SENTIDO DE HUMOR POLÍTICO

O Capitólio do Colorado possui uma colecção de pinturas que retratam os Presidentes dos Estado Unidos oferecidos pelos seus cidadãos. Até hoje não foi possível encomendar o retrato de Trump por falta de fundos, cerca de $10 000,  que são colectados pela Colorado Citizens for Culture, existe apenas um espaço vazio.
Na passada quinta-feira, durante uma visita guiada, o grupo deparou-se com um retrato de Putin com as dimensões apropriadas para ocupar o espaço.


Colorado Citizens for Culture, é uma associação promotora das artes que faz a colecta de fundos para os retratos dos presidentes dos EUA a serem expostos no Capitólio do Estado do Colorado.


Segundo esta associação, até ao aparecimento do retrato de Putin não tinha sido doada qualquer quantia para o retrato de Trump; desde então foram feitas duas doações num total de $45...

O AMOR TEM RAZÕES QUE A RAZÃO DESCONHECE

Trump não tem qualquer dúvida sobre o assalto informático, mediático, de troca de informações e compromissos que continuamente foi e está sendo operado pela Rússia na América e na Europa. Um dos seus dramas é esse, não ter qualquer dúvida: cria-lhe inseguranças de várias espécies. Não só o leva a, repetidamente, afirmar que ganhou as eleições como o impede de ultrapassar a questão e assumir-se como Presidente de pleno direito, que é.

E depois há a outra insegurança permanente, a de saber, melhor do que quase toda a gente, que algures fechado a sete chaves existem provas, documentos, gravações de ocorrências e negócios no mínimo comprometedores; saber, melhor do que quase toda a gente, quem possui as sete chaves para todo esse material congelado mas pronto a ser cozinhado.

AINDA ALGUÉM TEM DÚVIDAS SOBRE A TRELA CURTA QUE PRENDE TRUMP E SOBRE A MÃO QUE A SEGURA?


Quem tiver é porque as quer ter, sejam quais forem as evidencias permanecerá militantemente incrédulo defendendo que o pobre é vítima de uma cabala negra.
Seja, é uma opção.

Não há justificação alguma para o comportamento do presidente dos EUA.
E não me venham dizer (creio que essa ainda ninguém se atreveu a dizer) que é por convicção ideológica. Trump não tem ideologia, tem ego, e sobra.

Ao longo de uma semana de preparação digna de constar nos anais da história, para júbilo das hostes anti-democráticas e anti-europeístas, Trump declarou a UE como um Inimigo dos EUA - “I think the European Union is a foe,” . Atacou Merkel como estando subjugada à Rússia (logo ela...) com uma argumentação fraca e falseada nos números evocados, de tão fraca que era. Merkel não se perturbou, apenas a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã repôs os factos e disse placidamente não haver risco nem motivo de preocupação. Fez o possível para destabilizar a cimeira da NATO  - que, a seu ver, é importante fundamentalmente para os europeus - sob a capa das contribuições económicas, assunto já batido e debatido com calendário estabelecido.  Mas as tropas lá do sítio não se deixam enervar por tão pouco, fizeram-lhe a vontade e o bicho acalmou-se.
De notar que as declarações de Trump sobre as contribuições percentuais foram prestadas imediatamente após o início da reunião com as delegações da Georgia e da Ucrânia. (Ele há coisas...) Estas duas delegações tiveram de abandonar a sala de conferencias onde se realizou uma reunião de emergência dos países membros. Poder-se-ia pensar que lhe meteram uma "cunha" quanto ao timing escolhido.

Depois meteu-se no avião dirigindo-se a terras de Sua Majestade. Antes de aterrar  já tinha dado uma lamentável entrevista onde pretendeu abalroar a já encalacrada Theresa May e declarou um acordo comercial com a G.B. como morto. Depois deu o dito por não dito (once more) mas deixou no ar que quem seria um bom primeiro-ministro era o loiro europeu, nem mais nem menos de que Boris Johnson... Pois.

Por fim, ahh at last, o momento mais ansiado, desde há anos, o Vlad só para ele!
Ou talvez melhor dizendo, ele só para o Vlad...
Que se lixe a América, que se lixem as Agências de Informação e de Segurança, que se lixe a democracia e as eleições, que se lixem os assassinatos, os espiões, os refugiados sírios (e todos os outros), que se lixe a Crimeia e quem morreu num avião comido por um míssil. Que se lixem os aliados. E que se lixem as investigações, sobretudo isso; há verdades que não podem, em circunstância alguma, ser expostas; venham elas de onde vierem.

Querido Vlad, passa-me a bola que eu defendo.

