Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen
Discurso ao plenário do Parlamento Europeu
Debate dedicado a uma resposta unida às recentes violações russas do espaço aéreo e das infra-estruturas críticas dos Estados-Membros da UE
8 Outubro, 2025
Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen
Discurso ao plenário do Parlamento Europeu
Debate dedicado a uma resposta unida às recentes violações russas do espaço aéreo e das infra-estruturas críticas dos Estados-Membros da UE
8 Outubro, 2025
Publicado por Alex. at quinta-feira, outubro 09, 2025 0 comments
Após chegar aos EUA, a 19 Set. , teve de preparar - ou de se preparar com o que o que lhe haviam preparado - para ir discursar às Nações Unidas. Nada de novo aqui, as mentiras do costume, as ameaças costumeiras, o apoio a Israel, nada contra Putin, ataques ferozes contra os aliados - « Os vossos países irão falhar...» - aliados esses "que compram petróleo à Rússia" - havia descoberto isso apenas 2 semanas antes - mas têm de deixar de comprar, as 7 guerras infindáveis a que pôs termo... Adiante.
Mas quando deixou a Assembleia da ONU o seu discurso e atitude em relação à Ucrânia e à Rússia alterou-se.... Trump passou de pressionar a Ucrânia para entregar territórios para a hipótese de que é capaz de recuperar todas as suas terras, deixou de enquadrar as negociações como o resultado mais prático e passou a ter uma nova confiança na Ucrânia, quando apoiada pelos seus vizinhos europeus e pela NATO alinhando-se, subitamente, com os países europeus e endossando o abate de aviões russos que violassem o espaço aéreo. Estávamos a 23 de Setembro
E Israel? Sete dias depois da sua presença nas U.N. , a 30 de Setembro, Trump e Netanyahu afirmaram ter concordado com um plano para pôr fim à guerra em Gaza. Nesse dia Trump disse aos jornalistas que daria ao Hamas "três ou quatro dias" para responder ao seu plano, de acordo com o qual , no prazo de 72 horas após a assinatura de todas as partes, o estabelecido entraria em efeito. Seguiu-se o rápido envio de uma delegação americana para o Egipto para ser presente às negociações do acordo.
Nesse mesmo dia 30 de Setembro, a princesa Anne de Inglaterra fez uma "visita surpresa" à Ucrânia a pedido do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Commonwealth e do Desenvolvimento e encontrou-se com Zelensky a quem entregou uma carta. Poderia jurar que a carta não vinha do Ministério dos Negócios Estrangeiros... Sei lá, o rei gosta evidentemente de Zelensky de uma forma muito especial, foi o primeiro a recebê-lo na sua casa em Sandringham, sem protocolos de Estado, poucos dias após ter sido escorraçado da Casa Branca.«Não tolerarei atrasos, que muitos acreditam que acontecerão, ou qualquer resultado em que Gaza volte a representar uma ameaça. Vamos fazê-lo, RÁPIDO. Todos serão tratados de forma justa!»
Palavra chave: "RÁPIDO". O tempo urge... Trump tem menos de uma semana para cobrir com o esplendor do seu ego o seu desejo mais acalentado, a sua mais volátil ilusão
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O Comité Nobel norueguês faz a sua deliberação final sobre os diversos Prémios Nobel em Outubro de cada ano e anuncia os nomes dos laureados.
O Prémio Nobel da Paz este ano será anunciado a 10 de Outubro
Depois disso já podem voltar a andar ao estalo à vontade, se as coisas não correrem bem, Putin até pode mandar drones para a Noruega e Netanyahu, por mais contrariado que esteja, só tem de manter a calma meia dúzia de dias
E a culpa? A culpa será de Zelensky que não quis ir a Moscovo, de Putin que roeu a corda das negociações, de Netanyahu que não pára os bombardeamentos, do Hamas que não aceita uma retirada por fases e um governo dirigido por Trump, de Carlos III que não telefonou ao rei Harald da Noruega, do Comité Nobel onde são todos de extrema-esquerda, de todos, até do Papa que se mete onde não é chamado. De todos, que não compreendem o quanto ele é um homem bom que odeia guerra e violência.
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Publicado por Alex. at segunda-feira, outubro 06, 2025 0 comments
O contexto é claro: mais de 800 generais e almirantes deslocados dos seus postos em múltiplas partes do mundo para ouvir um pombo de asas eriçadas mascarado de falcão a preparar a ablução mental que antecede a mobilização de tropas em solo americano para garantir a aplicação efectiva de Lei Marcial
Não comento o discurso do ex-apresentador de fim de semana da FoxNews, tenho mais o que fazer: pôr uma máquina de roupa a lavar, levar os cães a dar um giro, fazer um chá, ler o livro que está sofregamente a meio.
Deixo os bocadinhos de que mais gostei do monologo de 42 minutos perante uma plateia silenciosa espelhando nas expressões faciais o entusiasmo de um velório. Depois Trump também falou, durante 1hora... A vida militar não é fácil.
Diz o New York Times:
"Análise de Notícias: O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, convocou centenas de generais e almirantes encarregados de gerenciar operações militares complexas em todo o mundo. Receberam uma palestra sobre preparação física e cuidados de aparência. "
Infelizmente é (ainda) mais grave do que isso. Julgai.
