ACONTEÇA O QUE ACONTECER (Teixeira dixit)

O Teixeira botou faladura; dali nada vem de bom, já se sabe.
Falou e disse:
«Aconteça o que acontecer, tudo faremos - e estamos preparados para o fazer - para cumprir os objectivos orçamentais»
(A rapaziada tem em mente)
« medidas adicionais necessárias para corrigir a situação e garantir o cumprimento desses objectivos»


Será que o Teixeira está finalmente a pensar em cortar na Despesa? Sim, já cortou mas não é nesses cortes que estou a pensar;

Não me refiro aos cortes na saúde que põem a populaça a pagar mais para além da bestialidade que já paga para a Segurança Social, quer queira quer não, que é como quem diz, quer use quer tenha seguro de saúde para não morrer à espera.
Não me refiro aos cortes na educação que têm causado grande balburdia para já não falar daquela medida infame de fechar escolas primárias e infantários porque tinham menos de 21 alunos
Enfim, não vale a pena alargar-me, já me perceberam... não me refiro aos cortes na Despesa que caiem em cima dos já esfolados pelo aumento da receita. Particulares e empresas (e por empresas não quero dizer a PT, a Galp, a EDP e outras mulas oportunistas)

Refiro-me a cortes na despesa "à séria", "à brava", como se impõe.
Assim uma coisa como o que aconteceu com a extinção de 170 cargos dirigentes no âmbito do Instituto da Segurança Social. Foi uma boa amostra embora, ao que parece, uns quantos destes "dirigentes", por certo imprescindíveis, transitem para organismos particulares mas se mantenham a receber com participação pelo Estado.
Enfim... não se pode ter tudo, assim a coisa iria bem encaminhadita mas parece que a moda não está a pegar. Sabem... é muito favorzinho, muito segredinho que tem de se cuidar, não é fácil andar a pôr os amigalhaços de algumas ocasiões na rua da amargura. Não é fácil e é perigoso...
Também me refiro aos cortes na marmelada. Sim, cortar com as bestialidades que custam as marmeladas estatais extra-ordenados - que nos ordenados os desgraçados que se encontram a braços com o Executivo, o Legislativo e outros "ivos", já cortaram, simbolicamente, os fabulosos 5%.

No fundo, poupando palavras, refiro-me a cortes na Despesa semelhantes àqueles que os comuns mortais pagantes da Receita já vêem fazendo e continuam a fazer até não perceberem onde mais podem cortar sem ficarem nus - porque esfomeados já muitos andam, os que dizem e os que nem sonham dizer.

Será que é isto que o Teixeira tem em mente?

O Teixeira ainda afincou:
«O que me parece é que os mercados querem acção e resultados nas três frentes: na frente orçamental, do crescimento e no reforço do sector financeiro»
Parece-lhe...

Será que o Teixeira se refere a um plano para, finalmente, incentivar as empresas portuguesas a investir por cá sem se depenarem por isso?

Hum... desconfio...

E será que o Teixeira não desconfia que se continua a protelar o aperto da Despesa à custa dos apertos com a Receita o BCE, que já não leva cá o burgo minimamente a sério, demonstra por A + B que (afinal) quem manda aqui não é mesmo o Teixeira, nem sequer o dono do Teixeira?
Oh valha-nos Santo António, um é megalómano e inconsequente, o outro é burro, fidelissimamente burro, e agora estão a ter mais ideias para "resolver a crise nacional", «aconteça o que acontecer».
Estamos feitos, vistam os coletes.

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QUE NOJO DE GAJO

Do "anacronismo" ao "pragmatismo" das relações com um regime "muito horizontal"

«O ministro dos Negócios Estrangeiros defende o pragmatismo nas relações com outros países, já que considera «absolutamente ridículo pretender desenvolver uma relação na base de uma avaliação das condições democráticas de cada pais».

Em entrevista ao programa Gente que Conta (TSF), Luís Amado lembrou que se houvesse esta avaliação "não teríamos relações com muitos países com os quais temos relações há décadas"».

A entrevista do Luís Amado, em crescendo...
E o que ele considera "ridículo":
«É absolutamente ridículo, do meu ponto, de vista pretender desenvolver uma relação na base de uma avaliação das condições democráticas de cada país»

«se fosse assim nós não tínhamos relações com muitos países com os quais nós temos relações há décadas»

Ou seja, o óbice a relações não pode ser o facto de a Líbia não ter um regime democrático. Mas expliquem-me, o que está a levantar indignação pelo mundo é o facto de a Líbia não ter um regime democrático?
Isso do Kadhafi estar a assassinar o seu próprio povo é uma invenção? É um pormenor?
O Luís Amado, e los outros muxaxos, não foram informados?

Fraca defesa, desculpa lá gajo mas não convences, não convences mesmo.
A afirmação de que "o petróleo da Líbia é de muito boa qualidade" neste contexto... dá, ainda mais, vómitos.

Ridículo é pretender que é pelo facto de Portugal manter relações com uma autocracia que levanta críticas às declarações, e falta de uma tomada de posição digna e firme, por parte do executivo português


Sobre o regime de Kadhafi: «É um regime muito horizontal, sem cadeia de comando e sem instituições»



E, ainda por cima, é este "badameco" que (me) representa exteriormente o meu país.
Que nojo de gajo.

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OBVIAMENTE NÃO SE PUBLIQUE...

O "bloguer" António Balbino Caldeira, autor do blog "Do Portugal Profundo", tentou publicar em Portugal um livro intitulado "O Dossiê Sócrates".
Depois de voltas várias não conseguiu.

Uma boa alma enviou-me um e-mail com a sua sumária história e o referido livro em PDF.

O livro encerra algum material que, embora fazendo todo o sentido e se mostrar necessário na constituição de um "dossier" deste tipo, possa tornar a sua leitura seguida um pouco massuda mas, na sua essência, contém muitíssima informação e documentação relevante.
Relevante relativamente à forma como se passam as coisas no nosso país, relevante quanto ao carácter, o falta dele, de um homem que se encontra à cabeça do nosso executivo, relevante no que toca à "cegueira" da lusa justiça.

Aqui abaixo deixo a breve explicação dos factos prévios à publicação do livro descrita pelo autor e o "link" à página onde este se encontra à venda - já em segunda edição do autor - assim como à possibilidade de realizarem o seu "download" gratuito.
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Conta o autor:
«Por ser importante, revelo abaixo a saga da publicação de mais um livro proibido e a necessidade de recurso à publicação nos EUA (na Lulu.com) para vencer os bloqueios da publicação em Portugal.

Comunicado ao o grupo editorial. Leya o meu propósito de edição do livro, recebi no próprio dia a manifestação do interesse na publicação. Apresentei o conjunto de posts que compõem a II Parte do livro e o interesse da editora manteve-se - e cresceu quando depois entreguei a I Parte (a Introdução) na qual contava o contexto da pesquisa e as vicissitudes do afrontamento do poder quase-ditatorial do Governo.
Paralelamente, trabalhei ao longo de meses no desenvolvimento do livro, e investigando os novos factos.

Até que, em 27 de Fevereiro de 2009, entreguei à Leya uma versão preliminar da III Parte (a Conclusão) do livro, com a descrição de alguns factos novos e a interpretação de documentos inéditos.

A insistência constante da editora para que eu terminasse o livro foi substituída por um silêncio absoluto: nem mais um pio. Nunca mais se atendeu o telefone, nem se respondeu aos mails, nem às mensagens. Nem, estranhamente, sequer se correspondeu ao pedido legítimo e formal de devolução do material entregue. Nada.

Contactei outras editoras, mas também não tive êxito na edição do livro. Uma delas - aparentemente insuspeita... - nem sequer respondeu ao mail que lhe enviei. E outra também recusou.
Finalmente, já no final de Julho de 2009, uma editora mostrou-se interessada, oferecendo-me a possibilidade de colocar o livro para download pago e eu fazer o co-financiamento da edição impressa (co-financiamento que se destinava a prevenir o risco do bloqueio da distribuição e venda em prazo útil). Alguém, do meio, explicou-me depois a dificuldade e receio de, no Portugal socratino, uma distribuidora fornecer, e as cadeias de livrarias e superfícies comerciais exporem e porem à venda, um livro intitulado... "O Dossiê Sócrates"...

Frustrada a tentativa de edição tradicional em tempo útil, sem meios para o co-financiamento da edição impressa, sem interesse numa versão digital paga, e sem a difusão natural e distribuição corrente nos pontos de venda, decidi contornar o obstáculo da edição, distribuição, exposição e venda, com a publicação integral gratuita do livro em linha e a possibilidade de compra para os leitores que queiram ler e ter o livro impresso.
O valor de compra do livro impresso cobre apenas o custo da edição, e com os portes, não é superior ao preço de edições similares no mercado. Escolhi propositadamente um tamanho de papel mais longo, o qual permite um custo baixo (14,95 euros + 6,08 euros de portes = 21,03 euros). Podia cobrar também pela edição digital; porém como o meu objectivo não é económico, mas político, o livro fica disponível para o download gratuito dos leitores.
As duas modalidades estão disponíveis na Lulu.com. Creio que a alternativa que escolhi responde à máxima difusão possível e conveniência dos leitores.» António Balbino Caldeira
COMPRA E/OU FREE DOWNLOAD AQUI

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CHAMAR OS BOIS PELOS NOMES

Um ministro dos Negócios Estrangeiros é o chefão dos diplomatas... e nota-se.
Ora vejam lá quanta "diplomacia".

(cautelas e caldos de galinha...)

Questionado sobre se Kadhafi deve abandonar o poder, respondeu assim o ministro português:

É um regime anacrónico, muito específico nas suas dimensões internas e que deve por isso mesmo ser objecto de uma adaptação inadiável

Anacrónico
adjectivo
1. contrário à cronologia
2. fora dos usos e costumes de certa época
É isso que se lhe oferece dizer, senhor ministro? Anacrónico? ANACRÓNICO?
Deve ser objecto de uma adaptação? ADAPTAÇÃO?
O senhor ministro está a falar em nome de quem?

Se este gajo fosse pastar bois para ver se aprendia a chama-los pelos nomes...

E o outro, o dono do diplomata idiota? Caladinho que nem um rato. Faz bem, não se diz mal dos amigos e dizer bem nesta altura não convém nada.

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ACTUALIZAÇÃO - 24/02 :

FELIZMENTE HÁ QUEM NÃO SE INIBA, ou "quem pode, pode":



Eu cá como já conheço muitos bois (sem pretender ofender os nobres animais bovinos)
, vai disto:

Genocídio
1. destruição sistemática e metódica de um grupo étnico ou de uma raça pelo extermínio dos seus indivíduos

2. crime que consiste na eliminação de todas as formas de expressão (cultural, linguística, religiosa, etc.) da identidade colectiva de um povo

Assassino
adjectivo
1. que assassina; mortífero
2. figurado que destrói

nome masculino
1. pessoa que mata outra ou outras premeditadamente
2. figurado destruidor

Tarado
adjectivo
1. que tem marcado o peso da tara
2. figurado que tem tara ou defeito
3. coloquial mentalmente desequilibrado
4. figurado, coloquial que dedica grande interesse (a alguma coisa); fascinado (por); apaixonado (por)

nome masculino
indivíduo desequilibrado do ponto de vista mental

Mau
adjectivo
1. que não é de boa qualidade
2. que não tem bons instintos; que exprime maldade
3. sem talento ou arte; imperfeito
4. nocivo; prejudicial
5. difícil; perigoso
6. irrequieto
7. malvado; perverso
8. funesto
9. duro

nome masculino
1. mal
2. indivíduo mal-intencionado

Perverso
adjectivo
1. que revela perversão
2. que se desvia daquilo que é considerado bom, correcto ou razoável
3. corrupto; vicioso
4. malvado
5. traiçoeiro
6. PSICOLOGIA que apresenta um comportamento anti-social irredutível e constitucional

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QUERES UM AMIGO INCONDICIONAL?



Nemo

Posted: 17 Feb 2011 05:30 PM PST

O Nemo foi abandonado numa saca à beira da estrada, tendo permanecido durante dias no mesmo sitio, durante os dias de chuva. Foi finalmente resgatado e encontra-se no Refúgio para adopção responsável. É um cão de porte pequeno. A sua esterilização/castração é obrigatória e poderá ser feita através de nós. Encontra-se na zona de Santarém mas poderá ser levado a outras zonas desde que seja bem entregue. Adopte o Nemo e ganhe um verdadeiro amigo para a vida!

