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A GARGALHADA DO DEMO

 Ou muito me engano ou esta noite abrir-se-ão as portas do inferno, ouvir-se-ão as gargalhadas demoníacas como trovões galácticos

A 28 de Outubro de 2023, escrevi aqui " O INFERNO SUBIU À TERRA"

A 28 de Outubro de 2023, dia em que era suposto ter início o primeiro cessar-fogo em Gaza devido às condições em que se encontrava a população civil assombrada pela chuva de bombardeamentos, ao elevado número de mortes e feridos graves. Em 2023...

Junho 2025 - Gaza está desfeita, é uma extensão de cinzas onde diambulam almas e corpos esfomeados que são atacados, de longe, quando procuram comida.

Gaza está prometida em casamento com um resort violento e violador a troco de um dote que paga a um tutor a sua permanência no poder, o preço da sua liberdade restringida
Gaza está desfeita, é uma extensão de cinzas, já não serve de justificação à manutenção de um estado de guerra.
É preciso outro campo de batalha a qualquer preço; qualquer falsidade serve desde que repetida quantas vezes for necessário até se tornar numa "realidade" tão assustadora que ninguém se proponha duvidar, confrontar, ouvir outras vozes apelidadas como ingénuas.

Ou muito me engano ou esta noite abrir-se-ão as portas do inferno. Se não for esta noite não estará longe, o medo também ajuda, ouve-se dizer que há um cessar-fogo sobre a mesa. É o que Trump quer, por várias razões e Putin telefonou-lhe há dois dias dando as suas instruções; mas não é o que Netanyahu quer. Temos um empate(a) 

Eu, euzinha, o que quero é acordar deste pesadelo 


A BUÇALIDADE LETAL


CIENTISTAS RECEBERAM ORDENS PARA NÃO PUBLICAR SEM A APROVAÇÃO DO GOVERNO TRUMP

Médicos e cientistas estão a receber ordens para parar de publicar em edições médicas ou falar em público sem primeiro  "terem autorização" da administração Trump.

Esta decisão veio a público hoje, dia 11/06, dois dias após o Secretário da Saúde, Robert Kennedy Jr., ter removido todos os 17 membros do painel de especialistas que faz recomendações a adoptar ao CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) sobre política de vacinas. Os especialistas serão substituídos por "novos membros altamente credenciados" - outra coisa não seria de esperar da creditadissima adm. Trump - actualmente em análise. Dois dias depois 8 já estão nomeados

O ACIP tem sido composto por especialistas em vacinas e doenças infecciosas de centros médicos acadêmicos e outros profissionais de saúde pública que avaliam os dados sobre vacinas e doenças infecciosas em reuniões, até agora, públicas. Aguardemos as credenciais. Quanto aos debates serem públicos, se assim permanecerem  - uma vez que requer autorização prévia  da administração Trump - de uma coisa poderemos estar certos: não serão ouvidas vozes discordante, reinará a harmonia naquela reinação. 

Convém lembrar alguns dos passos, que a muitos terão passado mais ou menos desapercebidos, envolvendo decisões desta segunda administração Trump, e que têm consequências desastrosas para o futuro da saúde nos EUA e no mundo

Maio 25 - «Universidades de todo o país que têm programas de diversidade e inclusão e as que boicotam as empresas israelitas, estão a esforçar-se para cumprir a iniciativa anti-diversidade do presidente Donald Trump, num esforço para manter centenas de milhões de dólares em subsídios federais que financiam investigação médica essencial em áreas como o cancro e a saúde materna.

Desde Fevereiro, os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA cancelaram cerca de 780 bolsas de investigação que abordavam a equidade, as disparidades raciais, a saúde das minorias, as populações LGBTQIA+ e Covid-19. As bolsas canceladas abrangeram todo o país: aproximadamente 40% destinavam-se a organizações de Estados onde Trump ganhou em Novembro

Entre elas, cortes em pesquisas aparentemente alinhadas com os objectivos declarados da administração Trump e do Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., como estudos sobre diagnósticos de autismo, melhorias em doenças crónicas e a intersecção da exposição ambiental com a saúde.

«As bolsas do HHS são atribuídas apenas aos candidatos mais qualificados - menos de 15% dos candidatos de topo - e não obedecem a requisitos ideológicos ou quotas discriminatórias», disse um porta-voz do HHS em resposta a perguntas sobre as bolsas canceladas.»

O corte em massa de bolsas do NIH gerou preocupação até mesmo entre os líderes republicanos, que defendem que os EUA podem perder a inovação médica e liderança mundial devido aos cortes de financiamento, despedimentos em massa e as reformulações politizadas de agências.

«Não devemos perder de vista o que está realmente em causa aqui. Se os ensaios clínicos forem interrompidos, a investigação for interrompida e os laboratórios forem encerrados, os tratamentos e as curas eficazes para doenças como o Alzheimer, a diabetes tipo 1, os cancros infantis e a distrofia muscular de Duchenne, entre outras, serão adiados ou nem sequer descobertos.»

Senadora Susan Collins, rep. Maine, durante audição sobre os fundos no Senado


Março 25 -  Em 2023, o NIH lançou uma iniciativa de 168 milhões de dólares em 10 universidades para melhorar os cuidados de saúde materna.

Em Março, a agência cancelou o financiamento a várias de entre estas 

A Universidade de Columbia, um dos 10 centros de saúde materna do projecto de grande escala do NIH, foi uma das primeiras instituições a sofrer com o congelamento de fundos e uma batalha pública com a administração Trump.

Os amplos cancelamentos  também atingiram a Faculdade de Medicina Morehouse, parte de uma universidade historicamente negra em Atlanta, Geórgia, um Estado com algumas das piores taxas de mortalidade materna do país.

Restavam 1,6 milhões de dólares da verba de 2,9 milhões  quando o NIH cortou o financiamento. A presidente da Faculdade de Medicina de Morehouse, Valerie Montgomery Rice, posicionou-se firmemente contra os esforços anti-DEI ( Diversidade, Equidade, Inclusão) dizendo à rádio local  que "a diversidade, a equidade e a inclusão, no que diz respeito à saúde, não são termos políticos".

31 Janeiro 25 - «Os Estados Unidos têm sido líderes globais na investigação científica e na inovação. Da vacina contra a poliomielite à descodificação do primeiro cromossoma humano e à primeira cirurgia de bypass, a investigação americana originou uma lista aparentemente interminável de avanços na área da saúde que são considerados garantidos.
Quando a administração Trump emitiu um memorando suspendendo todas as subvenções e empréstimos federais o mundo académico norte-americano parou. "Isto tem um impacto imediato na vida das pessoas", diz J. Austin, professor de psiquiatria e genética médica na Universidade da Colúmbia Britânica. "E é assustador."»

«O congelamento do financiamento exige que as agências enviem as análises dos seus programas financiados ao Gabinete de Gestão e Orçamento até 10 de Fevereiro e surge após ordens separadas emitidas na semana passada às agências de saúde dos EUA — incluindo os Institutos Nacionais de Saúde, que lideram a investigação médica do país — para pausar todas as comunicações até 1 de Fevereiro e interromper todas as viagens por tempo indeterminado.»

