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O ARRULHAR DO ABUTRE

 O contexto é claro: mais de 800 generais e almirantes deslocados dos seus postos em múltiplas partes do mundo para ouvir um pombo de asas eriçadas mascarado de falcão a preparar a ablução mental que antecede a mobilização de tropas em solo americano para garantir a aplicação efectiva de Lei Marcial

Não comento o discurso do ex-apresentador de fim de semana da FoxNews, tenho mais o que fazer: pôr uma máquina de roupa a lavar, levar os cães a dar um giro, fazer um chá, ler o livro que está sofregamente a meio.
Deixo os bocadinhos de que mais gostei do monologo de 42 minutos perante uma plateia silenciosa espelhando nas expressões faciais o entusiasmo de um velório. Depois Trump também falou, durante 1hora... A vida militar não é fácil.

Diz o New York Times:

"Análise de Notícias: O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, convocou centenas de generais e almirantes encarregados de gerenciar operações militares complexas em todo o mundo. Receberam uma palestra sobre preparação física e cuidados de aparência. "

Infelizmente é (ainda) mais grave do que isso. Julgai.

«O discurso de hoje é sobre as pessoas e sobre a cultura. O tema de hoje é sobre a nossa natureza, porque nenhum plano, nenhum programa, nenhuma reforma, nenhuma formação será bem sucedida se não tivermos as pessoas certas e a cultura certa no Departamento de Guerra.

Os militares têm sido forçados por políticos insensatos e imprudentes a concentrarem-se nas coisas erradas. Em muitos aspectos, este discurso trata de corrigir décadas de decadência, algumas delas óbvias, outras ocultas, ou, como disse o Presidente, estamos a limpar os detritos, a eliminar as distracções, a abrir caminho para que os líderes sejam líderes. Pode dizer-se que estamos a acabar com a guerra aos guerreiros.

Antes de mais, temos de restaurar uma aplicação implacável, desapaixonada e de senso comum das normas. Não quero que o meu filho sirva ao lado de tropas que não estão em forma ou numa unidade de combate com mulheres que não conseguem cumprir os mesmos padrões físicos das armas de combate que os homens, ou tropas que não são totalmente competentes na plataforma de armas ou na tarefa que lhes foi atribuída, ou sob o comando de um líder que foi o primeiro mas não o melhor.

Tudo começa com a aptidão física e a aparência. Se o Secretário de Estado da Guerra pode fazer exercícios físicos regulares, todos os membros da nossa força conjunta também podem. Francamente, é cansativo olhar para as formações de combate, ou mesmo para qualquer formação, e ver tropas gordas. Da mesma forma, é completamente inaceitável ver generais e almirantes gordos nos corredores do Pentágono e a liderar comandos em todo o país e no mundo. É um mau aspecto. É mau, e não é o que nós somos.

Isto também significa normas de apresentação. Acabaram-se as barbas, os cabelos compridos, a expressão individual superficial. Vamos cortar o cabelo, rapar a barba e cumprir as normas. Em termos simples, se não se cumprem as normas físicas masculinas para posições de combate, se não se consegue passar num teste de PT ou se não se quer fazer a barba e ter um aspeto profissional, está na altura de mudar de posição ou de profissão.

Qualquer lugar onde os padrões físicos experimentados e verdadeiros foram alterados, especialmente desde 2015, quando os padrões de armas de combate foram alterados para garantir que as mulheres pudessem qualificar-se, devem retornar ao seu padrão original. Se as mulheres conseguirem, excelente. Se não, é o que é. Se isso significa que as mulheres não se qualificam para alguns empregos de combate, que assim seja. Não é essa a intenção, mas pode ser o resultado. Assim seja. Significará também que os homens fracos não se qualificarão, porque não estamos a brincar. Isto é combate. Isto é vida ou morte.

Claro que, por vezes, vamos discordar. Não seríamos americanos se não o fizéssemos. Ser um líder numa grande organização como a nossa significa ter conversas francas e diferenças de opinião. Ganharão algumas discussões e perderão outras.  Mas quando os líderes civis dão ordens legais, nós executamos. Somos profissionais da profissão das armas. Todo o nosso sistema constitucional assenta neste entendimento.

Também não combatemos com regras de empenhamento estúpidas. Desamarramos as mãos dos nossos combatentes para intimidar, desmoralizar, caçar e matar os inimigos do nosso país. Acabaram-se as regras de empenhamento politicamente corretas e prepotentes, apenas bom senso, máxima letalidade e autoridade para os combatentes. Deixamos que os nossos líderes lutem com as suas formações e depois protegemo-los. É muito simples, mas incrivelmente poderoso. Há alguns meses, eu estava na Casa Branca quando o Presidente Trump anunciou o dia da libertação da política comercial dos Estados Unidos. Foi um dia marcante. Bem, hoje é outro dia de libertação, a libertação dos guerreiros da América, em nome, em actos e em autoridade. A vossa vida é matar pessoas e partir coisas. Não são politicamente corretos e não pertencem necessariamente à sociedade educada.»
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Quanto ao outro, o gordo de maquilhagem cor-de-laranja que foi lá dar lições aos militares de topo:

ABC NEWS:

<<Na terça-feira, o presidente Trump falou aos  generais de topo do exército sobre os seus  controversos planos de enviar tropas para as "perigosas" cidades democratas argumentando: "Estamos sob invasão de um inimigo interno".>>

AS TOUPEIRAS

Ao longo da última década tem vindo a ser constatado e provado que são os partidos da direita, tão radical quanto lhes é permitido assumir perante a maioria dos seus potenciais eleitores, que defendem a política - e agenda - internacional de Putin ou, no mínimo, os que se abstêm de o atacar, de referir o assunto.  Lá no fundo nem são "as políticas" que defendem, ainda que haja umas tantas que lhes agradam, no fundo é algo muito pior do que "as políticas", é o vil metal e os meios de desinformação aplicados às suas campanhas, causas e ascensão. Em duas palavras: dinheiro e embuste, as mais valias auferidas pela vénia, elogio ou o mero silêncio no que toca ao rei do Kremlin

Nesta altura, perante a evidência, ainda há quem não reconheça, ou não queira reconhecer, esta implícita relação de compra e venda, de benefícios mútuos advindos da cooperação e da não hostilização.

Alguns são absolutamente evidentes, como os casos de Órban ou de Fico, outros são mais restringidos por razões diversas, como o caso de Trump, porque mais (ainda) não pode,  de Le Pen, de Chrupalla/Weidel, porque ainda lá não chegaram. Demais há que primam pela discrição, pelo silêncio que sinala a abertura a propostas sem opor resistência às cintilantes tentações. Um dia virá...

Considerando a história, o back-ground, a cultura intrinsecamente democrática, os valores colectivos inerentemente liberais, à esquerda e à direita, é espantoso como este tipo de convicções - porque nem de ideologia se trata - consegue propagar-se numa sociedade como a britânica.

