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Continuo a não achar bonito mas hoje pergunto-me quais as razões que o levaram a proceder assim e fico-me com a interrogação.
Ferreira Leite não aguenta ver "um puto" que conseguiu fazer o que ela ficou longe de conseguir: vencer Sócrates nas eleições, chefiar um governo. Não aguenta e rosna, com garras e dentes. Não é o sofrimento popular que a tira do sério e a leva a dizer coisas, de compostura duvidosa, que ficam mal a quem se pretende liderático. Manuela quer arrasar e, quando arrasa, não vê nada senão o seu alvo, arrasa indiscriminadamente, o povo que saiba que VAI MORRRRER! De fome, de frio, de calor, de estafa, de deseperança mas VAI MORRRRER!
Do Cavaco nada, ou quase nada, me surpreenderá. O Cavaco vem de origens humildes, tudo bem.
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Cavaco pouco diz, espera que haja quem diga. Calou-se com Sócrates durante anos e agora salta-lhe a tampa de Pai-de-família-que-exige-respeito e dá-lhe para falar. Fora de tom, fora de horas, fora de propósito. E farta-se de dizer disparates por mais que o faça com um ar compostinho e bem intencionado. Cavaco não grama quem não o olha de baixo para cima, dá-lhe conta das boas intenções. Enfim, cada um tem os seus dramas pessoais...
O PS é um reino de oportunistas bajuladores que mantêm a face perante o líder, é o líder quem distribui as cartas e talvez ainda calhe bom jogo. É, mais do que qualquer dos outros, o partido dos "Jobs for the boys" - quando não há jobs em distribuição gera-se alguma acalmia, o líder sobressai, à excepção de quem quer a cadeira do líder, claro.
O PSD é um reino de invejosos. Dos que lá estão há muito tempo restam aqueles que tiveram estômago para lá se aguentarem; gente à séria, da velha guarda, deixou as hostes partidárias há muito, muitos deles quando Cavaco ascendeu, e Cavaco bem fez por isso. Compreende-se...
No PSD há uma nova geração, com bons e maus mas apenas tolerados, obrigatoriamente, pelos restos dos "barões do PPD".
Esta nova geração não é obediente e discreta como, por exemplo, António Capucho foi no seu tempo. Esta nova geração, bem ou mal, quebra as amarras aos seus mentores, uma chatice! E não olha de baixo para cima por dá cá aquela palha, a antiguidade não é um posto. Nem Ângelo Correia, tipo de mente aberta, nem Marcelo Rebelo de Sousa, que não conhece lealdades, levam isto com bom modo, fartam-se de espernear cada um para seu lado e estão muito bem acompanhados. Cavaco lambe-se quando ninguém está a olhar.
Lamentável.
E o CDS/PP? Lembra-me uma musiqueta de Verão que andou aí na berra:
«Follow the lider, lider, lider, follow the lider, Let's Go»
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O Paulo Portas é tema que tem pano para mangas... Por agora não me chega a linha para tanto.
Como é bom de se ver, hoje deu-me para deixar a oposição em paz, à excepção daquelas míseras quatro linhas dedicadas ao PS, só por amabilidade.
É que enquanto que as verborreias e desacatos vindos da oposição, por mais convictos ou demagógicos que sejam, fazem parte de um jogo político tão velho quanto o desejo pelo poder e as tácticas da sua conquista, as críticas expostas por membros dos partidos governamentais são, salvo raríssimas excepções, expressões de inveja mal disfarçada e traiçoeirismos de quem não conseguiu lá chegar mas almeja sordidamente apenas o insucesso alheio, doa a quem doer, prejudique-se o que se prejudicar, mesmo que seja o país.
Então não se pode discordar?
Pode e, em muitas circunstâncias, deve-se; mas utilizem-se os canais próprios em sede própria; diga-se o que houver a dizer, exponham-se razões, apresentem-se alternativas e soluções - viáveis.
Quando se opta por fazer o Carnaval nos meios de comunicação social, quando se persegue um protagonismo crítico sem qualquer espírito construtivo, sem qualquer outro conteúdo que não seja a crítica, o descrédito e a auto-promoção, não se vai a parte alguma. Mas é pena - bem podiam ir àquela parte...
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Na sequência deste estado de espírito...
Entre Manuela e Aníbal troca-se "uma carapuça" que serve a muito boa gente.
Entre Manuela e Aníbal troca-se "uma carapuça" que serve a muito boa gente.
Vale a pena dar uma leitura a um artigo publicado no "Expresso" com o sugestivo título:
«Manuela Ferreira Leite não se importou em 2002 que estivéssemos todos mortos em 2012»
A Cavaco dedica-lhe o mimo de lembrar de um artigo seu, que deu que falar na época de António Guterres: "O Monstro" - sobre a despesa do Estado sob Guterres:
« "Muitas pessoas pensam que os serviços fornecidos pelo Estado não custam nada porque sofrem de ilusão fiscal e não se apercebem de que as despesas têm sempre de ser financiadas com impostos, presentes ou futuros". »De Ferreira Leite Ferreira Leite cita a sua frase lapidar, no mais próprio sentido do termo, quando a bela dama disse que é uma ilusão pensarmos que consolidamos as nossas contas nos prazos definidos pela troika. (e ela reza todos os dias para que tal não aconteça)
« "Estamos a tentar passar um atestado de estupidez aos credores"»O artigo, de Paulo Gaião (22 Out.), termina assim: