A DERROTA DE NARCISO

No dia 2 de Setembro, os seja, há dois meses, escrevi por aqui um post que republico hoje como se fora um "Eu-Bem-Te-Disse" dedicado aos que me chamaram "exagerada", aos que me disseram "nem-penses-nisso"; Em alguns casos, confesso, será mesmo um "Eu-Bem-Te-Disse-Toma-E-Embrulha"  para os que me atiraram um "isso-querias-tu". O que eu quero ou não quero não tira nem acrescenta às probabilidades de ocorrência; as probabilidades existem e são legíveis para quem souber o B+A=BA: conhecer os factos, equaciona-los e conseguir não inserir na equação as suas preferências pessoais. 

É nesta parte de "não inserir na equação as preferências pessoais" que a coisa falha.  Há muito quem não o consiga fazer e, nessa modalidade, o campeão é inegavelmente o propriamente dito Trump.

Para além de um "arremessozito", esta re-publicação tem por finalidade ser um auxiliar de memória, sobretudo para os que se sentem tentados a dar credibilidade às afirmações que fez o Bode Maligno ao princípio da madrugada pós-eleitoral na Casa Branca, ainda mal tinha começado a contagem de votos. Uma aberração intencional, uma largada de sangue fresco no aquário dos tubarões

Volto ao tema mais abaixo, após o intercalado re-post 

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A MIRAGEM

 As eleições presidenciais nos EUA decorrerão no dia 3 de Novembro
Conta-se que ao amanhecer do dia 4 se conhecerá o vencedor, certo?
Não, errado.

A razão...

Em 2020, com uma pandemia a assolar o mundo e muito drasticamente os Estados Unidos conta-se que o número de votos pelo correio seja pelo menos o dobro dos que votaram por essa via em 2016, o que corresponde a mais de 40% do eleitorado
Posto isto há que considerar os eleitores que optam por votar presencialmente e os que optam pelo correio.
Presentemente estima-se que 40 a 50% dos eleitores Democratas votarão pelo correio enquanto que apenas 20 a 21% dos Republicanos votarão por essa via;
(o que não é de estranhar face à desenfreada campanha que Trump tem feito contra os votos pelo correio que, na sua douta opinião - embora sem a menor base factual - sejam um meio de fraude eleitoral)

Em termos práticos o que quer isto dizer?

Se os valores percentuais estiverem correctos, e tudo leva a crer que sim, mesmo a existirem variações serão minimamente representativas, isto significa que os votos contados na madrugada de 3 para 4 de Novembro corresponderão a cerca de 80% dos votos Republicanos e a cerca de 50% dos votos Democratas, existindo assim uma "omissão" de cerca de +20% R +45% D., seja qual for a abstenção, obviamente. Isto foi denominado "Miragem Vermelha" (Red Mirage)  paradoxalmente o vermelho é a cor dor Republicanos)
Vai daí...

Tudo indica que ao raiar do dia 4 de Novembro Trump faça o seu discurso de vitória destinado a inflamar - melhor dizendo, a incendiar - os ânimos trumpistas e a "avisar" que os Democratas irão fazer o diabo a sete para corromper os resultados eleitorais. Obviamente que não irá salientar que cerca de 65% dos votos (não dos eleitores) estarão por contar, esse será o papel das "Fake News"

Depois...
Depois haverá que esperar, uns 4 dias intermináveis.
Os EUA estarão a ferro e fogo atravessando o inferno

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White House, 3 para 4 Nov. cerca da 1h30 da manhã, hora local 
(Discurso completo disponível no link acima à excepção do acrescentado "extra tele-ponto" como o inspirado "Stop the count")
«Good evening. I’d like to provide the American people with an update on our efforts to protect the integrity of our very important 2020 election. If you count the legal votes, I easily win. If you count the illegal votes, they can try to steal the election from us. If you count the votes that came in late — we’re looking at them very strongly. But a lot of votes came in late.»
«As everybody saw, we won by historic numbers»

«It’s amazing how those mail-in ballots are so one-sided, too. I know that it’s supposed to be to the advantage of the Democrats, but in all cases, they’re so one-sided.
We were up by nearly 700,000 votes in Pennsylvania. I won Pennsylvania by a lot,* and that gets whittled down to — I think they said now we’re up by 90,000 votes. And they’ll keep coming and coming and coming»
* (que ironia...).../...
«Likewise, in Georgia, I won by a lot — a lot — with a lead of over — getting close to 300,000 votes on Election Night in Georgia.» .../...
«We also had margins of 300,000 in Michigan. We were way up in Michigan; won the state. And in Wisconsin, we did likewise fantastically well.» .../...

«Today, we’re on track to win Arizona. We only need to carry, I guess, 55 percent of the remaining vote — 55 percent margins. And that’s a margin that we’ve significantly exceeded. So we’ll see what happens with that, but we’re on track to do okay in Arizona.»

«Our goal is to defend the integrity of the election. We’ll not allow the corruption to steal such an important election or any election, for that matter. And we can’t allow silence –anybody to silence our voters and manufacture results.»
(E agora uma nota de humor:)
«In Philadelphia, observers have been kept far away — very far away — so far that people are using binoculars to try and see, and there’s been tremendous problems caused.»