«O discurso de hoje é sobre as pessoas e sobre a cultura. O tema de hoje é sobre a nossa natureza, porque nenhum plano, nenhum programa, nenhuma reforma, nenhuma formação será bem sucedida se não tivermos as pessoas certas e a cultura certa no Departamento de Guerra.
Os militares têm sido forçados por políticos insensatos e imprudentes a concentrarem-se nas coisas erradas. Em muitos aspectos, este discurso trata de corrigir décadas de decadência, algumas delas óbvias, outras ocultas, ou, como disse o Presidente, estamos a limpar os detritos, a eliminar as distracções, a abrir caminho para que os líderes sejam líderes. Pode dizer-se que estamos a acabar com a guerra aos guerreiros.
Antes de mais, temos de restaurar uma aplicação implacável, desapaixonada e de senso comum das normas. Não quero que o meu filho sirva ao lado de tropas que não estão em forma ou numa unidade de combate com mulheres que não conseguem cumprir os mesmos padrões físicos das armas de combate que os homens, ou tropas que não são totalmente competentes na plataforma de armas ou na tarefa que lhes foi atribuída, ou sob o comando de um líder que foi o primeiro mas não o melhor.Tudo começa com a aptidão física e a aparência. Se o Secretário de Estado da Guerra pode fazer exercícios físicos regulares, todos os membros da nossa força conjunta também podem. Francamente, é cansativo olhar para as formações de combate, ou mesmo para qualquer formação, e ver tropas gordas. Da mesma forma, é completamente inaceitável ver generais e almirantes gordos nos corredores do Pentágono e a liderar comandos em todo o país e no mundo. É um mau aspecto. É mau, e não é o que nós somos.Isto também significa normas de apresentação. Acabaram-se as barbas, os cabelos compridos, a expressão individual superficial. Vamos cortar o cabelo, rapar a barba e cumprir as normas. Em termos simples, se não se cumprem as normas físicas masculinas para posições de combate, se não se consegue passar num teste de PT ou se não se quer fazer a barba e ter um aspeto profissional, está na altura de mudar de posição ou de profissão.
Qualquer lugar onde os padrões físicos experimentados e verdadeiros foram alterados, especialmente desde 2015, quando os padrões de armas de combate foram alterados para garantir que as mulheres pudessem qualificar-se, devem retornar ao seu padrão original. Se as mulheres conseguirem, excelente. Se não, é o que é. Se isso significa que as mulheres não se qualificam para alguns empregos de combate, que assim seja. Não é essa a intenção, mas pode ser o resultado. Assim seja. Significará também que os homens fracos não se qualificarão, porque não estamos a brincar. Isto é combate. Isto é vida ou morte.Claro que, por vezes, vamos discordar. Não seríamos americanos se não o fizéssemos. Ser um líder numa grande organização como a nossa significa ter conversas francas e diferenças de opinião. Ganharão algumas discussões e perderão outras. Mas quando os líderes civis dão ordens legais, nós executamos. Somos profissionais da profissão das armas. Todo o nosso sistema constitucional assenta neste entendimento.
Também não combatemos com regras de empenhamento estúpidas. Desamarramos as mãos dos nossos combatentes para intimidar, desmoralizar, caçar e matar os inimigos do nosso país. Acabaram-se as regras de empenhamento politicamente corretas e prepotentes, apenas bom senso, máxima letalidade e autoridade para os combatentes. Deixamos que os nossos líderes lutem com as suas formações e depois protegemo-los. É muito simples, mas incrivelmente poderoso. Há alguns meses, eu estava na Casa Branca quando o Presidente Trump anunciou o dia da libertação da política comercial dos Estados Unidos. Foi um dia marcante. Bem, hoje é outro dia de libertação, a libertação dos guerreiros da América, em nome, em actos e em autoridade. A vossa vida é matar pessoas e partir coisas. Não são politicamente corretos e não pertencem necessariamente à sociedade educada.»Publicado por Alex. at quarta-feira, outubro 01, 2025 0 comments
Ao longo da última década tem vindo a ser constatado e provado que são os partidos da direita, tão radical quanto lhes é permitido assumir perante a maioria dos seus potenciais eleitores, que defendem a política - e agenda - internacional de Putin ou, no mínimo, os que se abstêm de o atacar, de referir o assunto. Lá no fundo nem são "as políticas" que defendem, ainda que haja umas tantas que lhes agradam, no fundo é algo muito pior do que "as políticas", é o vil metal e os meios de desinformação aplicados às suas campanhas, causas e ascensão. Em duas palavras: dinheiro e embuste, as mais valias auferidas pela vénia, elogio ou o mero silêncio no que toca ao rei do Kremlin
Nesta altura, perante a evidência, ainda há quem não reconheça, ou não queira reconhecer, esta implícita relação de compra e venda, de benefícios mútuos advindos da cooperação e da não hostilização.
Alguns são absolutamente evidentes, como os casos de Órban ou de Fico, outros são mais restringidos por razões diversas, como o caso de Trump, porque mais (ainda) não pode, de Le Pen, de Chrupalla/Weidel, porque ainda lá não chegaram. Demais há que primam pela discrição, pelo silêncio que sinala a abertura a propostas sem opor resistência às cintilantes tentações. Um dia virá...
