ASSIM, À LAIA DE CARTA DE AMOR...

Estamos juntos há onze anos, dois meses e 20 dias.
Desde que nos conhecemos, se somasse os dias em que não nos vimos, creio que não ultrapassaria uma semana. Durante os primeiros dois anos e meio estávamos juntos praticamente durante todo o dia, todos os dias.

Nunca nos fartamos, nunca nos zangamos, nunca nos sentimos desiludidos ou traídos. Por vezes temos de ter paciência um com o outro mas quem não tem? Uns amuos dele, umas refilices minhas, nada mais do que isso.

Foi um amor à primeira vista perfeitamente mútuo e tornamo-nos inseparáveis.
Inseparáveis, sei do que falo.
Os filhos crescem e levantam vôo;
Os amigos são eternos enquanto duram e, os que duram, cruzam caminhos, emigram, casam, estão ocupados, estão longe, enfim... todos vamos vivendo as nossas vidas.
Amigos inseparáveis é uma memória de infância, de adolescência, mas raramente uma realidade madura.
Quanto aos amores que são para sempre... ou são unilaterais, cheios de esperança ou mero romantismo, ou são viúvos, de resto são como o totoloto: saem de vez em quando a alguém com uma sorte em milhões.

Não estou, obviamente, a pôr em causa a autenticidade do amor e da amizade nem a ignorar o companheirismo, a cumplicidade ou o compromisso; estou a referir-me ao facto de poucas vezes podermos adjectivar uma relação com um "inseparáveis" honesto e em consciência.

E por falar em honestidade e em consciência, disse há pouco que o nosso foi um amor à primeira vista perfeitamente mútuo. É quase verdade. É amor, foi à primeira vista e é mutuo, mas não perfeitamente mútuo, em boa verdade devo reconhecê-lo.

Para ele, eu estou acima de tudo e de todos, sem uma dúvida ou hesitação. Sei que daria a vida por mim sem vacilar ou temer, como a daria pelo meu filho, que chegou bem depois dele e , ele bem sabe, me é incomparavelmente mais precioso.

Temos sido bons companheiros, temos feito um sem número de coisas juntos, que gostamos de fazer juntos, às vezes com amigos, muitas vezes sós. Fomos juntos trabalhar, a jantares, a festas, em viagens, em férias e fins de semana, eu sei lá mais o quê. Choramos juntos e brincamos juntos, ficamos em casa nas tardes de chuva e passeamos à chuva pelo campo para sentirmos o cheiro da terra molhada. Entendemo-nos perfeitamente; a maior parte das vezes basta um olhar, uma expressão que muda, um movimento da cabeça. Os melhores momentos passamo-los fazendo coisas bem simples mas inesquecíveis - banhos na praia, passeios de carro com o vento a cantar-nos aos ouvidos ou a mera partilha de um frango assado com sabor a festa e a amizade.


É um pouco possessivo, nada demais. Ciúmes, sempre os soube guardar para si e, talvez, remoe-los em silêncio, sem cenas tristes ou maus modos. A sua paixão é por vezes um pouco excessiva na ansiedade em me rever, na pressa em que eu volte... Na verdade conheço casos bem piores, ele pelo menos sempre me recebeu com boa disposição e a sua surpreendente doçura. Sei que pode ser assustador, o que já por diversas vezes me deu um jeitaço mas nunca esta sua veia mais protectora deu problemas ou dissabores. Às vezes, quando o vejo lidar com os seus "rivais" mais directos, chega a enternecer-me, pela paciência, pela calma, até pelas palhaçadas que faz para esconder o seu pouco à-vontade com a situação. Sempre aceitou os meus amigos como seus, alguns porque são também os seus amigos mas outros apenas porque eu sou amiga deles, e ponto.

Tem uma firmeza de carácter, uma lealdade e um bom feitio invulgares. Já tenho comentado nas suas costas "Este tipo é santo...". Sei que não é. Sabe ser safado, teimoso e ter convenientes ataques de surdez passageira... Sabe fazer coisas que me chateiam quando o contrario ou o deixo só durante mais tempo do que considera razoável. Mas sabe olhar-me de uma forma como nunca ninguém me olhou, sabe derreter-me o coração e fazer-se perdoar seja do que for - porque não há nele vestígio de maldade.

