::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

CRONOLOGIA FINAL DE UM SONHO


Trump chegou ao Reino Unido a 17 de Setembro, foi dormir à residência do embaixador dos EUA e o dia seguinte foi passado com o rei Carlos III.  Foi apaparicado com mimos mas não em Buckingham, foram busca-lo de charrete mas não num coche real em Londres, passeou no exterior com o rei mas protegido pelas muralhas do castelo da família real,  afastado do verdadeiro circo de contestação que reinava na cidade. Por lá almoçou com o rei com quem fez uma visita guiada ao castelo, conversou toda a tarde, foi agraciado com um banquete, mas não gostou da comida (parece que não pediram MacBurguers pela Ubereats). No dia seguinte, 18/09,  antes de regressar aos EUA, encontrou-se com Keir Starmer em Chequers, uma mansão do século XVI e casa de campo oficial do primeiro-ministro  perto de Ellesborough, em Buckinghamshire, sendo poupado à caricatural recepção oferecida povo londrino

Após chegar aos EUA, a 19 Set. , teve de preparar - ou de se preparar com o que o que lhe haviam preparado - para ir discursar às Nações Unidas. Nada de novo aqui, as mentiras do costume, as ameaças costumeiras, o apoio a Israel, nada contra Putin, ataques ferozes contra os aliados - « Os vossos países irão falhar...» -  aliados esses "que compram petróleo à Rússia" -  havia descoberto isso apenas 2 semanas antes - mas têm de deixar de comprar, as 7 guerras infindáveis a que pôs termo... Adiante.
Mas quando deixou a Assembleia da ONU o seu discurso e atitude em relação à Ucrânia e à Rússia alterou-se.... Trump passou de pressionar a Ucrânia para entregar territórios para a hipótese de que é capaz de recuperar todas as suas terras, deixou de enquadrar as negociações como o resultado mais prático e passou a ter uma nova confiança na Ucrânia, quando apoiada pelos seus vizinhos europeus e pela NATO alinhando-se, subitamente, com os países europeus e endossando o abate de aviões russos que violassem o espaço aéreo. Estávamos a 23 de Setembro

E Israel? Sete dias depois da sua presença nas U.N. , a 30 de Setembro, Trump e Netanyahu afirmaram ter concordado com um plano para pôr fim à guerra em Gaza. Nesse dia Trump disse aos jornalistas que daria ao Hamas "três ou quatro dias" para responder ao seu plano, de acordo com o qual , no prazo de 72 horas após a assinatura de todas as partes, o estabelecido entraria em efeito. Seguiu-se o rápido envio de uma delegação americana para o Egipto para ser presente às negociações do acordo.

Nesse mesmo dia 30 de Setembro, a princesa Anne de Inglaterra fez uma "visita surpresa" à Ucrânia a pedido do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Commonwealth e do Desenvolvimento e encontrou-se com Zelensky a quem entregou uma carta. Poderia jurar que a carta não vinha do Ministério dos Negócios Estrangeiros... Sei lá, o rei gosta evidentemente de Zelensky de uma forma muito especial, foi o primeiro a recebê-lo na sua casa em  Sandringham, sem protocolos de Estado, poucos dias após ter sido escorraçado da Casa Branca. 
Como é que isto entra nesta história? Imaginai...


Na manhã de sábado, 4 de Out.,  Trump disse apreciar o facto de Israel ter "interrompido temporariamente os bombardeamentos" (?!?!?!) e insistiu com o Hamas para que avançasse rapidamente com o plano, "ou então todas as apostas serão canceladas".

«Não tolerarei atrasos, que muitos acreditam que acontecerão, ou qualquer resultado em que Gaza volte a representar uma ameaça. Vamos fazê-lo, RÁPIDO. Todos serão tratados de forma justa!»

Palavra chave: "RÁPIDO".  O tempo urge... Trump tem menos de uma semana para cobrir com o esplendor do seu ego o seu desejo mais acalentado, a sua mais volátil ilusão

---------- <0> ----------

O Comité Nobel norueguês faz a sua deliberação final sobre os diversos Prémios Nobel em Outubro de cada ano e anuncia os nomes dos laureados.

O Prémio Nobel da Paz este ano será anunciado a 10 de Outubro

Depois disso já podem voltar a andar ao estalo à vontade, se as coisas não correrem bem, Putin até pode mandar drones para a Noruega e Netanyahu, por mais contrariado que esteja, só tem de manter a calma meia dúzia de dias

E a culpa? A culpa será de Zelensky que não quis ir a Moscovo, de Putin que roeu a corda das negociações, de Netanyahu que não pára os bombardeamentos, do Hamas que não aceita uma retirada por fases e um governo dirigido por Trump, de Carlos III que não telefonou ao rei Harald da Noruega, do Comité Nobel onde são todos de extrema-esquerda, de todos, até do Papa que se mete onde não é chamado. De todos, que não compreendem o quanto ele é um homem bom que odeia guerra e violência.


.

Sem comentários: