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O VIPERINO

 O vício deu-lhe conta dos neurónios... 

A sorte dele é que tinha muitos, restam-lhe uns quantos, ainda fala, fala que se farta, só não fala quando devia falar mas isso não é por incapacidade, é porque lhe dá jeito, ou porque não lhe dá jeito

Quando fala é venenoso, venenoso como um escorpião, está-lhe na massa do sangue, não resiste, é mais forte do que ele

Eu sei de onde lhe vem a força... Tem uma necessidade patológica de se sentir amado, engrandecido: o mais inteligente, o mais culto, o mais querido... e o mais... (como é que se diz "sacana" em linguagem polida? Canalha? Pervertido?) Ele sempre quis ser o número 1 mas mesmo com a vantagem do berço e da educação não lhe foi fácil, fartou-se de esgravatar, de trair, de se chegar à frente. Coitado, tantas vezes vencido. Nasceu filho único mas  apenas por um mandato de 4 anos, depois apareceu um fedelho, depois outro... O pai não tinha tempo para o aturar, a mãe tinha uma vida social muito activa. Que chatice! O petiz ressentiu-se, sofreu, até chumbou a 4ª classe do ensino primário. Deve ter jurado que nunca mais, nunca mais alguém se iria rir dele. 

O rapaz era esperto, aprendeu truques, cresceu no meio, recebeu conselhos, dos amigos e dos amigos do pai que eram muitos e tudo gente "bem relacionada... Baldou-se ao serviço militar obrigatório, fez-se à vida

E fez-se mau, mau como só os simpáticos e amáveis sabem ser

Impôs-se finuras para vencer o seu complexo de menino rural nascido de uma família dos confins norte do país; havia de conquistar o mundo académico, da cultura, da informação, da política, havia de ser o rei na capital do império. A urbanidade escapou-lhe, nas suas birras dissimuladas, despejadas em palavras catedráticas, não se apercebe do quão burgesso consegue ser

De quem falo? Não posso dizer, seria processada por difamação, calúnia, eu sei lá

Uma coisa vos digo com toda a sinceridade: estou farta da capital, nasci em Lisboa mas não tenho culpa, estou farta de gente que rosna entre os dentes quando sorri. Quem me dera uma "terra" à qual pudesse chamar minha onde os cardos fossem cardos e o trigo fosse trigo

O B-A BÁ DE DOIS CONFLITOS CRUCIAIS

     Para quem ande distraído, não tenha paciência, ou tempo, para retirar ilações práticas do chorrilho de
informação que nos chove a cada noticiário, digno desse nome, sugiro estes 10  minutos da análise de Sir John Sawers, antigo chefe do Serviço de Inteligência do MI6.

    Neste curto vídeo pode ver-se a conversa que manteve com Christiane Amanpour este passado sábado, 20/04; fala sobre Israel, Gaza e o Irão e não é uma opinião qualquer: Sawers tem um profundo conhecimento do Médio Oriente,  trabalhou sob o MI6 na Síria, Yemen, Iraque e Afeganistão, foi embaixador no Egipto durante 2 anos, esteve envolvido nos programas políticos para o Irão, Iraque e Afeganistão; liderou o grupo britânico nas negociações do programa nuclear entre a  U.E. e o Irão. Enquanto chefe do MI6 teve, obviamente, acesso privilegiado  nos contactos com a Mossad e a Direcção de Inteligência Militar de Israel 

    Sobre o que se refere à obscura posição dos apoiantes de Trump nas bancadas republicanas no Congresso no seu boicote ao apoio à Ucrânia chega-lhes forte e feio nuns quantos "Estão plenamente errados" embrulhados em punhos de renda;  Também dos americanos não fala sem conhecimento profundo: esteve 3 anos na Universidade de Harvard, depois na embaixada britânica em Washington onde liderou a equipe de "Foreign and Defence Policy", foi representante permanente nas UN. Actualmente faz parte do Comitê de Direcção das Conferências Bilderberg e é um dos governadores da prestigiada Ditchley Foundation que se dedica à promoção de relações internacionais com especial foco nas anglo-americanas

Posto isto vale os minutos de o ouvir falar sobre os crassos erros israelitas e a falta de visão (ou visão moscovita #1)  do grupelho Trump/MAGA

 