A ciência é, por natureza, colaborativa. Muitos consórcios e alianças dentro de campos científicos atravessam fronteiras e barreiras linguísticas. Alguns laboratórios podem conseguir financiamento adicional de fontes alternativas, como a União Europeia. É improvável que uma retirada contínua do financiamento do NIH possa ser compensada por apoios estrangeiros. Os milhões de dólares atribuídos aos laboratórios de alto desempenho são utilizados para financiar estudantes de pós-graduação, técnicos de laboratório e analistas investigadores. Se o investigador principal de uma equipa de investigação não conseguir obter uma bolsa através do processo descrito muitas vezes o laboratório é encerrado e os membros auxiliares da equipa perdem os seus empregos. Não demorará muito para que o impacto chegue à população em geral. Com a perda de financiamento para investigação, surgem os encerramentos de hospitais e universidades e os avanços na medicina também serão prejudicados.

As condições estudadas com o financiamento do NIH não são apenas doenças raras que afetam 1% ou 2% da população. São problemas como o cancro, a diabetes, o Alzheimer — problemas que afectam a sua avó, os seus amigos, os seus filhos e tantas pessoas que um dia perderão a sua saúde perfeita. É graças a este sistema de investigação e aos cientistas que nele trabalham que os médicos sabem como salvar alguém de um ataque cardíaco, regular a diabetes, baixar o colesterol e reduzir o risco de AVC. É assim que o mundo sabe que fumar não é uma boa ideia. "Todo este conhecimento é gerado por cientistas financiados pelo NIH, e se lhe colocar uma chave tão grande e abrangente, vai perturbar absolutamente tudo", diz o professor de genética. “Se as pessoas querem que os Estados Unidos se tornem uma nação de segunda classe, é exactamente isto que precisam de fazer. Se o objectivo é, de facto, tornar a América grande, esta não é a forma de o fazer”, afirma o professor de Genética. “Não é algo racional, ponderado e eficaz de se fazer. Só vai destruir.”»

6 de Fevereiro de 2025, o "The New York Times" noticiou que  «os ensaios clínicos apoiados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foram abruptamente interrompidos após uma ordem executiva do Presidente Trump, congelando toda a ajuda externa. Esta ordem abrangente deixou milhares de participantes em ensaios clínicos isolados, muitos com medicamentos experimentais ou dispositivos médicos no corpo, sem acesso a cuidados de acompanhamento ou monitorização. A paralisação não só coloca em risco os doentes individuais, como também inviabiliza esforços de investigação críticos que poderiam ter levado a avanços nos tratamentos de doenças infeciosas, na saúde materno-infantil e no desenvolvimento de vacinas.»

Fevereiro 25 - The Guardian - «A ordem de paragem desmantelou décadas de esforços para desenvolver vacinas de última geração contra a malária, uma área na qual a USAID tem sido um importante apoiante financeiro e logístico. A malária ainda mata mais de 600.000 pessoas anualmente, afectando desproporcionalmente as crianças na África Sub-sariana. Os ensaios clínicos destinados a melhorar as vacinas e as taxas de protecção existentes foram agora atirados para o limbo, apagando anos de progresso.»

As consequências desta paralisação vão muito além da saúde pública. 

Os ensaios clínicos financiados pela USAID foram fundamentais no desenvolvimento inicial de muitos medicamentos e vacinas que, posteriormente, recebem investimento do sector privado. As empresas biofarmacêuticas estabelecem parcerias com a USAID para reduzir o risco de investimentos em tratamentos de mercados emergentes, particularmente para doenças como a malária, a tuberculose e o VIH/SIDA, que afectam principalmente os países de baixo rendimento. 

«Uma vítima significativa é o ensaio clínico CATALYST, que testava o cabotegravir, um medicamento injectável de ação prolongada para a prevenção do VIH, em cinco países. Sem injecções regulares, os participantes podem desenvolver estirpes de VIH resistentes aos medicamentos, comprometendo potencialmente a eficácia de um dos novos tratamentos preventivos mais promissores. O ensaio clínico foi uma iniciativa fundamental para expandir o alcance global dos medicamentos para a prevenção do VIH, e a sua suspensão representa riscos não só para os inscritos, mas também para o acesso futuro ao tratamento.»

Para além dos riscos imediatos para os participantes nos ensaios clínicos, o congelamento da ajuda externa interrompe os programas de saúde globais, a estabilidade económica e o progresso científico. Os serviços básicos de saúde, como vacinação, programas de saúde materno-infantil e prevenção de doenças infeciosas, estão a ser prejudicados. A interrupção repentina do financiamento coloca em risco tratamentos médicos essenciais levando ao aumento das taxas de mortalidade e a um aumento da carga sobre os sistemas de saúde já sobrecarregados. Os programas de prevenção da malária, as iniciativas de tratamento da tuberculose e as intervenções nutricionais infantis podem entrar em colapso, revertendo décadas de progressos no controlo de doenças e na saúde pública.

Poderia continuar até me doerem os dedos... O ponto está feito, não passa despercebido que ao dirigir-se a "cientistas", os únicos referidos de forma individualizada na "nova ordem proibitória" são os médicos... Por último deixo apenas um desabafo em oposição à falta de lucidez, à ignorância, à curteza de vistas vigente: 

Esta ruptura afecta a segurança sanitária global. A investigação sobre doenças infecciosas desempenha um papel crucial na preparação para pandemias e a interrupção dos estudos apoiados pela USAID enfraquece os sistemas de alerta precoce para ameaças emergentes à saúde. Sem investimento sustentado na saúde global, as novas doenças infeciosas podem permanecer sem detecção durante mais tempo aumentando o risco de surtos que se podem espalhar pelo mundo. A natureza interligada da medicina moderna significa que negligenciar os desafios globais da saúde representa, em última análise, riscos para a saúde pública em todo o mundo. Seria suposto a, aparentemente esquecida, epidemia de Covid ter sido um aviso, um alerta. Deparamo-nos com a maior e, provavelmente mais importante, comunidade científica do planeta a ser paralisada por um poder cego, corrupto, colossalmente estúpido e ignorante. Não pode ser ignorado.

ALJUBARROTA SEMPRE


 O D. Nuno que me desculpe mas ele sabia lá o que é ter de resolver a guerra em 90 minutos... Pois, não dá. Nem em 120... Como se tanta luta, nervos, cansaço e e sofrimento não bastasse, D. Nuno nunca teve de passar pela aflição de ir a penalties....  

11 Conjurados em campo acertaram com 7 na "janela", sem contar com aquele mal empregado que estava off-side

Pronto, está feito, os rapazes honraram a casa e o povo sofreu com eles. Sempre.

O G'ANDA-NOIA, O G'ANDA-TRETA E O FANTASMA NO MEIO

Quando Epstein foi preso, o FBI fez um raid às suas casas e tomou sob custódia tudo o que pudesse ser relevante para o processo judicial iniciado, esvaziou os cofres de documentos fotografias e vídeos por lá guardados. 