Outras há, sim, mas o caso britânico é particularmente chocante. Ver ascender um partido que tem nas suas fileiras, com voz activa e propagada, quem defenda que o Reino Unido deveria ter aceite a "oferta de neutralidade" feita por Hitler em vez de o ter enfrentado numa guerra... Isto na terra de Churchill, na terra de Jorge VI, que se viu atirado para uma coroa que nunca quis por devoção à sua pátria, ao seu povo e à Liberdade na Europa. É escandaloso, é revoltante, é ofensivo. E é crescente.
Há razões para que tal suceda...
Claro que há, mas não as evocadas pelos seus propagadores propagandistas. A cartilha é sempre a mesma, o apelo à revolta, à raiva contida e oprimida pelas mais distintas causas, muitas delas meramente pessoais, frustrações, dificuldades, e um desejo de supremacia nem que seja espelhada num líder que represente uma autoridade que cada um não consegue exercer por si mesmo.

Farage aproveitou essa brecha. Farage é um exímio aproveitador.
E, como todos os que se regem por essa cartilha, um descarado trapaceiro

Farage teve a sorte de lhe sair ao caminho os 51,9% do Brexit; teve a sorte de ter ascendido ao governo uma senhora bem intencionada mas sem a menor garra para fazer frente às hercúleas tarefas que enfrentava: o brexit de um lado e a traição interna do seu correligionário Boris do outro. Depois... Depois a sorte continuou bafejando Farage: o apoio discreto de Putin e  um primeiro-ministro artolas, infantil e insubordinado que fez da rebeldia a sua imagem de marca, do despenteado à governação; os independentes e conservadores moderados refugiaram-se nos Trabalhistas que puseram fim à liderança absurda de Corbin, os conservadores mais radicais engrossaram as fileiras do UK Reform. Farage deu pulos de contentamento. Putin também.

A ameaça, mais do que isso, o perigo que encarna esta situação transpõe as fronteiras do Reino Unido, é uma situação gravíssima para a Europa - para a Ucrânia -  particularmente se tivermos em conta, como devemos ter, a instabilidade política de Macron fustigado à extrema-esquerda e à extrema-direita, pelas mesmíssimas razões.

E há pessoas que, de absoluta boa-fé, vão nisto acreditando defender a "sua reclusão nacional", coisa que não existe no mundo actual, o mais próximo que persiste é a Coreia do Norte, tanto quanto a China o permitir, e o Irão, socialmente medieval; Acreditando salvaguardar a sua liberdade individual e identidade cultural não se apercebem de que essas serão as primeiras a ser submergidas e manipuladas por um poder que se sonha imperialista e expansionista. Uma "Nova Ordem Mundial" renovada, uma que deponha todos os princípios cimentados internacionalmente após  a segunda guerra mundial

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PRIORIDADES INCONFESSAS


Nos céus territoriais da NATO o carniceiro do Kremlin multiplica provocações, cria instabilidade, aguarda um confronto "não provocado"

Sistemas velados posicionam-se  

Base das Lages, Açores - 25 de Setembro/ 25 
O B1, a fortaleza voadora supersónica e multifacetada decola nas Lages

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Enquanto isto... 
O secretário da Defesa norte-americano e ex-apresentador do Fox & Friends Weekend, o homem que se estreou a 13 Fev.25,  na  reunião dos Ministros da Defesa da NATO em Bruxelas dizendo:
«Trump é o único capaz de obter a paz. Trump e Putin é que vão conversar "intimamente" ( a expressão não é minha). A Europa não tem cabimento nestas conversações e a Ucrânia tomará conhecimento quando for preciso»; 
O homem que no dia seguinte, 14 Fev.25, na Conferência de Segurança de Munique, achou por bem dar lições de democracia aos europeus:
«A Europa recua em relação a alguns dos seus valores mais fundamentais! Se estão a fugir com medo dos vossos próprios eleitores, não há nada que a América possa fazer por vocês."  
"Cedam às forças que devem tomar o comando, não se oponham à manipulação dos povos, colaborem e manterão o vosso poder e o nosso apoio."  
"A ameaça que mais me preocupa em relação à Europa não é a Rússia, não é a China, não é nenhum outro actor externo. O que me preocupa é a ameaça que vem de dentro. O recuo da Europa em relação a alguns dos seus valores mais fundamentais, valores que partilha com os Estados Unidos da América.»

É o homem, o secretário da Defesa norte-americano que, neste contexto internacional, considera oportuno e inadiável ordenar que centenas de oficiais militares de alta patente, generais e almirantes, se dirijam a Quântico, à base dos Marine Corps, na Virgínia, para uma reunião na próxima terça-feira 30/09, cujo motivo não revela apesar de ter sido confrontado com as preocupações de segurança levantadas pela presença de tantos oficiais de alta patente no mesmo lugar ao mesmo tempo.

O porta-voz chefe do Pentágono confirmou que Hegseth "se dirigirá aos seus principais líderes militares no início da semana que vem" mas não respondeu a perguntas específicas sobre o propósito da reunião. 

Trump parecia não saber da reunião quando repórteres o questionaram sobre o assunto durante  a sua presença na Sala Oval esta quinta-feira.

"Estarei lá se me quiserem, mas por que isso é uma questão tão importante?", disse Trump.
“I’ll be there if they want me, but why is that such a big deal?

    Antes de assumir o cargo de secretário de Defesa, Hegseth expressou repetidamente o seu desdém por grande parte do corpo de generais e oficiais superiores das Forças Armadas em serviço; disse que um terço dos oficiais superiores das Forças Armadas são "ativamente cúmplices um movimento em direcção à politização das Forças Armadas e que os oficiais superiores estão "seguem todas as regras erradas" para atender aos ideólogos em Washington, D.C."

Politização das Forças Armadas... diz ele... Atender aos ideólogos...

Enquanto a Europa faz frente a Putin, Hegseth, ou seja, Trump, ou seja Miller, preparam a Lei Marcial nos EUA. Dê por onde der os Democratas não podem vencer Congresso e Senado em Novembro de 26. Neste contexto, o nacional, o nacionalista,  Hegseth terá eventualmente razão: é oportuno e inadiável.

(PS- Ninguém me acreditava quando, no Verão de 2019, eu dizia que ocorreria uma insurreição nos EUA se Trump perdesse as eleições em Novembro.  Trump aprendeu, Miller também, "depois das eleições é mais difícil")




ÓDIO, MENTIRAS E EGO


 O discurso de Trump nas Nações Unidas... Não consigo comentar... Tudo o que dissesse me pareceria aquém do que pensei enquanto o ouvia; tudo o que dissesse desenrolar-se-ia como excessivo - porque não é só o que ele disse, é como disse e as razões que sustentam o "o quê" e o "como". 

Restrinjo-me a três linhas (e um bitaite factualmente agreste *) sem recorrer a exemplos. O resto fica por breves citações da CNN e BBC

“I’m really good at this stuff. Your countries are going to hell”- "Sou muito bom nisto. Os vossos países vão para o inferno."

Um discurso de ódio, raiva e mentiras, muitas mentiras descaradas, profetizando a desgraça de tudo e todos os que se lhe opõem; uma ode ao egocentrismo desmedido, a inconsciente necessidade de cobrir a sua fragilidade e ineficácia no auto-elogio e no calunioso descrédito alheio. 

Bitaite Factualmente Agreste: Furioso até aos tub.. tímpanos porque lhe estão a lixar o "Trump Golden Resort" em Gaza, Trump falou do «reconhecimento unilateral do Estado da Palestina». Unilateral por 158 Estados dos 193 com representação na ONU? 