Escrevo hoje sobre ele porque preciso, porque tenho de deixar sair todos estes sentimentos que trago comigo há tantos anos e agora me inundam a cada vez que o olho. Tenho de deixar extravazar as já quase saudades, a indiscritivel ternura que pousa em mim vinda daquele seu olhar ainda muito vivo, traído por um coração já demasiado grande.
Sei que nos resta pouco tempo juntos para retermos longamente o olhar um do outro. Só olhando, sem palavras.
Escrevo hoje, assim à laia de carta de amor, porque sei que dentro de pouco tempo serei incapaz de o fazer sem que isso se transforme num exercício de masoquismo e auto-comiseração.
Escrevo hoje e virei menos aqui ao blog antes da sua partida; o tempo é curto e não quero gasta-lo sentada frente ao computador a passear as mãos pelas teclas. Vou sentar-me no chão ao seu lado, por a sua cabeça no meu colo e falar-lhe das histórias boas que vivemos juntos. Sei que o tempo não chegará...













A SEGURANÇA DO NOSSO POVO É ESTRANHA

Ontem recebi um e-mail que tinha por título:

«POSTO DA G.N.R. EM ARMAÇÃO DE PÊRA»
(obrigada J.A.)

Felizmente que não me deu para tentar adivinhar o que aí vinha, teria sido uma fustração porque esta, cá para o meu fraco entender, é realmente impensável. O texto dizia assim:

«O Ministério de Administração Interna do actual Governo manda instalar sistemas de segurança de empresa privada para proteger instalações de forças policiais!!!... Parece um 'apanhado', mas não é!»


As «PESSOAS ESTRANHAS» refere-se a:
  • a) Estranhas à Prosegur? (GNR não entra)
  • b) Estranhas à GNR? (Prosegur não entra)
  • c) Estranhamente "estranhas" ? (Min. Adm. Interna não entra)
E a malta a pagar... Não é estranho?

Já agora... Esta "medida de segurança" será só para a GNR de Armação de Pêra ou haverão por aí mais postos assim estranhamente protegidos?

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A REVOLUÇÃO VERDE ou

A SEMENTE VERDEJANTE NO MÉDIO ORIENTE

A promessa de Democracia é uma promessa perigosa quando se pretende vã.

Quando um povo se levanta, ainda que seja um povo como o iraniano, com o peso da sua história - da ancestral à dos últimos 40 anos - e as condicionantes estabelecidas e derivadas da sua cultura, situação geográfica,do Islão, poderá haver alguma coisa, à excepção da aniquilação, que o possa fazer parar?

Não se pode ignorar o facto de, actualmente, 75% da população iraniana (70 milhões) ter menos de 30 anos e, de entre esta, há que manter em mente, cerca de metade são mulheres. A revolução é óbvia, inevitável. O confronto com o poder conservador, fanático, religioso e fundamentalista é tão inevitável quanto a revolução.
Que espaço de fuga existirá ao fundo deste beco que se adivinha sangrento?

Até onde desejará, e conseguirá, ir Ahmadinejad?
Até onde conseguirá opor-se o povo iraniano e até quando?
Até onde poderá o mundo observar sem interferir o que se irá desenrolar ao longo dos próximos dias?
Que peso terão os Direitos Humanos deste povo no intrincado xadrez internacional?





O Vídeo abaixo é, no auge de ânimos inflamados, de pessoas agredidas, assustadas até ao pânico, sustidas pela raiva, uma inesperada lição de humanismo.

Durante os primeiros 25 segundos assistimos a mais uma das manifestações de um rio de gente que ocorreram nos últimos dias em Teerão.
Depois tudo muda... e quando pensamos assistir ao inevitável - a violência gerada no meio da turba em revolta - sucede o inesperado: um acto de humanismo.
Emociona presenciar aquilo que marca a diferença entre os homens, felizmente não são todos iguais.





OPEN LETTER TO THE WORLD -
uma tocante carta / vídeo de denuncia e pedido de apoio internacional dirigida aos cidadãos de Estados democráticos

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feitiço


"Mefistófeles: Bom; mas para sair, força é dizê-lo, acho um certo empecilho: e é ver pintado no limiar um 'pé de feiticeira'.