A "milícia" de Musk, a tal DOGE, começou a chafurdar por tudo o que eram computadores e arquivos das inúmeras instituições estatais americanas, esteve por todo o lado, FBI incluído (por absurdo e criticamente perigoso que tal seja)

Em espera...
Quando Musk diz:«Donald Trump is in the Epstein files», a que "files" se refere? 
Aos dossiers que compõem o "Relatório Epstein", no qual o nome Donald Trump é citado 64 vezes? 
Aos dossier compilados judicialmente para elaboração do processo e julgamento, que estão no Justice Department? 
(os tais que Trump disse, durante a campanha, que iria publicar, que Pam Bondi, a sua Procuradora-Geral, disse que iria publicar na integra e  depois ambos se esqueceram)
ou 
Aos dossiers que Epstein tinha nos cofres, que foram apreendidos pelo FBI, dos quais grande parte permanece no FBI e não constituíram matéria de acusação? 
Não, não são a mesma coisa... Os documentos que foram integrados no processo judicial foram os requisitados pela acusação e eram os relevantes para o processo de tráfico sexual e de menores. Além destes há um relatório elaborado sob a análise de todos (?) os documentos e, por último, há os ficheiros com todos os documentos aprendidos, investigações, ligações, intervenientes, depoimentos, análises e relatórios. 
Existirá, de facto, alguma coisa que implique Trump num processo de crime sexual envolvendo menores? 
Aceitam-se apostas...

Julgamento Epstein - frente ao tribunal

- De onde vinha o dinheiro de Epstein? 
Um empresário do mercado financeiro com sólidas regras, tão loucas que ninguém investia com ele; tratava-se sem dúvida de "desmotivar" que gente de negócios - circulo onde se movimentava com à-vontade -  procurasse os seus Serviços de Investimentos,  ninguém tem um histórico de negócios com ele.

- Qual era o lucrativo negócio de Epstein?
O silêncio. Ele vendia o seu silêncio de ouro. Os ricaços pervertidos podem ter festas e sexo comprado mas não conseguem necessariamente garantir que a boca das pessoas envolvidas permanecerá fechada
Esse era o "produto" que Epstein vendia (e guardava "recordações", como veio a ser descoberto)

Dan Bongino... foi agente dos Serviços Secretos do FBI entre 1999 e 2011.  Foi apresentador de rádio e comentador em programas locais e nacionais; foi apresentador-convidado do "The Sean Hannity Show" na Fox News  (2018) , o mesmo Hannity a quem Trump recorre quando precisa de uma entrevista de largo espectro na qual lhe perguntem aquilo a que ele quer responder, e só. Em 2021 a Fox News concedeu-lhe a apresentação do programa "Unfiltered with Dan Bongino".  
Há anos, em vários programa,s levantou dúvidas sobre o relatório da causa de morte de Epstein na prisão (08/2019)  pondo em causa que tenha sido de facto um suicídio.



Em Fevereiro de 2025, Trump anunciou a nomeação de Bongino para vice-diretor do FBI, cargo que  assumiu em  Março. 
Em Maio Bongino veio retratar-se; declarou que, após ter revisto os relatórios sobre o suicídio de Epstein, não lhe restavam dúvidas de que foi de suicídio que se tratou.
(Pessoalmente também não tenho dúvidas, só não sei se ele se suicidou ou se o suicidaram)


Há, fora do FBI, quem tenha visto alguns desses documentos...

Uma dessas pessoas foi muito próxima de Trump porque é seu biógrafo, Michael Wolff. provavelmente o biógrafo que Trump mais odeia
Wolff não é "uma pessoa qualquer". É um jornalista creditado e premiado, autor de vários best-sellers, como o fantástico "Fire and Fury - Inside the Trump White House" (2018), seguido de "Siege", "Landslide" e do recente "All or Nothing" (2025), do qual Trump disse.: «É um trabalho totalmente FALSO, tal como todo o outro LIXO  que escreveu. Presumo que... ele conseguiu falar com um pequeno número de pessoas, mas insignificantes». Ou seja, uma leitura interessante e deveras informativa...
Curiosamente, há poucas semanas, não me lembro exactamente quando mas foi recente, durante uma sessão de declarações à imprensa na Sala Oval onde se falava da Ucrânia, a propósito de coisa alguma, Trump dedicou umas quantas palavras de crítica mordaz e denegridora a Wolff.
A raiva de Trump em relação a Wolff é mais do que compreensível: durante a preparação para a última eleição, Wolff divulgou gravações audio nas quais o falecido  Jeffrey Epstein detalhava laços próximos com Trump, uma relação que o presidente negou durante muito tempo, até aparecerem, na net e não só, inúmeras fotografias de ambos em diversos contextos, até o seu nome aparecer em múltiplos manifestos de vôo do avião de Epstein para a ilha privada onde recebia os amigos em festas escabrosas. 
Wolff disse várias vezes, e nunca foi processado, que teve nas mãos cerca de uma dúzia de fot grafias de Trump e Epstein com miúdas. Numa entrevista do "Daily Beast", conhecido por pôr o dedo em feridas abertas e resistir às tentativas de desacreditação, Wolff  descreveu duas dessas fotos com 3 ou 4 miúdas em topless ao colo de Trump e, noutra,rindo-se e apontando para as calças "manchadas" de Trump
Isto é grave? É. 
É politicamente grave para Trump? Duvido. Se as fotos vierem a público Trump dirá que não é ele, que foram manipuladas, fake photos, next question.



Trump é mais mauzinho do que as víboras mas creio que ninguém com dois dedos de testa desejaria ter Musk por inimigo. 

Esta madrugada (TMG), Musk escreveu que pedirá profusamente desculpa a Trump se este publicar a totalidade dos dossiers Epstein

Não será de bom tom autorizar a publicação  numa "totalidade parcial" ... Adivinho o post de Musk que se seguiria no X...

Depois disto...

Pela primeira vez Trump ameaçou Musk com "graves consequências", não relacionando directamente com os posts, claro, mas evocando um eventual apoio deste aos Democratas - questão que Musk não levantou, pelo contrário, fez uma "sondagem" no X sobre a possibilidade de fundar um novo partido.

Musk é doido mas não é parvo e terá por certo óptimos advogados; não tendo, ainda, sido autorizada a publicação integral dos ficheiros, a sua publicação seria um crime federal. Se Musk os tem ou não, se os viu ou não, é -neste momento - irrelevante, a verdade é que ainda que os tenha/tivesse não pode/poderia apresentar provas do que afirma sem cometer um crime; e tal afirmação sem provas é um crime também.

Os posts acusatórios de Musk desapareceram 38 minutos após a ameaça; obviamente  esta coação, de parte a parte, terá sequelas. O querido Elon, o mais rico Musk, sabe tudo o que se passou por dentro da "super pack" da campanha 2024






TÁVA-SE-MÊM'A-VER...



Ahhhh se adivinhar os números do jackpot fosse assim tão fácil e intuitivo...
Às 11h da manhã Trump, que deve ter acordado mal disposto, publicou na sua rede social "Truth Social":

«A forma mais fácil de poupar dinheiro no nosso orçamento, milhares e milhares de milhões de dólares, é acabar com os subsídios e contratos governamentais de Elon»


Às 3h da tarde, depois de algumas tropelias vingativas, como  
afirmar que Trump e os republicanos do Congresso teriam perdido as eleições de 2024 sem o seu apoio,
chamar-lhe ingrato
 e
ter perguntado aos seus seguidores na sua plataforma  X se deveria criar um novo partido político,

Musk publicou o que considerou ser uma "grande bomba" no X, e que não será exactamente novidade: 



Não sei a que horas, "um utilizador" da plataforma de Musk escreveu : 

«Presidente vs. Elon. Quem ganha? Aposto no Elon. 
Trump devia ser destituído e JD Vance devia substituí-lo»

Esta é indubitavelmente a minha favorita;

Musk, "por acaso", deu com este post e publicou-o na sua página às 9h da noite acrescentando:" Yes "


Cerca de meia-hora antes o speaker do Congresso, Mike Johnson, falou e escreveu em defesa de Trump ( se o partido se fragmenta no Congresso ele não volta a ser eleito).
 JD Vance? Nada, niente, rien. Caladinho que nem uma ratazana de esgoto encurrala à luz do dia. (parece que ´hoje não, não pode ser nada, está com uma enxaqueca, enquanto espera por ver onde pára a bola)

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Desculpem-me a frivolidade mas não resisto a galhofar enquanto posso, sim, porque esta coisa vai dar muito mau resultado.







QUANDO SE FECHA UMA PORTA...

 
Quem ficou muito animado com a saída de Musk do espaço governativo, em particular os pestilentos residentes na administração da White House e os seus MAGA-vassalos no Congresso, que se cuide, a "coisa" está longe de ter melhorado, chegou a hora de passar à 2ª fase...

Vejamos... Real Gana - 17 Jul.24 :

A escolha do senador J D Vance para vice-presidente...

Vance, um feroz crítico de Trump em 2015/16, a quem chamou idiota e chegou a pôr a hipótese de tapar o nariz e votar em Hillary... Quando se iniciou a campanha para 2020, Vance descobriu que "Trump foi tão bom presidente, como poderia não o apoiar?". Apagou os seus Tweets de 2016  e foi à luta, à sua luta.

Agora teve um empurrãozinho de Elon Musk, o que fez brilhar os olhinhos gananciosos de Donald Júnior: "Daddy, o Vance é fixe e mexe-se bem em Wall Street". (O Don Júnior não percebe que está a dar um tiro no pé: se Vance entrar na Casa Branca será candidato às presidenciais de 2028, certinho como o Sol mesmo num dia de chuva. Talvez depois... Depois passou, o herdeiro do trono, após a hipotética regência de Vance, é o benjamim, Byron, o único que aos 18 aninhos está a ser (en)formado para isso seguindo os trâmites de uma monarquia

Nascido pobrezinho, abandonado pelo pai e retirado à mãe tóxico-dependente , Vance cedo mostrou ser um rapaz cheio de iniciativa. 
Acérrimo opositor da ajuda financeira e militar à Ucrânia (Musk sabe quem escolhe...) aí está ele. 

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Sem pretender argumentar muito sobre os desígnios de Musk, pego nuns poucos parágrafos que aqui registei e que servem de 3 diferentes exemplos :

1- Diz quem sabe mais disso do que eu que, em 2022, Musk ordenou, verbalmente, aos seus engenheiros que desligassem a rede por satélite Starlink  sobre costa da Crimeia para impedir um ataque furtivo ucraniano à frota naval russa.  Sobre a rede ter sido desligada nunca ninguém negou e, quando o facto foi comentado, Musk escreveu no seu X (Twitter) que o serviço Starlink fornecido pela  SpaceX nunca esteve activo sobre a Crimeia. Porquê? 

... o administrador da NASA, Bill Nelson, apelou à urgência de  uma investigação sobre uma notícia do Wall Street Journal (que não é exactamente um jornal de esquerda) segundo a qual  Musk e  Putin, têm estado em contacto regular desde finais de 2022. Estes contactos periódicos levantam sérias preocupações de segurança nacional uma vez que as relações da SpaceX com a NASA e com as forças armadas americanas terão concedido a Musk acesso a informações governamentais sensíveis e aos serviços secretos dos EUA.

Num dos casos, o WSJ citou um pedido de Putin a Musk  para não activar o Starlink sobre Taiwan “como um favor a Xi Jinping”. Musk recusou-se a comentar a investigação do WST. Estes contactos foram confirmados por vários funcionários, actuais e antigos, dos EUA, da Europa e da Rússia. RealGana - 11 Nov. 24

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2-  «Utilizando uma técnica de “caos estratégico” e armado com a sua imensa riqueza e a propriedade da plataforma de comunicação social X, Musk transformou-se num "agente activo de influência" que utiliza essa técnica para minar a unidade do Ocidente e desestabilizar as instituições democráticas”

O endosso de Musk via X da Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, é outro sinal da sua crescente influência na Europa. Os democratas devem investigar os laços de Musk com Moscovo, o seu acesso a contratos com o governo dos EUA e a sua autorização de segurança.

A intromissão de Musk vai muito além dos tweets, com laços secretos e ligações a Putin e controlo total sobre Trump enquanto ele assume o papel de "presidente-eleito em exercício". Ao amplificar as agendas nacionalistas, desmantelar as normas democráticas e alinhar-se com figuras autocráticas, as acções de Musk refletem o manual da Rússia para desestabilizar as democracias ocidentais e avançar os seus objectivos geopolíticos.» 
Olga Lautman - Membro sénior do Center for European Policy Analysis,
Investigadora sénior do Institute for European Integrity,
Consultora dos Serviços Secretos Britânicos

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3 - Hoje ouvi o discurso mais chocante, mais arrogante, mais desavergonhado de que tenho memória em  tempos modernos. Proferiu-o o vice-presidente dos EUA, JD Vance, perante uma plateia de 500 participantes e 300 convidados na Conferencia de Segurança de Munique, uma conferência prestigiada que tem lugar anualmente
 .../... Vem este sopeiro do Trump, de quem em tempos disse as últimas, apadrinhado por Musk que o pôs lá de reserva para o caso de ter de mandar o Trump às malvas ... /... 

.../... E depois? Depois evitou o chanceler Scholz durante toda a sua visita a Munique mas foi encontrar-se com a líder do partido AfD, Alice Weidel. 
Certíssimo, fez o que Musk o mandou fazer. Uma ressalva porém, é que Vance é vice-presidente da América... RealGana 15 Fev.25

E...

... o AfD da Alemanha que considera :

“A NATO não é actualmente uma aliança de defesa. Uma comunidade de defesa deve aceitar e respeitar os interesses de todos os países europeus, incluindo os interesses da Rússia”.
“O governo alemão deve optar pelo final da guerra. A Rússia ganhou esta guerra. A realidade surpreendeu aqueles que afirmam querer tornar a Ucrânia capaz de vencer a guerra”. Real Gana- 21 Dez.24

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03/04/2025
Musk comprou Vance como quem compra um seguro de vida; tinha de apostar em Trump, nenhum outro seria candidato pelo partido republicano. Mas Trump não é fiável, precisa mostrar que manda, teimoso que nem 10 burros, quer converter qualquer relação política num negócio pessoal. Só uma coisa é mais importante para Trump do que o dinheiro, o esplendor ofuscante do seu ego. Musk precisava de comprar e promover uma alternativa para a presidência, que lhe é negada pela geografia do seu nascimento. Vance como vice foi o seu homem. 
Chegou o momento de avançar: Trump evidencia diariamente a sua loucura demente; o  partido republicano, já dividido entre os MAGA e os nem-tanto, vê-se agora confrontado com problemas gravíssimos processos judiciais crescentes e uma economia comprometida. Congresso e Senado apresentam fracturas entre os representantes do partido... Se há momento para começar a trabalhar a evocação da 25ª emenda é agora, mandar o presidente para casa e ascender o senhor que se segue.

No fim do mês terá lugar a Cimeira Anual da NATO em Haia - não há tempo a perder

E, neste momento, para Musk, a presença na WH é uma perda de tempo, já copiou os ficheiros das mais variadas agências, dos indivíduos que lhe interessam, os documentos para as trocas de interesses. Trump já não lhe está a render. 

Menos de 24h após deixar a sua ligação à administração Trump (ainda que o "seu" organismo DOGE continue em funções) Musk usou como pretexto a "beautiful bill" de Trump e não se refreou em expor a incapacidade do presidente para dominar a situação:

Não fora vislumbrar as  tenebrosas intenções de Musk, a reviravolta dar-me-ia vontade de rir, às gargalhadas sonoras

Musk não esconde, substituiu o boné vermelho Maga por um negro e berrou para a assistência num comício inflamado durante a campanha:
«I am Ultra-MAGA, I am the Dark-MAGA»

E é.

"DarkMaga", 03/06/2025
Se vai conseguir ou não isso são outros quinhentos. Alguns não se venderão a Musk - não por serem inalienáveis mas por ser Musk - outros, poucos, votarão com o partido democrata num suspiro de alívio...  E há ainda a hipótese de Vance fazer contas ao Legislativo  temendo ser arrastado para o fundo de um buraco pois, até agora - com a benção de Musk -  conseguiu subir uns confortáveis e importantes degraus da sua anterior débil carreira.
"Consta" que Vance, vendo-se há cento-e-tal dias como vice-presidente e tendo Musk de partida, terá chegado à conclusão de que não precisa de Musk: está onde quer e pode apostar num futuro sem "trela". A veracidade do rumor dependerá de quem e porquê o fez constar; Trump está chalupa e o futuro avizinha-se...

Mas a aposta está feita e Musk tem de ir a a jogo.
Active-se a fase seguinte, que não se limita à América e passa pelo projecto de Musk para a Europa. Também já por aqui o abordei, sem evocar o nome de Musk, mas é exactamente disso que se trata, não apenas o AfD mas outros perversores da estabilidade e da democracia europeia: o Reform UK, os filhotes pró-soviéticos das Repúblicas Bálticas, o inefável húngaro, a corrompida francesa, o ganancioso eslovaco e outros que nasceram com vontade de vir-a-ser-gente, custe o que custar - OS ALEMÃES QUE FALAM RUSSO (E MANDARIM) - Real Gana - 16 Dez.24


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OPERAÇÃO "TEIA DA ARANHA"

 

Hoje, 1 de Junho, Rússia sofreu um dos ataques mais poderosos às suas forças de aviação militar em todo o período da guerra. De acordo com fontes do serviço de segurança da Ucrânia, mais de 40 bombardeiros pesados russos - 34% dos bombardeiros de misseis estratégicos capazes de transportar  armas nucleares tácticas - foram atingidos durante uma operação especial denominada "Spider's Web".  Entre os aviões destruídos estavam dois bombardeiros estratégicos TU95MS,  dois bombardeiros estratégicos TU22M3 e aviões de detecção de radar de longo alcance A50 que servem de "olhos" à defesa aérea russa  e aos ataques com mísseis. O prejuízo de frota destruída, de acordo com estimativas preliminares, é superior a 2 biliões de dólares. 

Os ataques foram efectuados simultaneamente em quatro importantes aeródromos militares na região de Urkutsk, em Diaga Leavo, na região de Ryazan, em Ibanovo na Rússia central e na Oénia, uma região estratégica  no Ártico. 

Estes não são alvos aleatórios, são as principais bases para aviões de transporte nuclear, bem como aeródromos a partir dos quais são regularmente lançados de mísseis contra a Ucrânia. 

O carácter único desta operação reside nos pormenores:  os drones foram lançados directamente de camiões normais convertidos em plataformas de lançamento móveis. Drones FPVforam montados dentro dos contentores que estiveram estacionados em postos de abastecimento de combustível mesmo atrás das linhas inimigas; no momento escolhido o tecto dos contentores abriu-se e os drones decolaram para o alvo. Os drones SBU viajaram até 4.000 km atingindo alvos mesmo na Sibéria. Vídeos dos ataques aos alvos russos já foram colocados online.  Todos os aeródromos estratégicos da Federação Russa estão a arder, como se pode ver em inúmeras imagens de satélite e vídeos dos locais. Alguns dos aviões atingidos já estavam armados com mísseis de cruzeiro X101 preparados para novos ataques. 

O dia 1 de Junho leva a que esta operação seja especial pois tornou-se na correção simbólica de um erro histórico cometido há 29 anos: no dia 1 de Junho 1996 a Ucrânia entregou o seu armamento estratégico e  nuclear à Rússia.  Hoje quase tudo o que foi entregue está a arder até às cinzas

A operação preparada durante 1ano, 6 meses e 9 dias, foi supervisionada pessoalmente pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e directamente dirigida pelo chefe da SBU, o Tenente-General Vasyl Maliuk. Esta operação especial envolveu equipas móveis, abrigos móveis, casas de madeira para camuflagem, drones contrabandeados e uma inestimável precisão de ataque. De acordo com a SBU todos os  participantes na operação há muito que regressaram ao território de Ucrânia, pelo que se pode concluir que, por exemplo, camionistas ao serviço do exército, não faziam ideia do que se passava e não estavam envolvidos na finalidade das suas operações. Mas centenas de operacionais estiveram envolvidos; Após a decolagem de todos os drones foi activada a explosão de todos os camiões de transporte para cobrir quaisquer vestígios e pistas (Tecnologia e, sobretudo, ADN e impressões digitais) .

Também há informações sobre explosões perto da base de submarinos em Sea Morsque, onde componentes do arsenal nuclear russo podem estar armazenados mas até agora não existem pormenores disponíveis

«Telegram channels are reporting a powerful explosion in Severomorsk — the city hosts the largest base of Russian nuclear submarines»

 Massive UAV Attack on Russia:
Air raid alerts declared in Moscow, Voronezh, Tula, Belgorod, and other regions


A DECLARAÇÃO DE ZELENSKY:

«Hoje foi levada a cabo uma operação brilhante - em território inimigo -  visando apenas objectivos militares, especificamente o equipamento utilizado para atacar a Ucrânia. A Rússia sofreu perdas significativas, inteiramente justificadas e merecidas.

A preparação levou mais de um ano e meio. O planeamento, a organização e todos os pormenores foram perfeitamente executados. Pode dizer-se com confiança que esta foi uma operação absolutamente única.