Considerando a história, o back-ground, a cultura intrinsecamente democrática, os valores colectivos inerentemente liberais, à esquerda e à direita, é espantoso como este tipo de convicções - porque nem de ideologia se trata - consegue propagar-se numa sociedade como a britânica.
Outras há, sim, mas o caso britânico é particularmente chocante. Ver ascender um partido que tem nas suas fileiras, com voz activa e propagada, quem defenda que o Reino Unido deveria ter aceite a "oferta de neutralidade" feita por Hitler em vez de o ter enfrentado numa guerra... Isto na terra de Churchill, na terra de Jorge VI, que se viu atirado para uma coroa que nunca quis por devoção à sua pátria, ao seu povo e à Liberdade na Europa. É escandaloso, é revoltante, é ofensivo. E é crescente.
Há razões para que tal suceda...
Claro que há, mas não as evocadas pelos seus propagadores propagandistas. A cartilha é sempre a mesma, o apelo à revolta, à raiva contida e oprimida pelas mais distintas causas, muitas delas meramente pessoais, frustrações, dificuldades, e um desejo de supremacia nem que seja espelhada num líder que represente uma autoridade que cada um não consegue exercer por si mesmo.
Farage teve a sorte de lhe sair ao caminho os 51,9% do Brexit; teve a sorte de ter ascendido ao governo uma senhora bem intencionada mas sem a menor garra para fazer frente às hercúleas tarefas que enfrentava: o brexit de um lado e a traição interna do seu correligionário Boris do outro. Depois... Depois a sorte continuou bafejando Farage: o apoio discreto de Putin e um primeiro-ministro artolas, infantil e insubordinado que fez da rebeldia a sua imagem de marca, do despenteado à governação; os independentes e conservadores moderados refugiaram-se nos Trabalhistas que puseram fim à liderança absurda de Corbin, os conservadores mais radicais engrossaram as fileiras do UK Reform. Farage deu pulos de contentamento. Putin também.
A ameaça, mais do que isso, o perigo que encarna esta situação transpõe as fronteiras do Reino Unido, é uma situação gravíssima para a Europa - para a Ucrânia - particularmente se tivermos em conta, como devemos ter, a instabilidade política de Macron fustigado à extrema-esquerda e à extrema-direita, pelas mesmíssimas razões.
E há pessoas que, de absoluta boa-fé, vão nisto acreditando defender a "sua reclusão nacional", coisa que não existe no mundo actual, o mais próximo que persiste é a Coreia do Norte, tanto quanto a China o permitir, e o Irão, socialmente medieval; Acreditando salvaguardar a sua liberdade individual e identidade cultural não se apercebem de que essas serão as primeiras a ser submergidas e manipuladas por um poder que se sonha imperialista e expansionista. Uma "Nova Ordem Mundial" renovada, uma que deponha todos os princípios cimentados internacionalmente após a segunda guerra mundial
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Publicado por Alex. at domingo, setembro 28, 2025 0 comments
«Trump é o único capaz de obter a paz. Trump e Putin é que vão conversar "intimamente" ( a expressão não é minha). A Europa não tem cabimento nestas conversações e a Ucrânia tomará conhecimento quando for preciso»;
«A Europa recua em relação a alguns dos seus valores mais fundamentais! Se estão a fugir com medo dos vossos próprios eleitores, não há nada que a América possa fazer por vocês.""Cedam às forças que devem tomar o comando, não se oponham à manipulação dos povos, colaborem e manterão o vosso poder e o nosso apoio.""A ameaça que mais me preocupa em relação à Europa não é a Rússia, não é a China, não é nenhum outro actor externo. O que me preocupa é a ameaça que vem de dentro. O recuo da Europa em relação a alguns dos seus valores mais fundamentais, valores que partilha com os Estados Unidos da América.»
É o homem, o secretário da Defesa norte-americano que, neste contexto internacional, considera oportuno e inadiável ordenar que centenas de oficiais militares de alta patente, generais e almirantes, se dirijam a Quântico, à base dos Marine Corps, na Virgínia, para uma reunião na próxima terça-feira 30/09, cujo motivo não revela apesar de ter sido confrontado com as preocupações de segurança levantadas pela presença de tantos oficiais de alta patente no mesmo lugar ao mesmo tempo.
O porta-voz chefe do Pentágono confirmou que Hegseth "se dirigirá aos seus principais líderes militares no início da semana que vem" mas não respondeu a perguntas específicas sobre o propósito da reunião.
Trump parecia não saber da reunião quando repórteres o questionaram sobre o assunto durante a sua presença na Sala Oval esta quinta-feira.
"Estarei lá se me quiserem, mas por que isso é uma questão tão importante?", disse Trump.
“I’ll be there if they want me, but why is that such a big deal?
Antes de assumir o cargo de secretário de Defesa, Hegseth expressou repetidamente o seu desdém por grande parte do corpo de generais e oficiais superiores das Forças Armadas em serviço; disse que um terço dos oficiais superiores das Forças Armadas são "ativamente cúmplices um movimento em direcção à politização das Forças Armadas e que os oficiais superiores estão "seguem todas as regras erradas" para atender aos ideólogos em Washington, D.C."