Fausto: Tens medo do Pentagrama! Essa é boa! E quando entraste, diabão do inferno, emandingou-te acaso? Um gênio desses deixa-se assim lograr?

Goethe - Fausto




A ti, alma que te envolves em escuridão, onde as trevas encontram refúgio, fecham-se as portas de Luz uma e outra vez, e mais fundo decairás a cada nova tentativa.

No teu peito golpeará a espada flamejante e a cada inspiração sentir-te-ás sufocar como se a pedra tumular sobre ti se abatesse.

Vai, segue o teu caminho, por aqui não encontrarás sossego.

Parabéns, ainda a tempo

Hoje, como quase todos os dias de trabalho, vi, li e escrevi a data diversas vezes - 9 de Junho, 9 de Junho...

De facto havia qualquer coisa cá no fundo, sob camadas de cansaço, sob a agenda mental e abafada por uma triste preocupação que me acompanhou ruminantemente ao longo do dia traduzida num feitiozinho vagamente soviético, que me dizia que o 9 de Junho se prendia com alguma coisa ou alguém... Um aniversário? "Acho que conheces alguém que faz anos hoje", murmurava uma voz muito tímida e cautelosamente à distância... Mas eu mal a ouvi, nem sequer queria ouvi-la.
Hoje foi um daqueles dias em que falei o menos possível, se possível fosse menos ainda teria falado e, sobretudo, ouvido.

9 de Junho, 9 de Junho... Ó pá, que se lixe, não sei.

Há pouco fui perguntar ao meu filho se não seriam já horas da deita. Inconsciente do perigo de provocar a fera respondeu-me, deitado na minha cama, telecomando em punho e canal Panda no écran: "Deitar-me? Mais ainda?". Eu, ainda consciente de que o rastilho me estava muito curto e o barril da pólvora muito cheio, passei por cima da gracinha e lá estabeleci um acordo fácil - temos 20 minutos até ao fim do "Quarteto Fantástico" e nem mais um minuto, um mas ou um "vou só beber água".

Eis senão quando me deparo com o telemóvel a piscar alternado entre o vermelho, de uma chamada não atendida, e o verde, correspondente a uma mensagem nova. Cheia de graça e bom feitio agarrei no dito e resmunguei: "Vou ver se te arranjo um aviso de luz amarela que ficas que nem um semáforo doido".

Vi de quem era a chamada... Hum... A esta hora... Hum... Ouvi a mensagem... Hum... Grave não deve ser... Liguei.

"Olá. Blá-blá-bla, - Então e tu? -Blá-blá-bla, pois, - Blá-blá-bla, faço anos hoje porra!"
Xiii... Eu bem sabia que havia qualquer coisa hoje... Ó pá... PARABÉNS - Ainda não é meia-noite... (glup...)


Que raio, como me fui esquecer mesmo com tanto "aviso subliminar"?
Tantas horas, tantos dias, meses, anos... Tantas conversas giras, francas, íntimas, que nos fizeram rir, pensar, sentir. E livros, e música, e disparates. (Foste o único homem que vi para lá das três da manhã - ou antes, também nunca vi - aparecer-me de longo manto de veludo vermelho varrendo a Pça. da Alegria...)
Discussões algumas. Uma das grandes, daquelas que enfure
cem, que não olham a destroços seja do que for, das que põem tudo em causa e o que resiste é porque é verdade. Tantos copos, gargalhadas, lágrimas também. Perdas irremediáveis, nascimentos, apostas difíceis de tudo ou nada, com júris, com sacanas, com amigos. Segredos, apoios, e a vida que vai andando, indo, vindo, andando, correndo. A vida que nunca pára.

9 de Junho... Pois passou-me.

Fixei o olhar no horizonte do fim do mês, que este mês, neste momento, tanto me tarda. Tardam-me as férias, o sono, o descanso. Tarda-me o tempo para "ter tempo".
Hoje especialmente tardava-me o fim do dia que traria consigo cinco dias seguidos em que aspiro a alguma paz.
Tanto me tarda o tempo que acabo perdendo os dias que passam na espera de dias que tenho no horizonte. Que estupidez!


Olha... Parabéns meu amigo. E obrigada pelo alerta, vou voltar a olhar para os dias que vivo, sem resignação de existir nos intervalos.

Deixo-te aqui uma "prenda", com um título irónico... mas sincero.

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CHAPÉUS HÁ MUITOS...

Ainda José não teve tempo de se recompor da desilusão de ontem - daquele enorme cocas que se lhe agarrou à garganta como se os sapos fossem vampiros - vão os secos mais os molhados pôr-se numa berraria desbravada mesmo à porta do rapaz.

Que diabo, José está de ressaca; nem 24 horas de guronsan, cházinho e torradas, deram ao homem. Pior... Não teve sequer a chance de ligar para a polícia e mandar calar os barulhentos inoportunos - já lá estavam todos.

Lá diz o povo com razão: «Para baixo todos os santos ajudam»

VAMOS LÁ GENTE...


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E agora pergunto eu:


MAS QUE RAIO ESTEVE A FAZER 60 E TAL POR CENTO DA POPULAÇÃO ELEITORA
L HOJE PARA NÃO IR VOTAR?


VAMOS LÁ GENTE...
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A FRASE DA NOITE:

(e cito aquele gato fedorento que se chama Ricardo Araújo Pereira)

"Não posso deixar de referir a Crise da Hotelaria: nunca vi o Hotel Altis tão vazio..."

DEMOCRATICAMENTE À FORÇA

Nos anos 60 apareceram uma serie de rábulas revisteiras gravadas em discos de 45rpm pelo Raúl Solnado. A maioria das pessoas com mais de 40 anos lembra-se disto com certeza. Algumas frases ficaram conhecidas e, durante muito tempo, foram citadas nas mais variadas situações por muitos portugueses, eram uma espécie de "piádas privadas" nacionais.
Desta rábula que deixo aqui abaixo ficaram muitas "frases feitas" como:
  • Mas a minha mãe foi a Évora...
  • Foi um senhor de castanho que passeia no corredor...
  • Pois, dizia a minha irmã Jorgina que gostava muito de dizer coisas...
  • Leve-me ao Estádio da Luz...
  • Lá em casa havia sopa, gravatas e tudo...
  • Parece um engenheiro hidráulico de olhos verdes...




Vem isto a propósito de uma outra outra rábula na qual surgia uma frase que ficou "p'rá história":

"Meu filho, quer queiras quer não queiras vais ser bombeiro voluntário"

E perguntam vocês:
Mas porque foi ela agora lembrar-se disto?

Ah...Foi por causa de umas declarações do Presidente do Governo Regional dos Açores. Pois! Nem mais.

«Para "proteger" a democracia
Carlos César defende voto obrigatório em Portugal
28.05.2009 - 11h11 Lusa
O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, defendeu hoje o voto obrigatório nas eleições em Portugal como forma de “proteger” a democracia e aumentar a responsabilidade dos políticos.

“Defendo o voto obrigatório porque, se a democracia não se proteger, quando precisarmos de autoridade democrática, ela será precária e, quando precisarmos de decidir, duvidaremos sempre da legitimidade das decisões”, afirmou Carlos César

Espera aí... Para defender a democracia torna-se o voto obrigatório?

Deixa-cá-ver-s'eu-percebi...

A abstenção irrita-me, de certa forma choca-me.
As pessoas abstêm-se mas querem ter opiniões, querem ter a liberdade de as expressar, querem "ter voto na matéria" mas acham que não "vale a pena" votar, que "são todos uma cambada e lá não me apanham", ou simplesmente não estão para isso.


Dar um direito nosso "de barato", prescindir do exercício da liberdade de escolha e de opinião com se esta pudesse ser tomada por certa é algo me me faz uma confusão tremenda.

Muitos dos "abstencionistas militantes" que conheço, senão todos, sentir-se-iam (intelectualmente) lesados e desrespeitados senão tivessem direito de voto. Pois...

Agora...

Daí a "quer queiras quer não queiras tens de exercer um direito democrático"...