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In CNN on line - 23/09/2025  -  «Ele (Trump) reconheceu que encerrar a guerra na Ucrânia tem sido mais difícil do que esperava, afirmando que seu bom relacionamento com o presidente russo, Vladimir Putin, não se traduziu em negociações de paz eficazes.

Mas, em vez de direccionar a sua ira para Moscovo, Trump censurou os países europeus por continuarem a comprar produtos energéticos russos.

Disse Trump: "É constrangedor para eles, e foi muito constrangedor para eles quando eu descobri.  Eles precisam cessar imediatamente todas as compras de energia da Rússia. Caso contrário, estaremos todos perdendo muito tempo."

Os países europeus reduziram drasticamente suas compras de petróleo da Rússia desde a invasão da Ucrânia. Dois países, Hungria e Eslováquia, respondem pela maior parte das compras europeias de petróleo russo. »


A opinião de Christiane Amanpour no final do discurso de Trump


«Fiquei realmente abismada com o nível do tom enraivecido que o presidente dos Estados Unidos transmitiu aos seus aliados, principalmente aos seus aliados.

Vamos encarar a realidade.

Se se lembra, no seu primeiro discurso de posse (Trump) falou sobre a carnificina americana.

Este foi um discurso sobre a carnificina global, como ele a vê. Isto, em cada um dos tópicos, foi usado para desferir um golpe de martelo contra quase todas as nações do mundo. Tudo.
Usando o pódio das Nações Unidas para proferir 
teorias da conspiração sobre políticas verdes. Claro que ele está certo sobre a migração descontrolada, ele identificou esse problema.
Mas a maneira como ele fala - « 
Os vossos países irão falhar...»; há muitos países europeus que realmente implementaram padrões europeus em várias migrações que se têm mostrado essenciais ao desenvolvimento e sobrevivência económica desses  países.
Foi um ataque incrível, 
e o que não foi dito, foi como ele iria intervir de facto e usar o poder americano e sua influência, o poder americano único e sua influência, para impedir as guerras que estão acontecendo na Europa e no Oriente Médio. Essas são as maiores questões que assolam o mundo agora, além do clima e certos aspectos da imigração. Mas ele não disse como resolver. Continuou dizendo: «Eu sancionarei Putin quando a Europa sancionar».  Sejamos realistas, os países que compram mais petróleo da Rússia agora são  os amigos mais próximos de Trump, e os aliados mais próximos de Putin: a Hungria de Orbán, a Eslováquia de Fico, e a Turquia de Erdogan. Esses são muito admirados pelo presidente dos Estados Unidos, e estes são os que compram mais petróleo russo agora.

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O próprio Trump expressou impaciência no passado com os líderes israelitas, focados em pôr fim a essa guerra. Mas agora, com base em seus comentários de hoje, não parece que ele esteja impondo quaisquer limites ou qualquer nova pressão sobre Israel para pôr fim a esse conflito, reconhecendo plenamente que, é claro, o Hamas também é um actor importante nisso e é ele quem mantém esses reféns.

Algumas das coisas que ele disse quando estava fora do roteiro escrito encaixavam-se nessa ideia, de carnificina global e teorias da conspiração que condenam ao desastre, ao fracasso. Essas palavras eram dirigidas aos seus aliados.
Digo só mais uma coisa. 
O presidente dos Estados Unidos poderia fazer muita coisa com aliados. É muito, muito difícil para os Estados Unidos tentar alcançar o que o presidente diz que os Estados Unidos querem alcançar sem alianças.

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In BBC online, 23/09/2025  -  «Ao longo de quase uma hora, (Trump) criticou seus oponentes e suas ideias, eliminando-os um a um enquanto viajava pelo mundo. Começou em casa, elogiando os Estados Unidos e a si mesmo. Disse que os EUA viviam uma era de ouro e repetiu sua controversa afirmação de que havia encerrado pessoalmente sete guerras infindáveis, algo que, segundo ele, merecia um Prêmio Nobel da Paz. 

(Sete guerras em 7 meses, entre as quais:
Camboja /Tailândia,   Kosovo /Sérvia,   Congo /Ruanda,   Paquistão /Índia,   
Israel /Irão,   Egipto /Etiópia,   Armênia /Azerbaijão)

Trump afirmou que recusa do presidente Putin em encerrar o conflito "não faz a Rússia parecer boa"; que os EUA estão preparados para "impor uma rodada muito forte de tarifas poderosas" para pôr fim ao derramamento de sangue. Mas os países europeus precisam parar de comprar energia russa, alegando que só descobriu há duas semanas que alguns estavam fazendo isso.
Na prática, Hungria e Eslováquia são os únicos compradores europeus substanciais de petróleo russo.  -  Diplomatas dizem que Trump se esconde por trás disso para não ter que impor sanções secundárias à Índia e à China, que compram enormes quantidades de energia russa barata

Portanto, este foi Trump puro e simples; uma defesa dos Estados Unidos e do Estado-nação, um ataque ao multi-lateralismo e ao globalismo, um fluxo de consciência com afirmações questionáveis.»


CONTACT MI6

"If you know something, say something"


Lançado novo portal da dark web para recrutar espiões para apoiar a segurança do Reino Unido

O chefe cessante do MI6, Sir Richard Moore, anuncia uma nova plataforma - Silent Courier - que facilitará o recrutamento de agentes online pelo MI6
  • «O portal dark web do MI6 ajudará a recrutar novos espiões, oferecendo uma rota segura para o contacto com o Reino Unido.»
  • «Instruções sobre como aceder ao novo portal - Silent Courier - são reveladas enquanto o Reino Unido visa agentes na Rússia e em todo o mundo.»
  • «O anúncio é apoiado pelo maior investimento na Defesa desde a Guerra Fria, garantindo a segurança do Reino Unido e dos nossos aliados.»
«O novo portal da dark web para recrutar espiões para o Reino Unido foi lançado hoje, 19 de Setembro, à medida que o Reino Unido intensifica o seu compromisso com a segurança nacional.

Aproveitando o anonimato da dark web, pela primeira vez a nova plataforma de mensagens seguras do MI6 - Silent Courier - permite que qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo com acesso a informações confidenciais relacionadas com terrorismo ou atividades de inteligência hostis contacte o Reino Unido em segurança e ofereça os seus serviços.

As instruções sobre como aceder ao portal estarão disponíveis publicamente no canal verificado do MI6 no YouTube, enquanto o Reino Unido procura novos potenciais agentes na Rússia e em todo o mundo. O MI6 aconselha os indivíduos que acedem ao seu portal a utilizar VPNs fiáveis ​​e dispositivos não ligados a si para mitigar riscos que existem em alguns países.»


Link ao vídeo com instruções de contacto seguro (em Inglês - disponível em russo, etc)



INDISCRIÇÕES


Voltando uns posts atrás, porque o assunto não morre nem para lá caminha. A 29 de Agosto dizia eu por aqui, o mais discretamente que consegui:

No que toca a Israel, é óbvia a deferência de Trump para com um primeiro-ministro selvagem que defende com unhas e dentes, mísseis e tanques, a sua permanência no poder a bem da sua liberdade pessoal, a bem da imunidade perante os processos judiciais que o ensombram.
Porquê? A geo-política? A geo-estratégia? Não brinquemos com uma questão tão séria e angustiante. A queda de Netanyahu não acarreta a queda de Israel, bem pelo contrário, Netanyahu é reconhecidamente um criminoso de guerra - excepto pelos EUA - que isola o seu país do resto do mundo, que rejeita toda e qualquer proposta de paz, interrompe toda e qualquer negociação, entregando às mãos de terroristas a réstia de vida de reféns israelitas, a réstia de esperança das famílias e amigos que os aguardam há quase dois anos, que faz ouvidos moucos à voz gritante do seu povo

Então?????????

Da Mossad não se fala, é feio. É aliás a penúltima coisa de que Trump quer ouvir falar (a CIA está controlada, o MI6 é civilizado, o FSB... vade retro, não têm razão de queixa...)
.../...

Trump gosta muito de Netanyahu? Hum... Diria que nem por isso; compreende o colete de sarilhos em que está metido, precisa dos amigos dele e...

E da Mossad não se fala, é feio. De Robert Maxwell, oficial da Mossad, cujo corpo repousa no Monte das Oliveiras em Israel, um funeral onde estiveram presentes 6 ex-comandantes da Mossad, não se fala, é inconveniente. Da filha de Maxwell, Ghislaine só se fala do que todos sabem, não do que ela sabe mas só contava à Mossad. De Epstein, o namorado de Ghislaine que, quando não tinha um chavo, trabalhou no escritório de Robert, só se fala das canalhice que fez antes de ter sido "suicidado" na prisão; de como enriqueceu escandalosamente de um dia para o outro não se fala... É segredo.
Ari Ben-Menashe ingressou na Direcção de Inteligência Militar de Israel em 1977. Desempenhou um papel de intermediário no esforço israelita de vender armas ao Irão e estiveram perto da decisão do governo israelita de apoiar os esforços da "Surpresa de Outubro" da campanha de Reagan para garantir que os reféns americanos detidos pelo Irão fossem libertados num calendário que fortalecesse Ronald Reagan e não o então presidente dos EUA, Jimmy Carter.

Ben-Menashe serviu na Direcção de Inteligência Militar até 1987, sob o comando do vice-director, Moshe Hebroni, que sobre ele escreveu: «Ben-Menashe serviu directamente sob o meu comando... Tinha acesso a material extremamente sensível.»

A favor da sua credibilidade e conhecimento de "ficheiros incómodos" é o facto de em 1989 ter sido acusado de tentar vender três aviões militares ao Irão, em violação da Lei de Controlo de Exportação de Armas dos EUA. Após quase um ano na prisão, foi absolvido sem que quaisquer provas tivessem sido apresentadas contra ele.

Ben-Menashe afirmou que Robert Maxwell (pai de Ghislaine e recrutador de Epstein),proprietário dos jornais Mirror Group no Reino Unido, era um agente da Mossad e que em 1986, Maxwell tinha avisado a embaixada israelita sobre o técnico nuclear israelita Mordechai Vanunu, depois de Vanunu e um amigo terem abordado o Sunday Mirror e o The Sunday Times em Londres com informações sobre a capacidade nuclear de Israel. Vanunu foi posteriormente atraído pela Mossad de Londres para ir a Roma onde foi raptado, devolvido a Israel e condenado a 18 anos de prisão. De acordo com Ben-Menashe, o editor estrangeiro do Daily Mirror de Maxwell, Nicholas Davies, trabalhava para a Mossad e estava envolvido no caso Vanunu. Nenhum jornal britânico publicaria as alegações de Maxwell devido à sua reputação "litigiosa".

Em 1992, o jornalista norte-americano Craig Unger, do The Village Voice, escreveu: 
«A sedução de Ben-Menashe começa com uma demonstração do seu domínio da arte dos lendários serviços de informação israelitas. Com um maço de moedas de 25 cêntimos à mão para telefonemas furtivos, navega pelos canais secretos que ligam os espiões de Langley aos seus homólogos em Telavive. As suas análises astutas e revelações alucinantes podem comover até o mais experiente especialista em Médio Oriente»

Muito mais haveria a dizer sobre este ex-agente da Mossad que teve de fugir de Israel e que vive actualmente no Canadá onde escreve livros e negoceia em armas; para apresentação chega e dá uma sólida ideia de quem é o homem que fala no vídeo abaixo. O que diz não é propriamente novidade mas dito por ele tem outro sabor. 
Sem mais.

YES PRIME MINISTER

Com punhos de renda e luvas de boxe

Keir Starmer não é "Sir" por acaso

São 57 segundos que dispensam comentários

Conferência de Imprensa após a reunião com Trump
CHEQUERS, England, 18 Set.2025



IN MEMORIAM

Um dos grandes, um dos maiores




SOBERANIA, IDENTIDADE? SIM, MAS DEIXEM LÁ ISSO AGORA

 Em 2020 o André dizia, encrespadíssimo, que ia exigir a Santiago Abascal, líder do Vox, que retirasse Portugal do "mapa de Espanha" tal como figurava no cartaz da plataforma “España Existe”
Abascal defendia, e defende, a inclusão de Portugal, assim como de Andorra e de Gibraltar, numa Península Ibérica unificada, com o slogan “España existe”, ironicamente sob o lema " Por um governo que respeite a Constituição e a Soberania". 
Pergunto eu, a soberania de quem?

André Ventura diz que irá exigir retirada de Portugal do mapa de Espanha ao líder do Vox- in Jornal Económico, 6 Jan.2020


Pois, mas isso foi em 2020... 

Em 2025, no fim de semana passado, o André foi a Madrid para participar num encontro promovido pelo Vox, o "Europa Viva 25". Líders europeus não estavam por lá muitos mas Viktor Orban não faltou. 

Também não faltou o André, falando em espanhol,  a apelar à prisão do primeiro-ministro espanhol: «Temos de atirar Pedro Sánchez para a prisão, pois é assim que se tratam os criminosos. Para a prisão! Para a prisão!»; Assim, ali, preso e julgado como criminoso enquanto André esfregou um olho. O crime? Bem, o crime não foi especificado, foi nomeado e basta.
E não faltou o elogio fúnebre a Charlie Kirk: «Foi morto porque dizia aquilo em que pensava. Morreu para nos defender e por nós, pelos nossos valores e pela nossa identidade." Mostrou o quanto violentos, o quanto assassinos se podem tornar aqueles que defendem o que a esquerda defende». Não! Foi morto por um miúdo de extrema-direita que vivia obcecado com ele, quanto aos valores e identidade, André, fala por ti.

Então e o mapa? Sim, o mapa de Santiago Abascal?  

Bem, não se pode ter oportunidade para tudo, "first things first", não se vai estragar uma festa tão bonita, com o Santiago tão bem disposto e tão amigo por causa de um desenho. 

A Constituição e a Soberania, os Valores e a Identidade... Isso são outros quinhentos, deixem lá isso agora, hoje é dia de festa e as nossas almas cantam.