Politização das Forças Armadas... diz ele... Atender aos ideólogos...
Enquanto a Europa faz frente a Putin, Hegseth, ou seja, Trump, ou seja Miller, preparam a Lei Marcial nos EUA. Dê por onde der os Democratas não podem vencer Congresso e Senado em Novembro de 26. Neste contexto, o nacional, o nacionalista, Hegseth terá eventualmente razão: é oportuno e inadiável.
(PS- Ninguém me acreditava quando, no Verão de 2019, eu dizia que ocorreria uma insurreição nos EUA se Trump perdesse as eleições em Novembro. Trump aprendeu, Miller também, "depois das eleições é mais difícil")
Publicado por Alex. at sexta-feira, setembro 26, 2025 0 comments
O discurso de Trump nas Nações Unidas... Não consigo comentar... Tudo o que dissesse me pareceria aquém do que pensei enquanto o ouvia; tudo o que dissesse desenrolar-se-ia como excessivo - porque não é só o que ele disse, é como disse e as razões que sustentam o "o quê" e o "como".
Restrinjo-me a três linhas (e um bitaite factualmente agreste *) sem recorrer a exemplos. O resto fica por breves citações da CNN e BBC
“I’m really good at this stuff. Your countries are going to hell”- "Sou muito bom nisto. Os vossos países vão para o inferno." |
Um discurso de ódio, raiva e mentiras, muitas mentiras descaradas, profetizando a desgraça de tudo e todos os que se lhe opõem; uma ode ao egocentrismo desmedido, a inconsciente necessidade de cobrir a sua fragilidade e ineficácia no auto-elogio e no calunioso descrédito alheio.
* Bitaite Factualmente Agreste: Furioso até aos tub.. tímpanos porque lhe estão a lixar o "Trump Golden Resort" em Gaza, Trump falou do «reconhecimento unilateral do Estado da Palestina». Unilateral por 158 Estados dos 193 com representação na ONU?
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In CNN on line - 23/09/2025 - «Ele (Trump) reconheceu que encerrar a guerra na Ucrânia tem sido mais difícil do que esperava, afirmando que seu bom relacionamento com o presidente russo, Vladimir Putin, não se traduziu em negociações de paz eficazes.
Mas, em vez de direccionar a sua ira para Moscovo, Trump censurou os países europeus por continuarem a comprar produtos energéticos russos.
Disse Trump: "É constrangedor para eles, e foi muito constrangedor para eles quando eu descobri. Eles precisam cessar imediatamente todas as compras de energia da Rússia. Caso contrário, estaremos todos perdendo muito tempo."
Os países europeus reduziram drasticamente suas compras de petróleo da Rússia desde a invasão da Ucrânia. Dois países, Hungria e Eslováquia, respondem pela maior parte das compras europeias de petróleo russo. »
«Fiquei realmente abismada com o nível do tom enraivecido que o presidente dos Estados Unidos transmitiu aos seus aliados, principalmente aos seus aliados.
Vamos encarar a realidade.
Se se lembra, no seu primeiro discurso de posse (Trump) falou sobre a carnificina americana.
Este foi um discurso sobre a carnificina global, como ele a vê. Isto, em cada um dos tópicos, foi usado para desferir um golpe de martelo contra quase todas as nações do mundo. Tudo.
Usando o pódio das Nações Unidas para proferir teorias da conspiração sobre políticas verdes. Claro que ele está certo sobre a migração descontrolada, ele identificou esse problema.
Mas a maneira como ele fala - « Os vossos países irão falhar...»; há muitos países europeus que realmente implementaram padrões europeus em várias migrações que se têm mostrado essenciais ao desenvolvimento e sobrevivência económica desses países.
Foi um ataque incrível, e o que não foi dito, foi como ele iria intervir de facto e usar o poder americano e sua influência, o poder americano único e sua influência, para impedir as guerras que estão acontecendo na Europa e no Oriente Médio. Essas são as maiores questões que assolam o mundo agora, além do clima e certos aspectos da imigração. Mas ele não disse como resolver. Continuou dizendo: «Eu sancionarei Putin quando a Europa sancionar». Sejamos realistas, os países que compram mais petróleo da Rússia agora são os amigos mais próximos de Trump, e os aliados mais próximos de Putin: a Hungria de Orbán, a Eslováquia de Fico, e a Turquia de Erdogan. Esses são muito admirados pelo presidente dos Estados Unidos, e estes são os que compram mais petróleo russo agora.
.../...
O próprio Trump expressou impaciência no passado com os líderes israelitas, focados em pôr fim a essa guerra. Mas agora, com base em seus comentários de hoje, não parece que ele esteja impondo quaisquer limites ou qualquer nova pressão sobre Israel para pôr fim a esse conflito, reconhecendo plenamente que, é claro, o Hamas também é um actor importante nisso e é ele quem mantém esses reféns.
Algumas das coisas que ele disse quando estava fora do roteiro escrito encaixavam-se nessa ideia, de carnificina global e teorias da conspiração que condenam ao desastre, ao fracasso. Essas palavras eram dirigidas aos seus aliados.
Digo só mais uma coisa. O presidente dos Estados Unidos poderia fazer muita coisa com aliados. É muito, muito difícil para os Estados Unidos tentar alcançar o que o presidente diz que os Estados Unidos querem alcançar sem alianças.
