Hoje, 1 de Junho, Rússia sofreu um dos ataques mais poderosos às suas forças de aviação militar em todo o período da guerra. De acordo com fontes do serviço de segurança da Ucrânia, mais de 40 bombardeiros pesados russos - 34% dos bombardeiros de misseis estratégicos capazes de transportar armas nucleares tácticas - foram atingidos durante uma operação especial denominada "Spider's Web". Entre os aviões destruídos estavam dois bombardeiros estratégicos TU95MS, dois bombardeiros estratégicos TU22M3 e aviões de detecção de radar de longo alcance A50 que servem de "olhos" à defesa aérea russa e aos ataques com mísseis. O prejuízo de frota destruída, de acordo com estimativas preliminares, é superior a 2 biliões de dólares.
Os ataques foram efectuados simultaneamente em quatro importantes aeródromos militares na região de Urkutsk, em Diaga Leavo, na região de Ryazan, em Ibanovo na Rússia central e na Oénia, uma região estratégica no Ártico.
Estes não são alvos aleatórios, são as principais bases para aviões de transporte nuclear, bem como aeródromos a partir dos quais são regularmente lançados de mísseis contra a Ucrânia.
O carácter único desta operação reside nos pormenores: os drones foram lançados directamente de camiões normais convertidos em plataformas de lançamento móveis. Drones FPVforam montados dentro dos contentores que estiveram estacionados em postos de abastecimento de combustível mesmo atrás das linhas inimigas; no momento escolhido o tecto dos contentores abriu-se e os drones decolaram para o alvo. Os drones SBU viajaram até 4.000 km atingindo alvos mesmo na Sibéria. Vídeos dos ataques aos alvos russos já foram colocados online. Todos os aeródromos estratégicos da Federação Russa estão a arder, como se pode ver em inúmeras imagens de satélite e vídeos dos locais. Alguns dos aviões atingidos já estavam armados com mísseis de cruzeiro X101 preparados para novos ataques.
O dia 1 de Junho leva a que esta operação seja especial pois tornou-se na correção simbólica de um erro histórico cometido há 29 anos: no dia 1 de Junho 1996 a Ucrânia entregou o seu armamento estratégico e nuclear à Rússia. Hoje quase tudo o que foi entregue está a arder até às cinzas
A operação preparada durante 1ano, 6 meses e 9 dias, foi supervisionada pessoalmente pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e directamente dirigida pelo chefe da SBU, o Tenente-General Vasyl Maliuk. Esta operação especial envolveu equipas móveis, abrigos móveis, casas de madeira para camuflagem, drones contrabandeados e uma inestimável precisão de ataque. De acordo com a SBU todos os participantes na operação há muito que regressaram ao território de Ucrânia, pelo que se pode concluir que, por exemplo, camionistas ao serviço do exército, não faziam ideia do que se passava e não estavam envolvidos na finalidade das suas operações. Mas centenas de operacionais estiveram envolvidos; Após a decolagem de todos os drones foi activada a explosão de todos os camiões de transporte para cobrir quaisquer vestígios e pistas (Tecnologia e, sobretudo, ADN e impressões digitais) .
Também há informações sobre explosões perto da base de submarinos em Sea Morsque, onde componentes do arsenal nuclear russo podem estar armazenados mas até agora não existem pormenores disponíveis
«Telegram channels are reporting a powerful explosion in Severomorsk — the city hosts the largest base of Russian nuclear submarines»
Massive UAV Attack on Russia:
Air raid alerts declared in Moscow, Voronezh, Tula, Belgorod, and other regions
A DECLARAÇÃO DE ZELENSKY:
«Hoje foi levada a cabo uma operação brilhante - em território inimigo - visando apenas objectivos militares, especificamente o equipamento utilizado para atacar a Ucrânia. A Rússia sofreu perdas significativas, inteiramente justificadas e merecidas.
A preparação levou mais de um ano e meio. O planeamento, a organização e todos os pormenores foram perfeitamente executados. Pode dizer-se com confiança que esta foi uma operação absolutamente única.
O mais interessante, e agora pode ser afirmado publicamente, é que o “escritório” da nossa operação em território russo estava localizado exactamente ao lado da sede do FSB numa das suas regiões.
No total foram utilizados 117 drones na operação, com um número correspondente de operadores de drones envolvidos. 34% dos porta-mísseis estratégicos de cruzeiro estacionados em bases aéreas foram atingidos. O nosso pessoal operou em várias regiões da Rússia - em três fusos horários diferentes. E as pessoas que nos ajudaram foram retiradas do território russo antes da operação e estão agora em segurança.
É verdadeiramente gratificante quando algo que autorizei há um ano e seis meses se concretiza e priva os russos de mais de quarenta unidades de aviação estratégica. Vamos continuar este trabalho.
Mesmo antes de esta operação ter sido levada a cabo dispúnhamos de informações que indicavam que a Rússia estava a preparar outro ataque maciço. É muito importante que todo o nosso povo não ignore os alertas de ataques aéreos.
Ontem à noite havia quase 500 drones russos, drones de ataque. Todas as semanas, têm vindo a aumentar o número de unidades utilizadas por ataque. Agora, também prepararam mísseis Kalibr lançados de porta-aviões. Sabemos exactamente com quem estamos a lidar. Defender-nos-emos por todos os meios ao nosso alcance - da Ucrânia e do povo ucraniano.
Nem por um segundo quisemos esta guerra. Oferecemos aos russos um cessar-fogo. Desde 11 de Março a proposta dos EUA para um cessar-fogo total e incondicional tem estado em cima da mesa. Foram os russos que optaram por continuar a guerra - mesmo em condições que o mundo inteiro pede o fim desta matança.
É efectivamente necessária pressão, uma pressão sobre a Rússia que a faça voltar à realidade. Pressão através de sanções. Pressão por parte das nossas forças. Pressão através da diplomacia. Tudo isto tem de funcionar em conjunto.
Hoje, tive também uma reunião alargada com o Ministro da Defesa da Ucrânia, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, o Chefe do Gabinete Presidencial, os nossos chefes dos serviços de informações e as chefias militares. Debatemos o que esperamos exatamente da reunião de segunda-feira em Istambul.
Continuamos a propor um cessar-fogo total e incondicional, juntamente com todas as medidas racionais e dignas que possam conduzir a uma paz duradoura e fiável. A proposta ucraniana que apresentámos aos russos é lógica e realista.
Os russos, no entanto, não partilharam o seu “memorando” com ninguém - nós não o temos, a parte turca não o tem e o lado americano também não tem o documento russo. Apesar disso, vamos tentar fazer pelo menos alguns progressos no caminho para a paz».
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