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É melhor parar por aqui, o discurso de "Vitória" que Trump fez na Casa Branca na madrugada de 3 para 4 foi uma das coisas mais desonestas e mal intencionadas a acrescentar ao seu interminável rol de mentiras. (Facts First - Fact check link)

Ao longo dos últimos meses tornou-se óbvio que Trump faria uma declaração de vitória eleitoral, que incitaria à não aceitação popular dos resultados eleitorais, que se assumiria como o defensor da integridade nacional... Como qualquer bom ditadorzeco.

Pois, mas a coisa não lhe vai correr bem, a sonhada "Dinastia Trump", com alterações à lei que permitissem o prolongamento dos mandatos - à boa maneira russa ou, ainda melhor, à moda dos chineses - não estará para breve; o Mini-Donald e a loirérrima Ivanka não têm o lugarzinho assegurado por direito hereditário. 

Hoje, final de domingo 8, Biden conta com 290 votos eleitorais, Trump com 214; falta fechar três Estados: 
o Alasca (que será republicano e vale 3 representantes no Colégio Eleitoral), 
a Georgia (provavelmente democrata e vale 16 representantes) 
e a Carolina do Norte ( por certo republicano a valer 15 representantes). 
Ou seja, ainda que os republicanos ganhassem estes três Estados conseguiriam apenas 248 representantes dos 270 necessários, é curto. 
Sem grande futurologia, os resultados finais apontam para 306/232. Ainda que sejam feitas recontagens - e serão - não é credível que haja qualquer alteração dos resultados eleitorais. 
Sobre o Senado falaremos após as segundas voltas a 5 de Janeiro.

O Bode Maligno não quer conceder a vitória eleitoral a Biden, está bem, é um problema dele, como dele será a triste figura. A concessão é apenas uma tradição de gente civilizada, não tem qualquer força legal. 

Outra estratégia falhada é o amontoado de processos que têm dado entrada nos tribunais dos Estados em que venceram os democratas; o objectivo não será por certo a anulação dos resultados, os próprios republicanos confessam não ter indícios de fraude - de algumas falhas sim mas não de fraude; o maquiavelismo doméstico de Trump (provavelmente gerado por mais uma ideia iluminada de Rudy Giuliani) será atrasar a declaração final dos resultados oficiais (pelo decurso dos processos) impedindo assim a votação do Colégio Eleitoral a 14 de Dezembro. Fraca estratégia. 

A 20 de Janeiro Trump terminará o seu mandato por força constitucional, com ou sem votação do Colégio. Se nessa altura Biden não tiver sido eleito colegialmente, a Speaker do Congresso, Nancy Pelosi, tomará a presidência dos EUA. (Digo com um sorrisinho discreto ao canto da boca que, para Trump, seria pior a emenda do que o soneto).

Entretanto, num reino obscuro e vulcânico...

Os advogados de Trump trabalham incansavelmente para inflamar os ânimos; o big-bang do momento é que encontraram 450 votantes que já faleceram
Pergunto eu: 
- Num país que tem tido uma media de 100mil mortes por dia (8Nov 120mil)
- Onde a votação antecipada teve início, em média, 40 dias antes (em alguns Estados mais noutros menos, calendário disponível AQUI)
- Onde o distanciamento social e o uso de máscaras foi fortemente negligenciado e até combatido e as grandes concentrações de pessoas foram uma constante,
Quais são as hipóteses de terem morrido 450 pessoas que votaram?
Adiante...

Os seguidores do culto de Trump podem parecer sossegados... mas não estão.
Organiza-se o inimaginável... Através da rede social "Parler", fundada em 2018, é a plataforma de contacto e divulgação da extrema-direita, consagrada "à liberdade de expressão" - leia-se, teorias de conspiração, discurso anti-semita, reuniões virtuais QAnon e, claro está, apoio militante e militarista a Trump. Ao contrário das outras redes sociais possibilita  a ocultação eliminação de postagens após a sua divulgação e o anonimato do autor. Curiosamente tem uma forte componente saudita...
Indubitavelmente por ali Trump está bem entregue, está com a sua gente

"Quando atravessares o Inferno continua a andar"

.

AVANTESMAS DESMASCARADAS

 Hoje acordei de chuva, ninguém me fez mal mas acordei assim, com um feitiozinho virado para o pró-soviético. Além da chuva foi segunda-feira, a coisa combina tão mal quanto uma camisa às riscas com uma gravata às bolas. Mas pronto, em piloto automático fui à vida: tratei dos cães - que não queriam pôr uma pata fora de casa (estava de chuva numa segunda-feira.) - deixei almoço, escrevi recados em post-it cor-de-rosa que colei no espelho da casa de banho e fui à vida. Cumpri com deveres de vários tipos, tomei um café, encomendei um frango, cumpri mais, exercitei (bastante) a paciência e finalmente suspirei um "acabou".

Quanto fechei a porta "aosafazêres" fui buscar o frango ali ao lado. Chovia que o céu a dava. Parei à entrada da pequena casa dos frangos. Melhor dizendo, estaquei. A Maria José dos frangos, que me topa à légua, olhou para mim e disse hesitante:

- Pode entrar...