#1 A "Visão Moscovita" será provavelmente trazida a este blog (e por aí fora, variando a designação) muitas vezes ao longo dos tempos que se avizinham; 
Delineada pelo Kremlin, difundida entre os cristãos de boa-fé pela pró-soviética Igreja Ortodoxa russa (os evangélicos americanos foram o grupo-teste) e propagandeada pelos meios de infiltração regidos pelo Estado chinês (Tik-Tok, "trolls" e congéneres; já repararam na quantidade de "app's bíblicas" que, de repente, apareceram para se instalarem nos sistemas dos TM?) assola já os conservadores pelo mundo onde se pretende minar a sobrevivência da democracia. Até mesmo no democrático Israel, sendo um Estado judaico enveredou por um ressurgimento fundamentalista e um governo autocrático fruto de alianças mais do que duvidosas que deixaram a um canto os resultados eleitorais
Por cá começam a agrupar-se e, faço uma apostinha, surgirão à luz com candidato às Presidenciais 2026. O mote? A 4ª República...  "É preciso mudar o regime"

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Por agora os avisos apresentam-se na América e são gritantes - 
como gritante foi o imprescindível livro "Fascismo, um Aviso" de Madeleine Albright;  Fugida da Checoslováquia com a sua família quando da ocupação nazi em 1939, regressou após o fim da II Guerra e de novo abandonou o seu país, com estatuto de refugiada, após a evasão soviética de Praga. Não são de todo suficientes aqueles que o leram e menos ainda os que compreenderam e levaram a sério

Aqui abaixo deixo um bom exemplo desses "avisos" pela boca do historiador, e escritor, Timothy Snyder durante a sua exposição perante o Congresso dos USA antes da votação da proposta de apoio militar à Ucrânia no passado sábado



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UMA NOITE DE CHUVA NO DUBAI

Hoje não me apraz divagar sobre as aflições que vão pelo mundo, chegaram-me os noticiários da manhã para ficar malacafenta para o resto do dia.  Tive a sorte de ser salva por um telefonema que teve pelo meio uma história com graça suficiente para dissolver o achaque e que pode ser uma sugestão para muitos dos que estão fartos de ver os frutos do seu trabalho a voar nas asas dos impostos e da aberração do custo de vida cá pelo nosso burgo

Então foi assim: 

O marido de uma "piquena" que conheço há muitos anos, bem-nascido súbdito de Sua Majestade, deslocou-se ao Dubai em trabalho. Na quarta-feira deixou o hotel pelo túnel de ligação directa ao aeroporto  tendo uma ténue esperança de que, até à hora do seu voo, a enxurrada se dissipasse e surgisse um céu estrelado e convidativo, embora lá fora continuasse a chover torrencialmente 

No aeroporto reinava o caos, mais parecia um grande armazém em liquidação total (a descrição é do sujeito). Os painéis informativos não eram animadores, mais voos iam sendo cancelados um após outro.

 Dirigiu-se ao único restaurante que tem dezenas de TV's que só transmitem programas desportivos; com a motivação certa convenceu um empregado de que era possível arranjar-lhe um só lugarzito para ver o jogo do Manchester City vs Real Madrid. Ao menos isso... Pois, mas a coisa não correu bem, foi o empate resolvido a penalties e o Manchester foi de frosques, goodbye Champions. É muito para um homem só

Desanimado com o jogo e cansado do barulho envolvente foi em busca de um poiso com o sossego possível para abrir o portátil. Algum tempo depois reparou que ao seu lado estava um jovem com uma mochila e uma guitarra aos pés, absorto no computador que tinha sobre o colo. Provavelmente aligeirado pelos whiskies que lhe fizeram companhia durante a transmissão do jogo achou por bem pedir a guitarra emprestada e, timidamente, começou a trautear umas canções dos Beatles; afinal ainda se lembrava das dedilhações dos dó-ré-mi e entusiasmou-se. Umas baladas dos Queen e começaram a chover-lhe "umas massas" na caixa da guitarra aberta ao seu lado. Mais uns tró-la-rós e tinha direito a palmas. Duas canções de Presley e tinha a noite ganha. Perdido de riso agradeceu aos fans e deu o espectáculo por encerrado. Então vieram os "só mais uma" e resolveu dizer "Eu já volto, vou ao WC". Pirou-se de levezinho e foi dar uma volta pelo enorme aeroporto; por curiosidade resolveu contar "as massas" que o dono da guitarra lhe enfiara amavelmente num saco. Incrédulo achou que o melhor era ir às compras, depois telefonou à mulher, a horas impróprias. Ela atendeu:

"Blá-blá-blá, ao menos arranjaste sítio para ver o jogo?"