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In BBC online, 23/09/2025 - «Ao longo de quase uma hora, (Trump) criticou seus oponentes e suas ideias, eliminando-os um a um enquanto viajava pelo mundo. Começou em casa, elogiando os Estados Unidos e a si mesmo. Disse que os EUA viviam uma era de ouro e repetiu sua controversa afirmação de que havia encerrado pessoalmente sete guerras infindáveis, algo que, segundo ele, merecia um Prêmio Nobel da Paz.
(Sete guerras em 7 meses, entre as quais:Trump afirmou que recusa do presidente Putin em encerrar o conflito "não faz a Rússia parecer boa"; que os EUA estão preparados para "impor uma rodada muito forte de tarifas poderosas" para pôr fim ao derramamento de sangue. Mas os países europeus precisam parar de comprar energia russa, alegando que só descobriu há duas semanas que alguns estavam fazendo isso.
Na prática, Hungria e Eslováquia são os únicos compradores europeus substanciais de petróleo russo. - Diplomatas dizem que Trump se esconde por trás disso para não ter que impor sanções secundárias à Índia e à China, que compram enormes quantidades de energia russa barata
Portanto, este foi Trump puro e simples; uma defesa dos Estados Unidos e do Estado-nação, um ataque ao multi-lateralismo e ao globalismo, um fluxo de consciência com afirmações questionáveis.»
Publicado por Alex. at quarta-feira, setembro 24, 2025 0 comments
Publicado por Alex. at segunda-feira, setembro 22, 2025 0 comments
Voltando uns posts atrás, porque o assunto não morre nem para lá caminha. A 29 de Agosto dizia eu por aqui, o mais discretamente que consegui:
No que toca a Israel, é óbvia a deferência de Trump para com um primeiro-ministro selvagem que defende com unhas e dentes, mísseis e tanques, a sua permanência no poder a bem da sua liberdade pessoal, a bem da imunidade perante os processos judiciais que o ensombram.Ari Ben-Menashe ingressou na Direcção de Inteligência Militar de Israel em 1977. Desempenhou um papel de intermediário no esforço israelita de vender armas ao Irão e estiveram perto da decisão do governo israelita de apoiar os esforços da "Surpresa de Outubro" da campanha de Reagan para garantir que os reféns americanos detidos pelo Irão fossem libertados num calendário que fortalecesse Ronald Reagan e não o então presidente dos EUA, Jimmy Carter.
Porquê? A geo-política? A geo-estratégia? Não brinquemos com uma questão tão séria e angustiante. A queda de Netanyahu não acarreta a queda de Israel, bem pelo contrário, Netanyahu é reconhecidamente um criminoso de guerra - excepto pelos EUA - que isola o seu país do resto do mundo, que rejeita toda e qualquer proposta de paz, interrompe toda e qualquer negociação, entregando às mãos de terroristas a réstia de vida de reféns israelitas, a réstia de esperança das famílias e amigos que os aguardam há quase dois anos, que faz ouvidos moucos à voz gritante do seu povo
Então?????????
Da Mossad não se fala, é feio. É aliás a penúltima coisa de que Trump quer ouvir falar (a CIA está controlada, o MI6 é civilizado, o FSB... vade retro, não têm razão de queixa...)
.../...
Trump gosta muito de Netanyahu? Hum... Diria que nem por isso; compreende o colete de sarilhos em que está metido, precisa dos amigos dele e...
E da Mossad não se fala, é feio. De Robert Maxwell, oficial da Mossad, cujo corpo repousa no Monte das Oliveiras em Israel, um funeral onde estiveram presentes 6 ex-comandantes da Mossad, não se fala, é inconveniente. Da filha de Maxwell, Ghislaine só se fala do que todos sabem, não do que ela sabe mas só contava à Mossad. De Epstein, o namorado de Ghislaine que, quando não tinha um chavo, trabalhou no escritório de Robert, só se fala das canalhice que fez antes de ter sido "suicidado" na prisão; de como enriqueceu escandalosamente de um dia para o outro não se fala... É segredo.
Publicado por Alex. at domingo, setembro 21, 2025 0 comments
Keir Starmer não é "Sir" por acaso
São 57 segundos que dispensam comentários
Conferência de Imprensa após a reunião com Trump
CHEQUERS, England, 18 Set.2025
Publicado por Alex. at sexta-feira, setembro 19, 2025 0 comments
Em 2020 o André dizia, encrespadíssimo, que ia exigir a Santiago Abascal, líder do Vox, que retirasse Portugal do "mapa de Espanha" tal como figurava no cartaz da plataforma “España Existe”
Abascal defendia, e defende, a inclusão de Portugal, assim como de Andorra e de Gibraltar, numa Península Ibérica unificada, com o slogan “España existe”, ironicamente sob o lema " Por um governo que respeite a Constituição e a Soberania".
Pergunto eu, a soberania de quem?
Em 2025, no fim de semana passado, o André foi a Madrid para participar num encontro promovido pelo Vox, o "Europa Viva 25". Líders europeus não estavam por lá muitos mas Viktor Orban não faltou.
Também não faltou o André, falando em espanhol, a apelar à prisão do primeiro-ministro espanhol: «Temos de atirar Pedro Sánchez para a prisão, pois é assim que se tratam os criminosos. Para a prisão! Para a prisão!»; Assim, ali, preso e julgado como criminoso enquanto André esfregou um olho. O crime? Bem, o crime não foi especificado, foi nomeado e basta.
E não faltou o elogio fúnebre a Charlie Kirk: «Foi morto porque dizia aquilo em que pensava. Morreu para nos defender e por nós, pelos nossos valores e pela nossa identidade." Mostrou o quanto violentos, o quanto assassinos se podem tornar aqueles que defendem o que a esquerda defende». Não! Foi morto por um miúdo de extrema-direita que vivia obcecado com ele, quanto aos valores e identidade, André, fala por ti.
Então e o mapa? Sim, o mapa de Santiago Abascal?
Bem, não se pode ter oportunidade para tudo, "first things first", não se vai estragar uma festa tão bonita, com o Santiago tão bem disposto e tão amigo por causa de um desenho.
A Constituição e a Soberania, os Valores e a Identidade... Isso são outros quinhentos, deixem lá isso agora, hoje é dia de festa e as nossas almas cantam.
Publicado por Alex. at terça-feira, setembro 16, 2025 0 comments
«A Rússia é um império enorme e antigo que impõe e merece respeito.
Os americanos gostam de mostrar poder e de falar com a voz mais alta. Quando se trata de governação a nível mundial ainda não estão preparados. Precisam de uma força mais experiente e antiga para os guiar e orientar». Winston Churchill em conversa com Isabel II após o ensaio americano da bomba de hidrogénio em 1952
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10 de Setembro de 2025
Fonte: BBC, entre outras
A Polônia abateu drones russos sobre seu espaço aéreo na madrugada de quarta-feira, informação das Forças Armadas polacas, marcando a primeira vez que Varsóvia atacou meios russos desde o início da guerra na Ucrânia. O Comando Operacional das Forças Armadas Polacas declarou que o "espaço aéreo do país foi repetidamente violado por drones, acrescentando que "foram usadas armas e estão em andamento operações para localizar os alvos abatidos.
Este é um acto de agressão que representou uma ameaça real à segurança de nossos cidadãos"
Foto Reuters |
Warsaw, Poland, September 10, 2025. REUTERS |
O ministro da Defesa polaco, Cezary Tomczyk, informou: "O presidente e o primeiro-ministro polacos foram notificados de que uma operação para neutralizar objectos que violaram o espaço aéreo está em andamento. Todos os serviços estão activos".
O primeiro-ministro Donald Tusk confirmou que a operação militar de resposta estava em andamento "relacionada a múltiplas violações do espaço aéreo polaco" e que a Polónia está "em constante contacto com o comando da NATO e as Forças de Defesa Territorial foram activadas"
Estes ataques acontecem após o anúncio feito por Donald Tusk na semana passada:
«Na sexta-feira, manobras russo-bielorrussas, muito agressivas do ponto de vista da doutrina militar, começam na Bielorrússia muito perto da fronteira com a Polônia. Por razões de segurança nacional, fecharemos a fronteira com a Bielorrússia, incluindo as passagens ferroviárias, em conexão com as manobras Zapad na quinta-feira à meia-noite»
Os exercícios militares conjuntos de larga escala russo-bielorrussos Zapad 2 que começaram na sexta-feira, levantaram preocupações de segurança não apenas na Polónia como também nos países vizinhos da NATO, Lituânia e Letônia.
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Nos EUA, que conta com menos 5 horas em Washington relativamente à Europa, o clima é de agitação. O congressista republicano Joe Winston fez um apelo público a Trump; agradeceu aos aliados da NATO, chamou Putin pelo nome (criminoso de guerra), reclamou a imposição das sanções à Rússia (que permanecem há meses na gaveta da Sala Oval) e o fornecimento de armas à Ucrânia com capacidade de ataque para dentro do território russo. E acrescentou:
«Putin está testando directamente a nossa determinação na defesa do território da NATO. Putin declarou que " A Rússia não conhece fronteiras". As nações livres e prósperas ensinarão a Rússia acerca de fronteiras »
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A Força Aérea Ucraniana informou na app de mensagens Telegram que drones russos voavam para oeste ameaçando a cidade polaca de Zamosc e que pelo menos um drone ia em direcção à cidade de Rzeszow. O Aeroporto de Rzeszów-Jasionka, no sudeste da Polónia, que também foi fechado esta noite, tem sido um centro logístico da NATO para a ajuda à Ucrânia, embora os Estados Unidos tenham retirado suas forças da base no início deste ano, e da actual Administração Trump...Publicado por Alex. at quarta-feira, setembro 10, 2025 0 comments
Não sei quem é o Rodrigo Martins mas quero agradecer-lhe a primeira gargalhada da manhã.
Obviamente fui verificar a veracidade do que afirma, como faço sempre que possível; a mais directa e sucinta confirmação é esta:
Deixo-vos o que escreveu Rodrigo Martins:
«Pedro Nuno Santos, acompanhado por enorme coro de socialistas, a criticar Carlos Moedas, actual presidente da Câmara de Lisboa, pela manutenção do elevador da Glória ter sido retirada à CARRIS, empresa pública, para entregar a uma empresa privada!