Olha que gaita, e se alguém não quiser ser democrata? Tem de democraticamente votar em branco? Em tinto? Escrever impropérios no boletim de voto?
E os anarcas? Onde ficam os direitos dos anarcas, essa franja plena de sentido de humor da cena política nacional?

E esta obrigatoriedade "a bem da democracia", é para aumentar a responsabilidade dos políticos (que estupidez...) ou para um tipo não se sentir incomodado por ter sido eleito por meia dúzia de gatos?
Talvez passe secretamente pela tôla de Carlitos que a malta que se abstem o faz por estar desiludida com o poder e não vota porque também não quer mesmo votar pela oposição?

Ó Carlos César... vê se t'enxergas, meu..


(Se quiserem ler alguma coisa levada a sério sobre este fenómeno reflectido nas declarações do CêCê sugiro que visitem o
http://outrasmargens.blogspot.com/2009/06/obrigados-votar.html
Eu confesso que não tenho pachorra para atentar na coisa com um mínimo de seriedade. Já dei...)

UMA PEDRADA NO CHARCO

Hoje, 5 de Junho, é o Dia Mundial do Ambiente.
Eu não sabia e ainda que soubesse passar-me-ia completamente ao lado. Mais um Dia Mundial do inconsequente.


Feito coincidir com este Dia Mundial do Ambiente foi o lançamento mundial do filme HOME.
Se não ouviram falar nisso, ou ouviram por alto, transcrevo uma pequena descrição de o que é o HOMEPROJE
CT:


«
A hymn for the planet

HOME is an ode to the planet's beauty and its delicate harmony.

Through the landscapes of 54 countries captured from above, Yann Arthus-Bertrand takes us on an unique journey all around the planet, to contemplate it and to understand it. But HOME is more than a documentary with a message, it is a magnificent movie in its own right. Every breathtaking shot shows the Earth - our Earth - as we have never seen it before. Every image shows the Earth's treasures we are destroying and all the wonders we can still preserve. "From the sky, there's less need for explanations". Our vision becomes more immediate, intuitive and emotional.

HOME has an impact on anyone who sees it. It awakens in us the awareness that is needed to change the way we see the world. (HOME embraces the major ecological issues that confront us and shows how everything on our planet is interconnected.)

Synopsis

In 200,000 years on Earth, humanity has upset the balance of the planet, established by nearly four billion years of evolution. The price to pay is high, but it is too late to be a pessimist: humanity has barely ten years to reverse the trend, become aware of the full extent of its spoliation of the Earth's riches and change its patterns of consumption.»

Website: http://www.home-2009.com













Acabei de ver o filme agora; está na net distribuido pelos seus produtores gratuitamente - durante a conferência de imprensa que deram hoje explicaram como conseguiram oferece-lo. Também está já à venda, por enquanto creio que só na FNAC, por 5 euros o DVD e 10 o Blu-Ray.

É de tirar a respiração.
Sufoca-nos pela sua beleza. Sufoca-nos pelo contraste do "Antes/Depois". Sufoca-nos pela constatação da transformação que, no tempo correspondente ao de uma vida humana, a humanidade operou no planeta. Num clic...

Não deixem de ver, é uma verdadeira prenda que se oferece a nós, Terráquios.

Fica abaixo o "trailler" para quem precise de motivação





E alguns links com interesse:

Ligação à página oficial do HOMEPROJECT, com acesso ao filme e vários links interessantes: http://www.youtube.com/homeproject

Versão narrada em português: http://www.youtube.com/watch?v=tCVqx2b-c7U

Versão original:
http://www.youtube.com/watch?v=G8IozVfph7I

Extracto da conferência de imprensa de hoje, 4min e meio com muito interesse:
http://www.youtube.com/watch?v=Cgz5BELaYW0




4/06/1989 - 4/06/2009

Tiananmen 20 anos depois





Foi há vinte anos mas poderia ser hoje. De então para cá a violência e repressão do governo chinês sobre o seu povo não mudou, exercidas ou lactentes estão lá a todo o momento.

Em vinte anos a China mudou, muito, à custa do trabalho dos chineses, em condições que o ocidente quer ignorar, à custa de uma verdadeira invasão comercial, que o ocidente proporciona. De resto a política mantém-se, o secretismo e a censura mantéem-se, a violência mantém-se, o crime de Estado mantém-se.