 " Vi, blá-blá-blá... Comprei-te uma prenda com o dinheiro que ganhei a cantar no aeroporto, ganhei um pastelão de massa"

 "Um pastelão de massa? Não me compraste mais velas para perfumar a casa, pois não?  Espera, tu disseste A Cantar No Aeroporto?"

"Sim, a mais aplaudida foi «Can't Help Falling in Love»  Não, nem vi velas, comprei-te um anel de ouro, e ainda deu para um saco de fraldas para uma desgraçada que estava ali sentada com um bebé todo sujo e o saco das fraldas vazio sem saber onde as ir comprar"

Moral da história: meus amigos, se pensarem que o ordenado não chega e tiverem jeitinho para uma qualquer arte, agarrem na indeminização e comprem um bilhete de avião para o Dubai, nem precisam sair do aeroporto, o ouro está mesmo ali


INQUIETAÇÕES DE UMA NOITE DE PRIMAVERA

 Obviamente que o satânico israelita quer atacar dentro do território do satânico iraniano

Conseguirá Biden pôr um freio a Netanyahu e evitar uma catástrofe?
As probabilidades parecem baixas, baixas mas fortes. 
Por um lado Netanyahu precisa desesperadamente de um pretexto para se manter no poder, tem de evitar eleições a qualquer custo, mais do que nunca após a rebelde visita de B. Gantz a Washington há pouco mais de um mês. Por agora já conseguiu o que nunca tinha acontecido, que o Irão atacasse directamente Israel.
Netanyahu sabe que não será abandonado, não porque alguém o queira defender por convicção e justiça mas porque quase ninguém quer ver o Irão estender os seus já longos tentáculos

O Irão está mesmo a "pedi-las"?  Está, há décadas. Mas não agora, de momento o Ocidente tem o prato cheio, demasiado cheio e tem de o digerir. Não me alargo, parece-me óbvio.

Por outro lado...

Esta noite escolhem-se lados, joga-se o futuro imediato; Jordânia, Egipto, Iraque, Catar, Arábia Saudita, até o membro da NATO Turquia virá arrotar a sua posta de pescada.  E o Líbano... esta noite vê a sua paz podre ser jogada como se não passasse de um deserto destinado a confrontos alheios

Netanyahu diz que  "As defesas de Israel estão preparadas"; Estão tão claramente preparadas quanto clara é, neste preciso momento, a presença da Força Aérea dos USA e da RAF na defesa activa dos céus de Israel, para já não referir a preciosa informação da Inteligência dos "5Eyes"

Ah mas o "Iron dome"... Eu não sei nada de estratégia militar mas se fosse militar iraniana telefonava aos meus amigos Houtis e Hezbollah e dizia-lhes: Disparem agora contra o "Iron dome" que os nossos mísseis estão a chegar. Não é preciso pedir "por favor" e os seus ataques nesta noite são prova disso

A "solidariedade" tem de ter um preço, a impunidade habitual tem um limite e esse está, neste momento, na linha de fogo. Não haverá apoio internacional a um contra-ataque. Não é Israel que está em causa, são as decisões egocêntricas de Netanyahu (e, em boa verdade, as de Ben-Gvir, o tenebroso ministro da Segurança Nacional que tem uma eventual queda do governo no bolso da camisa)

SE... Se Israel refrear a sua resposta o pior poderá ser evitado;
E a aceleração urgente do programa nuclear de um Irão economicamente em crise não será precipitada

(Em 2020 o Irão atacou com mísseis duas bases militares dos USA no Iraque, em resposta ao assassinato, com drones, de Gen. Qasem Soleimani; O Pentágono opôs-se veementemente a qualquer tipo de contra-resposta, tão veementemente que Trump, no final do seu mandato, a dias da tomada de posse de Biden, a contragosto e com um plano no bolso, se viu forçado a aceitar ; um inferno foi evitado)

MAS... Mas não é essa a ambição de Netanyahu. Até ao momento em que escrevo os drones iranianos têm sido interceptados, mas os mísseis ainda não chegaram a Israel, muitos já foram interceptados em espaço aéreo jordano, muitos ainda estão em vôo.  Quais sãos os seus alvos? Serão todos,  ou quase todos, abatidos? Admitamos que sim,  USA e UK estão a fazer o possível, o "Iron dome" está a cumprir o seu papel;  Uma coisa fica clara: se, em vez de drones, rockets e mísseis estarem a ser enviados desfasadamente chegassem numa barrage única a situação seria por certo muito diferente. Fica a ameaça demonstrada