Localização: Santarém

Contactos para adopção: Refúgio Animal Angels 91 951 66 31 (Mário) animal.abandonado@gmail.com


Lizzy

Posted: 17 Feb 2011 05:15 PM PST

“A Lizzy é uma menina que foi apanhada à beira da estrada muito magra e assustada. Tem cerca de 2 anos e é uma cadelinha de porte médio linda! Parece uma lobinha. É um pouco tímida porque deve ter sofrido muitos maus tratos e às vezes encolhe-se com medo. Mas só quer amor e carinho. Haverá por aí um lar para esta menina que já sofreu tanto? Já está esterilizada! Adopte a Lizzy e ganhe uma verdadeira amiga para a vida!”

Localização: Santarém
Contactos para adopção: Refúgio Animal Angels 919516631 (Mário); animal.abandonado@gmail.com


Pantera

Posted: 17 Feb 2011 05:00 PM PST

O Pantera é um cão de porte grande que foi encontrado a vaguear à beira da estrada, muitíssimo magro e fraco. Foi recolhido e já está bem mais “composto”. É um animal ainda jovem, cerca de 2 anos, muitíssimo meio e doce. É o autêntico gigante pachola. Precisa muito de um lar porque sofre muito com a falta de afecto. Por favor adopte o Pantera! A sua esterilização/castração é obrigatória e poderá ser feita através de nós. Encontra-se na zona de Santarém mas poderá ser levada a outras zonas desde que seja bem entregue. Adopte o Pantera e ganhe um verdadeiro amigo para a vida!

Localização: Santarém
Contactos para adopção: Refúgio Animal Angels 91 951 66 31 (Mário) animal.abandonado@gmail.com


Bogas

Posted: 17 Feb 2011 04:45 PM PST

O Bogas é um lindo menino de porte médio com cerca de 1 ano, pretinho e com o pelinho meio cerdoso. Foi abandonado e levou certamente um tiro pois estava cheio de chumbos que têm estado a sair gradualmente da pele. Vinha faminto. Procura um lar onde possa ser amado e respeitado e onde possa ser muito feliz!
Adopte o Bogas e ganhe um verdadeiro amigo para a vida!

Localização: Santarém
(Nota: pode ser levado a Lisboa e outras partes do país, desde que seja uma adopção responsável.)
Contactos para adopção: Refúgio Animal Angels 91 951 66 31 (Mário); animal.abandonado@gmail.com


Barão

Posted: 17 Feb 2011 04:25 PM PST

UPDATE 3.Out.10 (Nova foto)
O Barão encontra-se para adopção responsável
“O Barão é um lindíssimo cão de porte grande que foi apanhado à beira da estrada completamente desidratado, cheio de carraças e muito magro. Terá entre 2 e 3 anos, ou seja, tem ainda uma longa vida pela frente!
É muito meigo e simpático. Procura um lar onde possa ter uma vida feliz e onde possa ser verdadeiramente amado e respeitado.”

Localização: zona de Lisboa e arredores
Contactos para adopção: Refúgio Animal Angels: 919516631 (Mário); animal.abandonado@gmail.com

Foto da primeira divulgação: (5.Aug.10)

Índia

Posted: 17 Feb 2011 03:35 PM PST

A India foi abandonada grávida à porta de um hipermercado. Durante a noite teve os bebés e alguém muito “simpático” colocou-os no lixo. Morreram com o frio e imaginem a dor dela deitada ao lado do contentor sem nada poder fazer. Quando a resgatámos era este o cenário. É uma menina muitíssimo meiga e doce, com cerca de 2 anos, de porte pequeno a médio, que nunca deve ter sido feliz na vida mas que conquista tudo e todos com a sua humildade e doçura. Entretanto já foi esterilizada e está pronta para ser recebida num lar onde a amem e a façam feliz! Encontra-se na zona de Santarém mas poderá ser levada a outras zonas desde que seja bem entregue. Adopte a India e ganhe uma verdadeira amiga para a vida!

Localização: Santarém
Contactos para adopção: Refúgio Animal Angels 91 951 66 31 (Mário) animal.abandonado@gmail.com


Núria

Posted: 17 Feb 2011 03:20 PM PST

A Núria é uma linda menina tipo Pastor Alemão que andava abandonada pelas ruas. Alguém muito “simpático” decidiu apedrejá-la e uma das pedras acertou no olho. Teve sorte de não ficar cega mas ficou com o globo ocular um pouco retraído embora veja perfeitamente. É ainda jovem, entre 1 ano e 1 ano e meio e é muito meiga e simpática. Procura um lar onde possa ser feliz e amada e onde lhe dêem a vida que nunca teve! Será entregue já esterilizada. Adopte a Núria e ganhe uma verdadeira amiga para a vida!

Localização: Santarém
(Nota: pode ser levado a Lisboa e outras partes do país, desde que seja uma adopção responsável.)
Contactos para adopção: Refúgio Animal Angels 91 951 66 31 (Mário); animal.abandonado@gmail.com


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GENOCÍDIO

15 de Abril de 1986

Os EUA eram presididos por Ronald Reagan

Uma esquadrilha com 77 aviões americanos bombardeou Tripoli, a capital da Líbia.

Objectivo declarado: matar ou derrubar o coronel Muamar Kadhafi.

Motivo: Retaliação do ataque terrorista que teve lugar a 5 de Abril de 1986: Uma bomba foi deixada numa discoteca em Berlim frequentada por militares americanos. Devido a este atentado bombista, entre outras pessoas, morreram jovens dois militares americanos. Outros 79 jovens americanos foram gravemente feridos, alguns com lesões permanentes.

«Intercepted messages between Tripoli and agents in Europe made it clear that Libyan leader Colonel Gaddafi was the brains behind the attack.
1990: After German reunification, prosecutors find files linking the Libyan embassy to the attack »
A 15 de Abril, após o ataque a Tripoli, Reagan referiu-se a Kadhafi como sendo:

«um ditador megalomaníaco que colocou seu país a serviço da criminalidade do terror que funciona como campo de treino de terroristas»

Lamentavelmente... (Desculpem lá mas la-men-ta-vel-men-te) Kadhafi safou-se nesse dia.
Lamentavelmente... Não só por ver, antes direi ouvir (porque para ver pouco mais há do que os discursos de Kadhafi ou do seu herdeiro), o que se vem passando na Líbia estes últimos dias; não só pelo povo líbio mas também, fundamentalmente, por este sucedâneo de ser humano ter transformado a Líbia num campo onde germina o ódio, numa selva que dá frutos letais que se ramificam e multiplicam pelo mundo matando indiscriminadamente como só mata o acto terrorista.