"I have great confidence in my intelligence people, but I will tell you that President Putin was extremely strong and powerful in his denial today," 

THE BIZARRELY RUDE MAN

O QUE SE PASSOU?
ESTÁ AÍ, NO VÍDEO ABAIXO
https://twitter.com/twitter/statuses/1017896641553199104

O QUE REALMENTE SE PASSOU?
ESTÁ AQUI, EM PRIMEIRA MÃO, NO REAL GANA


Queres jantar? Pede à Teresa.
Eu dou-te um chá que bem precisas
http://time.com/5333083/queen-elizabeth-trump-visit-presidents/




...E FEZ-SE LUZ.


Às vezes o impossível acontece, não é frequente mas acontece. É uma conjunção  de factores que entram em convergência num mesmo lugar ao mesmo tempo:
é o milagre, a ciência, a perseverança, a vontade férrea, uma esperança desmedida e coragem, a coragem posta em prática gerando actos heróicos.
O impossível desfaz-se, as trevas cedem e a luz brilha de novo.

Às vezes o impossível acontece, é bom reter esta verdade, esta lição de vida.


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QUE QUERES QUE DIGA?

Recebi um e-mail de um amigo, do qual transcrevo o início,  que se refere ao meu silêncio, aqui no blog e, sobretudo, por achar "estranho" que quebre esse silêncio para falar de futebol. Resolvi responder-lhe aqui por me parecer apropriado, vamos lá a ver se me faço entender



E por aí fora.

Está bem,.
Em primeiro lugar gosto de futebol, sobretudo das grandes competições como o Europeu e o Mundial. Não me passo dos carretos, não paro a minha vida, não tenho discussões. Vejo, emociono-me "à séria", torço e regresso à normalidade possível. Tive pena de ver "os nossos meninos" virem para casa tão cedo, achei que mereciam mais mas ganha quem marca, sejam os penalties justos ou não. Adiante.

Sei o que estranhas embora não especifiques. Queres que te adivinhe, queres ver se afinal estou atenta. Estou. E adivinho-te.

Estranhas que não tenha tecido o menor comentário ao que se está a passar nos EUA - nos EUA, como é possível? -  com as quase 3000 crianças que foram separadas dos pais. Que queres que diga? 

Claro que o governo federal dos EUA tem o direito de implementar a política de imigração que bem entender mas a questão não é essa.
Claro que está consagrado o estatuto de refugiado e o direito ao pedido de asilo  na Constituição americana mas a questão também não é essa.
Claro que é uma violação do Direito Internacional  e da Carta de Direitos Humanos da qual os EUA são signatários mas a questão até já nem é essa.

Trump implementou uma acção política para alimentar as suas bases e como meio dissuasor para os emigrantes sul-americanos. O tiro saiu-
lhe pela culatra.

Primeiro, qualquer pessoa com um mínimo de seriedade sabe que nunca seria assim que se poderia fazer uma reforma da política de emigração, para já não falar de uma reforma legislativa. 
Mais uma vez, para Trump, a questão não é essa, é outra, demonstrada mas não confessada. E está-se "nas tintas", desde que caia bem para o lado dele. 
Segundo, acresce que o "birras" quer construir "A Great Wall" e tem de ser antes das presidenciais de 2020. A coisa não está a correr bem, não sobram os dólares ao Congresso e muito menos ao Senado. Os Democratas são uns malandros que querem os EUA invadidos por gangs e traficantes. Há que ir satisfazendo as bases enquanto não chegam as betoneiras.

Porquê o meu silêncio?

Porque crianças não são meio de fazer política, seja por que razão for. Nunca.
O pânico e a aflição de pais não são meio de fazer política, seja por que razão for. Nunca.
Porque me recuso a fazer um ataque de cariz político utilizando uma questão tão grave e angustiante quanto esta, que ultrapassa todas as políticas, que degrada toda a ética.
"Eles que não os tragam para servirem de passaporte" não é argumento. É desumanidade, é insensibilidade, é um nojo. Argumento não.

Pior. Quando foi assinada a ordem executiva de "Zero Tolerance" não passou por aquela platinada cabeça que tivesse de a inverter subitamente. 
O resultado foi o caos habitual mas desta vez recaindo sobre crianças e pais. Quantas são, onde estão, quando são entregues aos pais, tornaram-se perguntas absurdamente repetidas e não respondidas. Nos EUA? Impensável.

Que queres que diga, que comente? Não tenho nada para dizer, constato com um nó no estômago, penso no meu filho, olho-o nos olhos enquanto jantamos e sinto uma náusea. Felizmente não vivemos numa vila de gangs e traficantes na América do Sul. Não tenho nada para dizer, do mal o menos, não sou americana.

Se não te importas vou ver o futebol. À falta dos "nossos meninos" dediquei a minha atenção e boa-vontade aos súbitos de Sua Majestade. Não me estou a dar mal, hoje equipei-me a rigor e saiu-me um grande e vitorioso jogo:

 
Deixa-me sentir boas emoções.

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