Qual será a secreta esperança de Netanyahu? (Comecemos por perguntar o que pretendia ele ao atacar mortalmente o Irão no meio da guerra que tem entre mãos)

Esta noite o objectivo racional é voltar a meter o génio negro dentro da garrafa e evitar que "dias"  se transformem em "décadas"

Aguardemos o amanhecer

Depois... Depois é uma questão de tempo, 

ou de uma revolução no Irão 


ACTUALIZAÇÃO -12H

Acabei agora de ouvir Efraim Halevy, ex-director da Mossad:

1- Não está seguro de que uma retaliação israelita esteja afastada, num outro contexto mais alargado 

2- Admite que a situação na fronteira com o Líbano se venha a agravar e é tempo de Irão e Israel repensarem o seu futuro 

3- Não é altura para vingança, é sempre uma má política; insiste em que a mais elevada prioridade deve ser a libertação dos reféns, que, sabe-se agora encontrarem-se em condições de enorme sofrimento, que se recusa a descrever em directo, particularmente as mulheres 

4- Sobre as últimas declarações de Ben-Gvir, que considera que devem ser ignoradas as palavras de Biden e se deve avançar sem hesitações sobre Rafah, diz apenas " Esse indivíduo em especial deve ser totalmente ignorado"

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O MEGALÓMANO

 Isto hoje é rápido, 5 minutos bastam para fazer o meu ponto: desde antes que terminasse o século passado que não tenho afectos partidários, quero saber do meu país e de ver gente com carácter e capacidade de decisão no poder, o resto é conversa mais ou menos importante, mais ou menos agradável, conversa mais ou menos.

Dizia eu aqui, no rescaldo das eleições:

«Mas para o Chega é melhor assim, um governo estável não lhe dá jeito nenhum. E por que raio há de o país precisar de um governo estável? Não interessa nada, o Chega precisa de um governo fragilizado, o país que se lixe, que se aguente, já se aguentou até aqui.»

Eleições passadas chega a altura, perdão, advém a altura de eleger o presidente do parlamento. À primeira falhou, nada de estranho nisso, já se tornou comum ver o Drézito dar o dito por não dito, é uma prática recorrente feita à medida do que mais lhe convém consoante a situação que enfrenta; Não é não mas sim pode ser que sim como pode ser que não, logo se vê 

Veio-me à cabeça aquele circo no Congresso dos EUA com quinze voltas de eleição do speaker, e o país à espera de uma aprovação de orçamento, entre outras urgentes, até lá conseguirem pôr um paspalho do Trump (que logo foi ao beija mão do Padrinho), o país que se lixe.

Mas eu falava do Drézito... O Drézito que se apressou a vir declamar em palco que é agora "o líder da oposição", que os outros "querem é defender os seus tachos". Ele não...

O Drézito, graças ao PS, é o líder do terceiro partido mas atribui-se o papel do segundo "legitimando-se" num acordo institucional como se fosse um acordo de governação, uma desculpa esfarrapada mas ali à mão para vingar a birra por não ter sido ouvido e a sua chantagenzinha levada em conta; recusa-se a fazer, ou a reconhecer, a distinção,  nada de novo aqui, é a demagogia habitual. 

Drézito, 

Ainda bem que o PSD e o PS, os dois maiores partidos, conseguiram estabelecer um acordo para pôr a Assembleia a funcionar, por mais que isso contrarie os teus planos; não te ponhas em bicos dos pés, és ridículo, os dois maiores partidos estabeleceram um acordo. Ponto. 

Dois pormenores acrescento: 

- Uma vez mais o PS pode agradecer-te, não foras tu e não teria conseguido o biênio da presidência, se esta legislatura chegar a 2026 o que é altamente duvidoso

- O voto é secreto, olhem que é secreto... 

Há 78 deputados PSD + 2 deputados CDS + 8 deputados Liberal; isto perfaz os 88 votos no Aguiar Branco

O PS tem 78 deputados, o Assis teve 90 votos... 
Pergunto-te eu: Tens alguma ideia sobre como foi criado este impasse, sem votação com a necessária maioria, que tanto jeitinho contavas que te desse?
 

Eu não sou de intrigas mas cá para mim o "impasse" saiu-te pela culatra. Não me venhas falar de "unir esforços" e de "escolha de companhias". 
Vamos ver como irás escolher as tuas companhias, veremos quantas vezes te irás unir à esquerda para alcançar os teus desígnios pessoais estando-te a borrifar de alto para as consequências que recaiam sobre o país. Veremos. 

Todos os megalómanos são mentirosos, egocêntricos, têm ânsias de poder, não têm palavra nem honra e, a maioria, Drézito, tende a acabar mal


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HOJE, 22 ANOS DEPOIS

 Fez hoje 22 anos que, pelas 2h da manhã, andava eu a passear o meu anjo da guarda, o meu inesquecível Merlin, o cão-mago; Menos de 6h depois entrava calmamente no hospital para trazer ao mundo o meu filho. Claro que sabia que a minha vida iria mudar mas confesso que não tinha bem a noção do quanto mudaria, do quanto eu mudaria... Eu, tal como me conhecia, fiquei na retaguarda, lá bem para o fundo. A mãe do Luís emergiu e tomou conta de tudo: do Luís, e da vida do Luís, e de mim, e da minha vida, da minha casa, de tudo o que sentia, e temia, e ansiava, e projectava, e fazia, e como e por quê.

Aprendi o que todos sabemos, só na teoria, antes de ter filhos: os filhos não vêm com manual de instruções, é um desafio para o resto da vida; a opção de "tentativa e erro" não é a melhor, é assustadora para quem tenha dois dedos de testa, não há espaço para esboços, tudo o que esculpimos, fazemos, dizemos, fica gravado à primeira. 

Hoje, 22 anos depois, quando olho para dentro daquele jovem homem sinto que não me saí nada mal. Faria tudo igual? Nem tudo, mas quase tudo. Quando aquele menos de um metro de gente me perguntava "Mamã, o que queres que eu seja quando for grande?" Voltaria a responder-lhe, "Quero que sejas boa pessoa e o que te der na gana". Voltaria a dizer-lhe todas a vezes que disse até ter a certeza de que estava gravado: "O mais difícil de recuperar quando se perde é o carácter, quase sempre é irrecuperável". 
Hoje dou graças por todas as conversas até altas horas da madrugada quando, sentados na minha cama, deixávamos fluir as palavras até o sono nos vencer mas não antes de estarmos em paz e de consciência leve. 
Dou graças por toda a paciência e dedicação, que derrotavam qualquer ideia de sacrifício, que me levaram a fazer quilómetros, a inventar como preencher horas de espera, a abdicar de planos e vontades provando assim que estaria sempre lá, disponível e acessível; Dizer não basta, ser o "mais-que-tudo" não é o "quase-tudo", quase tudo não assegura quase nada. E também disse: "Tu és a pessoa mais importante da minha vida mas não és a única, há mais pessoas que temos de considerar e eu também tenho de ser levada em consideração" 

Hoje, 22 anos depois, dou graças pelas aulas de xadrez, preferidas às aulas de Karaté apesar dos amigos as escolherem, que ajudaram a criar correntes de raciocínio lógico substituindo-se à desgraçada matemática. 
Dou graças a tê-lo sempre à mesa "dos crescidos", presenciando as conversas, as discussões, as piadas em catadupa, as opiniões políticas, a amizade, a vida tal qual ela é. 
Dou graças por todas as promessas cumpridas, mesmo por vezes a contra-gosto, que evidenciaram a importância da palavra dada. 

Hoje, 22 anos depois, dou graças pela família que temos e que, dos mais presentes aos mais ausentes, têm sido uma presença afectiva que sempre transmitiu segurança e um fundamental sentido de pertença que não é substituível; o tão importante sentido de pertença não é inato, tem de ser edificado pedra a pedra, ano a ano, não se pode fingir, só quando cimentado com sinceridade e afecto é sólido

Hoje 22 anos depois, nada do que escrevo é o elogio da minha maternidade, não há semente que germine em solo ruim.
É uma declaração de amor, e respeito, que se mantém constante desde o primeiro momento, e esse foi o momento em que, conscientemente e por opção, te acolhi em mim, como parte de mim, a parte mais importante de mim, para o resto da  vida. É o reconhecimento de que todas a regas e toda a dedicação foram sempre recompensadas com os mais belos e doces frutos.

Obrigada meu filho por elevares o sentido da minha vida, por me elevares a ser o melhor que sei ser


QUANDO O "DIA DO PAI" JÁ NÃO É

O Dia do Pai já não é,  já não faço cinzeiros de barro na escola nem desenhos a lápis de cor em que o pinto de chapéu, de mão dada comigo

Já não viajo no banco de trás do carro em silêncio pedindo quase sempre para ouvir a mesma cassete gravada em casa com excertos das peças clássicas de que eu mais gostava

Já não percorro as montras das lojas mais variadas em busca de um desejo manifestado, de uma novidade cativante, de um livro que seria protagonista de uma conversa para horas

Já não procuro um restaurante onde as conversas alheias chegam apenas num murmúrio, os empregados não têm pressa de nos servir o café e de onde saímos a pensar quando voltaremos

Quando chego a casa com o Sol a dar ares do seu despertar já não percorro o longo corredor sem acender a luz, sustendo a respiração,  e enfaixando-me sem apelo nem agravo no aquecedor a gás que "alguém" mudou estrategicamente de lugar

Já não preciso consultar três livros em vez do manual de história ou de filosofia para não ser trucidada na sala de aula por aquele professor com quem vivia desde que nasci (como me fez falta a Internet...)

Já não tenho trocas de tiradas em são-micaelense cerrado, falado à velocidade da luz,  para poder trocar disparates e apreciações mordazes no meio de uma qualquer reunião social entediante

Já não fico a falar do filme que passou na TV, ou que vi no cinema, diante um bule de chá ou um copo de whisky trocando interpretações, observações, perspectivas, criando outros olhares 

Já não chego a casa cheia de novidades, aguardadas com avidez, sobre o congresso partidário ou a ceia depois do comício e o que disse este e respondeu o outro que te manda muitos cumprimentos

Já não... Já não... Já não

Agora tenho fotografias, tenho cartas que sei de cor, tenho conversas que me vêm à memória no momento certo, tenho segredos, tenho histórias vividas e confessadas que conto ao meu filho, tenho uma herança cultural, ética, filosófica
mas Dia do Pai já não tenho 


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NÃO DIZES NADA SOBRE AS ELEIÇÕES?

 «Então não dizes nada sobre as eleições?»

Eu explico: às vezes mais vale estar calada. 

Às vezes mais vale fechar a boca do que dizer seja o que for "post facto"; não serve de nada, pode ser ofensivo, pode até ser tomado como uma arrogância  parafraseando um "eu é que sei"

Umas eleições não são um campeonato desportivo, ou não deveriam ser, não está em causa o "que ganhe o meu clube", não é, ou não deveria ser, uma escolha emocional, afectiva, há que pensar no que está em causa e no que se pretende, qual a melhor opção para favorecer ou desfavorecer o que está em causa

Estas eleições poderiam ser definidas como um "Que sorte!" «Parti uma perna, que sorte, podia ter partido as duas". É uma atitude louvável para quem parte uma perna mas eu tenho mau feitio, sorte mesmo é não partir nenhuma

A esquerda berra e grita que o país está entregue à direita... À direita, Direita, não está, ponham lá a mãozinha na consciência e pensem lá no que é, de facto, a Direita.  O país foi entregue a quem está à direita da esquerda mas não à Direita. Pessoalmente regozijo-me que tenha havido o bom senso, previamente declarado, de rejeitar esse cenário.

Por falar em esquerda e em consciência, o PS tem vários agradecimentos a fazer, do fundo do coração: 

- Tem, em primeiríssimo lugar, de agradecer ao Chega não ter sido derrotado por uma maioria AD

- Tem de agradecer ao Costa ter dirigido o país com sua claque de apoiantes partidários colocando a sua oligarquiazinha corrupta nos poderes estando-se completamente nas tintas para a incompetência, as negociatas e os seus onerosos efeitos. Promoveu toda a casta de malandragem, todos muito "yes-men" e garantiu a sua almofada de conforto no poder. Se a coisa sai cara aumenta-se os impostos; o "brutal aumento de impostos" que Passos Coelho promulgou face a um país deixado de cuecas, rotas, e à vigência da troika a quem o Sócrates pediu socorro, é documentadamente uma brincadeira de crianças face à carga fiscal que suportamos hoje. Os impostos não subiram, foram subindo, subindo, subindo... Estável manteve-se o 23%  do IVA, (que sorte) nunca chegou a 25%

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O Chega festeja ter sido "o grande vencedor". 

O Chega cresceu, não, o Chega aumentou, muito. Agradeça ao PS, e à geringonça, como o PS lhe deve gratidão. E agradeça a corações inflamados e frustrações crescentes. Também pode mandar um beijinho ao Rui Rio, esse rapaz cerimonioso e tímido no falar ( no dar um murro na mesa está fora de causa, é feio, e oposição de alto calibre é falta de educação)


Aqui p'ra nós, parece-me que o "grande vencedor" foi aquela coisa quase inexistente que mudou de nome para ADn - num dia 28 de Setembro, dia bem escolhido.