Num tom vagamente stalinista respondi-lhe:

- Não, não posso, está aí um cavalheiro sem máscara a 30cm do seu colega, a respirar para cima dele enquanto ele trabalha e manuseia comida. É melhor para todos eu não entrar...

A avantesma olhou para mim, meteu a mão no bolso e retirou uma máscara que se dispôs a colocar com ar enfadado. Se fosse sexta-feira e estivesse Sol talvez me tivesse contido mas não era o caso:

- Tenha paciência mas explique-me por favor, se o senhor tem uma máscara no bolso, está dentro de uma loja de comida com três pessoas a trabalhar e três à espera aí dentro porque está a chover, por que raio não a tinha posta?

Responde a avantesma com o mundo inteiro a olhar para ele banhando-o em curiosidade:

- Hoje os números já baixaram...

A vingança tomou conta de mim: ou lhe chamava "cavalgadura" ou reunia contra ele as Tropas do Olhar Acusatório. Assumi o comício e falei para o povo, todo de máscara, que esperava o desfecho com interesse:

- Ah, tem razão, há 3 dias passámos os 2600 novos casos, que se saibam,  hoje, apesar de ser segunda-feira e os números são sempre mais baixos, nem chegamos aos 1950, foram só uns ranhosos 1949. Desculpe-me, tem razão, vamos tirar a porcaria das máscaras e abraçar-nos de alegria.

A avantesma agarrou no saco com o frango, esqueceu-se das batatas e saiu apressado enquanto a Maria José dos frangos gritava sorridente: senhor, olhe o seu troco...


O mundo está cheio de cavalgaduras, muito mais do que eu suspeitava.

NÃO É FÁCIL MAS É SIMPLES

A meio dos anos 70 Chris De Burgh lançou um album ao qual chamou "Spanish train and other stories"; o tema de abertura, bem elaborado e distinto das canções que popularam os anos 70, é "Spanish train" que, entre o declamado e o cantado, conta a história de um comboio que atravessa a zona pantanosa do Guadalquivir até Sevilha... transportando almas. Segue-se um jogo por essas almas entre o diabo e o Senhor

Já houve quem me contrapusesse "O Sétimo Selo", filme de Bergman, mas essa luta é outra, entre a vida e a morte, a salvação de uma alma em desespero, uma luta individual. 

Aquilo em que quero pegar, aqui e agora, nada tem de individual, refiro um nível transcendente de confronto cíclico entre Luz e Trevas no qual a humanidade se joga nas escolhas que faz, naquilo que projecta no mundo...  de luminoso ou de obscuro



"O diabo faz batota, e está a ganhar. O Senhor faz... o melhor que pode"

Esta imagem de um jogo pelas almas entre o diabo e o Senhor, entre o bem e o mal,  marcou profundamente o meu imaginário, é uma imagem poderosíssima quando nos vem à mente, ou buscamos, uma representação visual de luta entre a Luz e as Trevas.

«There's a Spanish train that runs between
Guadalquivir and old Seville

And at dead of night the whistle blows
And people hear she's running still
And then they hush their children back to sleep
Lock the doors, upstairs they creep
For it is said that the souls of the dead
Fill that train ten thousand deep»
.../...

«The Lord and the Devil are now playing chess
The Devil still cheats and wins more souls
And as for the Lord, well, he's just doing his best...»


«And I said "Lord, oh Lord, you've got to win
The sun is down and the night is riding in
That train is still on time, oh my soul is on the line
Oh Lord, you've got to win...»

A questão pode parecer complicada... Parece complicada no dia a dia, na torrente de acontecimentos que se atropelam pelo mundo, nas nossas vidas, na relação com os outros, mas há uma outra vertente: a das escolhas que fazemos e essa nada tem de complicado, é até bem simples. Pode apresentar-se por vezes como sendo difícil mas o simples muitas vezes não é fácil.
É apenas uma questão de princípios, de os definirmos e de os mantermos. Distinguir o certo do errado é algo que sabemos fazer quase instintivamente. No fundo sabemos... Todos sabemos. 
Carácter, dignidade, honra, lealdade, veracidade, rectidão, ética, são expressões que actualmente têm um sabor quase medieval. O mundo está mergulhado num "vale tudo" desde que seja o caminho de vencer. E digo "vencer", não apenas "conseguir" ou "ganhar", é o caminho do déspota, do falso, do batoteiro. 
Assiste-se a um reinado do maligno, ao trono usurpado, a guerras sem regras nem honra. Talvez o mais grave seja que se começa a considerar isto "normal", um "agora é assim".

Não, não é; nem tem de ser; nem será enquanto houver quem não conceda uma sentença de normalidade ao que é perverso

Reportando de novo ao confronto entre a Luz e as Trevas, a Luz não faz batota, joga limpo.
A questão é simples: jogar limpo. Não é fácil mas é simples.

Não sei quantos o sentirão mas eu venho sentindo todos os dias que a Luz e as Trevas estão jogando xadrez, neste momento.  Religião à parte - é assunto que não abordo no blog - a escolha está nas mãos da humanidade, não é fácil mas é simples.