O mais interessante, e agora pode ser afirmado publicamente, é que o “escritório” da nossa operação em território russo estava localizado exactamente ao lado da sede do FSB numa das suas regiões.

No total foram utilizados 117 drones na operação, com um número correspondente de operadores de drones envolvidos. 34% dos porta-mísseis estratégicos de cruzeiro estacionados em bases aéreas foram atingidos. O nosso pessoal operou em várias regiões da Rússia - em três fusos horários diferentes. E as pessoas que nos ajudaram foram retiradas do território russo antes da operação e estão agora em segurança.

É verdadeiramente gratificante quando algo que autorizei há um ano e seis meses se concretiza e priva os russos de mais de quarenta unidades de aviação estratégica. Vamos continuar este trabalho.

Mesmo antes de esta operação ter sido levada a cabo dispúnhamos de informações que indicavam que a Rússia estava a preparar outro ataque maciço. É muito importante que todo o nosso povo não ignore os alertas de ataques aéreos.

Ontem à noite havia quase 500 drones russos, drones de ataque. Todas as semanas, têm vindo a aumentar o número de unidades utilizadas por ataque. Agora, também prepararam mísseis Kalibr lançados de porta-aviões. Sabemos exactamente com quem estamos a lidar. Defender-nos-emos por todos os meios ao nosso alcance - da Ucrânia e do povo ucraniano.

Nem por um segundo quisemos esta guerra. Oferecemos aos russos um cessar-fogo. Desde 11 de Março a proposta dos EUA para um cessar-fogo total e incondicional tem estado em cima da mesa. Foram os russos que optaram por continuar a guerra - mesmo em condições que o mundo inteiro pede o fim desta matança.

É efectivamente necessária pressão, uma pressão sobre a Rússia que a faça voltar à realidade. Pressão através de sanções. Pressão por parte das nossas forças. Pressão através da diplomacia. Tudo isto tem de funcionar em conjunto.

Hoje, tive também uma reunião alargada com o Ministro da Defesa da Ucrânia, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, o Chefe do Gabinete Presidencial, os nossos chefes dos serviços de informações e as chefias militares. Debatemos o que esperamos exatamente da reunião de segunda-feira em Istambul.

Continuamos a propor um cessar-fogo total e incondicional, juntamente com todas as medidas racionais e dignas que possam conduzir a uma paz duradoura e fiável. A proposta ucraniana que apresentámos aos russos é lógica e realista.

Os russos, no entanto, não partilharam o seu “memorando” com ninguém - nós não o temos, a parte turca não o tem e o lado americano também não tem o documento russo. Apesar disso, vamos tentar fazer pelo menos alguns progressos no caminho para a paz».




WELL DONE MR.TURNER 👍

Comemorando à sua maneira o Victory Day, Mr. Ken Turner, um veterano britânico da II Guerra Mundial, com 98 anos, (WW2 Royal Engineer, Royal Tank Regiment), o único sobrevivente da sua derradeira missão na Normandia, manifestou efusivamente a sua opinião sobre Musk  conduzindo um tanque Sherman PXS604, símbolo das forças aliadas, sobre um Tesla - doado para o efeito pelo seu desiludido proprietário -  em protesto contra a forma como Musk usa a sua insuperada fortuna para subsidiar e promover a extrema-direita na Europa

 «O meu nome é Ken Turner, tenho 98 anos e servi no Exército Britânico na Segunda Guerra Mundial, tal como este tanque Sherman. Tenho idade suficiente para ter visto o fascismo pela primeira vez; agora ele está a voltar. Elon Musk, o homem mais rico do mundo, está a usar o seu imenso poder para apoiar a extrema-direita na Europa, e o seu dinheiro vem dos carros da Tesla. Bem, tenho uma mensagem para o Sr. Musk: Já derrotámos o fascismo antes e vamos esmagá-lo novamente»

Posteriormente entrevistado pelo "Guardian" declarou
«Quis fazer um alerta para as novas formas de autoritarismo disfarçado. Lutei pela liberdade e não por bilionários que brincam aos ditadores usando a tecnologia».


Mais sobre Ken Turner - um pequeno excerto de uma entrevista à ITV News em 2019: https://www.facebook.com/share/v/1AWFFh2BJY/


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UM PAÍS SEM REI NEM ROQUE


Para que um Estado possa ser considerado Democrático tem de ser alicerçado por vários pilares nos quais tem de assentar o seu funcionamento, institucional, político e social; eleições livres é um ponto de partida mas não basta, não são, de forma alguma, "um ponto de chegada". Representatividade legislativa e executiva da vontade expressa, liberdade de expressão e de imprensa, são alguns desses pilares fundamentais. Um outro absolutamente essencial é ser um Estado de Direito, no qual o poder judicial seja inequivocamente independente. Sem isto não há evocação de resultados eleitorais que resista à perversão do Estado Democrático. Tudo cai num abismo autocrático, prepotente, dogmático

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28 DE MAIO - Três juízes federais do Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos invalidou a utilização da "Lei dos Poderes Económicos de Emergência Internacional", de 1977, para impor taxas de importação.

Trump, obviamente, recorreu.

29 DE MAIO - Um tribunal de recurso decidiu que o presidente Trump pode continuar a cobrar tarifas enquanto contesta a ordem judicial que as bloqueou. A reversão permite que Trump continue a utilizar a "Emergência Internacional" como ferramenta económica, e como política de destabilização dos mercados mundiais

(A bem de quem...?)

A União Europeia está a preparar os termos de um acordo comercial com início de discussão a 9 de Julho. Precisam saber os termos basilares de tal acordo... Pois que esperem, esperem todos, do Canadá à China, do México à India, aguentem-se e logo se vê.
Instabilidade financeira mundial?  Pois, são coisas que acontecem enquanto o mundo fica na dependência da assinatura de um homem que trata as falências por "tu".    

Isto resolvia-se se evocassem o espírito de Elvis, o Rei do Rock - Rei e "Roque" mudando a música - de outra forma não estou a ver saída, talvez se ele for para Marte com o outro....

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Esta remissão à insignificância da Letra da Lei é a nova dádiva ao mundo da segunda administração trump; durante a primeira administração, campanha incluída, foi a mentira descarada como discurso político e a desinformação propagandeada; colou-se às democracias ocidentais  como modus operandi viscoso e peganhento deixando nódoas com as quais hoje nos debatemos, mas havia ainda a tentativa de enquadrar a acção política, e executiva, numa moldura "legal". 
Uma perda de tempo e esforço, ao que parece... 
Agora faz-se "lei" com a ponta da caneta e a prática em campo desrespeitando  todo o tipo de leis vigentes, mesmo as constitucionais, desrespeitando a separação entre o poder executivo e o legislativo, todas as normas que regulamentam essa relação, desrespeitando a jurisprudência descaradamente como constará do Manual de Boas Práticas de qualquer ditador que se preze. 
Sem pretender fazer futurologia, esta será a nova prática que nos assombrará num futuro próximo.
Deixo um vídeo com um excerto da audição no Senado da Secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, não por ser especialmente importante - no que toca ao resto do mundo - mas por ser um excelente exemplo desta nódoa autocrática e irresponsável, inconcebível num Estado de Direito, cristalinamente exposta pelo senador  Chris Murphy. Melhor é difícil.