Aliás... actos de terrorismo - não actos de guerra - são os que este tarado tem vindo a distribuir ao seu povo e, sem ponta de consciência ou vergonha, é o que promete para os próximos dias se o seu povo continuar a exigir a sua demissão.

Sabem que mais? Que o seu povo lhe faça a vontade: que façam dele o mártir que morre no final... Que o linchem publicamente.


Se o odeio? Não, a ele não, nem a outros do mesmo estilo. O ódio requer concentração, energia, emoções fortes. Odeio o que ele representa, o que semeia neste mundo onde milhões de pessoas vivem à mercê de ataques terroristas.

O terrorismo não é humano, é uma aberração genocida e, tal como uma doença, precisa ser erradicado da face da Terra.

Foi este tarado que o nosso executivo recebeu com honras de chefe de Estado (ele que diz que não é "chefe de Estado" embora se auto-intitule "Rei dos Reis de África"), em Dezembro de 2007.
Kadhafi nem sequer vinha em visita oficial, vinha a uma conferencia e, se bem se lembram, ficou hospedado na residência oficial do ministro da Defesa, ou seja, foi hóspede dos portugueses. Não é escandaloso? Meteu-me nojo e, na altura falei disso
AQUI.
Passados mais de três anos a coisa continua a enojar-me senão, nas presentes circunstâncias, quase acharia divertido...

E a libertação de al-Megrahi, lembram-se? *
Essa e outras "barracadas", uma entrevista de Kadhafi, Rei dos Reis de África, à Euronews e a marcada presença do nosso executivo (desisti de lhe chamar "Governo") nas comemorações do 40.º aniversário da revolução que levou Kadhafi ao poder também passaram por AQUI em Agosto de 2009

* Por falar nisto, saiu hoje (23 Fev.11) uma notícia que não espantará:

«Khadafi ordenou pessoalmente o atentado de Lockerbie»

«O ex-ministro líbio da Justiça, Mustapha Abdel Jalil, afirmou hoje (23/02) ter sido Kadhafi a ordenar pessoalmente a sabotagem do avião da Pan Am, que se despenhou em 21 de Dezembro de 1988 sobre a localidade escocesa de Lockerbie., causando a morte a 270 pessoas.
Jalil demitira-se ante-ontem do Governo líbio.»
A notícia completa AQUI, RTP.PT


Não contentes ainda com as demandas até à Líbia, em Setembro último, 2010, o Zé Sócrates não se contentou em enviar o responsável pelos Negócios Estrangeiros. Por quem era... Pois então, foi ele, o Zé em pessoa, e também levou o Luis Amado que tinha saudades das mordomias de Kadhafi, claro.
E foi uma estrela, segundo disse a imprensa à data: o Zé sentou-se à direita do líder líbio, foi no carro com ele a caminho da festa, mais o primeiro-ministro sérvio.
Da festa ele, Zé, e o outro, Luis, só saíram após a duas da manhã... Devem ter gostado.


O Zé gosta de mandar, e gosta de quem sabe mandar. E mai-nada, é assi-mêmo.

E Agora? Agora o nosso executivo só fala em retirar de lá os portugueses; sobre as acções do amigo nem uma palavrinha. Nem solidariedade com a luta pela libertação do povo líbio nem nada.
O Mubarak ao pé deste tinha asas, brancas.

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Libyan Training Camps

A Líbia tem treinado terroristas palestinos e outras no interior do país desde o início dos anos 1970
Além das instalações principais e em torno de Tripoli, ao longo das últimas duas décadas os líbios têm operado campos de formação menores dispersos por todo o país. Por vezes os terroristas são treinados em bases militares da Líbia. Por exemplo, em 1988, os membros do grupo radical palestino, a Frente Luta Popular, foram formados numa base da Força Aérea na região Aouzou. Membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral - também são conhecidos por terem treinado nos campos militares da Líbia.

Os grupos não-palestinos que receberam treino na Líbia nos últimos anos incluem a Alfaro Vive equatoriana, a organização Carajo, o M-19 da Colômbia, a Organização de Libertação Haitiana , a chilena Frente Patriótica Manuel Rodriguez, o Exército Secreto para a Libertação da Armênia, o Exército Vermelho Japonês.

Estagiários da Ásia, América Latina, África muitas vezes vão para a Líbia legalmente, normalmente, fingindo ser estudantes. Por vezes, cidadãos do Terceiro Mundo, viajam para a Líbia acreditando ir frequentar cursos de escolaridade legítimos, tais como formação técnica ou religiosa; Porém à chegada são esperados no aeroporto por soldados, colocados em camiões e transportados para campos de treino terrorista / dissidentes. Os alunos hostis a esta abertura da Líbia são sumariamente deportados e rotulados como alunos indignos.

Extremistas viajam para Líbia usando outros métodos. Por exemplo, radicais das Maurícias viajaram para Trípoli, em 1987, aparentemente para assistir a uma conferência da juventude, no entanto o seu destino era um acampamento de treino terrorista.

  • Seven April Training Camp. Localizado a cerca de 9 Km de Tripoli, a instalação oferece formação em terrorismo e subversão para os africanos e latino-americanos, bem como a militares da Líbia.
  • Sidi: Bilal Port Facility. Os terroristas que realizaram em Maio de 1990 o ataque marítimo contra Israel foram treinados aqui.
  • Bin Ghashir. Logo ao sul de Tripoli, foi usado para treinar dissidentes da África, Ásia e América Latina em tácticas terroristas e de guerrilha.
  • Ras Al Hilal. Grupos terroristas palestinos têm treinado neste campo.
http://www.globalsecurity.org/intell/world/libya/facility.htm

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De acordo com os originais, erros de português incluídos:


«O canal do Catar (TV Al-Jazira) cita moradores da capital daquele país como testemunhas:

"O que estamos testemunhando hoje é inimaginável. Aviões de guerra e helicópteros estão bombardeando indiscriminadamente uma área depois da outra. Há muitos, muitos mortos"

O ditador líbio, Muamar Kadafi, utilizou aviões de guerra contra manifestantes que protestavam contra seu governo em Tripoli, informou, ontem, a rede de TV Al-Jazira.

Dois caças Mirage da Força Aérea da Líbia aterrissaram, ontem, em Malta e, de acordo com autoridades militares locais, os pilotos pediram asilo político, em meio ao sangrento levante contra o regime de Muamar Kadafi.

