::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

WELL DONE MR.TURNER 👍

Comemorando à sua maneira o Victory Day, Mr. Ken Turner, um veterano britânico da II Guerra Mundial, com 98 anos, (WW2 Royal Engineer, Royal Tank Regiment), o único sobrevivente da sua derradeira missão na Normandia, manifestou efusivamente a sua opinião sobre Musk  conduzindo um tanque Sherman PXS604, símbolo das forças aliadas, sobre um Tesla - doado para o efeito pelo seu desiludido proprietário -  em protesto contra a forma como Musk usa a sua insuperada fortuna para subsidiar e promover a extrema-direita na Europa

 «O meu nome é Ken Turner, tenho 98 anos e servi no Exército Britânico na Segunda Guerra Mundial, tal como este tanque Sherman. Tenho idade suficiente para ter visto o fascismo pela primeira vez; agora ele está a voltar. Elon Musk, o homem mais rico do mundo, está a usar o seu imenso poder para apoiar a extrema-direita na Europa, e o seu dinheiro vem dos carros da Tesla. Bem, tenho uma mensagem para o Sr. Musk: Já derrotámos o fascismo antes e vamos esmagá-lo novamente»

Posteriormente entrevistado pelo "Guardian" declarou
«Quis fazer um alerta para as novas formas de autoritarismo disfarçado. Lutei pela liberdade e não por bilionários que brincam aos ditadores usando a tecnologia».


Mais sobre Ken Turner - um pequeno excerto de uma entrevista à ITV News em 2019: https://www.facebook.com/share/v/1AWFFh2BJY/


.

UM PAÍS SEM REI NEM ROQUE


Para que um Estado possa ser considerado Democrático tem de ser alicerçado por vários pilares nos quais tem de assentar o seu funcionamento, institucional, político e social; eleições livres é um ponto de partida mas não basta, não são, de forma alguma, "um ponto de chegada". Representatividade legislativa e executiva da vontade expressa, liberdade de expressão e de imprensa, são alguns desses pilares fundamentais. Um outro absolutamente essencial é ser um Estado de Direito, no qual o poder judicial seja inequivocamente independente. Sem isto não há evocação de resultados eleitorais que resista à perversão do Estado Democrático. Tudo cai num abismo autocrático, prepotente, dogmático

--------- < 0 > ---------

28 DE MAIO - Três juízes federais do Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos invalidou a utilização da "Lei dos Poderes Económicos de Emergência Internacional", de 1977, para impor taxas de importação.

Trump, obviamente, recorreu.

29 DE MAIO - Um tribunal de recurso decidiu que o presidente Trump pode continuar a cobrar tarifas enquanto contesta a ordem judicial que as bloqueou. A reversão permite que Trump continue a utilizar a "Emergência Internacional" como ferramenta económica, e como política de destabilização dos mercados mundiais

(A bem de quem...?)

A União Europeia está a preparar os termos de um acordo comercial com início de discussão a 9 de Julho. Precisam saber os termos basilares de tal acordo... Pois que esperem, esperem todos, do Canadá à China, do México à India, aguentem-se e logo se vê.
Instabilidade financeira mundial?  Pois, são coisas que acontecem enquanto o mundo fica na dependência da assinatura de um homem que trata as falências por "tu".    

Isto resolvia-se se evocassem o espírito de Elvis, o Rei do Rock - Rei e "Roque" mudando a música - de outra forma não estou a ver saída, talvez se ele for para Marte com o outro....

--------------------- < 0 > ---------------------

Esta remissão à insignificância da Letra da Lei é a nova dádiva ao mundo da segunda administração trump; durante a primeira administração, campanha incluída, foi a mentira descarada como discurso político e a desinformação propagandeada; colou-se às democracias ocidentais  como modus operandi viscoso e peganhento deixando nódoas com as quais hoje nos debatemos, mas havia ainda a tentativa de enquadrar a acção política, e executiva, numa moldura "legal". 
Uma perda de tempo e esforço, ao que parece... 
Agora faz-se "lei" com a ponta da caneta e a prática em campo desrespeitando  todo o tipo de leis vigentes, mesmo as constitucionais, desrespeitando a separação entre o poder executivo e o legislativo, todas as normas que regulamentam essa relação, desrespeitando a jurisprudência descaradamente como constará do Manual de Boas Práticas de qualquer ditador que se preze. 
Sem pretender fazer futurologia, esta será a nova prática que nos assombrará num futuro próximo.
Deixo um vídeo com um excerto da audição no Senado da Secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, não por ser especialmente importante - no que toca ao resto do mundo - mas por ser um excelente exemplo desta nódoa autocrática e irresponsável, inconcebível num Estado de Direito, cristalinamente exposta pelo senador  Chris Murphy. Melhor é difícil.