O TRAMBULHÃO

PNS:

«A minha vida política e partidária termina, continuarei a ter intervenção política,
continuarei a dizer o que penso»

Caro PNS, para quando começares a pensar o que dizes?


O PRACISTA DA COWBOYADA


O Mário e eu somos "amigos de calções", estudámos (pouco, um menos do que o outro) no mesmo liceu, passamos 7 anos lectivos juntos, fomos colegas de turma, temos bocadinhos de história comuns, queremo-nos mutuamente bem, ou seja, somos amigos.  Hoje raramente nos vemos embora tenhamos contacto muito frequente por via do Facebook (a única razão que me mantém por lá é esta "convivência", doce e mentalmente saudável, com pessoas que raramente vejo mas a quem tenho ligações mais profundas do que se mostram) 

Hoje tropecei num post do Mário que começa por falar de filmes de cowboys... E bem. Perguntei-lhe se podia publicar aqui o escrito dele porque, desta vez, estamos a ver o mesmo filme, com o mesmo personagem representado por um actor experiente no género 

Fica aí abaixo 





«Sempre fui um fã de “westerns”. Primeiro em miúdo, com os famosos “westerns spaghetti” do Trinitá e dos primeiros filmes do Clint Eastwood até aos mais recentes e fabulosos Silverado, Unforgiven e Django (entre outros).

No entanto em todos eles sempre houve um elemento comum: a famosa “wagon” do charlatão que chega à cidade para venda dos produtos estragados ou das poções mágicas para os aleijados e desfavorecidos, e sobretudo a venda de promessas inatingíveis.

Hoje em dia a (re)encarnação desse charlatão dá pelo nome de André Ventura.

André Ventura não só vende o que não tem, como também vende o que não sabe e sobretudo vende aquilo que não tem capacidade para  fazer. Coerência, estabilidade, confiança e, sobretudo, integridade política.

Pela primeira vez na sua curta mas de ascensão meteórica carreira, o seu partido vai ter um papel fundamental na política portuguesa. O poder de decidir, de apresentar propostas, de ser pró-activo, de ser construtivo e de contribuir para uma estabilidade política e governamental, coisa que até hoje foi precisamente o contrário que tem feito.

André Ventura nunca quis construir nada, nunca quis estabilidade política mas sim, pela sua forma populista e demagoga de ser, criar a dúvida na população já cansada e farta das alternativas políticas que temos tido e digamos que o conseguiu com nota máxima com cada um a tirar as ilações que entender sobre isso..

É sempre muito fácil prometer aquilo que as pessoas gostam de ouvir e sobretudo o que à partida se sabe inatingível.

O futuro o dirá. Se André Ventura com a inteligência inegável que tem e com a capacidade de mover (e convencer) multidões é capaz de uma vez por todas pôr os interesses do país à frente dos seus interesses pessoais. Duvido que o faça mas espero que me engane. 

Aguardemos…»
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@andre_ventura_oficial

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O ÍCONE

A marcar o seu primeiro encontro com o Papa Leão XIV, a 18 de Maio no Vaticano, o Presidente  Zelensky ofereceu ao Papa um ícone único; pintado sobre a tampa de madeira de uma caixa de munições, cartuchos de artilharia pesada. A caixa foi recuperada em Izium, na região de Kharkiv, devastada pela guerra.

Não é ouro nem de qualquer matéria preciosa, não é um livro ou documento centenário, não é um ícone religioso que teria lugar privilegiado num leilão da Sotheby's, é um testemunho do carácter de um homem, é o testemunho do que vai na alma de um povo agredido, estóico, heróico.

Sobre a sua oferta disse Zelensky: 
"Este ícone fala dos nossos filhos - daqueles que sofreram na guerra, que foram raptados e deportados à força pela Rússia e que são tão aguardados no seu país, a Ucrânia.
Rezamos pela vida de todas as nossas crianças deportadas e esperamos o apoio do Vaticano para as ajudar a regressar - juntamente com todos os prisioneiros ucranianos - à sua terra natal". 

Foto: Gabinete presidencial da Ucrânia 



 

SOBRE AS ELEIÇÕES ?

Em 5 linhas e meia porque não tenho para meia-dúzia *


Espero que os socialistas se sintam felizes e recompensados por terem provocado eleições antecipadas, é pena não manterem lá aquele cabotino egocêntrico

Uma vez mais o Chega tem uma dívida de gratidão para com o PS, com juros.
(Oxalá não lhe dê o espasmo durante o discurso apoteótico)

Não, não é o Luis Montenegro que está lixado, somos nós

Cada vez gosto mais de cães

Marcelo, quando fores já vais atrasado

*(A ordem dos factores é arbitrária)



RIEN NE VA PLUS!


 O meu sentido de humor está por certo distorcido, como uma fotografia mal amanhada, não consigo deixar de achar graça às expectativas de que possa advir um Acordo de Paz, ou mesmo de um mero cessar-fogo, das programadas conversações entre a Ucrânia e a Rússia na próxima quinta-feira em Istambul

O assunto é sério, não tem a menor graça mas, aqui para nós, parece-me o libreto de uma ópera bufa

Estónia, Museu de Narva,  na fronteira com a Rússia,
durante as comemorações do Dia da Vitória
Acordo de Paz? Sim, claro, com certeza.
Se a Ucrânia  reconhecer a anexação das quatro regiões do sudeste do seu território pela Rússia, jurar a pés juntos que desiste da adesão à NATO e se renunciar ao apoio militar ocidental,  poderá começar-se a falar de um Acordo de Paz. Cessar-fogo? Pois, isso depende do "andamento" das conversações...  um adagio para não ser cansativo e evitar precipitações

Zelensky havia dito que só encetaria conversações se a Rússia se comprometesse previamente com um cessar-fogo de 30 dias. Putin adiou, adiou... Quis 3 dias para fazer a sua parada militar do Dia da Vitória e  receber os amigalhaços, e os outros que não sendo amigalhaços compactuam com aquele criminoso de guerra porque há bons negócios em perspectiva.

No passado fim de semana os líders do Reino Unido, França, Alemanha e Polónia foram, pela primeira vez  juntos,  a Kyiv apresentar um inequívoco reforço do conjunto apelo a um cessar-fogo de 30 dias, ao qual se juntou a voz da União Europeia. Não se tratou apenas de enviar uma mensagem a Putin, nenhum deles admitiu que um cessar-fogo ocorreria na segunda-feira; o principal objectivo da visita de Keir Starmer, Emmanuel Macron, Friedrich Merz e Donald Tusk foi colocar Trump perante a evidência de que Putin está a protelar, a derramar justificações,  e aos EUA não restará facilmente outra opção política senão impor sanções económicas severas à Rússia, chamar o boi pelo nome.