Segundo fontes do governo maltês, ao chegarem ao país os dois militares disseram que a ordem que haviam recebido era de bombardear os manistantes em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia e epicentro dos protestos contra Kadafi.»
AQUI
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Também há relatos de que militares estariam atirando contra manifestantes em Trípoli.

A imprensa internacional tem dificuldade de confirmar as informações dadas por testemunhas por causa de um bloqueio imposto pelo governo líbio: jornalistas do exterior não podem entrar no país e o acesso à internet foi quase totalmente derrubado.
Saif al-Islam Kadhafi, filho do líder líbio, disse que os ataques foram lançados contra depósitos de armas, perto de áreas urbanas, e negou que tenham sido executados contra civis.
AQUI
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Gritando e falando com o punho fechado em um discurso de desafio na TV estatal, que pareceu ter sido gravado previamente, Kadafi também conclamou seus partidários a expulsar das ruas os manifestantes que exigem sua renúncia.

Kadhafi se declarou "um guerreiro", proclamando: "A Líbia quer a glória, quer estar no cume do mundo. Sou um lutador, e morrerei como um mártir no final." "Ainda não ordenei o uso da força, não ordenei o disparo de uma única bala... quando o fizer, tudo queimará."
AQUI

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«Todo o líbio que pegue em armas contra a Líbia será castigado com a pena de morte», assegurou Kadhafi e se necessário «limpar a Líbia casa a casa», caso os manifestantes não se rendam.»

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Kadafi culpou a juventude líbia, a imprensa internacional, o terrorismo islâmico e os EUA pelo caos no país e afirmou que a imagem da Líbia está sendo "distorcida" perante o mundo.

"Vocês conhecem alguém decente que participa disso? São todos bêbados e drogados", disse, sobre os jovens que participam dos protestos. O ditador pediu ainda às mães dos manifestantes que os entreguem ao governo para uma "desintoxicação".Kadafi ainda usou uma argumentação peculiar para descartar a renúncia. "Não sou presidente, não posso renunciar. Mas se tivesse um cargo renunciaria e esfregaria isto na cara de vocês", disse.
Após o golpe de 1969, Kadafi criou uma 'república das massas' na Líbia, onde, em teoria, quem governa é o povo.

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"Eles não fazem distinção (entre civis e militares), estão atirando para limpar as ruas", disse nesta terça à BBC News um morador de Trípoli, que não quis se identificar. "(Os atiradores) não são humanos, não sei o que são."

"Vi uma mulher ser morta apenas por ter saído em sua varanda. Ela não estava fazendo nada, não estava protestando. Apenas olhou pela sua varanda. E minha esposa ouviu o barulho de aviões bombardeando as pessoas", acrescentou o mesmo morador.

Moradores de um bairro da cidade disseram que há dezenas de corpos espalhados pelas ruas e que o número de feridos é alto. Outros disseram que mercenários estavam patrulhando as ruas e abrindo fogo indiscriminadamente, inclusive contra equipe médicas.


Já a TV estatal divulgou um comunicado negando que tenha havido massacres e classificou relatos de testemunhas como "mentiras" elaboradas pela imprensa internacional. "Isso é parte de uma guerra psicológica a que você (povo líbio) deve resistir, porque o objetivo disso é demolir sua moral", dizia o comunicado.
AQUI
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Segundo a Al Jazira, as ruas do bairro de Tayura, em Tripoli, estão cheias de cadáveres, tendo sido vistos helicópteros a transportar mercenário

"O regime de Kadhafi está a utilizar mercenários contra o seu povo. Não é uma guerra civil. É o massacre praticado por um homem que está sozinho e tem uma premissa na cabeça: eu fiz este país e eu incendeio-o",
diz Omran, jornalista líbio que vive há 21 anos em Málaga e representante em Espanha da Coalisão de 17 de fevereiro, o movimento popular que liderou o levantamento contra o regime de Muammar Kadhafi.

"Os mercenários são africanos, nem sequer falam árabe, patrulham as ruas metralhando qualquer aglomeração de pessoas, atacando hospitais e saqueando espaços públicos para desestabilizar e provocar confusão", explica Omran, que assegura que os cidadãos líbios decidiram criar patrulhas para proteger ruas e instituições dos ataques dos mercenários.

"É horrível. Kadhafi está a utilizar aviões contra as pessoas. Disseram-me que os cadáveres são muitos mais do que os números que foram divulgados e não se podem recolhê-los das ruas porque há informadores e aparecerem os mercenários"

Segundo informações colhidas por Omran, há divisões no Exército líbio, e vários militares já se uniram ao protesto

AQUI

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ÚLTIMA HORA - 23 FEV.

Liga Árabe suspende Líbia

«"O conselho da Liga Árabe decidiu suspender a participação das delegações líbias nas reuniões da Liga e em todas as organizações que dependem deste organismo até que as autoridades líbias aceitem as reivindicações do povo líbio e "garantam a sua segurança".

O conselho considera "legítima a satisfação das ambições, das reivindicações e das esperanças dos povos árabes na liberdade, nas reformas democráticas, o desenvolvimento da justiça, por serem um direito que é necessário respeitar". »

Ok, é um princípio mas está longe de ser o fim.

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NÃO É ASSIM PORQUE JOSÉ NÃO QUER

Sabem a anedota do miúdo malcriado e do urubu?
Sumariamente:
A professora mandou fazer uma frase com o nome do pássaro que tinham acabado de estudar: o urubu.
Várias crianças disseram as suas frases.
Quando chegou a vez de Josézinho ele disse:
- " O urubu tem pêlo no cu"
A professora chateou-se e mandou-o fazer outra frase; Josézinho levantou-se e reformulou:
- " O urubu tem pêlo no pé..." , e adicionou ao sentar-se, "Não tem no cu que a p'fessora não qué".
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Lembrou-me o xiste por causa da conversa fiada que tomou lugar estes últimos dias sobre a recessão da economia nacional. Parece que de repente descobriram a pólvora.Que diabo, não estaremos todos nós, portugueses, fartinhos de saber que Portugal está em recessão? É alguma novidade? Não percebo.

JOSÉ, GAJO, ESTAMOS EM RECESSÃO HÁ BUÉ!!!

Não vale a pela tentar varrer a recessão para debaixo do tapete, já toda a gente sabe. Ou melhor, não sei se toda a gente sabe mas a verdade é que toda a gente sente. Sente na vida quotidiana, sente a meio do mês, sente no stress, na carteira, nas obrigações, nos seus pequenos gostos.

José, gajo, não vale a pela chamares "malcriado" ao senhor do "Jerónimo Martins".
(Tens muita razão quando dizes que não basta ser rico para ser educado. Pois não, de todo. Não basta ser rico nem basta usar fatinhos "Armani" nem tão pouco presumir-se ser engenheiro. Não basta sequer ser-se primeiro ministro.)
Também não te safas por chamares à atenção os ministros que se atrevem a dizer que estamos em recessão, nem te safas chateando-te com o governador do Banco de Portugal, a culpa não é dele. Claro que podes sempre dar-lhe um berro ao telefone, ao melhor estilo de D. Juan de Bourbon, e perguntares-lhe em tom de ordem: POR QUE NON TE CALLAS!;


José, gajo querido, JÁ TODA A GENTE SABE QUE PORTUGAL ESTÁ EM RECESSÃO.
A Angela Merkel sabe, o Parlamento Europeu sabe, os senhores do FMI também sabem. Até o bom Tuga já sabe, deep in it's heart.

José, gajo, querido, faz um Decreto-lei, rapidamente, a dizer que o país não está em recessão. Faz, querido, depressinha, faz um Decreto-lei a dizer que o país não está em recessão porque TU NÃO QUERES.
E PONTO FINAL.

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NUNCA HÁ SÓ UM TEIMOSO MAS ÀS VEZES UM TEM RAZÃO

Dado o estado dos noticiários, nacionais e internacionais, o melhor é recorrer a um antídoto. Sugiro este...
Parece uma história de teimosia mas não é bem...



«...Y UN CANARIO QUE ESTÁ DURMIENDO»?!?!?!
IMPAGÁVEL!!!

Por momentos cheguei a acreditar; é uma forma bem conseguida de contar uma anedota já batida.
Bom fim de semana.


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SALDOS DA IDENTIDADE NACIONAL

O novo Bilhete de Identidade português - vulgo Cartão de Cidadão - está em saldo.
Aliás coerentemente em saldo...

Cá para mim estes tipos estão com tanto medo de eleições antecipadas que, na época em que se paga ao o Estado tudo mais caro, põem o cartãozinho em promoção que é para ver se há (ainda) menos gente a votar. Olha bem o susto que o espirituosíssimo Louçã lhes pregou...He he he he...


Já estou a ouvir o José Magalhães:


Ó-lhó cartão... Ólhó-cartãozinho-indo... é mais p'canino, branquinho e até parece um cartão de crédito; Ólhó-cartãozinho-lindo... Leve um que vale por cinco;
Ó-lhó cartão...



«O Governo vai lançar campanhas de difusão e "preços promocionais" para o cartão do cidadão, anunciou hoje o secretário de Estado da Justiça, José Magalhães.

"Os cidadãos têm enorme vantagem em utilizá-lo e teremos campanhas de difusão do cartão e até preços promocionais", disse José Magalhães à margem da cerimónia do Centenário do Registo Civil Obrigatório em Portugal.» 18 fev. Lusa/RTP

Ainda de acordo com este secretário de Estado:

«"Os eventos eleitorais (???) nada têm a ver com o cartão em si", garantiu José Magalhães que avançou uma explicação. Houve uma procura que excedeu as previsões e os sistemas de informação ao eleitor cumpriram o seu papel". (Cumpriram? Ahh, então foi isso...)

O responsável governamental concluiu, afirmando: "pobre do cartão do cidadão que está totalmente inocente nesta matéria".» RTP, 18 Fev.

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QUEM QUER "LIBERTAR" O MÉDIO ORIENTE?

2011...


EGIPTO

TUNÍSIA

IRÃO

BAHREIN

LÍBIA

IEMAN


???/???








Não, não tenho a resposta, nem sequer congeminada

É mesmo uma pergunta inocente.
Estou mesmo na expectativa do próximo capítulo


Ou como diria Dª Elvira:

Quem tem o milho é que manda no galinheiro


e os galos que se cuidem
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UMA HORA POR UMA VIDA

Este caso do Duarte ser-me-ia completamente alheio se fosse possível...

Não me é alheio porque o caso de um bebé que está a fazer quimioterapia todos os dias, faz hoje, 15 de Fevereiro, exactamente dois meses - dois meses dos dez que o Duarte já viveu - não me pode ser alheio.
Espero que a vós também não

De resto não conheço o Duarte nem a sua família; tomei conhecimento desta história de sofrimento e esperança através do Facebook

O Duarte é um bebé que precisa de um transplante de medula e para tal tem de encontrar um dador compatível.

Graças à boa vontade daqueles que se dispuseram a um pequeno incómodo na esperança de salvarem uma vida já várias destas histórias de sofrimento, angustia e dor se transformaram, viram um raio de Sol, deram um valente pontapé na morte prematura e evitável por via da generosidade.

Uma hora da vida de qualquer um de nós pode valer a vida inteira, muitos milhares de horas, ao Duarte.




Se quiserem ajudar, enviem um e-mail para:

ipofg@ipolisboa.min-saude.pt - no IPO todos conhecem o Duarte.

Oncologia Pediátrica - Onde se pode tornar dador , Portugal Continental e Ilhas- AQUI


A CARTA DO DUARTE

Olá a todos.

Chamo-me Duarte Guimarães, tenho 11 meses (quase 12) e sou portador de uma leucemia linfoblástica aguda tipo B, derivada de uma translocação do cromossoma 4 com o cromossoma 11. Perguntam vocês: É grave? Sim, é muito grave!

Primeiro que tudo peço a todos que nem tentem andar a vasculhar na internet a gravidade e as causas da minha doença, porque o tempo que eventualmente gastariam em tal acto, bastariam 20 a 30 minutos do vosso tempo, para tentarem salvar-me a vida.

É para isso que vos estou a escrever estas curtas linhas, na expectativa de, quem sabe, um de vocês poder salvar-me.

O meu pai e a minha mãe andam muito tristes e todos aqueles que gostam de mim também.

Não vos escondo que tenho sofrido muito desde o dia 15 de Dezembro, mas também não vos escondo que não é minha intenção deixar de lutar.

É por isso que peço a todos os amigos do meu pai e da minha mãe, que reencaminhem este e-mail para o maior numero de contactos.