 A coisa, que não chegou aos 10mil votos em 2022 (são necessários 7500 eleitores requerentes para constituir um partido político, votaram os requerentes e menos de 500 amigos) 

Num quase anonimato ultrapassou os 100mil em 2024. Hein!!!

G'anda noia! Ó Marinho (Pinto), isso é tudo teu ou estas contente por me ver?

O Chega também festeja a derrota do PS, como se tivesse contribuído para isso... NÃO CONTRIBUIU, bem pelo contrário

Pois, não se pode contribuir para tudo. Tivera tido mais 1% e reinaria  o PS mais 4 anos. Mas para o Chega é melhor assim, um governo estável não lhe dá jeito nenhum. E por que raio há de o país precisar de um governo estável? Não interessa nada, o Chega precisa de um governo fragilizado, o país que se lixe, que se aguente, já se aguentou até aqui.

E aqueles que votaram Chega mas que põem o país acima de partidos repito o que disse acima:  eleições não são um campeonato desportivo, ou não deveriam ser, não está em causa o "que ganhe o meu clube",  há que pensar no que está em causa

O mesmo se poderá dizer àqueles que votaram BE, a AD agradece.

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 «Então não dizes nada sobre as eleições?»

Digo isto, só isto:

A direita Direita, esteve mal, a esquerda, Esquerda esteve mal. 

Muita paixão e pouca cabeça. Raramente dá bons resultados

E a AD? A AD teve sorte, só torceu o pé, não partiu as pernas, consegue andar.

 Até onde? Durante quanto tempo? Depende de quais os valores que mais alto forem levantados. Não será muito auspicioso considerando as amostras em epígrafe

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O BICHO ESTÁ BEM


   

 Para as "tias" e os "tios" do Sir Scott que têm querido saber do bicho informo: 
o bicho está bem e recomenda-se

 Não definha por falta de alimento nem perde o pelo devido a grandes tareias embora, confesso, por vezes bem me apeteça... Esta semana fui a uma loja de indianos comprar um frasco de picante ultra-super para pincelar a mobília; o bicho tem tanto de meigo quanto de rufião e alia a manifesta inteligência com uma inesgotável tendência para a asneira

 A única foto actual é a primeira, tirada este fim de semana, lá fora chovia a cântaros; as outras foram tiradas no fim de semana anterior, sem chuva e com 1,300kg a menos... Sim o bicho come, muito, e não há perigo de me esquecer, ele arrasta os pratos, suspensos no suporte, até onde for preciso (silenciosamente não se aplica)

 Na semana que vem segue-se mais uma ida ao vet. e depois a matricula na escola (pois, um pastor alemão lobeiro é um quanto diferente dos outros pastores, tenho um guarda-costas que ainda não fez 4 meses...)

 Se continuarem a estar preocupados prometo continuar a mandar postais


DOIS ANOS DEPOIS, O INACREDITÁVEL

 Dois anos se cumprem hoje sobre a invasão da Ucrânia, dois anos sobre o que parecia ser um Golias devorando David, dois anos sobre o que era credível ser uma guerra de meia dúzia de dias até Kyiv cair sob o poder do Kremlin

Dois anos que comprovam o quanto o povo ucraniano é digno de admiração e respeito pela sua coragem, resistência, fibra, estoicismo, nomeando apenas as primeiras qualidades que me ocorrem num sopro

E no entanto...

20/02/2024 - Link
O armamento pesado que as tropas ucranianas estão a usar é fundamentalmente de fabrico norte-americano; não é como uma pistola que dispara balas de calibre x independentemente do fabricante das balas desse calibre, é mais complicado do que isso, as munições requeridas obedecem a características especificas. E estão a acabar. E os russos sabem disso, intensificam os seus ataques na esperança de que um novo reabastecimento chegue demasiado tarde. 
E Trump ajuda, faz o papel que lhe foi atribuído, a troco do apoio fantasma à sua re-candidatura à presidência, dando instruções ao seu gang dos 5 no Congresso e ao novo speaker-fantoche que fez eleger: não se põe sequer à votação a libertação de fundos para rearmamento da Ucrânia. E o speaker-fantoche, aquele homúnculo  pequenino que precisa provar que é gente, obedece, vai a Mar-a-Lago beijar o anel ao padrinho antes de seguir para 15 dias de férias suspendendo as sessões do Congresso. Duas semanas? Há meses, aflitivos, que a Ucrânia aguarda restringindo drasticamente o uso de munições com os resultados que todos testemunhamos. Como é possível? É possível porque os republicanos permitem que um homúnculo enfeudado a Trump controle um Congresso timidamente maioritário sujeito às manobras viciadas de um gang de 5 vendidos e mais meia dúzia de outros à venda com preço marcado e negociável. É assim.