VERY,VERY WELL (WITH THE TALIBAN)

Fez há dias 1 ano...
Reverto para o post publicado em Março de 2020 antes de regressar à lamentável e disfuncional actualidade :

O 11º MANDAMENTO

NÃO NEGOCIARÁS COM TERRORISTAS

«Durante a última semana de Abril de 2019 Trump reuniu com os seus principais conselheiros na Situation Room para anunciar que queria um Acordo de Paz que lhe permitisse retirar as tropas americanas do Afeganistão; Pompeo advogou a favor do chefe, claro;Bolton, que assistia à reunião desde Varsóvia por video-conferência, não queria acreditar no que ouvia....../...Não é o fim de uma guerra, o que seria desejável, é a entrega de um povo impotente e de um território além das fronteiras afegãs ao poder terrorista institucionalizado.É um crime..../...A reunião terminou deixando no ar a mediática hipótese de convidar o presidente  Ashraf Ghani para ir a Washington assinar o tal Acordo de Paz. O facto de Ghani, presidente eleito, ser deixado totalmente fora das conversações com os Talibã seria, para Trump, um pormenor irrelevante, a verdade é que ficaria bem na fotografia.
Dias depois Trump teve uma ideia ainda mais sensacional que só comunicou aos seus mais escolhidos Conselheiros deixando na ignorância o "National Security Council" : Vou convidar os Talibã para virem cá, não a Washington, que já está muito visto, mas para Camp David!!! A jóia da "coroa" americana onde têm sido recebidos apenas presidentes, primeiros-ministros e reis. Sim Senhor! E mais, recebe-se a rapaziada 3 dias antes do 11 de Setembro!!! 
Se a guerra do Afeganistão teve por causa primeira os ataques do "11 de Setembro",  e se por lá morreram cerca de 3 500 americanos, não contando as baixas das forças aliadas, é apenas mais um um pormenor irrelevante. 
Mas os Talibã não foram a Camp David. Nem a Washington. Nem assinaram acordo algum. Porquê? A oposição nos meios políticos foi maior do que Trump esperava, muitos insuspeitos membros do Partido Republicano mostraram o seus descontentamento ou até indignação. A 5 de Setembro, menos de uma semana antes da festa, os Talibã reivindicaram um ataque bombista no Afeganistão do qual resultaram 12 mortos entre os quais um americano. Desculpa vagamente careca... No espaço de uma semana esse foi o terceiro ataque bombista. (Aliás durante este mês de Fevereiro 2020 mais dois oficiais americanos foram mortos e as conversações de paz continuaram animadamente)»
Foi assim, há 1 ano...

Em Fevereiro de 2020, em Doha, Qatar:
Após sete dias de compromisso por parte dos Talibã de "Redução de Violência" no território afegão estão criadas as condições para a assinatura de um "Acordo de Paz" entre os EUA e os Talibã, é quanto basta. Não, o governo do Afeganistão não tem nada com isso, não estava lá nem foi informado do teor das conversações durante o processo. .../...

Ontem, sábado 12 de Setembro - não consigo engolir esta fixação em torno do "11 de Setembro", nem tão pouco é possível engolir que seja um repetido "mero acaso" - recomeçaram as "Conversações de Paz" entre Talibã e  representantes do governo Afegão, as primeiras entre entes interlocutores, todas as prévias foram entre Talibã e norte-americanos com Pompeu como cabo do seu grupo. 
Um novo capítulo de uma vergonha que tem por fundo a retirada das tropas americanas que, pela vontade de Trump, seria feita ainda antes de 3 de Novembro, data das eleições presidenciais nos EUA, com ou sem "Acordo".

 Prevê o "Acordo" assinado em Fevereiro passado que se este for respeitado as tropas dos EUA se retirariam 14 meses depois, ou seja em Maio de 2021. Do contingente de 13 000 americanos que estavam no Afeganistão em Fevereiro restam 8 600 e está prevista uma nova retirada até ao início de Novembro reduzindo a permanência americana para 4 500.

Entretanto 12 000 civis afegãos foram mortos desde Fevereiro. Respeitado? Uma das alíneas é a cessação total de cooperação entre Talibã e grupos terroristas, nomeadamente a al-Quaeda. Nem comento... Como não comento o facto de os guerrilheiros Talibã terem recebido prémios monetários da Rússia por cada militar americano ou britânico morto. (Trump também não comentou... E Boris Johnson estava ocupado com o virus e o Brexit - que corja!)


Nas palavras do Almirante William McRaven, comandante da Operações Especiais Conjuntas que teve a cargo o planeamento e execução do raid que executou Bin Laden:
“I’m not personally convinced that any deal with the Taliban will be worth the paper that it’s written on. If we were to pull out U.S. troops completely from Afghanistan, it would not take the Taliban more than six months to a year to come back to where they were pre-9/11.” 
Não estou pessoalmente convencido de que qualquer acordo com o Talibã valerá o papel em que está escrito. Se retirássemos completamente as tropas americanas do Afeganistão, o Talibã não demoraria mais de seis meses a um ano para voltar ao ponto em que estavam antes do 11 de Setembro.