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ENQUANTO A EUROPA DORMIA

«A Rússia é um império enorme e antigo que impõe e merece respeito.
Os americanos gostam de mostrar poder e de falar com a voz mais alta.  Quando se trata de governação a nível mundial ainda não estão preparados. Precisam de uma força mais experiente e antiga para os guiar e orientar». Winston Churchill em conversa com Isabel II após o ensaio americano da bomba de hidrogénio em 1952

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10 de Setembro de 2025
Fonte: BBC, entre outras 

 A Polônia abateu drones russos sobre seu espaço aéreo na madrugada de quarta-feira, informação das Forças Armadas polacas, marcando a primeira vez que Varsóvia atacou meios russos desde o início da guerra na Ucrânia. O Comando Operacional das Forças Armadas Polacas declarou que o "espaço aéreo do país foi repetidamente violado por drones,  acrescentando que "foram usadas armas e estão em andamento operações para localizar os alvos abatidos.
Este é um acto de agressão que representou uma ameaça real à segurança de nossos cidadãos"

Foto Reuters
Segundo o Comando Operacional das Forças Armadas Polacas, foram accionados jactos da Polónia e de aliados da NATO em resposta aos ataques com drones e mísseis da Rússia  contra a Ucrânia perto da fronteira polaca. 
Quatro aeroportos na Polónia foram fechados, incluindo o Aeroporto de Varsóvia,  devido a "actividade militar" enquanto os sistemas de defesa aérea e de reconhecimento por radar baseados em terra foram colocados no mais alto nível de prontidão de resposta"

 Warsaw, Poland, September 10, 2025. REUTERS

O ministro da Defesa polaco, Cezary Tomczyk, informou: "O presidente e o primeiro-ministro polacos foram notificados de que uma operação para neutralizar objectos que violaram o espaço aéreo está em andamento. Todos os serviços estão activos".

O primeiro-ministro Donald Tusk confirmou que a operação militar de resposta estava em andamento "relacionada a múltiplas violações do espaço aéreo polaco" e que a Polónia está "em constante contacto com o comando da NATO e as Forças de Defesa Territorial foram activadas"

Estes ataques acontecem após o anúncio feito por Donald Tusk na semana passada:
«Na sexta-feira, manobras russo-bielorrussas, muito agressivas do ponto de vista da doutrina militar, começam na Bielorrússia muito perto da fronteira com a Polônia. Por razões de segurança nacional, fecharemos a fronteira com a Bielorrússia, incluindo as passagens ferroviárias, em conexão com as manobras Zapad na quinta-feira à meia-noite»
Os exercícios militares conjuntos de larga escala russo-bielorrussos Zapad 2 que começaram na sexta-feira, levantaram preocupações de segurança não apenas na Polónia como também nos países vizinhos da NATO, Lituânia e Letônia.

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Nos EUA, que conta com menos 5 horas em Washington relativamente à Europa, o clima é de agitação. O congressista republicano Joe Winston fez um apelo público a Trump; agradeceu aos aliados da NATO,  chamou Putin pelo nome (criminoso de guerra), reclamou a imposição das sanções à Rússia (que permanecem há meses na gaveta da Sala Oval) e o fornecimento de armas à Ucrânia com capacidade de ataque para dentro do território russo. E acrescentou:

«Putin está testando directamente a nossa determinação na defesa do território da NATO. Putin declarou que " A Rússia não conhece fronteiras".  As nações livres e prósperas ensinarão a Rússia acerca de fronteiras »

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A Força Aérea Ucraniana informou na app de mensagens Telegram que drones russos voavam para oeste ameaçando a cidade polaca  de Zamosc e que pelo menos um drone ia em direcção à cidade de Rzeszow. O Aeroporto de Rzeszów-Jasionka, no sudeste da Polónia, que também foi fechado esta noite, tem sido um centro logístico da NATO para a ajuda à Ucrânia, embora os Estados Unidos tenham retirado suas forças da base no início deste ano, e da actual Administração Trump...
Esta informação na Telegram foi posteriormente retirada. A pedido?
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Esta actividade militar na Polónia ocorre menos de uma semana após Putin ter estado na China com Xi Jinping e Kim Jong Un  numa demonstração de unidade entre aliados com várias semelhanças entre si. 
Depois da reunião, a Rússia executou os maiores ataques aéreos contra a Ucrânia desde a invasão há mais de três anos. No último fim de semana utilizou mais de 800 drones no seu maior ataque, até o momento, atingindo pela primeira vez o edifício do governo em Kyiv onde se situa o gabinete do primeiro-ministro e vários ministérios.
Estes ataques, e a reunião na China, ocorreram menos de um mês após a cimeira entre Putin e Trump no Alasca, que terminou sem qualquer acordo mas com vários negócios apalavrados.

Este 10 de Setembro não irá ser um dia como os outros.

Nota de rodapé - Por mero acaso, na véspera deste ataque sub-reptício à Polónia, Netanyahu resolve atacar a delegação do Hamas para conversações de paz no Catar . Parece que estava a adivinhar "Amanhã, americanos e europeus vão ter mais com que se preocupar"

AFINAL HAVIA OUTROS

 Não sei quem é o Rodrigo Martins mas quero agradecer-lhe a primeira gargalhada da manhã. 

Obviamente fui verificar a veracidade do que afirma, como faço sempre que possível; a mais directa e sucinta confirmação é esta:


Foi Carlos Moedas quem decidiu externalizar a manutenção dos equipamentos da Carris?

Deixo-vos o que  escreveu Rodrigo Martins: 

«Pedro Nuno Santos, acompanhado por enorme coro de socialistas, a criticar Carlos Moedas, actual presidente da Câmara de Lisboa, pela manutenção do elevador da Glória ter sido retirada à CARRIS, empresa pública, para entregar a uma empresa privada!

Ora acontece que não foi Carlos Moedas que retirou a manutenção da CARRIS e tb não foi Carlos Moedas que entregou a manutenção à actual empresa!

Quem retirou a manutenção da CARRIS para a entregar a empresas privadas, foi António Costa, do PS, e quem entregou a manutenção à actual empresa, foi Fernando Medina, também do PS!

Mais uma vez, PNS, e a malta do PS, a mostrarem ao país, que na fina arte da lata, da hipocrisia, da memória selectiva, e da infinita falta de vergonha, ninguém lhes chega sequer aos calcanhares!!!»  - Rodrigo Martins

Só acrescentaria a este último parágrafo, dedicado às artes, uma outra, a arte das negociatas,  tão a gosto geral do grupo mas de particular mestria de Costa, conjugando-a com a arte de fidelizar lealdades, e de Medina, que a pratica associando-a à arte de lucrar uns cobres



G'ANDA MULHER!

Durante o jogo entre o Kolos e o Sisters, para o campeonato de futebol feminino da Ucrânia, a árbitra Anastasiia Romaniuk deu um cartão amarelo à jogadora Iryna Maiborodina, do Odessa,  advertindo-a por falar russo.

 «Nós não falamos a língua da Rússia aqui, isto é o Campeonato Ucraniano. Cartão amarelo por discordância. E eu pedi à jogadora para falar ucraniano. Isto é o Campeonato Ucraniano»


 

8 DE SETEMBRO

 

London Underground 


HOJE, SÓ DUAS PERGUNTAS


- Quando o ministro dos Negócios Estrangeiros dos EUA tem esta expressão e suspira profundamente quando o presidente conta a sua versão dos factos e anuncia as suas intenções, será que devemos preocupar-nos ou poderemos dormir descansados?

 

Março de 2014,  após a anexação da Crimeia - Senado: "Temos de ajudar o povo ucraniano"

Rubio Campaign Press Release
Rubio recordou aos senadores que em 1994 a Ucrânia tinha acordado abdicar do seu arsenal nuclear em troca da garantia de segurança por parte dos EUA, do Reino Unido e da Rússia, alertando que a recusa em defender Kiev poderia levar outros países vulneráveis ​​a reconsiderar a nuclearização.

"Acredito que o que primeiramente e mais importante precisamos fazer é ajudar o povo ucraniano e o Governo interino da Ucrânia a proteger a soberania da sua nação. Penso que a mensagem que isto está a enviar a muitas nações do mundo é que talvez já não possamos contar com as promessas de segurança feitas pelo mundo livre, isto tem implicações em todo o mundo". 

 

Outubro de 2015: "Putin será tratado pelo que é: um gangster e um bandido"- Campanha presidenciais 2016

"Assim que assumir o cargo, agirei rapidamente para aumentar a pressão sobre Moscovo. Sob a minha administração, não haverá súplicas para reuniões com Vladimir Putin. Ele será tratado pelo que é: um gangster e um bandido."

 

Janeiro de 2017: "Será Putin um criminoso de guerra?" - audição de confirmação de Tillerson,

Depois das eleições de 2016, Trump nomeou Rex Tillerson, ex-CEO da ExxonMobil, como secretário de Estado. Durante a audição de Tillerson, Rubio questionou o nomeado

Rubio: "Será Valdimir Putin um criminoso de guerra?".
Tillerson: "Eu não usaria esse termo"
Rubio: "Não deveria ser difícil dizer que Vladimir Putin é um criminoso de guerra e acho desanimador a sua incapacidade de citar isto, que acredito ser globalmente aceite".


Março de 2022: "Apoiaremos os ucranianos enquanto estiverem dispostos a lutar"- MSNBC.

Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em Fevereiro de 2022, Rubio pediu ao governo de Biden que transmitisse uma mensagem contundente sobre o apoio a Kiev.

"Não importa o que aconteça, precisamos sempre de ter um Estado ucraniano real e legítimo com o qual tenhamos uma relação Temos de começar a dizer abertamente que os apoiaremos enquanto estiverem dispostos a lutar, mesmo que seja apenas uma insurgência."

 

Rubio, Secretário de Estado na segunda administração Trump 

Fevereiro de 2025: ‘Acho que Zelenskyy devia pedir desculpa por desperdiçar o nosso tempo’- W.H.

“Não havia necessidade de Zelensky entrar e tornar-se antagónico. Acho que ele devia pedir desculpa por estar a fazer-nos perder o nosso tempo com uma reunião que ia terminar daquela forma.”
Quando Kaitlan Collins (CNN), lembrou Rubio de que ele atacou Putin como sendo um “criminoso de guerra”, ele respondeu:
“Neste momento, como secretário de Estado, o meu trabalho para o presidente é trazer a paz, pôr fim a este conflito e a esta guerra... Penso que devemos estar muito orgulhosos e felizes por termos um presidente cujo principal objectivo não é entrar em guerras, mas sim preveni-las e sair delas.”

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2ª pergunta:  Rubio aflige-se, suspira, tem plena consciência da catastrófica política internacional de Trump, não só com a Ucrânia/Rússia mas com a Europa, com Israel, com a Índia,  com a China... agora nem a Coreia do Sul escapa.  Por que não se demite? Para não ser substituído por alguém pior? Poderia ser SE não se vergasse a tudo o que lhe é exigido; Por que se verga Rubio?



ETHOS DE GUERRA



 Sem limites, sem prudência, sem legalidade, sem decoro, sem integridade.


Há dias que o Capitólio sob pressão para fornecer uma justificação legal para o ataque, e assassinato sem precedentes, de 11 alegados traficantes de droga pelo exército dos EUA. De onde veio a informação? Como identificaram o pequeno barco? Qual a razão por que foi usada força letal contra civis?  Trump  contornado os legisladores e fornecido uma salada de justificações perante as câmaras sem responder às  sérias questões sobre a legalidade do ataque, segundo especialistas jurídicos e membros do Congresso.

Na sexta-feira o Departamento de Defesa - nesse dia renomeado "Departamento de Guerra" pelo presidente, embora só o Congresso tenha o poder de o fazer -  cancelou abruptamente os briefings confidenciais que deveria fornecer a vários comités do Congresso e do Senado. Parlamentares e funcionários esperavam colocar questões às autoridades sobre a justificação legal para o ataque e obter detalhes básicos como qual a unidade militar que conduziu o ataque, que tipo de munições foram utilizadas, o tipo de recolha de informações que levou à determinação das identidades e intenções das pessoas a bordo.

Os responsáveis ​​governamentais têm argumentado que as 11 pessoas na lancha que os EUA fizeram explodir em águas internacionais nas Caraíbas eram alvos militares legítimos, eram membros de um gangue criminoso venezuelano, o Tren de Aragua, que Stephen Miller classificou como uma organização terrorista. 

Miller é vice-chefe de gabinete na Casa Branca e conselheiro dilecto de Trump; não foi eleito, não tem responsabilidades atribuídas, não tem legitimidade alguma para classificar seja que organização for como terrorista - classificação que aliás obedece a parâmetros claramente estabelecidos na lei internacional

«Nicolás Maduro é um traficante de droga indiciado portanto, é um cartel de droga que governa a Venezuela. Este é um ponto muito importante. Não é um governo, é um cartel de droga. Durante gerações, utilizámos as nossas forças armadas em ações contra terroristas no Médio Oriente e em África, deixando ilesos os terroristas no nosso hemisfério, responsáveis por muito mais mortes de americanos.»

Miller é provavelmente a mais tenebrosa figura à beira de Trump, batendo mesmo aos pontos o desabrigado Steve Bannon, mas não é estúpido, sabe perfeitamente que, em termos legais, é necessário -ou, nesta altura do campeonato, apenas de "bom tom" - justificar o arbitrário ataque a uma lancha civil. A designação de "grupo terrorista" é uma tentativa esperta, mas insuficiente

Em 2001, o Congresso deliberou explicitamente que os EUA estavam em guerra com a Al-Qaeda, classificando-a oficialmente como combatentes que os EUA têm permissão legal para matar, tanto pela legislação nacional como internacional. Tal não ocorreu com o Tren de Aragua. A designação do grupo como organização terrorista estrangeira pela legislação americana confere ao presidente a autoridade para impor sanções financeiras e legais, mas não autoriza o uso de força letal.Em 2001, o Congresso deliberou explicitamente que os EUA estavam em guerra com a Al-Qaeda, classificando-a oficialmente como combatentes que os EUA têm permissão legal para matar, tanto pela legislação nacional como internacional. Tal não ocorreu com o Tren de Aragua. A designação do grupo como organização terrorista estrangeira pela legislação americana confere ao presidente a autoridade para impor sanções financeiras e legais, mas não autoriza o uso de força letal.
O presidente tem a autoridade, ao abrigo do artigo II da Constituição, de usar a força militar quando é do interesse nacional e quando não constitua "guerra" no sentido constitucional, o que exige uma autorização do Congresso. Governos anteriores interpretaram estes padrões de forma bastante ampla especialmente na guerra contra a Al-Qaeda, o ISIS e outros grupos terroristas islâmicos; MAS eram reconhecidamente "Grupos Terroristas" reconhecidos internacionalmente com provas dadas e largamente divulgadas. 
A equipe de Trump alegou que, neste caso, o presidente estava a exercer os poderes inerentes ao artigo II. 
Está bem... ao abrigo de que provas e informações? E por que não comunica esses dados ao Congresso, bem pelo contrário, cancela os briefings confidenciais?

