Trump não tem qualquer dúvida sobre o assalto informático, mediático, de troca de informações e compromissos que continuamente foi e está sendo operado pela Rússia na América e na Europa. Um dos seus dramas é esse, não ter qualquer dúvida: cria-lhe inseguranças de várias espécies. Não só o leva a, repetidamente, afirmar que ganhou as eleições como o impede de ultrapassar a questão e assumir-se como Presidente de pleno direito, que é.
E depois há a outra insegurança permanente, a de saber, melhor do que quase toda a gente, que algures fechado a sete chaves existem provas, documentos, gravações de ocorrências e negócios no mínimo comprometedores; saber, melhor do que quase toda a gente, quem possui as sete chaves para todo esse material congelado mas pronto a ser cozinhado.
De notar que as declarações de Trump sobre as contribuições percentuais foram prestadas imediatamente após o início da reunião com as delegações da Georgia e da Ucrânia. (Ele há coisas...) Estas duas delegações tiveram de abandonar a sala de conferencias onde se realizou uma reunião de emergência dos países membros. Poder-se-ia pensar que lhe meteram uma "cunha" quanto ao timing escolhido.
Depois meteu-se no avião dirigindo-se a terras de Sua Majestade. Antes de aterrar já tinha dado uma lamentável entrevista onde pretendeu abalroar a já encalacrada Theresa May e declarou um acordo comercial com a G.B. como morto. Depois deu o dito por não dito (once more) mas deixou no ar que quem seria um bom primeiro-ministro era o loiro europeu, nem mais nem menos de que Boris Johnson... Pois.
Por fim, ahh at last, o momento mais ansiado, desde há anos, o Vlad só para ele!
Ou talvez melhor dizendo, ele só para o Vlad...
Que se lixe a América, que se lixem as Agências de Informação e de Segurança, que se lixe a democracia e as eleições, que se lixem os assassinatos, os espiões, os refugiados sírios (e todos os outros), que se lixe a Crimeia e quem morreu num avião comido por um míssil. Que se lixem os aliados. E que se lixem as investigações, sobretudo isso; há verdades que não podem, em circunstância alguma, ser expostas; venham elas de onde vierem.
Querido Vlad, passa-me a bola que eu defendo.
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