primeiro lugar, o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, como membro permanente", afirmou Sócrates, em entrevista publicada pelo jornal Folha de São Paulo.
"O Presidente Lula é uma grande figura da política mundial. Não sou apenas seu admirador e seu amigo, como tenho certeza de que ele é jovem demais para se retirar da política. Tenho certeza de que ele desempenharia muito bem qualquer cargo internacional", salientou.
"Lula tem um capital político tão importante no mundo que seria um grande desperdício não o aproveitar. Não deixarei de insistir com ele para que não se retire da política activa ao nível mundial", afirmou.
"O Presidente Lula mostrou ao mundo que a esquerda no Brasil pode governar e pode governar com responsabilidade. O trabalho que ele fez foi absolutamente notável, quer do ponto de vista da afirmação do Brasil como uma grande potência política e económica", disse.
"Quero um país competitivo e moderno, mas com justiça social e igualdade. O que diferencia hoje as duas grandes famílias políticas, esquerda e direita? É o encaminhamento da igualdade. E, para isso, o Estado tem uma tarefa, como aliás teve na última crise", salientou.
"Muitos de nós que desvalorizaram a acção do Estado só se lembraram do Estado nessa última crise, em que foi preciso a acção do Estado para conter aquilo que foi a desregulação completa dos mercados financeiros", disse.
José Sócrates sublinhou que o "político, socialista ou não, tem de lidar com a realidade e responder à realidade" e que "o mais importante para a esquerda é que seja realista".
"Toda aquela esquerda que achou que devia comportar-se apenas com retórica e idealismo fracassou. Isso não serviu a ninguém, muito menos para os que precisam da esquerda para melhorarem suas condições de vida", afirmou.
Pelo menos numa coisa José tem toda a razão: Quer ele quer Lula souberam bem usar a esquerda para a melhoria das suas condições de vida.
E é bonito ver isto, José bem sabe como os amigos são para as ocasiões...
Se Lula da Silva fosse secretário-geral da ONU por certo encontraria um lugarzito para José entre os vice-secretários; nada como ter gente de confiança por perto, amigos do peito, amigos que entendam "da coisa"
Ele há coisas...
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