O TRAMBULHÃO

PNS:

«A minha vida política e partidária termina, continuarei a ter intervenção política,
continuarei a dizer o que penso»

Caro PNS, para quando começares a pensar o que dizes?


O PRACISTA DA COWBOYADA


O Mário e eu somos "amigos de calções", estudámos (pouco, um menos do que o outro) no mesmo liceu, passamos 7 anos lectivos juntos, fomos colegas de turma, temos bocadinhos de história comuns, queremo-nos mutuamente bem, ou seja, somos amigos.  Hoje raramente nos vemos embora tenhamos contacto muito frequente por via do Facebook (a única razão que me mantém por lá é esta "convivência", doce e mentalmente saudável, com pessoas que raramente vejo mas a quem tenho ligações mais profundas do que se mostram) 

Hoje tropecei num post do Mário que começa por falar de filmes de cowboys... E bem. Perguntei-lhe se podia publicar aqui o escrito dele porque, desta vez, estamos a ver o mesmo filme, com o mesmo personagem representado por um actor experiente no género 

Fica aí abaixo 





«Sempre fui um fã de “westerns”. Primeiro em miúdo, com os famosos “westerns spaghetti” do Trinitá e dos primeiros filmes do Clint Eastwood até aos mais recentes e fabulosos Silverado, Unforgiven e Django (entre outros).

No entanto em todos eles sempre houve um elemento comum: a famosa “wagon” do charlatão que chega à cidade para venda dos produtos estragados ou das poções mágicas para os aleijados e desfavorecidos, e sobretudo a venda de promessas inatingíveis.

Hoje em dia a (re)encarnação desse charlatão dá pelo nome de André Ventura.

André Ventura não só vende o que não tem, como também vende o que não sabe e sobretudo vende aquilo que não tem capacidade para  fazer. Coerência, estabilidade, confiança e, sobretudo, integridade política.

Pela primeira vez na sua curta mas de ascensão meteórica carreira, o seu partido vai ter um papel fundamental na política portuguesa. O poder de decidir, de apresentar propostas, de ser pró-activo, de ser construtivo e de contribuir para uma estabilidade política e governamental, coisa que até hoje foi precisamente o contrário que tem feito.

André Ventura nunca quis construir nada, nunca quis estabilidade política mas sim, pela sua forma populista e demagoga de ser, criar a dúvida na população já cansada e farta das alternativas políticas que temos tido e digamos que o conseguiu com nota máxima com cada um a tirar as ilações que entender sobre isso..

É sempre muito fácil prometer aquilo que as pessoas gostam de ouvir e sobretudo o que à partida se sabe inatingível.

O futuro o dirá. Se André Ventura com a inteligência inegável que tem e com a capacidade de mover (e convencer) multidões é capaz de uma vez por todas pôr os interesses do país à frente dos seus interesses pessoais. Duvido que o faça mas espero que me engane. 

Aguardemos…»
_____________________________________________________________
@andre_ventura_oficial

👑👑👑 #SalvarPortugal #fy #fyp #portugal #viralportugal #tiktokportugal #tiktokviral

♬ som original - andre_ventura_oficial

O ÍCONE

A marcar o seu primeiro encontro com o Papa Leão XIV, a 18 de Maio no Vaticano, o Presidente  Zelensky ofereceu ao Papa um ícone único; pintado sobre a tampa de madeira de uma caixa de munições, cartuchos de artilharia pesada. A caixa foi recuperada em Izium, na região de Kharkiv, devastada pela guerra.

Não é ouro nem de qualquer matéria preciosa, não é um livro ou documento centenário, não é um ícone religioso que teria lugar privilegiado num leilão da Sotheby's, é um testemunho do carácter de um homem, é o testemunho do que vai na alma de um povo agredido, estóico, heróico.