Nós por cá, pelo Ocidente, falamos de "Consciência Global". Falamos. Não chega.

A auto-determinação de cada Estado independente, os princípios e valores da comunidade internacional não justificam a tolerância - diria, a ignorância - de verdadeiros crimes contra a Humanidade.

Se a China se mantém como há vinte anos, como há muito mais de vinte anos, não atribuamos, em consciência, aos liders chineses todas as culpas do cartório. Espelhemos na nossa cara as conveniências económicas, comerciais, políticas globais.

Tiananmen foi há vinte anos... de então para cá alguém com voz na sala de audiências da comunidade internacional moveu um dedo para resgatar alguma das meninas que são deixadas em "creches de acolhimento", sabe Deus como e para quê, pela simples razão de terem nascido meninas?

Humanos, nós? Temos dias...


Um bom texto de informação do Euronews:

(Vale a pena ver o pequeno vídeo filmado hoje - http://pt.euronews.net/2009/06/04/china-censura-20-anos-do-massacre-de-tiananmen/)


«Vinte anos depois, o massacre de Tiananmen ainda é um tabu na China.

Esta quinta-feira começou como qualquer outra, com o hastear da bandeira na praça onde, há duas décadas, morreu um número indeterminado de pessoas, vítimas de repressão militar. Centenas ou milhares, uma dúvida nunca desfeita por Pequim. As autoridades chinesas fazem tudo para evitar a evocação do massacre.

Desde ontem que o acesso à praça de Tiananmen está vedado. Os jornalistas que se encontram em Pequim estão a ser filmados e identificados pela polícia. A internet e os canais estrangeiros estão a ser censurados. Do outro lado do Estreito de Taiwan, uma vigília lembrou as vítimas do massacre ocorrido há 20 anos.

Washington apelou à China para, como explica o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, “pôr fim ao assédio aos participantes das manifestações e começar o diálogo com as famílias das vítimas, incluindo as mães de Tiananmen”.

Ontem, a secretária de Estado norte-americana exigiu a Pequim a publicação de uma lista com os nomes dos mortos, desaparecidos e presos no massacre. Clinton pediu também a libertação dos detidos.

A intervenção militar chinesa na noite de 3 para 4 de Junho de 1989 pôs um fim violento a seis semanas de protestos estudantis.»

THE ACT THAT WE DO...

Já há muitos dias que não falo de José
Sim, ainda ontem falei de um dos seus ministros mas não é a mesma coisa; Devoção é devoção, fidelidade é fidelidade.
Então vamos lá...

Recebi agorinha um link a este vídeo (Obrigada J.C.) e não resisto a partilha-lo aqui.
Perante o "amusement" dos liders europeus, o fôfo diz:

«Because this act is an act that we do...»
José, o querido táva a falar de quê, exactamente?

Bem, e depois? Depois cada cavadela sua minhoca.(15 a ingalês universitário my ass...)

Tomem lá para não dizerem que sou eu, outra vez, a inventar só para falar no fôfo.




Se quiserem a versão castelhana deste geniozinho que sabe de tudo ou, pelo menos, se desenrasca tão bem (peor que yo en Sevilha mas yo no levo las câmaras da TV) espreitem:

http://www.youtube.com/watch?v=erCcAdxfpY0

Pelo menos em português o fôfo não se atrapalha - as verdades são para se dizerem! Ainda há quem lhe chame mentiroso...
Ahhh injustiça, ahhhh cabala negra!

http://www.youtube.com/watch?v=SulHbbsabeo&feature=PlayList&p=1D79F99C21C2193B&index=0
Ontem foi dia da criança e eu não disse nada (ou quase nada se quisermos considerar o post imediatamente abaixo). Não me apetecia falar nisso, ando neura relativamente ao que toca às crianças no nosso país, e relativamente ao que não lhes toca também. E fora do nosso país ainda mais, se quisesse pensar nisso.

