ISRAEL, PARA QUE TE QUERO?

 No final de 2023, inicio de 2024 Trump devia aos bancos mais de 1,8 billiões de dólares, quantia que crescia mensalmente. Os bancos pressionavam-no

«Former President Donald Trump's debt obligations currently amount to around $1.8 billion, and that amount is growing every month.» CNN 2024

 Trump recandidatou-se à presidência,,o dinheiro começou a chover-lhe em cima. 


No que toca a Israel, é obvia a deferência de Trump para com um primeiro-ministro selvagem que defende com unhas e dentes, mísseis e tanques, a sua permanência no poder a bem da sua liberdade pessoal, a bem da imunidade perante os processos judiciais que o ensombram.
Porquê? A geo-política? A geo-estratégia? Não brinquemos com uma questão tão séria e angustiante. A queda de Netanyahu não acarreta a queda de Israel, bem pelo contrário, Netanyahu é reconhecidamente um criminoso de guerra - excepto pelos EUA - que isola o seu país do resto do mundo, que rejeita toda e qualquer proposta de paz, interrompe toda e qualquer negociação, entregando às mãos de terroristas a réstia de vida de reféns israelitas, a réstia de esperança das famílias e amigos que os aguardam há quase dois anos, que faz ouvidos moucos à voz gritante do seu povo

Então?????????

Da Mossad não se fala, é feio. É aliás a penúltima coisa de que Trump quer ouvir falar (a CIA está controlada, o MI6 é civilizado, o FSB... vade retro, não têm razão de queixa...)

Não é complicado, entre uns quantos, rondando a dúzia abaixo ou a meia-dúzia acima, dois nomes chegam para que qualquer fan de tele-novelas pouco atento a noticiários seja recordado de que "não há almoços de borla" onde há negócios e política: Ross e Adelson

Wilbur Ross, um bem-sucedido empresário judeu norte-americano, serviu como 39º secretário do comércio na primeira administração Trump (2017/ 21), conhecido como "o rei da falência", devido à forma como constituiu fortuna adquirindo e recuperando empresas em apuros (p/ex. Pan Am, Texaco) após anos de práctica na Rothschild & Sons de New York, foi nomeado uma das 50 pessoas mais influentes nas finanças globais pela Bloomberg. Este futuro (2023/24) secretário do Comércio, homem de confiança da administração Trump na política comercial e de fabrico, tem uma participação numa empresa, a Navigator Holdings, um gigante do transporte marítimo que conta com a produtora russa de gás e petroquímica Sibur entre os seus principais clientes e faz negócios com uma produtora de gás detida pelo genro de Putin. O produtor de gás russo contribuiu com 23 milhões de dólares para a receita da Navigator em 2016, primeiro ano da presidencia Trump, um aumento de mais de 40% em dois anos. Mas as influencias estão longe de acabar por aqui...

O investidor de Silicon Valley e cidadão russo Yuri Milner recebeu 191 milhões de dólares do Banco VTB e investiu esse dinheiro no Twitter. Uma subsidiária financeira da empresa de energia russa Gazprom financiou uma empresa de fachada que investiu numa empresa afiliada de Milner, que detinha cerca de mil milhões de dólares em ações do Facebook pouco antes da sua oferta pública inicial em 2012. Milner também investiu num fundo imobiliário, o Cadre,  focado na tecnologia, co-fundado pelo conselheiro e genro de Trump, Jared Kushner.



Ross, com privilegiadíssimos "contactos" em Israel, e introduziu , com ressonante êxito,  Jared Kushner. no meio da alta finança israelita; Kushner andou afastado durante a presidência de Biden mas já voltou aos domínios israelitas, até em negociações de paz... Bem, pelo menos a "negociações"... 

Organizou um consórcio de 72 bancos para resgatarem Trump na pior fase financeira da vida de Trump; em bom português, safou-o da banca rota total. 
Há mais de duas décadas, Ross representou os detentores de obrigações que ameaçavam Trump depois de este não ter conseguido pagar os empréstimos  que tinha contraído para construir o seu império de casinos., com juros elevadíssimos devido ao elevado risco que acarretavam

Depois? Depois negociou com oligarcas russos, fez dinheiro a israelitas, esteve envolvido, comprovada e processualmente, em escândalos com o departamento de Finanças dos EUA, ocultou o seu dinheiro conjuntamente com o de clientes lesados nas Ilhas Cayman, viu-se implicado nos Panama Papers, foi para o governo, saiu de lá ileso e agora, em 2025, voltou com a desgraçada política de taxas sobre o comércio internacional, e as ajudas a Israel

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«Bandeiras israelitas foram hasteadas no alto durante o infame protesto de 6 de janeiro, que visava anular os resultados das eleições norte-americanas de 2020, um acontecimento que se transformou num motim mortal quando uma multidão de apoiantes do presidente Donald Trump invadiu os portões do Congresso. Os evangélicos cristãos compareceram com cartazes e faixas com os dizeres "Jesus Salva" e "Jesus é o meu salvador. Trump é o meu presidente". Os judeus ortodoxos também lá estavam, mesmo com os neonazis a exibirem orgulhosamente o seu anti-semitismo ao lado deles.