Sobre a sua oferta disse Zelensky: 
"Este ícone fala dos nossos filhos - daqueles que sofreram na guerra, que foram raptados e deportados à força pela Rússia e que são tão aguardados no seu país, a Ucrânia.
Rezamos pela vida de todas as nossas crianças deportadas e esperamos o apoio do Vaticano para as ajudar a regressar - juntamente com todos os prisioneiros ucranianos - à sua terra natal". 

Foto: Gabinete presidencial da Ucrânia 



 

SOBRE AS ELEIÇÕES ?

Em 5 linhas e meia porque não tenho para meia-dúzia *


Espero que os socialistas se sintam felizes e recompensados por terem provocado eleições antecipadas, é pena não manterem lá aquele cabotino egocêntrico

Uma vez mais o Chega tem uma dívida de gratidão para com o PS, com juros.
(Oxalá não lhe dê o espasmo durante o discurso apoteótico)

Não, não é o Luis Montenegro que está lixado, somos nós

Cada vez gosto mais de cães

Marcelo, quando fores já vais atrasado

*(A ordem dos factores é arbitrária)



RIEN NE VA PLUS!


 O meu sentido de humor está por certo distorcido, como uma fotografia mal amanhada, não consigo deixar de achar graça às expectativas de que possa advir um Acordo de Paz, ou mesmo de um mero cessar-fogo, das programadas conversações entre a Ucrânia e a Rússia na próxima quinta-feira em Istambul

O assunto é sério, não tem a menor graça mas, aqui para nós, parece-me o libreto de uma ópera bufa

Estónia, Museu de Narva,  na fronteira com a Rússia,
durante as comemorações do Dia da Vitória
Acordo de Paz? Sim, claro, com certeza.
Se a Ucrânia  reconhecer a anexação das quatro regiões do sudeste do seu território pela Rússia, jurar a pés juntos que desiste da adesão à NATO e se renunciar ao apoio militar ocidental,  poderá começar-se a falar de um Acordo de Paz. Cessar-fogo? Pois, isso depende do "andamento" das conversações...  um adagio para não ser cansativo e evitar precipitações

Zelensky havia dito que só encetaria conversações se a Rússia se comprometesse previamente com um cessar-fogo de 30 dias. Putin adiou, adiou... Quis 3 dias para fazer a sua parada militar do Dia da Vitória e  receber os amigalhaços, e os outros que não sendo amigalhaços compactuam com aquele criminoso de guerra porque há bons negócios em perspectiva.

No passado fim de semana os líders do Reino Unido, França, Alemanha e Polónia foram, pela primeira vez  juntos,  a Kyiv apresentar um inequívoco reforço do conjunto apelo a um cessar-fogo de 30 dias, ao qual se juntou a voz da União Europeia. Não se tratou apenas de enviar uma mensagem a Putin, nenhum deles admitiu que um cessar-fogo ocorreria na segunda-feira; o principal objectivo da visita de Keir Starmer, Emmanuel Macron, Friedrich Merz e Donald Tusk foi colocar Trump perante a evidência de que Putin está a protelar, a derramar justificações,  e aos EUA não restará facilmente outra opção política senão impor sanções económicas severas à Rússia, chamar o boi pelo nome.

O senador republicano Lindsey Graham, que na madrugada do fatídico 6 de Janeiro para dia 7, não poupou Trump à irrefutável responsabilização mas depois depôs as criticas e foi beijar o anel ao padrinho, tem porém uma qualidade: abomina Putin, dentro das conveniências de um republicano de carreira, mas agora viu a esperada oportunidade e preparou um pacote de sanções à Rússia, com um amplo apoio do Congresso  -  não são precisos muitos republicanos, menos de meia-dúzia bastam  -  para quando esta recusasse a proposta do presidente dos EUA para o cessar-fogo incondicional de 30 dias 

Trump apercebeu-se de que estava a ser encurralado (ou algum russófilo o alertou, diria eu porque tenho mau feitio) e apressou-se a publicar nas redes sociais a sua insistência em que a Ucrânia  iniciasse já esta semana as conversações de paz com a Rússia sem esperar ou exigir cessar-fogo prévio. Os planos cuidadosamente delineados pela Europa para levar os EUA a impor sanções a Moscovo mantêm-se válidos, em compasso de espera, outra vez...

Trump está à beira de uma crise de ansiedade perante o desenrolar da próxima quinta-feira, o homem não cabe em si apesar do largo espaço.
(Lá abaixo, mesmo no fim, deixo uns segundos de vídeo no qual se vê Trump em fuga face aos repórteres que o questionam sobre a implementação de sanções se a Rússia não assinar o cessar-fogo; a pressa é tanta que se esquece do que tinha ido ali fazer face à imprensa: assinar mais uma ordem executiva)
Esta segunda-feira, Trump sugeriu que Putin iria pessoalmente a Istambul e que ele próprio poderá aparecer:

«Podem ter um bom resultado na reunião de quinta-feira na Turquia... e acredito que os dois líderes estarão lá. Estava a pensar voar até lá. Não sei onde estarei na quinta-feira, tenho tantas reuniões... Penso que há uma possibilidade, se achar que as coisas podem acontecer.»

Coitado... Não tem noção do sarilho em que se iria meter...

Mas se Zelensky assentiu, é a atitude mais sensata,  os líders europeus mostraram-se demasiado ocupados para suspender as suas decisões e lerem o que Trump escreve nas redes sociais. A Europa mantém a exigência fundamental de que Putin deixe de prevaricar sobre o cessar-fogo de 30 dias. Os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus, reunidos segunda-feira em Londres, ignoraram a intervenção de Trump, continuando a dizer que não pode haver negociações reais sem um cessar-fogo total. Kaja Kallas, responsável pela política externa da UE, deixou claramente transparecer a sombra das novas sanções: «Para iniciar conversações de paz deve haver um cessar-fogo. Devemos pressionar a Rússia porque esta está a fazer um jogo».

Marco Rubio, o volúvel secretário de Estado dos EUA, por acaso também estará na Turquia na quinta-feira para uma cimeira informal sobre os gastos gerais de defesa da NATO. Sim, está bem, mas os ministros europeus pretendem discutir a visão europeia de que os termos da Rússia para um acordo de paz envolvem efectiva e inaceitavelmente o desmembramento da Ucrânia.

E a delegação ucraniana não estará só, autoridades europeias estarão também em Istambul para garantir que a equipa de negociação da Ucrânia está pronta para negociações potencialmente cruciais, para as quais houve relativamente pouca preparação uma vez que se "aguardava" o cessar-fogo russo. Um verdadeiro "Um por todos, todos por um". 

«Faites vos jeux, messieurs !… Rien ne va plus !»


.

PREFIRO ASSIM









Esta manhã

Vestido de branco, 

uma cruz de prata

Compreendido.

TODOS. MAS TODOS, TODOS, TODOS?

 


Uma nota neste dia em que a Igreja Católica Romana inicia um novo capítulo na sua relação com o mundo:
Porquê  a escolha do nome "Leão"?
Já li alguns disparates, desde "A escolha da referência ao rei dos animais..." a conjecturas bastante improváveis como a referência a Leão I devido ao seu proverbial encontro com Átila

A fazer sentido a evocação de Leão I não passará por certo por Átila. Leão I teve um papel decisivo nos debates do Concílio de Calcedónia, concílio ecumênico da Igreja Católica, a Igreja Católica Ortodoxa e a maioria dos protestantes, no qual foi debatido o seu "Tomo de Leão", uma carta enviada por Leão I a Flaviano, patriarca de Constantinopla. Esta carta debruçava-se sobre a definição de Cristo como sendo uma união de duas naturezas — humana e divina — unidas numa só pessoa, "sem confusão e nem divisão", as duas naturezas coexistiam em Jesus Cristo sem divisão. Esta é a posição expressa pelo novo Papa Leão XIV, tal como era a do Papa Francisco .
Mas está definição de cristandade gerou profundas discordâncias no seio do Concílio Ecumênico de Caledónia provocando o cisma das as Igrejas ortodoxas orientais: a Igreja Ortodoxa Copta, a Igreja Ortodoxa Síria, a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Ortodoxa da Etiópia, ameaçando um cisma entre o Oriente e o Ocidente.