MAS HOJE TIVE UM BOA NOTICIA - MESMO BOA - e compensou a ausência de boas noticias, no que concerne às crianças. Compensou porque há uma menina que conseguiu a sua segunda oportunidade, que tem a esperança a iluminar-lhe a vida outra vez.(POST DE 30 DE ABRIL)

HOJE A MARTA ENCONTROU UM DADOR

Blog dos pais da Marta

Faltam ainda muitas Martas e Martos que esperam... Os serviços de oncologia pediátrica estão demasiado cheios d
esta angustia.

Mas hoje houve um dador que conseguiu acender o lustre da esperança. Valeu!


A propósito do

Dia da Criança...

"Caso Alexandra"

Ministro diz que errar

«faz parte da natureza humana»


O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, escusou-se hoje a comentar a decisão da Justiça portuguesa de entregar uma menina russa à mãe biológica, mas sublinhou que errar «faz parte da natureza humana»


in Semanário SOL - 1/06/2009




Comentários (no "SOL)


Há uns anos atrás se um ministro fizesse uma declaração destas seria demitido, outros o foram por muito menos fora com governos corruptos fascistas encapotados

ciberia, em 2009-06-01 18:29:11


Para mim, e com medo de errar, porque sou humano, esta declaração é imbecil....

trabalhatumalandro, em 2009-06-01 18:16:09


Não é erro é negligencia!E já existem três casos de crianças que foram morte pelos pais e avós só nos últimos, depois de terem sido retiradas as pessoas a quem cuidavam delas; em 5 anos 3 casos, ainda por cima foram violadas pelo p

ai ou padrasto (2 casos) antes de serem mortas, apesar de os juízes terem sido advertidos para esse facto e nada adiantou.

Não senhor ministro não chame a isso erro, CHAME-LHE CRIME! E não aprendem com os erros estas bestas!

Quetzal, em 2009-06-01 18:14:48


vejam lá bem as declaraçoes que este homem fêz, se isto é gente que está no seu juizo perfeito. entao isto nâo é um crime, então o que é..?

besugo, em 2009-06-01 18:14:42


O problema não é errar! O problema é não aprender com os erros e a justiça em Portugal, neste campo, tem menos desempenho que o cão do Pavlov.

ravp, em 2009-06-01 18:08:12


De há uns anos a esta parte os erros tem sido sucessivos estes erros faz parte de ignorantes que não sabem o que andam a fazer tiraram o canudo pelo

telefone? ou fizeram exame ao Domingo? nem no tempo da outra senhora os tais técnicos com a 4ª classe fariam tal barbaridade pois trabalhavam por amor ao próximo e conhecimento de causa mas nessa época não tinham os neurónios queimados.

ciberia, em 2009-06-01 18:04:07


zéduarte
mais humana que a Justiça Xuxa, só mesmo a Ruxa!..

icebreaker, em 2009-06-01 17:57:52


Há erros que dá para emendar, outros não.. por isso é que deveriam pensar duas vezes e certificar-se antes de fazer asneiras que possam ser irreversíveis.. mas já se vê que quem confia nesta malta "leva"!

icebreaker, em 2009-06-01 17:56:35


Então, não há ninguém mais humano, dos que os xuxas...

joseduarte, em 2009-06-01 17:52:50


O acórdão do tribunal que decidiu libertar o Paulo Pedroso foi um erro humano?

Goebbels, em 2009-06-01 17:41:56




E lixar a vida de uma criança, também faz parte da natureza humana?


Eu cá abstenho-me de comentar o que disse o idiota do ministro. Não vou gastar nem um segundo a comentar uma declaração de um passa-culpas cobarde a fingir que outro idiota irresponsável agiu malzinho mas tem de se compreender e não há responsabilidades a pedir nem metodologias e negligencias a apurar. (Assim com'ássim a miúda já está lixada e não há nada a fazer...).Não estou mesmo disposta a escrever uma só palavra sobre mais uma declaração deplorável, tão ao jeito das abéculas criativas deste desgoverno de tontos falantes, que tão depressa acham que a sul do Tejo se estende um deserto como visitam, e subsidiam, fabricas de bombas de calor convencidos de que estão a ver apetrechos de energia solar. Não, não tenho pachorra. P.Q.P. Vão gamar, pode ser que nisso se continuem a safar.