 Este poder exige que o presidente estabeleça que os seus alvos são alvos militares legítimos, que devem ser tratados como combatentes, tanto pelo direito internacional como pelo nacional. Membros dos cartéis e traficantes de droga têm sido tradicionalmente tratados como criminosos nos devidos processos legais, não como combatentes inimigos

A polémica foi tanta em torno da legalidade, e consequências, deste ataque letal que, na sexta-feira, Trump enviou uma carta ao speaker do Congresso e ao presidente pro-tempore do Senado, notificando formalmente o Congresso sobre o ataque, mas não ofereceu detalhes nem  listou Tren de Aragua nominalmente como alvo, apenas fez a vaga alegação da sua autoridade ao abrigo do Artigo II.

Brian Finucane, ex-advogado do Departamento de Estado especializado em questões de "poderes no âmbito de guerra", destacou a admissão de Rubio, secretário (ministro) do Departamento de Estado, de que o barco poderia ter sido interceptado em vez de destruído — como sempre foi feito no passado — mas  o presidente ordenou um ataque letal como primeira opção, não como última.

 Um antigo advogado do Pentágono que deixou o Governo nos últimos meses, disse: «Qualquer argumento remotamente plausível a favor da autoridade inerente do comandante-chefe para tomar medidas militares exigiria a demonstração de que não há alternativa à força letal. Para reivindicar uma ação defensiva tem de se estabelecer que foi necessária e proporcional. Há uma palavra para o assassinato premeditado de pessoas fora do contexto de um conflito armado...»

O professor Michael Becker, do Trinity College Dublin, disse à "BBC Verify" que as acções norte-americanas "expandem o significado do termo (organização terrorista) para além do seu limite".

«O facto de as autoridades norte-americanas descreverem os indivíduos mortos pelo ataque como narco-terroristas não os transforma em alvos militares legítimos. Os EUA não estão envolvidos num conflito armado com a Venezuela ou com a organização criminosa Tren de Aragua. O ataque não só parece ter violado a proibição do uso da força, como viola o direito à vida, previsto no direito internacional dos direitos humanos.»

O professor Moffett afirmou que o uso da força neste caso pode ser equiparado a uma "morte arbitrária extrajudicial" e "uma violação fundamental dos direitos humanos". 
«Rotular todos como terroristas não os torna alvos legítimos e permite aos Estados contornar o direito internacional». In BBC News

O direito internacional proíbe o assassinato deliberado de civis, mesmo no contexto de um conflito armado. O direito interno, por sua vez, proíbe assassinatos unilaterais e premeditados de alvos não militares. 

Ainda na sexta-feira, no Salão Oval, Trump foi questionado sobre o que aconteceria se os jactos venezuelanos voltassem a sobrevoar embarcações norte-americanas.
Trump olhou para o general ao seu lado e disse-lhe: «Podem fazer o que quiserem, se a situação se agravar façam o que quiserem» 

Assim falou o presidente dos Estados Unidos, o Comandante em Chefe das Forças Armadas - «Façam o que quiserem». 

Isto é suposto ser tido como "normal"?

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Não me passa pela cabeça defender Maduro, por todas as razões que assistem quem é, o que faz e quem apoia e mais a primeira: Maduro falsificou os resultados eleitorais e usurpou a presidência.( Trump deverá ter uma profunda compreensão sobre os motivos que levam alguém a cair tão baixo para se elevar acima do que é e representa).
A questão não é Maduro, nem os carteis de droga nem nada do que possa ser evocado por Trump e sus muchaxos.

A questão é primeiro prática e depois futura; 
Na prática, Trump precisa de uma distração, popular e mediática, uma que resulte perante o Capitólio e os diversos governos federados. Uma que afaste da ordem do dia as contestações, exigências e ilegalidades que vem praticando descaradamente, diariamente. As tropas nas ruas, as ameaças aos governadores e juízes, o desrespeito pelas normas e avisos do Banco Federal e, por último mas não em último, a exigência, popular e do Congresso, de publicação da totalidade dos dossiers Epstein... Aquilo que será, sobre todas as coisas gravíssimas e inconfessáveis que tem feito, a "morte do artista" .

Mais. Num futuro que se vai aproximando mês a mês, Trump precisa da iminência de um estado de guerra, uma que possa ser activada ao primeiro sinal de necessidade, qualquer uma lhe serve desde que não esteja em conflito com os seus interesses pessoais; a Venezuela dá jeito: está perto, é  militarmente frágil, a Rússia não está em condições de ajudar,os europeus têm mais com que se preocupar e o petróleo saía-lhe mais barato. 
Também está a preparar com afinco a declaração de Lei Marcial mas pode não ser suficiente, encontra-se muito regulamentada, demasiado para o seu gosto. Uma guerra à beira de uma ordem pelo telefone, sem complicações nem justificações a intrometer-se, é a salvaguarda perante umas eleições que não pode perder. 
Novembro de 2026 não está assim tão longe e as perspectivas não são as melhores nem tendem a melhorar, a crise económica anuncia-se, faltam trabalhadores na base da cadeia alimentar, a contestação nas ruas e nos tribunais sobe de tom, o Capitólio, pela primeira vez, mostra-se incerto, a MAGA já não é o que foi e quer os dossiers Epstein.

Voltando por um momento à alteração do "Departamento de Defesa" para Departamento de Guerra": 
A mudança de nome para Defesa em 1949, 4 anos após o fim da II Guerra Mundial,  não foi um exercício de branding, foi um acto simbólico para o mundo de que os Estados Unidos defendiam a paz pela força, não a agressão. 

As palavras, que se pretendem aterradoras e o são pelo menos na intencionalidade,  ditas pelo ex-apresentador de fim de semana na FoxNews,  Pete Hegseth, agora Secretário de Guerra: 

«Esta mudança de nome não se trata apenas de renomear, trata-se de restaurar. As palavras importam. É restaurar, como nos orientou, Sr Presidente, restaurar o ethos do guerreiro, restaurar a vitória, a clareza como estado final. Restaurar a intencionalidade no uso da força. Sob a sua orientação, Sr. Presidente, o Departamento de Guerra vai lutar decisivamente, não em conflitos intermináveis, vai lutar para vencer, não para não perder. Vamos partir para o ataque, e não apenas para a defesa. Máxima letalidade, e não a legalidade morna»

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Sem limites, sem prudência, sem legalidade, sem decoro, sem integridade.

ENQUANTO CAI UM IMPÉRIO...

 

Washington DC - As milícias do gajo, pró-gajo. Células de egos inchados e famintos de poder de rua, mascarados de "autoridade" (é suposto ser crime...) 

No final do segundo vídeo, com as tarjas azuis, aparece um polícia a sério, os impostores metem-se todos no carro e ala, que-se-faz-tarde. 
É a "isto" que Trump bem entrega a "Lei e Ordem" na América; o Pentágono a um apresentador vicioso da FoxNews, a Segurança Nacional a uma discípula de Putin, a Saúde a um confesso amante de heroína e cocaína a quem restam três neurónios que discutem entre si, os Negócios Estrangeiros a um invertebrado que desdisse, e desdiz, tudo o que afirmou e defendeu antes de ir para o governo, e o outro, e a outra, e mais o outro, como nunca, nunca se viu

 

California rural -1,2 /Colorado-3
Dois homens embebidos em dignidade, um chefe de polícia, um sobrevivente do holocausto

Enquanto isso... 

