O PRESUPOSTO DE "TODOS, TODOS, TODOS"
Nunca, aqui no Real Gana, falei de religião, é tema que considero demasiado complexo e íntimo para "bloguices"; cada pessoa é um mundo, com as suas experiências, concepções de Deus, de Vida e Alma, de Morte e Espírito, de Caminho, de Humanidade, de Fim, de Além,... Cada pessoa é um mundo e cada mundo tem a sua história, evolução, a sua realidade, a sua essência única. A título de mero exemplo, não creio que o Papa Francisco e o Dalai Lama sejam pessoas essencialmente diferentes, ambos são seres de Luz com vidas dedicadas à alumiação da alma, no entanto um é teísta o outro não. Poderá haver temática mais íntima?
Nesta acepção, não é de religião que hoje falo mas dessa essência luminosa que raras pessoas transmitem em tudo o que empreendem, na forma como olham, na compaixão que emanam. Raras as pessoas... não é fácil.
Não é fácil sobrepor aos nossos julgamentos, às nossas convicções seculares, essa compaixão imensa e transformadora. Seguir ritos e mandamentos não é o mesmo que projectar Luz, não confere a sábia e nobre aceitação das sombras, as nossas e as alheias. Não é perfeição que nos é requerida...
Com quanta facilidade um estrito cumpridor de ritos e mandamentos manifesta a sua intransigência atirando a primeira pedra...
Vieram estas linhas no encalce de um curto vídeo que me encontrou hoje - 1 minuto de sinceridade e sabedoria - que, nestes dias que estamos passando, fiz questão de aqui deixar. Dispensa explicações e comentários.(É preciso clicar 2 vezes no play)
Deixo também uma pequena "notícia" que li hoje, com ligeiras alterações de forma, não de conteúdo - o original tem erros e terá sido escrito por um "jornalista" do jornal "A Bola" Não foi a ocorrência em si que me tocou mas a personagem que refere: Uma idosa freira, amiga do Papa Francisco e sua visitante assídua, há mais de meio-século que desenvolve um trabalho que, por certo, lhe exigirá uma fé desmedida na Luz e essa sábia e nobre aceitação das sombras alheias, sem pedras a arremessar
"Num dia em que o acesso à Basílica de S. Pedro, onde decorre o velório do Papa, estaria reservado apenas a cardeais, bispos e altos funcionários do Vaticano, a Guarda Suíça, responsável pela segurança, quebrou o protocolo abrindo uma excepção para entrar Geneviève Jeanningros, uma freira de origem francesa com 82 anos que, segundo é descrito em Itália, seria a melhor amiga do Papa Francisco.
Apesar do protocolo impôr que cada visitante esteja apenas alguns instantes diante da urna, foi-lhe permitido permanecer por largos minutos despedindo-se do amigo
A «enfant terrible» que vive numa caravana
A concessão feita pelos guardas justifica-se por Geneviève ser presença habitual no Vaticano, uma vez que às quartas-feiras era comum o Papa recebê-la.
A octogenária, que conheceu o Papa na Argentina, é uma mulher de causas e, há várias décadas, defensora das minorias. Vive numa caravana nos arredores de Roma, trabalha numa comunidade que apoia prostitutas e transsexuais, que muitas vezes a terão acompanhado nas visitas que fazia a Francisco.
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