Uma parte fundamental do legado de  Sheldon Adelson reside na fusão entre os evangélicos cristãos e a extrema-direita judaica — uma coligação exposta ao mundo a 6 de janeiro — e na forma como se uniram para arrastar a política dos EUA para Israel para a direita. Este esforço conjunto culminou na presidência de Trump, que trouxe repetidamente resultados positivos para Adelson e para os evangélicos cristãos.

Juntamente com a sua esposa Miriam, Sheldon Adelson utilizou a sua enorme riqueza, proveniente do seu império de casinos em Las Vegas, para financiar o Partido Republicano e organizações de lobby israelitas; apoiou também causas da direita israelita e financiou o jornal gratuito e pró-Netanyahu, Israel Hayom. Em 2017, Adelson declarou: "Sou uma pessoa focada numa única questão. Essa questão é Israel."»

Em 2016  Sheldon e Miriam Adelson começaram o seu apoio à campanha de Trump com uma primeira doação de 100 milhões de dólares




Adelson e a sua mulher, Miriam, foram os maiores dadores ao presidente Trump. O casal doou mais de 525 milhões de dólares a campanhas e comités políticos federais desde o ciclo de 2010

Adelson era um fervoroso apoiante de Israel e usou a sua riqueza para elevar a questão à posição de principal causa para muitos membros do Partido Republicano
Foi Adelson que moveu todos os fantoches, puxou todos os cordéis para que os EUA reconhecessem a passagem da capital de Israel de Tel Aviv para Jerusalém e lá abrissem a sua embaixada, inaugurada pela filha e o genro de Trump em 2018.

Foi Adelson que "explicou" a Trump por que é que o presidente dos EUA teria de reconhecer os Montes Golan, na Síria, como território israelita; o baralhado Trump percebeu perfeitamente e assinou num instantinho. Em agradecimento Israel chamou a um desses montes "Trump Heights", inaugurado por Netanyahu e por lá foi construído um novo colonato. No final de Julho passado, 2025, o parlamento israelita aprovou a anexação do West Bank, um desejo há muito acalentado que conta com a oposição da comunidade internacional. Tal como a questão da capital de Israel, poderá o mundo opor-se mas a assinatura de Trump é certinha (poderá aguardar a atribuição dos Nobel 2025, digo eu que sou pérfida)

Em 2018, Trump atribuiu a Miriam Adelson a Medalha Presidencial da Liberdade — a mais alta honra civil do país — pela filantropia dela e do marido.
Em Agosto, Trump criticou Adelson por não ter doado mais para apoiar a sua reeleição, deixando perplexos os membros do Partido Republicano que temeram que o presidente tivesse alienado o maior doador do partido. Poucos dias depois, o principal conselheiro de Adelson disse que o bilionário apoiava "110% o presidente" e que isso "se tornaria evidente em breve".
Documentos mostram que os Adelson doaram um valor recorde de 218 milhões de dólares a republicanos e grupos conservadores durante o ciclo eleitoral de 2020.
Sheldon morreu em Janeiro de 21, poucos dias antes da tomada de posse de Trump, mas Miriam teve lugar na primeira fila VIP emparelhando a inteiro com a chefe de gabinete do novo presidente, ao pé de Musk, do Sr. Facebook, do Sr Amazon-WashingtonPost e dos outros Srs endinheirados que por lá popularam

Trump gosta muito de Netanyahu? Hum... Diria que nem por isso; compreende o colete de sarilhos em que está metido, precisa dos amigos dele e...

E da Mossad não se fala, é feio. De Robert Maxwell, oficial da Mossad, cujo corpo repousa no Monte das Oliveiras em Israel, um funeral onde estiveram presentes 6 ex-comandantes da Mossad, não se fala, é inconveniente. Da filha de Maxwell, Ghislaine só se fala do que todos sabem, não do que ela sabe mas só contava à Mossad. De Epstein, o namorado de Ghislaine que, quando não tinha um chavo, trabalhou no escritório de Robert, só se fala das canalhice que fez antes de ter sido "suicidado" na prisão; de como enriqueceu escandalosamente de um dia para o outro não se fala... É segredo. 



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