O senador republicano Lindsey Graham, que na madrugada do fatídico 6 de Janeiro para dia 7, não poupou Trump à irrefutável responsabilização mas depois depôs as criticas e foi beijar o anel ao padrinho, tem porém uma qualidade: abomina Putin, dentro das conveniências de um republicano de carreira, mas agora viu a esperada oportunidade e preparou um pacote de sanções à Rússia, com um amplo apoio do Congresso  -  não são precisos muitos republicanos, menos de meia-dúzia bastam  -  para quando esta recusasse a proposta do presidente dos EUA para o cessar-fogo incondicional de 30 dias 

Trump apercebeu-se de que estava a ser encurralado (ou algum russófilo o alertou, diria eu porque tenho mau feitio) e apressou-se a publicar nas redes sociais a sua insistência em que a Ucrânia  iniciasse já esta semana as conversações de paz com a Rússia sem esperar ou exigir cessar-fogo prévio. Os planos cuidadosamente delineados pela Europa para levar os EUA a impor sanções a Moscovo mantêm-se válidos, em compasso de espera, outra vez...

Trump está à beira de uma crise de ansiedade perante o desenrolar da próxima quinta-feira, o homem não cabe em si apesar do largo espaço.
(Lá abaixo, mesmo no fim, deixo uns segundos de vídeo no qual se vê Trump em fuga face aos repórteres que o questionam sobre a implementação de sanções se a Rússia não assinar o cessar-fogo; a pressa é tanta que se esquece do que tinha ido ali fazer face à imprensa: assinar mais uma ordem executiva)
Esta segunda-feira, Trump sugeriu que Putin iria pessoalmente a Istambul e que ele próprio poderá aparecer:

«Podem ter um bom resultado na reunião de quinta-feira na Turquia... e acredito que os dois líderes estarão lá. Estava a pensar voar até lá. Não sei onde estarei na quinta-feira, tenho tantas reuniões... Penso que há uma possibilidade, se achar que as coisas podem acontecer.»

Coitado... Não tem noção do sarilho em que se iria meter...

Mas se Zelensky assentiu, é a atitude mais sensata,  os líders europeus mostraram-se demasiado ocupados para suspender as suas decisões e lerem o que Trump escreve nas redes sociais. A Europa mantém a exigência fundamental de que Putin deixe de prevaricar sobre o cessar-fogo de 30 dias. Os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus, reunidos segunda-feira em Londres, ignoraram a intervenção de Trump, continuando a dizer que não pode haver negociações reais sem um cessar-fogo total. Kaja Kallas, responsável pela política externa da UE, deixou claramente transparecer a sombra das novas sanções: «Para iniciar conversações de paz deve haver um cessar-fogo. Devemos pressionar a Rússia porque esta está a fazer um jogo».

Marco Rubio, o volúvel secretário de Estado dos EUA, por acaso também estará na Turquia na quinta-feira para uma cimeira informal sobre os gastos gerais de defesa da NATO. Sim, está bem, mas os ministros europeus pretendem discutir a visão europeia de que os termos da Rússia para um acordo de paz envolvem efectiva e inaceitavelmente o desmembramento da Ucrânia.

E a delegação ucraniana não estará só, autoridades europeias estarão também em Istambul para garantir que a equipa de negociação da Ucrânia está pronta para negociações potencialmente cruciais, para as quais houve relativamente pouca preparação uma vez que se "aguardava" o cessar-fogo russo. Um verdadeiro "Um por todos, todos por um". 

«Faites vos jeux, messieurs !… Rien ne va plus !»


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PREFIRO ASSIM









Esta manhã

Vestido de branco, 

uma cruz de prata

Compreendido.

TODOS. MAS TODOS, TODOS, TODOS?

 


Uma nota neste dia em que a Igreja Católica Romana inicia um novo capítulo na sua relação com o mundo:
Porquê  a escolha do nome "Leão"?
Já li alguns disparates, desde "A escolha da referência ao rei dos animais..." a conjecturas bastante improváveis como a referência a Leão I devido ao seu proverbial encontro com Átila

A fazer sentido a evocação de Leão I não passará por certo por Átila. Leão I teve um papel decisivo nos debates do Concílio de Calcedónia, concílio ecumênico da Igreja Católica, a Igreja Católica Ortodoxa e a maioria dos protestantes, no qual foi debatido o seu "Tomo de Leão", uma carta enviada por Leão I a Flaviano, patriarca de Constantinopla. Esta carta debruçava-se sobre a definição de Cristo como sendo uma união de duas naturezas — humana e divina — unidas numa só pessoa, "sem confusão e nem divisão", as duas naturezas coexistiam em Jesus Cristo sem divisão. Esta é a posição expressa pelo novo Papa Leão XIV, tal como era a do Papa Francisco .
Mas está definição de cristandade gerou profundas discordâncias no seio do Concílio Ecumênico de Caledónia provocando o cisma das as Igrejas ortodoxas orientais: a Igreja Ortodoxa Copta, a Igreja Ortodoxa Síria, a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Ortodoxa da Etiópia, ameaçando um cisma entre o Oriente e o Ocidente.

Outros dois Papas me ocorrem, Leão X  e  Leão XIII. 
Assalta-me a dúvida: 

Por Leão XIII, que deu início, no sentido estrito, à Doutrina Social da Igreja, que tem por finalidade "Levar os homens a corresponderem, com o auxílio também da reflexão racional e das ciências humanas, à sua vocação de construtores responsáveis da sociedade terrena";

Ou por Leão X, o papa que se confrontou com do início da Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero, o último Papa de uma Europa Ocidental totalmente católica. Parece-me pouco provável para um "filho" de santo Agostinho que se anuncia reformista; reformista mas qb

 "Construir pontes" não é o mesmo que aceitar o que existe do outro lado da ponte; dialogar também não, o diálogo pode estabelecer compromissos, criar laços, mas também pode servir para convencer, ou mesmo impor civilizadamente. Alguém falou, citando este novo Papa, numa "unificação das práticas da Igreja". 
Depende do que se pretende "unificar".... por vezes as unificações geram cismas, se empreendidas como "unicidades". Quero pensar que um agostiniano não irá por aí. 

Leão XIV foi muito claro: «Queremos ser uma Igreja sinodal». Assim seja, desde que a prudência e a ponderação sejam observadas com sabedoria. O convite à participação de todos é benéfico à Igreja e a todos, sem inclusão e participação gera-se perda e desvio, mas pergunto-me se, neste momento, o convite é feito a todos os membros da Igreja ou a «Todos, todos, todos»?
«Todos, todos, todos» é o mais corajoso, e cristão, desafio que a Igreja pode encarar. Tal como o Papa Francisco, é preciso vencer a resistência à mudança, «sem medo», a permanência congelada num tempo passado afasta-se da vida, do mundo, das pessoas. Esse foi talvez o maior desacerto de Bento XVI. Uma Igreja sinodal é desejável mas tem de estar preparada e positivamente responsiva à divergência que a sinodalidade implica, leigos incluídos, de «Todos, todos, todos», sem isso é o pronúncio de afastamento.
Leão XIV falou de "todos" e a "todos", mas não de e a «Todos, todos, todos» ...

Ou talvez tenha falado e eu não ouvi como devia, com saudades tinha presente a voz, as palavras, a humildade e o esplendor de Francisco



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