Os EUA eram presididos por Ronald Reagan
Uma esquadrilha com 77 aviões americanos bombardeou Tripoli, a capital da Líbia.
Objectivo declarado: matar ou derrubar o coronel Muamar Kadhafi.

«Intercepted messages between Tripoli and agents in Europe made it clear that Libyan leader Colonel Gaddafi was the brains behind the attack.A 15 de Abril, após o ataque a Tripoli, Reagan referiu-se a Kadhafi como sendo:
1990: After German reunification, prosecutors find files linking the Libyan embassy to the attack »
«um ditador megalomaníaco que colocou seu país a serviço da criminalidade do terror que funciona como campo de treino de terroristas»
Lamentavelmente... (Desculpem lá mas la-men-ta-vel-men-te) Kadhafi safou-se nesse dia.
Lamentavelmente... Não só por ver, antes direi ouvir (porque para ver pouco mais há do que os discursos de Kadhafi ou do seu herdeiro), o que se vem passando na Líbia estes últimos dias; não só pelo povo líbio mas também, fundamentalmente, por este sucedâneo de ser humano ter transformado a Líbia num campo onde germina o ódio, numa selva que dá frutos letais que se ramificam e multiplicam pelo mundo matando indiscriminadamente como só mata o acto terrorista.
Aliás... actos de terrorismo - não actos de guerra - são os que este tarado tem vindo a distribuir ao seu povo e, sem ponta de consciência ou vergonha, é o que promete para os próximos dias se o seu povo continuar a exigir a sua demissão.
Sabem que mais? Que o seu povo lhe faça a vontade: que façam dele o mártir que morre no final... Que o linchem publicamente.

O terrorismo não é humano, é uma aberração genocida e, tal como uma doença, precisa ser erradicado da face da Terra.
Foi este tarado que o nosso executivo recebeu com honras de chefe de Estado (ele que diz que não é "chefe de Estado" embora se auto-intitule "Rei dos Reis de África"), em Dezembro de 2007.
Kadhafi nem sequer vinha em visita oficial, vinha a uma conferencia e, se bem se lembram, ficou hospedado na residência oficial do ministro da Defesa, ou seja, foi hóspede dos portugueses. Não é escandaloso? Meteu-me nojo e, na altura falei disso AQUI.
Passados mais de três anos a coisa continua a enojar-me senão, nas presentes circunstâncias, quase acharia divertido...
E a libertação de al-Megrahi, lembram-se? *
Essa e outras "barracadas", uma entrevista de Kadhafi, Rei dos Reis de África, à Euronews e a marcada presença do nosso executivo (desisti de lhe chamar "Governo") nas comemorações do 40.º aniversário da revolução que levou Kadhafi ao poder também passaram por AQUI em Agosto de 2009
* Por falar nisto, saiu hoje (23 Fev.11) uma notícia que não espantará:
«Khadafi ordenou pessoalmente o atentado de Lockerbie»
«O ex-ministro líbio da Justiça, Mustapha Abdel Jalil, afirmou hoje (23/02) ter sido Kadhafi a ordenar pessoalmente a sabotagem do avião da Pan Am, que se despenhou em 21 de Dezembro de 1988 sobre a localidade escocesa de Lockerbie., causando a morte a 270 pessoas.
Jalil demitira-se ante-ontem do Governo líbio.»
A notícia completa AQUI, RTP.PT

E foi uma estrela, segundo disse a imprensa à data: o Zé sentou-se à direita do líder líbio, foi no carro com ele a caminho da festa, mais o primeiro-ministro sérvio.
Da festa ele, Zé, e o outro, Luis, só saíram após a duas da manhã... Devem ter gostado.
O Zé gosta de mandar, e gosta de quem sabe mandar. E mai-nada, é assi-mêmo.
E Agora? Agora o nosso executivo só fala em retirar de lá os portugueses; sobre as acções do amigo nem uma palavrinha. Nem solidariedade com a luta pela libertação do povo líbio nem nada.
O Mubarak ao pé deste tinha asas, brancas.
Libyan Training Camps
A Líbia tem treinado terroristas palestinos e outras no interior do país desde o início dos anos 1970
Além das instalações principais e em torno de Tripoli, ao longo das últimas duas décadas os líbios têm operado campos de formação menores dispersos por todo o país. Por vezes os terroristas são treinados em bases militares da Líbia. Por exemplo, em 1988, os membros do grupo radical palestino, a Frente Luta Popular, foram formados numa base da Força Aérea na região Aouzou. Membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral - também são conhecidos por terem treinado nos campos militares da Líbia.
Os grupos não-palestinos que receberam treino na Líbia nos últimos anos incluem a Alfaro Vive equatoriana, a organização Carajo, o M-19 da Colômbia, a Organização de Libertação Haitiana , a chilena Frente Patriótica Manuel Rodriguez, o Exército Secreto para a Libertação da Armênia, o Exército Vermelho Japonês.
Estagiários da Ásia, América Latina, África muitas vezes vão para a Líbia legalmente, normalmente, fingindo ser estudantes. Por vezes, cidadãos do Terceiro Mundo, viajam para a Líbia acreditando ir frequentar cursos de escolaridade legítimos, tais como formação técnica ou religiosa; Porém à chegada são esperados no aeroporto por soldados, colocados em camiões e transportados para campos de treino terrorista / dissidentes. Os alunos hostis a esta abertura da Líbia são sumariamente deportados e rotulados como alunos indignos.
Extremistas viajam para Líbia usando outros métodos. Por exemplo, radicais das Maurícias viajaram para Trípoli, em 1987, aparentemente para assistir a uma conferência da juventude, no entanto o seu destino era um acampamento de treino terrorista.
- Seven April Training Camp. Localizado a cerca de 9 Km de Tripoli, a instalação oferece formação em terrorismo e subversão para os africanos e latino-americanos, bem como a militares da Líbia.
- Sidi: Bilal Port Facility. Os terroristas que realizaram em Maio de 1990 o ataque marítimo contra Israel foram treinados aqui.
- Bin Ghashir. Logo ao sul de Tripoli, foi usado para treinar dissidentes da África, Ásia e América Latina em tácticas terroristas e de guerrilha.
- Ras Al Hilal. Grupos terroristas palestinos têm treinado neste campo.
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«O canal do Catar (TV Al-Jazira) cita moradores da capital daquele país como testemunhas:
"O que estamos testemunhando hoje é inimaginável. Aviões de guerra e helicópteros estão bombardeando indiscriminadamente uma área depois da outra. Há muitos, muitos mortos"
O ditador líbio, Muamar Kadafi, utilizou aviões de guerra contra manifestantes que protestavam contra seu governo em Tripoli, informou, ontem, a rede de TV Al-Jazira.
Dois caças Mirage da Força Aérea da Líbia aterrissaram, ontem, em Malta e, de acordo com autoridades militares locais, os pilotos pediram asilo político, em meio ao sangrento levante contra o regime de Muamar Kadafi.
Segundo fontes do governo maltês, ao chegarem ao país os dois militares disseram que a ordem que haviam recebido era de bombardear os manistantes em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia e epicentro dos protestos contra Kadafi.»
AQUI
Também há relatos de que militares estariam atirando contra manifestantes em Trípoli.
A