Outros dois Papas me ocorrem, Leão X  e  Leão XIII. 
Assalta-me a dúvida: 

Por Leão XIII, que deu início, no sentido estrito, à Doutrina Social da Igreja, que tem por finalidade "Levar os homens a corresponderem, com o auxílio também da reflexão racional e das ciências humanas, à sua vocação de construtores responsáveis da sociedade terrena";

Ou por Leão X, o papa que se confrontou com do início da Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero, o último Papa de uma Europa Ocidental totalmente católica. Parece-me pouco provável para um "filho" de santo Agostinho que se anuncia reformista; reformista mas qb

 "Construir pontes" não é o mesmo que aceitar o que existe do outro lado da ponte; dialogar também não, o diálogo pode estabelecer compromissos, criar laços, mas também pode servir para convencer, ou mesmo impor civilizadamente. Alguém falou, citando este novo Papa, numa "unificação das práticas da Igreja". 
Depende do que se pretende "unificar".... por vezes as unificações geram cismas, se empreendidas como "unicidades". Quero pensar que um agostiniano não irá por aí. 

Leão XIV foi muito claro: «Queremos ser uma Igreja sinodal». Assim seja, desde que a prudência e a ponderação sejam observadas com sabedoria. O convite à participação de todos é benéfico à Igreja e a todos, sem inclusão e participação gera-se perda e desvio, mas pergunto-me se, neste momento, o convite é feito a todos os membros da Igreja ou a «Todos, todos, todos»?
«Todos, todos, todos» é o mais corajoso, e cristão, desafio que a Igreja pode encarar. Tal como o Papa Francisco, é preciso vencer a resistência à mudança, «sem medo», a permanência congelada num tempo passado afasta-se da vida, do mundo, das pessoas. Esse foi talvez o maior desacerto de Bento XVI. Uma Igreja sinodal é desejável mas tem de estar preparada e positivamente responsiva à divergência que a sinodalidade implica, leigos incluídos, de «Todos, todos, todos», sem isso é o pronúncio de afastamento.
Leão XIV falou de "todos" e a "todos", mas não de e a «Todos, todos, todos» ...

Ou talvez tenha falado e eu não ouvi como devia, com saudades tinha presente a voz, as palavras, a humildade e o esplendor de Francisco



.

PERFEITO!

 Enquanto trabalhava mantive a TV ligada e fui deitando um olho às reportagens que chegavam do Vaticano. Quando ouvi que se aproximava o momento de fechar a porta da Capela Sistina fiz uma pausa; nesse momento era a CNN que tinha no ecrã. E ainda bem, foi a única que transmitiu menos de  minuto e meio de perfeição.
(Depois fiz replay a vários canais e não encontrei a mesma sequência).
Gravei esse momento de perfeição, retirei a voz off , que não se enquadrava no que pretendia, adicionei o som da minha escolha.
Seja qual for a forma como cada um encare um Conclave não posso deixar de expressar a minha admiração pelo realizador e de constatar a coincidência luminosa que concedeu a espantosa fotografia neste dia.

Ainda que com a falta de qualidade de uma imagem TV, publico a fotografia isoladamente e o minuto e picos de vídeo sem qualquer edição (para além do som) que mediou entre o fecho da porta e a passagem à Praça de S. Pedro. 

Per-fei-to.





.

ESTES GAJOS SÃO TODOS IGUAIS

Nigel Farage e o seu partido, Reform UK, foram amplamente criticados por “dar graxa a Moscovo” depois de o partido ter proibido o hastear da bandeira ucraniana nos edifícios municipais que controla.

As recentes eleições locais aumentaram o número de municípios liderados pelo Reform UK, sem dúvida devido à frustração entre alguns Conservadores face à retumbante vitória Trabalhista nas legislativas. Farage não cabe em si de tão inchado e, como sempre acontece com tipos da sua laia -  e quando ainda não aconteceu é porque ainda não chegaram ao patamar que lhes confere relevância para isso - mal sentiu o inchaço arreganhou a dentuça e não se inibiu de mostrar de onde sopram os ventos que o enfunam: de leste, claro, do mais a leste dos confins da Europa. Não é novidade, já o tinha feito quando, em Julho de 24, conseguiu finalmente sentar-se na Câmara dos Comuns. Nessa altura disse que o Ocidente “provocou” a invasão da Ucrânia pela Rússia ao expandir a União Europeia e a aliança militar da NATO para leste. (Já tinha ouvido isto algures, vindo de outra boca...) Agora, com uma vitória nas eleições locais, restringida às áreas mais populosas de Londres e do norte de Inglaterra (não deixa de ser significativo que Oxfordshire e Cambrigeshire permaneceram duas ilhas negando a penetração dos Reformistas - por que será? Na Escócia não há rasto deles, nem no País de Gales, nem na Irlanda)


No mesmo dia em que um pequeno número de militares ucranianos desfilou ao lado dos militares, e veteranos, britânicos na parada do Dia da Vitória, Farage achou por bem mandar retirar todas as bandeiras ucranianas colocadas em edifícios municipais dos seus 10 burgos eleitorais. Nem numa janela nem numa varanda. 

O rei faz continência aos militares ucranianos,
o primeiro ministro tem um pequeno galhardete ucraniano sobre a sua secretária de trabalho, 
mas os reformistas incomodam-se com a sua bandeira...

Nb10-Downing Street
 «Como nos recorda o Dia da Vitória, a Grã-Bretanha tem uma história orgulhosa de colaboração com aliados para derrotar ditadores e tiranos.» 

«Diz-nos tudo o que precisamos de saber sobre o Reformismo de Nigel Farage que a sua primeira acção, depois de ganhar as eleições locais, é banir a bandeira ucraniana das nossas câmaras municipais»

«Farage e os conselheiros da Reforma deviam deixar de dar graxa a Moscovo e desistir imediatamente da proibição de hastear a bandeira ucraniana.»

«Mas, embora seja repugnante, não deve ser uma surpresa: Farage disse-nos que Vladimir Putin é o líder mundial que mais admira.»

 O presidente do partido é Zia Yusuf, um filho de emigrantes muçulmanos do Sri Lanka, antigo executivo da Goldman Sachs e fundador de uma empresa de concierge de luxo, tornou-se presidente do Reform UK. ( O dinheiro não compra felicidade mas ajuda muito) Esta segunda-feira Yusuf anunciou  a política que será seguida pelas 10 autarquias locais de Inglaterra onde o partido assumiu o controlo nas eleições locais da semana passada.

“As autarquias inglesas controladas pelo Reform UK vão actuar rapidamente para que as únicas bandeiras autorizadas a serem hasteadas nos seus edifícios sejam a bandeira da União e a bandeira de São Jorge. Nenhuma outra bandeira poderá ser hasteada nos seus mastros, varandas, balcões de recepção ou paredes dos seus edifícios.”

 Um porta-voz do Reform disse mais tarde:

«O Reform UK hasteará orgulhosamente a bandeira da União, a bandeira de São Jorge e as bandeiras dos condados. Ao contrário dos Conservadores e dos Trabalhistas, temos orgulho no nosso país e na nossa história»

Esta "importantíssima notícia internacional" é a primeira na página de abertura do Pravda-Moscovo. 

Com tanto orgulho no país e na história não têm vergonha de lamber as botas a Putin? 


.

GOD SAVE... UKRAINE


Militares ucranianos, que se encontram no Reino Unido em formação, fecharam a parada do Dia da Vitória em Londres. 

Foram emotivamente saudados pelo rei, 
foram efusivamente aplaudidos pelo povo

(aumentem o som)


 

UMA PIADA? A BRINCAR, A BRINCAR...


Ontem, dizia eu por aqui, um dia antes de ter visto o inacreditável vídeo que hoje aqui vim deixar:
«...a perversidade não é inconsequente, muito menos quando manifestada por por
um "líder mundial", um que tem atrás de si, por um lado, uma seita acrítica, irracional e ignorante, por outro, um séquito de cobardes egocêntricos, amorais e invertebrados que defendem os seus umbigos e as suas contas bancárias com um fervor tiranicamente indiferente que em nada se identifica com ideologia e excede os limites da legalidade, ofende os mais básicos princípios de decência»
Não, a perversidade não é inconsequente. 
Dizia mais: 
«Testar limites? Expandi-los'? Ou, pior ainda, levar o seu séquito a manifestar-se»
Tem vindo a tornar-se uma prática corrente em círculos mais radicais
____________________________________