Michael Morell, sub-director da CIA durante a época desse raid, e mais tarde director interino por duas vezes, disse concordar com a opinião de McRaven e partilhar das suas preocupações acerca do "Acordo de Paz":

"If U.S. and coalition troops withdrew from Afghanistan, and then the United States ended financial support to the Afghan government, my assessment is that the Taliban would take over the country again in a matter of months. In addition, despite the terms of the peace deal that explicitly forbid it, my assessment is that they would provide safe haven to al-Qaida.The United States would have to figure out how to collect Intelligence on what was happening in Afghanistan, with a particular focus on whether al-Qaida had reestablished itself there and was preparing any attacks on the U.S. and to find a way militarily to reach in there and deal with that problem”
Se as tropas dos EUA e da coligação se retirassem do Afeganistão e os Estados Unidos encerrassem o apoio financeiro ao governo afegão, a minha avaliação é que o Talibã assumiria o país novamente em questão de meses. Além disso, apesar dos termos do acordo de paz que o proíbem explicitamente,  eles forneceriam um porto seguro para a Al Qaeda. Os Estados Unidos teriam que descobrir como reunir Inteligência sobre o que estava acontecendo no Afeganistão, com um foco particular em se a al-Qaeda se havia  restabelecido e estava preparando qualquer ataque aos EUA, para encontrar uma acção militar de chegar lá e lidar com esse problema ”



Na passada quinta-feira, véspera do 11 de Setembro e dois dias antes do reencontro de conversações no Qatar dizia D. Trump:

We’re getting along very, very well with the Taliban and very well with Afghanistan and its representatives, we’ll see how it all goes. It’s a negotiation.” 



(Talibã 2 very, very / Afeganistão 1 - Segue o jogo)

Como é que um presidente dos EUA, em véspera do "11 de Setembro",  diz que se está a dar "muito, muito bem com os Talibã" que - não fora o quase todo o resto - teve (ou tem?) guerrilheiros premiados para matarem os seus militares e dos dos seus aliados? Está a dar "muito, muito bem com os Talibã" que continuam a chacinar civis afegãos e a insultar o governo afegão?

O Almirante McRaven reagiu:
You can’t lay this at the feet of the Trump administration, I think the Trump administration is trying to figure out what is a graceful exit strategy in Afghanistan. I don’t know that there is a graceful exit strategy.”
"Não se pode deixar isto aos pés da administração Trump, acho que a administração Trump está tentando descobrir uma estratégia de saída elegante do Afeganistão. Eu não sei se existe uma estratégia de saída elegante.


Se, pelo lado do governo afegão existe a visão de um Estado laico regido por um governo eleito, os Talibã não fazem segredo nem pretendem sequer disfarçar, que pretendem fundar um Emirado Islâmico (Estado Islâmico, neste contexto soa mal...).

Conversações de Paz? Sim, está bem, entre eles, mas com um forte e visível apoio de quem tenha força - militar e económica - para bater o pé e dar um murro na mesa. Sem isto é só conversa, chacina e entrega de um povo - e do mundo -  ao terrorismo
Os Curdos que o digam...



-

TRUMP FOREVER!!!

Não fui eu que inventei, foi "ele":

Trump Says He Will ‘Negotiate’ Third Term Because He’s ‘Entitled’ To It


 «President Trump said Saturday that he plans to “negotiate” to run again in 2024 if he wins reelection in November»


«.../...Michael Cohen, Trump’s former fixer-turned prolific critic, has argued that Trump’s comments should not be disregarded as humor, instead asserting that Trump believes he should be the “ruler” or “dictator” of the U.S. and wants to “change the Constitution.”

Cohen predicted that, were Trump to win reelection, “he is going to automatically day number one start thinking how he can change the Constitution for a third term, and then a fourth term.”»


Curiosamente o site da Casa Branca ainda tem uma página inteiramente dedicada à Constituição dos EUA, página essa que tem como introdução o seguinte texto:
«The Constitution of the United States of America is the supreme law of the United States. Empowered with the sovereign authority of the people by the framers and the consent of the legislatures of the states, it is the source of all government powers, and also provides important limitations on the government that protect the fundamental rights of United States citizens.»

Será que ainda está em vigor? E por quanto tempo?
Putin e Xi têm razão, isto das eleições é uma chatice.

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A MIRAGEM

 As eleições presidenciais nos EUA decorrerão no dia 3 de Novembro
Conta-se que ao amanhecer do dia 4 se conhecerá o vencedor, certo?
Não, errado.

A razão...

Em 2020, com uma pandemia a assolar o mundo e muito drasticamente os Estados Unidos conta-se que o número de votos pelo correio seja pelo menos o dobro dos que votaram por essa via em 2016 o que corresponde a mais de 40% do eleitorado
Posto isto há que considerar os eleitores que optam por votar presencialmente e os que optam pelo correio.
Presentemente estima-se que 4050% dos eleitores Democratas votarão pelo correio enquanto que apenas 20 a 21% dos Republicanos votarão por essa via;
(o que não é de estranhar face à desenfreada campanha que Trump tem feito contra os votos pelo correio que, na sua douta opinião - embora sem a menor base factual - sejam um meio de fraude eleitoral)

Em termos práticos o que quer isto dizer?