Saif al-Islam Kadhafi, filho do líder líbio, disse que os ataques foram lançados contra depósitos de armas, perto de áreas urbanas, e negou que tenham sido executados contra civis.
AQUI
Kadhafi se declarou "um guerreiro", proclamando: "A Líbia quer a glória, quer estar no cume do mundo. Sou um lutador, e morrerei como um mártir no final." "Ainda não ordenei o uso da força, não ordenei o disparo de uma única bala... quando o fizer, tudo queimará."
AQUI
«Todo o líbio que pegue em armas contra a Líbia será castigado com a pena de morte», assegurou Kadhafi e se necessário «limpar a Líbia casa a casa», caso os manifestantes não se rendam.»
Kadafi culpou a juventude líbia, a imprensa internacional, o terrorismo islâmico e os EUA pelo caos no país e afirmou que a imagem da Líbia está sendo "distorcida" perante o mundo.
"Vocês conhecem alguém decente que participa disso? São todos bêbados e drogados", disse, sobre os jovens que participam dos protestos. O ditador pediu ainda às mães dos manifestantes que os entreguem ao governo para uma "desintoxicação".Kadafi ainda usou uma argumentação peculiar para descartar a renúncia. "Não sou presidente, não posso renunciar. Mas se tivesse um cargo renunciaria e esfregaria isto na cara de vocês", disse.
Após o golpe de 1969, Kadafi criou uma 'república das massas' na Líbia, onde, em teoria, quem governa é o povo.
"Eles não fazem distinção (entre civis e militares), estão atirando para limpar as ruas", disse nesta terça à BBC News um morador de Trípoli, que não quis se identificar. "(Os atiradores) não são humanos, não sei o que são."
"Vi uma mulher ser morta apenas por ter saído em sua varanda. Ela não estava fazendo nada, não estava protestando. Apenas olhou pela sua varanda. E minha esposa ouviu o barulho de aviões bombardeando as pessoas", acrescentou o mesmo morador.
Moradores de um bairro da cidade disseram que há dezenas de corpos espalhados pelas ruas e que o número de feridos é alto. Outros disseram que mercenários estavam patrulhando as ruas e abrindo fogo indiscriminadamente, inclusive contra equipe médicas.Já a TV estatal divulgou um comunicado negando que tenha havido massacres e classificou relatos de testemunhas como "mentiras" elaboradas pela imprensa internacional. "Isso é parte de uma guerra psicológica a que você (povo líbio) deve resistir, porque o objetivo disso é demolir sua moral", dizia o comunicado.
AQUI
Segundo a Al Jazira, as ruas do bairro de Tayura, em Tripoli, estão cheias de cadáveres, tendo sido vistos helicópteros a transportar mercenário
"O regime de Kadhafi está a utilizar mercenários contra o seu povo. Não é uma guerra civil. É o massacre praticado por um homem que está sozinho e tem uma premissa na cabeça: eu fiz este país e eu incendeio-o",diz Omran, jornalista líbio que vive há 21 anos em Málaga e representante em Espanha da Coalisão de 17 de fevereiro, o movimento popular que liderou o levantamento contra o regime de Muammar Kadhafi.
"Os mercenários são africanos, nem sequer falam árabe, patrulham as ruas metralhando qualquer aglomeração de pessoas, atacando hospitais e saqueando espaços públicos para desestabilizar e provocar confusão", explica Omran, que assegura que os cidadãos líbios decidiram criar patrulhas para proteger ruas e instituições dos ataques dos mercenários.
"É horrível. Kadhafi está a utilizar aviões contra as pessoas. Disseram-me que os cadáveres são muitos mais do que os números que foram divulgados e não se podem recolhê-los das ruas porque há informadores e aparecerem os mercenários"
Segundo informações colhidas por Omran, há divisões no Exército líbio, e vários militares já se uniram ao protesto
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ÚLTIMA HORA - 23 FEV.
Liga Árabe suspende Líbia

O conselho considera "legítima a satisfação das ambições, das reivindicações e das esperanças dos povos árabes na liberdade, nas reformas democráticas, o desenvolvimento da justiça, por serem um direito que é necessário respeitar". »
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