LINK: POPE DONALD TRUMP Barra Colorida Fundida 1 Oz Prata 2024

____________________________________

Diz o narrador neste vídeo: 
«É o teste de Trump. Quando Trump publica um meme de si próprio como Papa não é realmente uma piada, é um teste como tantos outros que já fez, "piadas" que são um balão de ensaio para ver até onde consegue impelir os limites do poder, da reverência e do respeito público, da submissão. Quer esteja a pensar em ser presidente vitalício,  fazer pairar a lei marcial ou vestir-se, literalmente, com roupas religiosas, não são piadas aleatórias, são provocações estratégicas. Este meme esbate a linha entre a sátira e a ambição. Trump tem uma história bem documentada de disfarçar intenções sérias com humor e piadas para  observar a reacção; se cair bem com a sua base torna-se parte do seu discurso, dos seus objectivos. O que começa por ser um meme hoje poderá facilmente tornar-se política amanhã. O desrespeito da sua base MAGA atingiu um nível totalmente novo manifestado em comentários inclassificáveis. Se Trump conseguir pessoas suficientes dizendo "Nós adoraríamos", quem sabe o que ele pode começar a tentar pressionar...»

Houve um tempo, não muito distante, em que poucos acreditavam que Trump quisesse, ou conseguisse, provocar uma insurreição capaz de atacar o Capitólio em dia de confirmação dos resultados da eleição presidencial. Hoje não me parece absurdo que ele possa pretender insurgir uma massa popular contra o Vaticano. Isto não é uma piada desvalorizável, é o desenvolvimento de uma aberração que se pode tornar bem mais séria do que parece, Trump, e a sua base inabalável, têm o ódio e a vingança por combustível

E não são os únicos, têm vindo a grassar como cogumelos em terras pantanosas. Até por cá...


 

.

MANIFESTUM MONSTRUM


 Sim, já todos viram, não é pela novidade que trago aqui esta aberração mas porque a perversidade não é inconsequente, muito menos quando manifestada por por um "líder mundial", um que tem atrás de si, por um lado, uma seita acrítica, irracional e ignorante, por outro, um séquito de cobardes egocêntricos, amorais e invertebrados que defendem os seus umbigos e as suas contas bancárias com um fervor tiranicamente indiferente que em nada se identifica com ideologia e excede os limites da legalidade, ofende os mais básicos princípios de decência

Não sei que razões. se alguma inteligível,  o levaram a publicar pessoalmente tal devassidão,  republicada no X e no Instagram pela White House!!!  

Testar limites? Expandi-los'? Ou, pior ainda, levar o seu séquito a manifestar-se  -  positivamente, claro, quem ousaria de entre a sua vassalagem...


Um dos seu vassalos, o senador  Lindsey Graham - que concorreu contra ele em 2015 e que, na madrugada do 7 de Janeiro, ao ser  retomada no Capitólio a sessão de confirmação da vitória de Biden, discursou um firme "É demais, basta, não poderei mais apoia-lo" -  apressou-se agora a expor a sua positiva "excitação" (sic) por o presidente estar aberto à ideia de vir a ser o próximo Papa (e ,de uma cajadada, apoiou também a inconstitucional candidatura à presidência em 2028):

«Fiquei entusiasmado por saber que o Presidente Trump está aberto à ideia de ser o próximo Papa. Este seria, na verdade, um candidato preterido mas eu pediria ao conclave papal e aos fieis católicos uma mente aberta a esta possibilidade 

O primeiro Papa-Presidente dos U.S é uma combinação com muitas vantagens. À espera de fumo branco... Trump MMXXVIII!»

Estou certa de que mais depressa conseguiria fazer um doutoramento em Física Nuclear do que conseguirei compreender como é possível continuar a tratar este espécimen hediondo como sendo normal, aceitável, permissível. Politicas, ideologias, intenções à parte, religião à parte, NÃO É.

Lembrei-me agora...  Há pouco alguém comentou sobre o assunto: «Finalmente assumiu-se como anti-Cristo»
Sabem aqueles que costumam passar por aqui que, há anos, o refiro como "Bode Maligno". Não sei o que lhe passou pela cabeça mas não andará muito longe.

.

BUUUM! SLAVA UKRAINI


A 22 de Abril, o drone ucraniano Palianytsia, no valor de um milhão de dólares, capaz de atingir alvos nas profundezas do território russo,  voou 700 km direito ao 51º Arsenal da Direcção Principal de Mísseis e Artilharia da Rússia (GRAU), na aldeia de Barsovo, no Oblast de Vladimir, cerca de 70 km a nordeste de Moscovo. 

Apesar do risco de sanções e dos avisos emitidos pelo governador local, dezenas de residentes publicaram vídeos da explosão inicial, de numerosas detonações secundárias e de um incêndio em grande escala. 