Um Modi, bem disposto de mão dada com Putin - literalmente - atirado para os braços dos dois maiores ditadores do mundo (direi mesmo 3, o Kim-Coreia também lá vai ver a parada militar). Ao fim de 7 anos em que Modi não pôs os pés na Shanghai Cooperation Organization (SCO), Trump conseguiu a reaproximação. Notável. 
Xi e Putin irão enviar flores a Trump acompanhadas de cartõezinhos de agradecimento com uma cercadura de corações ❤️❤️❤️
A Organização de Cooperação de Xangai  foi criada em 2001 pela China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.  É uma organização euro-asiática de segurança política e económica com aspirações militares composta por dez Estados-membros. 
Em  2017, seis meses após Trump tomar conta da presidência pela primeira vez,  passou -  significativamente -  a  incluir a Índia e o Paquistão, Estados aliados dos EUA. O Irão aderiu  em Julho de 2023, dois meses e pouco antes do ataque do Hamas a Israel, a Bielorrússia em 2024. 
Numerosos países estão envolvidos como parceiros de diálogo, entre eles vários aliados dos EUA (Catar, Arábia Saudita, EAU...); outros já requereram os estatuto de membros, entre eles Israel... Israel!
Xi reclama-se como o líder da Nova Ordem Mundial emergente e, por mais estorvo que isso possa causar, tem todas as razões para o fazer.
Não estou a ver JD Vance na frente de Xi a esgoelar-se : "You didn't say Thank You to president Trump", no entanto é um agradecimento mais do que devido. 
A grandiosa parada militar que Xi preparou para 3 de Setembro será a primeira  a contar com a presença dos líders da China, Rússia, Coreia do Norte e Irão. Até agora pouco ou nenhum envolvimento quadrilateral existiu entre os quatro. Ao reunir estes intervenientes, estes concretamente com tudo o que os caracteriza, Xi sinaliza que pode definir as regras sobre quem deve ser considerado aceitável pela comunidade internacional, independentemente do que o Ocidente democrático ou os EUA possam pensar. Este é um momento único, significativamente marcante e que exige acção por parte dos EUA. Ficamos à espera...

Transcrição traduzida do vídeo abaixo

O Presidente Putin, que já se encontrava em Pequim para a reunião da Organização de Cooperação de Xangai, passou o dia com amigos, incluindo o líder eslovaco, que, apesar de ser membro da UE, simpatiza com a Rússia
Putin: «Vemos constantemente a histeria crescente alegando que a Rússia planeia atacar a Europa. Penso que as pessoas sãs compreendem que isto é uma provocação ou uma completa incompetência, porque qualquer pessoa sã compreende claramente que a Rússia nunca teve a intenção de atacar ninguém. Não tem essa intenção agora e nunca terá. »
O senhor Putin também tomou chá com o seu anfitrião e declarou-se amigo para sempre, o líder chinês, que usou a guerra na Ucrânia como forma de separar o sul global dos EUA e da Europa. Caminharam e conversaram. As reuniões e o espetáculo de amanhã são para demonstrar uma liderança global alternativa, enquanto o Presidente Trump impõe tarifas arbitrárias e retira os Estados Unidos de organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde.
Entre os 26 chefes de Estado estrangeiros que estarão em Pequim amanhã, o presidente Massud Peshkan, do Irão, o líder do Zimbabué, Emerson Manangagwa e Nicolás Maduro, da Venezuela, que hoje mostrou um telefone Huawei que, segundo ele, o líder chinês lhe deu para evitar os americanos.
O desfile militar de amanhã comemorará a derrota do Japão em 1945 como uma vitória soviética e chinesa, e não uma vitória aliada. 
A China perdeu cerca de 20 milhões de pessoas na guerra e a União Soviética cerca de 27 milhões, a maioria civis. Há 10 anos, os chineses realizaram um desfile para assinalar o 70º aniversário. Amanhã exibirão um exército modernizado e muito mais letal. Uma mensagem para os aliados e rivais, como convém a uma superpotência que projecta o seu poder económico e militar pelo mundo.
Lindsey Hilson (Channel 4):  A juntar-se a mim está agora Henrietta Levine, investigadora sénior em estudos sobre a China no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. Foi directora para a China no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. Muito obrigada por se juntar a nós esta noite. 
Quer dizer, as imagens foram poderosas. Vimos Putin de mãos dadas com  Narendra Modi, o recluso Kim Jong-un a viajar para estar ao lado do presidente Xi. Para além das imagens, para além do simbolismo, há substância nisso? 
Henrietta Levine: A China tem tentado construir uma ordem mundial alternativa que desloque a liderança dos EUA, começando na sua região e alcançando um campo mais vasto há muitos anos. Vemos Pequim a tornar-se muito mais confiante à luz da cúpula em Tanzin, e penso que veremos mais disso no desfile desta semana, vemos a China a dizer em voz alta o que tem ocorrido em silêncio. O Presidente Xi anunciou uma nova iniciativa de governação global, que a China pretende liderar, na reunião de SEO.  Os líderes nesta cimeira anunciaram algumas iniciativas tangíveis. Anunciaram um novo banco de financiamento para o desenvolvimento que a SEO irá gerir. Mas a verdadeira notícia aqui é sobre a capacidade da China de angariar apoio para esta visão alternativa de ordem mundial e para deslocar a liderança dos EUA.
Lindsey Hilson (Channel 4): Sobre este deslocamento da liderança dos EUA, quanto isso se deve à abordagem algo errática de Trump em relação à política externa? Obviamente, tem atirado com tarifas sobre os países, este isolacionismo cada vez mais agressivo... Estará isto a representar uma jogada estrategicamente deficiente para os EUA e a favorecedora da China?
Henrietta Levine: A China tem tentado construir um mundo mais amigável para com o seu sistema político autoritário, que lhe permita fazer o que quiser com os seus vizinhos e que deslocará a liderança dos EUA. Isto não é novidade, isso não foi criado por Washington. Mas estão a ver muito mais sucesso nesse esforço como resultado da decisão de Washington de abandonar e desrespeitar alguns dos seus parceiros mais críticos, especialmente na vizinhança da China. Quando se trata da relação EUA-Índia, por exemplo, vimos nas últimas semanas, uma espantosa deterioração da parceria EUA-Índia - que tem vindo a ser construída por republicanos e democratas em Washington há décadas. O enfraquecimento destes laços permite que Pequim realmente avance com o seu antigo projecto de ordem mundial. Assim, à medida que o Presidente Trump se retira de alguns destes espaços, a China entra em cena.

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Putin e Netanyahu são, presentemente, as mais tenebrosas entidades do mundo; 
A verdade é que ambos são empoderados e fortalecidos por Trump. 
E ambos possuem Trump devido ao seu asqueroso e corrupto percurso de vida. 
Em termos de impacto no mundo inteiro, Trump é a mais tenebrosa das almasperdão, das entidades, ninguém projecta tantas sombras quanto ele 
Nada a acrescentar.