Se os valores percentuais estiverem correctos, e tudo leva a crer que sim, mesmo a existirem variações serão minimamente representativas, isto significa que os votos contados na madrugada de 3 para 4 de Novembro corresponderão a cerca de 80% dos votos Republicanos e a cerca de 50% dos votos Democratas, existindo assim uma "omissão" de cerca de +20% R e +45% D., seja qual for a abstenção, obviamente. Isto foi denominado "Miragem Vermelha" (Red Mirage)  paradoxalmente o vermelho é a cor dor Republicanos)

Vai daí...
Tudo indica que ao raiar do dia 4 de Novembro Trump faça o seu discurso de vitória destinado a inflamar - melhor dizendo, a incendiar - os ânimos trumpistas e a "avisar" que os Democratas irão fazer o diabo a sete para corromper os resultados eleitorais. Obviamente que não irá salientar que cerca de 65% dos votos (não dos eleitores) estarão por contar, esse será o papel das "Fake News"

Depois...
Depois haverá que esperar, uns 4 dias intermináveis.
Os EUA estarão a ferro e fogo atravessando o inferno

PUTIN RESOLVE, NAVALNY QUE O DIGA


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 Graçolas à parte...

Alexander Litvinenko - 2006

Antigo agente KGB e antigo agente FSB - o KGB pós-soviético - o tenente-coronel desertou da Rússia em 2000 para Londres; Seis anos depois, em Londres, ficou gravemente doente após beber um chá envenenado com polonium-210; Morreu três semanas depois com os órgãos fatalmente danificados. 
A investigação britânica comprovou o envolvimento de agentes russos

Litvinenko denunciou a existência na Rússia de um laboratório de produtos tóxicos para envenenamento que vem a operar desde a era soviética.

Denunciou o envenenamento com dioxina do 
antigo presidente da Ucrânia  Viktor Yushchenko em 2004 durante a sua campanha eleitoral






Anna Politkovskaya - 2004 e 2006

Jornalista que foi repetidamente ameaçada de morte durante a sua investigação de abusos de poder 
na Chechenia por parte da Rússia e de separatistas cherchenios pró-Moscovo. 

Em 2004 cobria os distúrbios e apreensões numa escola na Chechenia quando ficou severamente doente e inconsciente após beber um chá...

Foi abatida a tiro em 2006 no elevador do prédio onde vivia




Vladimir Kara-Murza Jr - 2015 e 2017

Crítico do Kremlin, jornalista e activista da oposição foi envenenado e hospitalizado, à segunda vez ficou prolongadamente em coma induzido e foi transportado para Berlin para ser tratado tendo sobrevivido
Os envenenamentos foram clinicamente comprovados mas nunca investigados pela polícia
Kara-Murza trabalhava com o líder da oposição Boris Nemtsov




Boris Nemtsov .2015 

Líder da oposição, denunciou a corrupção directa de Putin, elevou a voz contra a anexação da Crimeia.Poucas horas antes de ter sido assassinado disse numa entrevista ter um relatório preparado para publicação com provas da intervenção russa na Ucrânia foi abatido a tiro quando percorria a pé uma ponte perto do Kremlin 


Sergei e Yulia Skripal - 2018

Antigo espião do FSB tornou-se agente duplo para o Reino Unido;
Em 2018, foi envenenado, conjuntamente com a sua filha, com  Novichok, um agente de nervos de uso militar russo. Permaneceu em coma duas semana tendo-lhe valido a assistência médica imediata

Pyotr Verzolov - 2018

Membro do grupo de protesto "Pussy Riot" foi preso, conjuntamente com outros membros do grupo após, em 2018, ter invadido o campo durante a final do Campeonato do Mundo de futebol em Moscovo protestando contra os abusos de força e ilegalidades praticadas pela polícia; pouco tempo depois foi hospitalizado por envenenamento e transportado para o hospital Charité em Berlin onde permaneceu prolongadamente nos Cuidados Intensivos



Georgi Markov, Londres- 1978  

Escritor dissidente búlgaro  foi morto por um agente do KGB que usou rícino na ponta de um chapéu de chuva.
Markov foi vítima do KGB e da URSS, mas - ainda - não de Putin






Alexei Navalny - Agosto 2020


Líder do Partido do Progresso, na oposição russa, militante e investigador anti-corrupção, candidato a cargos públicos tendo denunciado diversas fraudes eleitorais, múltiplas vezes preso em manifestações e sob acusações fabricadas.
Apelidou o partido de Putin - Rússia Unida -  como sendo "um partido de vigaristas e ladrões" - a frase fez-se mote -  que "suga o sangue da Rússia" e jurou lutar contra o "Estado Feudal" que tem vindo a ser constituído.
Em 2018 foi impedido de se candidatar contra Putin após um julgamento encenado de acusações falsas, e foi preso
Na prisão foi-lhe diagnosticada uma Dermatite de Contacto devido à exposição a agentes tóxicos (2019)
A três semanas das eleições locais, após beber um chá enquanto aguardava o seu vôo da Sibéria para Moscovo, foi hospitalizado após uma aterragem de emergência. 
Com a intervenção de Angela Merkel, François Macron e do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, dois dias e sete horas depois acabou por ser dada permissão para a sua transferência para o hospital Charité em Berlim
Oremos

Alexei Navalny: Russia's vociferous Putin critic


Fico-me por aqui, a lista é extensa, os "suicídios" e "acidentes" incontáveis.

O QUE D.TRUMP (DIZ QUE) NÃO SABE

...E ATÉ EU SEI


D.Trump não sabe que houve, entre várias, uma transferência de meio milhão de dólares dos cofres da G.R.U.  (o maior Serviço de Inteligência Russo) para uma ligação aos talibã no Afeganistão.

D.Trump não sabe que um dos cabecilhas dessa ligação era  um traficante afegão que de repente ficou "muito bem na vida" e que se deslocava à Rússia como eu vou ao supermercado.
Agora desapareceu... Encontrando-se muito provavelmente a pagar os seus cafés em rublos

D.Trump não sabe que foi instituído um prémio de mil dólares por cada militar americano, ou da coligação, morto por um guerrilheiro talibã
Mil dólares no Afeganistão não são mil dólares nos EUA, nem sequer na Rússia, é o que se chama uma fortuna

Sumarizando: 
Estão a ser mortos militares americanos e aliados a troco do pagamento de um prémio russo

Eu sei isto e ninguém me faz briefings, mas D.Trump diz que não sabe...


D.Trump não sabe que Putin tinha posto mandado pôr a cabeça dos seus militares a prémio quando se encontrou com Putin em Helsínquia, à porta fechada e mandou confiscar as notas dos tradutores. Julho (2018); nem quando ocorreu um encontro à margem da reunião dos G20 (Junho 2019); nem durante inúmeros telefonemas entre os dois ao longo do seu (obediente) mandato.

D.Trump não sabia nada disto quando anunciou ao seu "National Security Council" que tinha decidido convidar uma delegação Talibã para ir a Camp David nas vésperas do 11 de Setembro de 2019
Na altura John Bolton, então seu conselheiro de segurança, não conseguiu conter-se:
«Mr. Trump could keep his campaign pledge to draw down forces without getting in bed with killers swathed in American blood.»

D.Trump não sabia nada disto quando mandou negociar, e assinar, o vergonhoso Acordo de Paz entre os EUA e os Talibã em Fevereiro de 2020 #1 - à margem de qualquer intervenção ou conhecimento prévio do conteúdo do Acordo por parte do presidente Ghani do Afeganistão, e sob o olhar satisfeito do Especial Representante do Presidente da Rússia no Afeganistão Zamir Kabulov
(link #1 ao post sobre este este Acordo)

D.Trump também não sabe que os guerrilheiros talibã utilizam armas russas, que lhes caem do céu.
O "patrocínio" pela Rússia aos Talibã teve início em 2016 «Porque era preciso ajuda-los no combate à ISIS»
O antigo comandante da NATO John Nicholson repetidamente avisou que a Rússia estava a armar os Talibã mas, para D.Trump, o que vem da NATO não se escreve, muito menos se lê.
Dizem as más línguas dos inglêses que em 2015  Putin se encontrou com o Emir Talibã Mullah Akhtar Mansour no Tajikistão


11 crianças morreram e outras 17 pessoas ficaram feridas, entre elas 5 soldados NATO  num ataque suicida contra um comboio das forças aliadas na província de Kandahar, a sul do Afeganistão

D.Trump não sabe que as 5 bases militares que os EUA deixam desocupadas no Afeganistão vão ser tomadas por tropas russas, como aliás aconteceu na Síria quando abandonou os seus aliados Curdos à sua desgraçada sorte

D.Trump diz que não sabe...
A maior parte dos congressistas e senadores de um Partido Republicano pervertido e irreconhecível age como se não soubesse, ou seja, não age, não lhes convém pessoalmente, salvo algumas dignas excepções

Uma quantidade - muito - significativa de dados foram recolhidos pelos serviços de Inteligência: Comunicações e dados bancários - inclusivamente avultadas transferências bancárias
Diversos guerrilheiros talibã foram presos e interrogados sobre o assunto. As informações obtidas encontram-se transcritas para informação a quem de direito.
Desde 2018 que o número de mercenários russos no Afeganistão tem vindo a aumentar (como aliás aconteceu, mais descaradamente, na Ucrânia e na Síria)

Mas nada disto o D.Trump sabe.
E por que é que não sabe?
Porque, segundo a White House, e o Presidente dos EUA himself os serviços de Inteligência  não o informaram, o seu Conselho de Segurança não o informou - ele agasta-se quando lhe falam mal da Rússia -  os briefings diários não incluíram qualquer informação sobre a acção russa contra os americanos e tropas aliadas estacionadas no Afeganistão.
E por que não o informaram? Ora... Porque nada disto é credível, porque não há provas convincentes porque, as usual , It's an Hoax!!! Um embuste, não passa de um embuste democrata

Consideradas as informações nos briefings, escritos e verbalmente comunicados, que "não existiram", considerada a discussão no Pentágono sobre uma resposta/retaliação, que "nunca se deu", considerado o inexplicável tempo passado sobre o encapotado ataque às forças americanas sem a menor reacção do Commander in Chief e perante as últimas amabilidades de D.Trump para com Putin:
as investidas contra a NATO, o anúncio da decisão da retirada de 9 000 activos americanos da Alemanha, e - a cereja no topo do bolo - a intenção de convidar a Rússia para a próxima reunião do G7 com vista à sua reintegração em G8, adiada do passado Junho para o próximo Setembro (a Rússia foi excluída do G8 em 2014 após a ocupação da Crimeia). O que fazer, tolerar em silêncio?

