DE REGRESSO



à civilização






à confusão, à pressa, ao stress, ao individualismo militante.

Decididamente, vá-se lá saber porquê, não sou um animal urbano.
Uns poucos dias fora desta existência desatinada é o suficiente para me encontrar com quem sou; não é que não saiba, é que fico atulhada sob um sem número de ninharias e afazeres - que são para já, agora, eram para ontem, sai da frente, não tenho tempo, nem há pachorra - coisas e horas que embaciam a vida e a alma.

Deixo para trás a terra, as árvores, os animais, as estrelas à noite e um céu que só se corta pelo horizonte. E o silêncio... aquele silêncio que é quebrado por sons mas que não tem embrenhado em si um ruído de fundo permanente que julgamos não ouvir.


Ainda mal cheguei já tenho saudades das pessoas que têm tempo para dizer "Boa tarde" àqueles com quem se cruzam, tão naturalmente como respiram, como seres humanos.

Um dia... continuo à espera, um dia...








2 comentários:

  1. O "Dia" é quando cada um de nós tiver a coragem de dizer: É hoje.

    ResponderEliminar
  2. Pois Obélix, factualmente tens razão... Mas a minha vida não é só minha, as minha decisões têm repercussões na vida daqueles que me são queridos. A época em que poderia ter agarrado na mochila e zarpado já passou, mea culpa; pode ser que tenha uma segunda oportunidade, tento acreditar que sim, ou um dia... morrer a acreditar.

    ResponderEliminar