Cerca de 264 000 toneladas de munições desencadearam uma explosão que os satélites da NASA captaram no espaço. Destruiu todo o material para a ofensiva russa deste próximo Verão, provavelmente mais 

Mesmo a 70 km de Moscovo, as defesas aéreas russas não conseguiram detê-lo.

As autoridades locais afirmaram, inicialmente,  que ninguém tinha ficado ferido, no entanto foram  obrigadas a anunciar a evacuação das aldeias vizinhas e o encerramento da estrada principal que liga Moscovo a Kirzhach. O depósito, com uma área de aproximadamente 3,5 quilómetros quadrados, era um dos maiores, e estrategicamente mais importantes, locais de armazenamento de munições da Rússia,  albergava cerca de 264.000 toneladas de munições diversas -  projéteis de artilharia altamente explosivos, mísseis guiados anti-tanque, foguetes balísticos e mísseis superfície-superfície de combustível sólido, alguns potencialmente destinados aos sistemas Iskander e Smerch -  ou cerca de 6 milhões de projéteis de artilharia, o suficiente para mais de um ano de operações de combate.

Os relatórios preliminares indicam que a primeira explosão foi causada por um impacto directo durante o descarregamento de munições recentemente recebidas. Isto despoletou uma cadeia de detonações secundárias catastróficas, enviando ondas de choque por toda a região circundante. Durante horas foram vistas enormes nuvens de fumo escuro, bolas de fogo e explosões repetidas foram captadas em pormenor nas imagens divulgadas. As provas visuais sugerem fortemente a ignição de propulsores sólidos de alta energia, indicando ainda a presença de sistemas de mísseis avançados.

A escala e a intensidade da explosão foram mais tarde confirmadas por dados de satélite divulgados pela NASA FIRMS, utilizada para monitorizar incêndios. Os dados mostraram um enorme inferno no local visível do espaço.

Desenvolvido durante a invasão russa em curso e revelado pela primeira vez no Verão do ano passado, o drone ucraniano Palianytsia foi concebido para ataques de precisão de longo alcance operacional, superior a 700 km, e uma ogiva estimada entre 50 e 100 kg de TNT que pode causar uma destruição maciça de alvos logísticos e militares importantes longe da linha da frente.

O ataque também põe em evidência as actuais preocupações russas relativas às práticas de segurança de armazenamento de munições, que têm vindo a provocar efeitos dominó após os primeiros ataques ucranianos; os anteriores ataques ucranianos conseguiram frequentemente desencadear explosões secundárias maciças.

Como habitualmente, o governo russo atribuiu a explosão a um incêndio provocado por violações da segurança no manuseamento de explosivos. Antes incompetente do que vulnerável... 

Os anteriores ataques ao arsenal já tinham reduzido a metade o poder de fogo da Rússia. A explosão do seu maior arsenal obriga agora Moscovo a uma escolha complicada: atrasar os ataques ou atacar sem cobertura de artilharia - de qualquer forma, é um desastre em gestação. Este último ataque de precisão ocorre num momento chave, destruindo munições russas que podiam durar até um ano. Sucedem-se as decisões russas de curtos cessar-fogo

O exército ucraniano não reivindicou oficialmente a responsabilidade mas o incidente está alinhado com operações ucranianas anteriores que visaram instalações semelhantes. 

Desde 2022, a Ucrânia tem realizado uma série de ataques precisos contra os principais arsenais russos de mísseis e artilharia, com o objectivo de minar as capacidades logísticas e militares da Rússia. 

A artilharia causa 70% das baixas na Ucrânia. Com uma média de uma vítima por cada 100 projécteis, a destruição de 6 milhões de projécteis poderá ter poupado 60.000 vidas - tanto de soldados como de civis.

________________________________

Com menos impacto mas visualmente espantoso, os drones de reconhecimento que identificam a que exército pertencem os soldados visionados (vídeo abaixo)

Guardas fronteiriços ucranianos que operavam drones de reconhecimento libertaram três soldados ucranianos que tinham sido capturados pelos russos.

Quando os drones ucranianos começaram a lançar projécteis sobre as posições russas, os captores começaram por procurar abrigo antes de abandonarem completamente os seus prisioneiros retirarando-se da área.

Os operadores de drones da 1ª Brigada Separada de Tanques Siver guiaram então os soldados ucranianos libertados para um local através de rotas seguras.