AINDA SOB O 1º DE DEZEMBRO

Para se ser independente é necessário ter a maturidade e o entendimento do que é que a independência acarreta; é precisa a vontade, e a coragem, para conquistar a independência. Para se ser independente, queiramos ou não assumir uma visão menos romântica e mais racional, há que ser responsável pela auto-subsistência; para se ser economicamente autónomo é imprescindível a criação de riqueza, a produção de bens, o equilíbrio positivo entre a receita e a despesa, a cuidada gestão que privilegie a boa prática sobre a conveniência.

A injecção de capital em momentos de necessidade pode ajudar a manter os meios que nos permitem ser independentes mas, obviamente, criam riscos, mais ou menos calculados, à nossa autonomia.

Sem a garantia e o investimento nos meios que nos permitem criar riqueza, sem o desenvolvimento desse trabalho, a situação de dependência tende a tornar-se irreversível.

Sem um forte sentimento de identidade nacional, órfãos e pouco ou nada confiantes, com um amor-próprio ferido, para onde vamos?


“Depois de 100 anos de República, nós voltamos à situação dramática em que nos encontrávamos no começo da República, que estava também num regime praticamente falido, foi por isso que os militares deram o golpe em 28 de maio de 1926.

A segunda República, o Estado Novo, também não satisfez os portugueses. Daí um terceiro golpe militar, em 1974”.

Cada um desses golpes militares, 1910, 1926 e 1974, provocaram grandes perturbações, grandes atrasos na nossa economia, até situações de perseguição e perturbações políticas gravíssimas”.

Chegou a altura de percebermos que as revoluções trazem mais problemas do que vantagens.
Portugal precisa de uma revolução cultural, não é de uma revolução militar que passa, por exemplo, por uma completa revisão dos programas de todos os níveis e sistemas de ensino no país".

“Temos que nos adaptar às novas circunstâncias em que vive hoje o mundo. Os privilégios de sermos europeus e de termos um nível de vida muito mais elevado do que outros povos, trabalhando menos do que outros, não podem ser mantidos. Temos que produzir para poder ter os privilégios de um Estado social e de uma situação melhor”

1º de Dezembro de 2010
D.Duarte de Bragança.


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2 comentários:

  1. Embora não tenha especial apreço pelo senhor, alguém, aqui há uns anos, dizia: Evolução, sem revolução! Concordo!

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  2. Laurus nobilis, olááá...

    Conheço muitas pessoas, respeitáveis, que não têm um particular apreço "pelo senhor". Compreendo, a sério.
    Porém...

    Porém quando o senhor fala, se conseguirmos abstrairmo-nos do facto de ser "aquele senhor" que disse, tomados de bom senso e de alguma capacidade de análise, vermo-nos-emos naquela surpreendente circunstância de concordarmos com o tal senhor.

    Eu sei que é fácil tomá-lo por parvo mas também sei que de parvo terá muito pouco.

    Just look again...

    Um abraço.

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