Ora acontece que não foi Carlos Moedas que retirou a manutenção da CARRIS e tb não foi Carlos Moedas que entregou a manutenção à actual empresa!
Quem retirou a manutenção da CARRIS para a entregar a empresas privadas, foi António Costa, do PS, e quem entregou a manutenção à actual empresa, foi Fernando Medina, também do PS!
Mais uma vez, PNS, e a malta do PS, a mostrarem ao país, que na fina arte da lata, da hipocrisia, da memória selectiva, e da infinita falta de vergonha, ninguém lhes chega sequer aos calcanhares!!!» - Rodrigo Martins
Só acrescentaria a este último parágrafo, dedicado às artes, uma outra, a arte das negociatas, tão a gosto geral do grupo mas de particular mestria de Costa, conjugando-a com a arte de fidelizar lealdades, e de Medina, que a pratica associando-a à arte de lucrar uns cobres
Publicado por Alex. at terça-feira, setembro 09, 2025 0 comments
Durante o jogo entre o Kolos e o Sisters, para o campeonato de futebol feminino da Ucrânia, a árbitra Anastasiia Romaniuk deu um cartão amarelo à jogadora Iryna Maiborodina, do Odessa, advertindo-a por falar russo.
Publicado por Alex. at terça-feira, setembro 09, 2025 0 comments
Rubio Campaign Press Release |
Outubro de 2015: "Putin será tratado pelo que é: um gangster e um bandido"- Campanha presidenciais 2016
"Assim que assumir o cargo, agirei rapidamente para aumentar a pressão sobre Moscovo. Sob a minha administração, não haverá súplicas para reuniões com Vladimir Putin. Ele será tratado pelo que é: um gangster e um bandido."
Janeiro de 2017: "Será Putin um criminoso de guerra?" - audição de confirmação de Tillerson,
Depois das eleições de 2016, Trump nomeou Rex Tillerson, ex-CEO da ExxonMobil, como secretário de Estado. Durante a audição de Tillerson, Rubio questionou o nomeadoRubio: "Será Valdimir Putin um criminoso de guerra?".
Tillerson: "Eu não usaria esse termo"
Rubio: "Não deveria ser difícil dizer que Vladimir Putin é um criminoso de guerra e acho desanimador a sua incapacidade de citar isto, que acredito ser globalmente aceite".
Março de 2022: "Apoiaremos os ucranianos enquanto estiverem dispostos a lutar"- MSNBC.
Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em Fevereiro de 2022, Rubio pediu ao governo de Biden que transmitisse uma mensagem contundente sobre o apoio a Kiev.
"Não importa o que aconteça, precisamos sempre de ter um Estado ucraniano real e legítimo com o qual tenhamos uma relação Temos de começar a dizer abertamente que os apoiaremos enquanto estiverem dispostos a lutar, mesmo que seja apenas uma insurgência."
Rubio, Secretário de Estado na segunda administração Trump
Fevereiro de 2025: ‘Acho que Zelenskyy devia pedir desculpa por desperdiçar o nosso tempo’- W.H.
“Não havia necessidade de Zelensky entrar e tornar-se antagónico. Acho que ele devia pedir desculpa por estar a fazer-nos perder o nosso tempo com uma reunião que ia terminar daquela forma.”
Quando Kaitlan Collins (CNN), lembrou Rubio de que ele atacou Putin como sendo um “criminoso de guerra”, ele respondeu:
“Neste momento, como secretário de Estado, o meu trabalho para o presidente é trazer a paz, pôr fim a este conflito e a esta guerra... Penso que devemos estar muito orgulhosos e felizes por termos um presidente cujo principal objectivo não é entrar em guerras, mas sim preveni-las e sair delas.”
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2ª pergunta: Rubio aflige-se, suspira, tem plena consciência da catastrófica política internacional de Trump, não só com a Ucrânia/Rússia mas com a Europa, com Israel, com a Índia, com a China... agora nem a Coreia do Sul escapa. Por que não se demite? Para não ser substituído por alguém pior? Poderia ser SE não se vergasse a tudo o que lhe é exigido; Por que se verga Rubio?
Publicado por Alex. at segunda-feira, setembro 08, 2025 0 comments
Sem limites, sem prudência, sem legalidade, sem decoro, sem integridade.
Há dias que o Capitólio sob pressão para fornecer uma justificação legal para o ataque, e assassinato sem precedentes, de 11 alegados traficantes de droga pelo exército dos EUA. De onde veio a informação? Como identificaram o pequeno barco? Qual a razão por que foi usada força letal contra civis? Trump contornado os legisladores e fornecido uma salada de justificações perante as câmaras sem responder às sérias questões sobre a legalidade do ataque, segundo especialistas jurídicos e membros do Congresso.
Na sexta-feira o Departamento de Defesa - nesse dia renomeado "Departamento de Guerra" pelo presidente, embora só o Congresso tenha o poder de o fazer - cancelou abruptamente os briefings confidenciais que deveria fornecer a vários comités do Congresso e do Senado. Parlamentares e funcionários esperavam colocar questões às autoridades sobre a justificação legal para o ataque e obter detalhes básicos como qual a unidade militar que conduziu o ataque, que tipo de munições foram utilizadas, o tipo de recolha de informações que levou à determinação das identidades e intenções das pessoas a bordo.
Os responsáveis governamentais têm argumentado que as 11 pessoas na lancha que os EUA fizeram explodir em águas internacionais nas Caraíbas eram alvos militares legítimos, eram membros de um gangue criminoso venezuelano, o Tren de Aragua, que Stephen Miller classificou como uma organização terrorista.
Miller é vice-chefe de gabinete na Casa Branca e conselheiro dilecto de Trump; não foi eleito, não tem responsabilidades atribuídas, não tem legitimidade alguma para classificar seja que organização for como terrorista - classificação que aliás obedece a parâmetros claramente estabelecidos na lei internacional
«Nicolás Maduro é um traficante de droga indiciado portanto, é um cartel de droga que governa a Venezuela. Este é um ponto muito importante. Não é um governo, é um cartel de droga. Durante gerações, utilizámos as nossas forças armadas em ações contra terroristas no Médio Oriente e em África, deixando ilesos os terroristas no nosso hemisfério, responsáveis por muito mais mortes de americanos.»
Miller é provavelmente a mais tenebrosa figura à beira de Trump, batendo mesmo aos pontos o desabrigado Steve Bannon, mas não é estúpido, sabe perfeitamente que, em termos legais, é necessário -ou, nesta altura do campeonato, apenas de "bom tom" - justificar o arbitrário ataque a uma lancha civil. A designação de "grupo terrorista" é uma tentativa esperta, mas insuficiente
Em 2001, o Congresso deliberou explicitamente que os EUA estavam em guerra com a Al-Qaeda, classificando-a oficialmente como combatentes que os EUA têm permissão legal para matar, tanto pela legislação nacional como internacional. Tal não ocorreu com o Tren de Aragua. A designação do grupo como organização terrorista estrangeira pela legislação americana confere ao presidente a autoridade para impor sanções financeiras e legais, mas não autoriza o uso de força letal.Em 2001, o Congresso deliberou explicitamente que os EUA estavam em guerra com a Al-Qaeda, classificando-a oficialmente como combatentes que os EUA têm permissão legal para matar, tanto pela legislação nacional como internacional. Tal não ocorreu com o Tren de Aragua. A designação do grupo como organização terrorista estrangeira pela legislação americana confere ao presidente a autoridade para impor sanções financeiras e legais, mas não autoriza o uso de força letal.Este poder exige que o presidente estabeleça que os seus alvos são alvos militares legítimos, que devem ser tratados como combatentes, tanto pelo direito internacional como pelo nacional. Membros dos cartéis e traficantes de droga têm sido tradicionalmente tratados como criminosos nos devidos processos legais, não como combatentes inimigos
A polémica foi tanta em torno da legalidade, e consequências, deste ataque letal que, na sexta-feira, Trump enviou uma carta ao speaker do Congresso e ao presidente pro-tempore do Senado, notificando formalmente o Congresso sobre o ataque, mas não ofereceu detalhes nem listou Tren de Aragua nominalmente como alvo, apenas fez a vaga alegação da sua autoridade ao abrigo do Artigo II.
Brian Finucane, ex-advogado do Departamento de Estado especializado em questões de "poderes no âmbito de guerra", destacou a admissão de Rubio, secretário (ministro) do Departamento de Estado, de que o barco poderia ter sido interceptado em vez de destruído — como sempre foi feito no passado — mas o presidente ordenou um ataque letal como primeira opção, não como última.
Um antigo advogado do Pentágono que deixou o Governo nos últimos meses, disse: «Qualquer argumento remotamente plausível a favor da autoridade inerente do comandante-chefe para tomar medidas militares exigiria a demonstração de que não há alternativa à força letal. Para reivindicar uma ação defensiva tem de se estabelecer que foi necessária e proporcional. Há uma palavra para o assassinato premeditado de pessoas fora do contexto de um conflito armado...»
O professor Michael Becker, do Trinity College Dublin, disse à "BBC Verify" que as acções norte-americanas "expandem o significado do termo (organização terrorista) para além do seu limite".
«O facto de as autoridades norte-americanas descreverem os indivíduos mortos pelo ataque como narco-terroristas não os transforma em alvos militares legítimos. Os EUA não estão envolvidos num conflito armado com a Venezuela ou com a organização criminosa Tren de Aragua. O ataque não só parece ter violado a proibição do uso da força, como viola o direito à vida, previsto no direito internacional dos direitos humanos.»
O professor Moffett afirmou que o uso da força neste caso pode ser equiparado a uma "morte arbitrária extrajudicial" e "uma violação fundamental dos direitos humanos".
«Rotular todos como terroristas não os torna alvos legítimos e permite aos Estados contornar o direito internacional». In BBC News
O direito internacional proíbe o assassinato deliberado de civis, mesmo no contexto de um conflito armado. O direito interno, por sua vez, proíbe assassinatos unilaterais e premeditados de alvos não militares.
Ainda na sexta-feira, no Salão Oval, Trump foi questionado sobre o que aconteceria se os jactos venezuelanos voltassem a sobrevoar embarcações norte-americanas.Publicado por Alex. at domingo, setembro 07, 2025 0 comments