Um beijinho para todos vocês do

Duarte Guimarães




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"Não pode a cadela com tanto cachorro"

Vão ser extintos na Segurança Social, já em Março, um lugar de subdirector-geral na Direcção-Geral da Segurança Social, um lugar de vogal no Conselho Directivo do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social

e

100 cargos dirigentes no âmbito do Instituto da Segurança Social

e

posteriormente, 70 cargos dirigentes, em resultado da entrega de equipamentos sociais geridos pelo Estado a Instituições Particulares de Solidariedade Social. Outros serão integrados noutros serviços públicos locais de atendimento de menor dimensão.

Informação do Jornal de Negócios sobre nota do Ministério do Trabalho

Ou seja,

A Segurança Social irá funcionar com menos 170 dirigentes
e, obviamente, vai continuar a funcionar, se dois ou três fizerem falta já será um espanto.
Quando se dispensam 170 funcionários... é crise ou má gestão de recursos humanos.
Quando se dispensam 170 dirigentes de uma assentada... é um escândalo, é porque já não dá para pagar as uns marmeleiros que não fazem falta nenhuma mas que lá estavam bem apadrinhados - "So many boys, so little money" - desculpa lá pá mas tens de ir andando que isto está mau e os gajos exigem mesmo cortes na despesa.

Lembra-me isto um velho dito popular:
"A fome e o frio metem a lebre a caminho". Pois que caminhem que já não é sem tempo, já vão mesmo muito atrasados.Vá, vão, vão..


PS - Parabéns Senhora Ministra, finalmente. Continue, contrariada ou não, continue que está no bom caminho

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A VIA PARA A EXTINÇÃO


«Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos»
Artigo 26/3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
co-assinada por Portugal junto à ONU

«O Estado, no exercício das funções que tem de assumir no campo da educação e do ensino, respeitará o direito dos pais a assegurar aquela educação e ensino consoante as suas convicções religiosas e filosóficas»
Artigo 2/Protocolo da Convenção de Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, co-assinada por Portugal junto ao Conselho da Europa


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Agora vamos lá a ver se e
stou a perceber...

O Governo tomou a decisão de cortar financiamento ao Ensino Privado porque, curto e duro, não há dinheiro. A culpa é da crise.
O Governo, na pessoa de José, o nosso Primeiro, afirmou que «Portugal foi dos países que mais rapidamente recuperaram da crise de 2009»
Assim sendo, por que raio é que o Ministério da Educação faz braço-de-ferro e se declara "muito satisfeito" comum acordo progressivo que visa "uma redução gradual do número de turmas, que recebem apoio"??????? A rever daqui a cinco anos!

Não me gozem f
áxavôr.
Face a isto e muito, mas muito, dentro dos limites da boa fé, pergunto - não porque tenha dúvidas mas para que cada um pense por si -
qual é o verdadeiro motivo do Ministério da Educação para aplicar tal política?

Isto não é política de contenção - e ainda que fosse seria uma péssima, grave, opção relativamente à área a ser aplicada, o Ensino, prioridade absoluta de qualquer país civilizado.

Isto é, uma pulhice encapotada, embrulhada na crise, para atingir objectivos de política social ao melhor estilo "back in the USSR": a extinção, por estrangulamento, do Ensino Particular, "dentro das boas práticas democráticas",
começando por cortar o acesso a este daqueles que são economicamente menos capazes.

Está provado que este tipo de política de ensino não resulta, que é má,
castradora, massificadora.

A transposição da política de unicidade para o sistema de ensino é um crime contra a liberdade de aprender e de educar. É um crime contra as gerações mais jovens. É um crime grave com repercussões a longo prazo, aliás como aquelas que, pela mesmíssima razão, se repercutem ainda hoje sobre a geração madura. Sem educação, sem liberdade de pensamento, a tarefa de comandar um povo é facilitada. O progresso de um país é impossível. Após decorrido o primeiro decénio do Sé.XXI estes tipos ainda não aprenderam nada, nunca aprenderão, não entendem, não conseguem, têm os olhos fixos nos seus lustrosos umbigos.


Espero que este Governo tenha o decoro de não vir a falar de Liberdade de Ensino. E daí... E daí até nem espero, deste Governo não espero seja o que for que esteja vagamente relacionado com "decoro"

Que os deu à luz... Se querem cortar na Despesa comecem por eles, não pelos filhos dos outros; os deles têm as costas bem aquecidas, por nós.


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«O acordo prevê um financiamento de 80 mil euros por ano e por turma, a aplicar a partir do próximo ano lectivo, e ainda uma redução gradual do número de turmas, que recebem apoio.

Os pais dos alunos que frequentam os colégios com contrato de associação querem dar força à reapreciação do decreto-lei sobre o financiamento, com debate marcado para o próximo dia 18 no Parlamento.

Em conferência de imprensa no Ministério da Educação, a ministra Isabel Alçada revelou que os contratos serão assinados “por cinco anos, até nova avaliação das necessidades da rede pública”.»
In "Página 1"


«A ministra da Educação, Isabel Alçada, manifestou-se, esta quarta-feira «muito satisfeita» com o acordo selado hoje, entre o governo e o ensino particular, garantindo que a questão em torno dos contratos de associação das escolas privadas está «finalmente ultrapassada».
Uma ultrapassagem pela direita e pisca à esquerda.
Digo eu.
..
«Cerca de 30 escolas com contrato de associação rejeitaram o acordo celebrado na quarta-feira entre o Ministério da Educação e a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo.

Segundo os representantes destes estabelecimentos de ensino, o acordo com o Governo «não defende os legítimos direitos de alunos, famílias e trabalhadores» e foi «resultado da desmedida pressão por parte do Governo», referem em comunicado, citado pela TSF.

O acordo não dá «qualquer crédito à opção política do estudo da rede» de escolas particulares com contrato de associação com o Estado e por isso estas escolas decidiram «apoiar as iniciativas em curso no Parlamento no sentido da reapreciação» do diploma sobre o financiamento destas escolas por parte do Estado.»
A Bola - 10Fev.2011

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Movimento SOS Educação exige equidade entre escolas

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«Se há o pressuposto da equidade e se está em questão a passagem de 107 turmas do contrato de associação para o estatal, eu pergunto quantas é que vão do estatal para o contrato de associação? Acho que nenhuma», defendeu.

Pedro Martinho questiona se não estará «a defender-se uma escola versus a outra, quando de facto as duas são de ensino público e quando a Constituição diz que não devem ser necessariamente de carácter estatal ou de carácter privado».