Tudo isto e o mais não relatado, e após o tratamento ilegal e conturbado da figura juridicamente protegida do "Denunciante" (Whistleblower), poucas ou nenhuma opção restava aos militares americanos senão a "fuga de informação" para um grande e credível orgão de comunicação social. Denunciar esta total irresponsabilidade, num domínio imprescindível à Segurança Nacional em nome da lealdade a Putin.

A notícia chegou ao New York Times, D.Trump tremeu de raiva e temor perante os "seus" generais, como ele gosta de dizer. Chama-lhes Seus mas não protege os que arriscam a vida em nome dos EUA. Não toma conhecimento nem aceita a informação que lhe é servida pelos responsáveis das Inteligências, obtidas por activos ainda mais odiados do que os militares de campo pois são eles que escutam, recrutam activos locais, reconhecem alvos e fornecem informação que permite o desmantelamento de redes terroristas e outras.
Quem lhe irá perdoar?

75 ANOS APÓS A VITÓRIA - NEVER AGAIN

E UMA PRENDA DO GCHQ

A última mensagem nazi interceptada pelos ingleses na II Guerra foi divulgada hoje, 8 de Maio, dia em que se cumprem 75 anos sobre a Vitória dos Aliados na Europa.

A 7 de Maio de 1945 um oficial nazi, o Tenente  Kunkel, enviou uma mensagem aos seus camaradas de armas antes de fechar de vez a rede de comunicações alemã e se render às forças britânicas
"British troops entered Cuxhaven at 14:00 on 6 May -- from now on all radio traffic will cease -- wishing you all the best. Lt Kunkel.  "Closing down for ever -- all the best -- goodbye."
 "As tropas britânicas entraram em Cuxhaven às 14:00 do dia 6 de maio - a partir de agora todo o tráfego de rádio cessará - desejando-lhe tudo de melhor. Tenente Kunkel",
 "Fechando para sempre - tudo de bom - adeus."



A mensagem, divulgada pelo GCHQ -  Government Communications HeadQuarters - uma das organizações de Inteligência e e Segurança  britânicas que teve um papel de primeira linha durante a II Gerra na descodificação das mensagens alemãs e que contou com o insubstituível  trabalho de Alan Turing que criou o computador que em 1940, nas instalações secretas de Bletchley Park (Buckinghamshire, a noroeste de Londres) e decifrou os códigos da "indecifrável" maquina codificadora alemã Enigma.



ALGUÉM QUE NOS ELEVE

Um amigo enviou-me o vídeo que abaixo publico.
Uma canção antiga magistralmente cantada e que fala do que todos nós precisamos 
- alguém que nos eleve -
(You raise me up to more than I can be)
sobretudo agora quando o peso que carregamos nos ombros nos faz sentir a "gravidade", 
em todos os seus amplos sentidos

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AVISO: ESTE NÃO É UM POST REACCIONÁRIO


1 de Maio, 2020
Portugal  

1.007 mortos, mais 18 do que ontem,
25.351 infectados confirmados

Dentro de dois dias começa a primeira de 3 fases de "desconfinamento".

Não faço comentários, não quero fazer comentários, daqui por pouco mais de duas semanas "logo se vê"

A amostra é notável, ainda em "confinamento"
Ficam fotos de Lisboa

AVISO:
ESTE NÃO É UM POST POLITICAMENTE MOTIVADO NEM "REACIONÁRIO"
É APENAS A REVOLTA DE QUEM LEVA UMA PANDEMIA MUITO A SÉRIO





Os autocarros vindos sabe-se lá de onde e para onde voltaram; não davam boleia a vírus, parece...















"Proibição de eventos ou ajuntamentos com mais de 10 pessoas"
in - "Regras Gerais" - Plano de Desconfinamento Conselho de Ministros, 30 de Abril 2020

DEPOIS DA FESTA, JÁ SEM POSE PARA A FOTO

A BEM DE QUÊ?
O QUE É QUE FOI GANHO HOJE COM ESTA "CELEBRAÇÃO"?
ACASO INTITULAR-SE-ÃO  COMO "O POVO"?
TENHAM DÓ DO POVO, ESTÃO A BRINCAR ÀS LUTAS SINDICAIS

Quando chegarem a casa pendurem arco-íris nas janelas e repitam três vezes:
"Vai Ficar Tudo Bem", pode ser que dê sorte
Covid-19: Crianças madeirenses fazem desenhos de esperança - Rádio ...

#FICAEMCASA 

NO UK A DIGNIDADE E SENSATEZ TÊM UM ROSTO


 'We'll meet again' - Queen recalls WWII song in bid to lift nation in lockdown

The Queen recorded the historic address - only the fifth of its kind - at Windsor Castle, where she has been social distancing.


Thank You Ma'am





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