«Não sei qual é o racional que está por detrás destes cortes mais faseados, se é baseado no estudo recentemente revelado pelo Ministério da Educação, nós não reconhecemos o estudo», afirmou Pedro Martinho, referindo que, de acordo com informações que o movimento tem recolhido, «o estudo está cheio de erros».
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In "Sol"- 10 Fev.11 , Artigo completo AQUI


MUDAM-SE OS TEMPOS...

«PCP quer que Governo garanta financiamento do ensino privado "em função do custo real" »

«A forma abrupta como o Governo pretende alterar a relação entre o Estado e o ensino particular e cooperativo com quem mantém contratos de associação não é aceitável porque arrisca a posição e os rendimentos de milhares de professores e funcionários do sector, porque degrada a resposta educativa para milhares de estudantes e porque não oferece alternativa pública.
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A apreciação parlamentar pretende pôr um travão neste processo imposto pelo Ministério da Educação e obrigar a uma negociação com os sindicatos, mas também que na Assembleia da República haja expressão sobre as alterações curriculares, que são um assalto à escola pública e à sua qualidade, ao prever cerca de 30 mil professores em situação de desemprego»
O artigo sobre a posição do Partido Comunista AQUI, in Público

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Liberdade e autoridade no ensino
Bertrand Russell

«Uma vez firmemente estabelecida a instituição, o Estado logo viu que tinha várias serventias. Torna os jovens mais dóceis, tanto no mau como no bom sentido. Melhora os modos e reduz o crime; facilita a acção conjunta para objectivos colectivos; torna a comunidade mais sensível à direcção do centro. Sem ela, a democracia não pode existir, excepto como forma vazia. Mas a democracia, como a concebem os políticos, é uma forma de governo, isto é, um método de levar as pessoas a fazer o que os chefes desejam, sob a impressão de estarem satisfazendo o próprio desejo. Em consequencia, o ensino estatal adquiriu certa parcialidade. Ensina aos moços (até onde pode) o respeito às instituições existentes, a evitar toda crítica fundamental aos poderes supremos e a considerar com suspeita e desdém os países estrangeiros. Incrementa a solidariedade nacional à custa tanto do internacionalismo como do desenvolvimento individual. O dano ao desenvolvimento individual é causado pelo excesso de autoridade. São incentivadas as emoções colectivas, em vez das individuais, e severamente reprimido o desacordo com as crenças vigentes. A uniformidade é desejada por ser conveniente ao administrador, sem consideração pelo fato de só poder ser obtida por meio da atrofia mental. Tão grandes são os males resultantes que, no encontro de contas, é possível indagar, a sério, se a educação universal fez mais bem do que mal.
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Raramente o mestre-escola tem direito a um ponto de vista próprio, no mundo moderno. É nomeado por uma autoridade no ensino, e "posto na rua" se verificarem que de fato educa. Além deste motivo económico, o mestre-escola está exposto a tentações das quais provavelmente nem se dá conta. Mais directamente do que a Igreja ou o Estado, ele é a favor da disciplina; oficialmente, sabe o que os alunos não sabem. Sem algum elemento de disciplina e autoridade, é difícil manter uma turma em ordem. É mais fácil punir um aluno por demonstrar caceteação do que ser interessante. Além disso, até o melhor mestre tende a exagerar sua importância, e acha possível e desejável moldar os alunos e deles fazer os seres humanos que julga deverem ser. Lytton Strachey descreve o Dr. Arnold a passear na beira do Lago de Como, meditando sobre o "mal moral". Mal moral, para ele, era tudo quanto desejava modificar nos seus estudantes. A crença de que eles o possuíam em alta dose lhe justificava o exercício do poder, e a concepção de si mesmo como governante cujo dever era mais castigar do que amar. Esta atitude — diferentemente expressa em várias eras — é natural a todo mestre zeloso que não monte guarda contra a influência enganadora da sua própria importância. Não obstante, o mestre é sem dúvida a melhor das forças interessadas na educação, e é principalmente dele que devemos esperar o progresso.

Chego agora ao ponto de vista do pai ou da mãe. Este varia segundo a condição económica: o assalariado comum tem desejos bem diferentes dos do profissional liberal médio. O assalariado deseja que os filhos vão para a escola o mais cedo possível, para que não amolem em casa; também os quer fora da escola o mais breve possível, para que ajudem a ganhar a vida. Quando, recentemente, o governo britânico resolveu reduzir as verbas do ensino, propôs que as crianças não fossem para a escola antes dos seis anos, e não fossem obrigadas a continuar depois dos treze. A primeira proposta causou tamanho protesto popular que teve de ser abandonada: a indignação das mães preocupadas (que acabavam de conquistar o voto) foi irresistível. A última, diminuindo a idade de deixar a escola, não foi impopular. Os candidatos parlamentares que advogavam melhor educação recebiam aplauso unânime dos que lhe frequentavam os comícios mas, na visita domiciliar verificavam que os assalariados impolitizados (que são a maioria) queriam os filhos livres para arranjar emprego o mais cedo possível. As excepções são principalmente daqueles que esperam que seus filhos subam na escala social, com auxílio do saber.

Os profissionais liberais têm um ponto de vista bem diferente. Sua renda depende do fato de terem tido instrução melhor que a média, e desejam transmitir esta vantagem aos filhos. E estão dispostos a fazer grandes sacrifícios, com este propósito. Mas, em nossa actual sociedade competitiva, o que o pai comum deseja não é uma educação que seja boa em si, mas que seja melhor que a dos outros. Isto pode ser facilitado mantendo baixo o nível geral, e portanto não podemos esperar que um profissional liberal se entusiasme com o aumento das possibilidades de educação superior para os filhos de assalariados. Se todos os que desejam pudessem estudar medicina, mesmo que os pais fossem pobres, evidentemente os médicos ganhariam menos, tanto por causa do aumento da concorrência como do melhor do nível sanitário da população. O mesmo aplica-se à advocacia, ao funcionalismo público, etc. Assim, as boas coisas que o profissional liberal deseja para os próprios filhos ele não as deseja para a massa da população, a menos que tenha excepcional espírito público.

.../...

Tem toda classe de maus efeitos o hábito de ensinar ortodoxia a alguém, seja política, religiosa ou moral. Para começar, exclui da profissão homens que combinam honestidade com vigor intelectual, justamente aqueles que provavelmente teriam o melhor efeito moral e mental sobre os alunos.

Ensaios Cépticos, Bertrand Russell
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