Ficamos assim? Veremos, há quem jure que não, mesmo dentro do caído em desgraça partido republicano. Mais abaixo transcrevo um importantíssimo testemunho do congressista republicano BRIAN FITZPATRICK

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Ontem há noite, já pela madrugada, fui motivada a vencer o sono que já me vencia: ouvi a voz de um dos mestres e abri um olho, depois os dois e depois sentei-me prestando toda a atenção; Quando Carl Bernstein e/ou Bob Woodward, os históricos jornalistas do Washington Post que despoletaram o "Caso Watergate", falam eu oiço, sempre, são dois Mestres da divulgação da verdade e do pensamento coerente e corajoso. Ontem Carl Bernstein foi brevemente entrevistado, falou da sua correspondência com Navalny mas sobretudo não poupou na indignação e classificação do comportamento do Partido Republicano face à desesperada situação da Ucrânia

Transcrevo, traduzida, a maior parte da entrevista que pode ser lida no original e na integra AQUI 

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KAITlAN COLLINS, da CNN: Quero passar agora ao lendário jornalista Carl Bernstein, que também trocou mensagens com Alexei Navalny, autor de muitos livros, mas este de que estamos a falar esta noite, "Todos os Homens do Presidente", que Navalny leu enquanto esteve na prisão russa.

E, Carl, antes de chegarmos à sua correspondência com Navalny, que me fascina, gostaria apenas de perguntar, dada a sua cobertura dos presidentes dos EUA, e olhando para eles, a partir desta perspetiva histórica, o que acha  de ver o Presidente Biden abraçar Yulia e Dasha, e prometer estas sanções, que veremos quão eficazes são, mas tomando essa posição?

CARL BERNSTEIN, JORNALISTA E AUTOR: Qualquer presidente, na nossa história, teria feito o que Biden fez, excepto Donald Trump. Donald Trump tem apoiado, a cada passo, Vladimir Putin.

Vamos falar sobre quem é Putin. Ele é o mais brutal, o mais consequente e,
na verdade, a grande figura, em termos de acabar com a democracia, e tentar acabar com a democracia na Europa.
É disso que se trata. E só Donald Trump, nenhum outro presidente americano faria o que ele fez.

Mas acho que o que é tão significativo sobre essa horrível, horrível cadeia de acontecimentos e história, também é sobre os Estados Unidos.

Tem a ver com a liderança americana e a falta de liderança em reconhecer Vladimir Putin como a ameaça, o déspota e o tirano que ele é, o tirano mais importante da Europa desde Hitler e Estaline. Ele iniciou uma guerra terrestre na Europa, a primeira desde a Segunda Guerra Mundial.

E um dos nossos dois partidos políticos, o Partido Republicano, permitiu,
continua a jogar com ele, ajudou as forças russas na Ucrânia, fazendo faltar munições e outras munições, e agora temos um partido político americano que está a ajudar, a auxiliar Vladimir Putin, nos seus desígnios europeus, e a tentar.

Ele desestabilizou a Europa, através da subversão, da interferência nas eleições. E não sabemos onde é que isso vai parar. Mas sabemos que ele também destruiu a aliança da América e da Europa Ocidental, em termos de sermos o líder do Mundo Livre.

Veja-se o que aconteceu na Guerra Fria. Olhem para os Estados Unidos, na
Guerra Fria.
Qual foi a grande força, a mais ruidosa de todas contra a agressão russa? O Partido Republicano. E agora, onde está o Partido Republicano? Estão a permitir o que Putin está a fazer na Europa. E este terrível acontecimento tem a ver com essa ligação. E Putin sabe-o.

Mas a grande questão, nestas eleições, em muitos aspectos, deveria ser encontrar outro candidato republicano, que saiba o que fazer em relação à segurança do Ocidente, à segurança da Europa e à aliança entre os europeus e os Estados Unidos.

Mas a ideia de um partido que foi capturado por forças que apoiam Vladimir
Putin?
Pensem no que isso significa. E estamos a falar sobre isso aqui no ar, esta noite. Essa é a história subjacente.

BERNSTEIN: E precisamos de começar a olhar para este acontecimento importante, o assassinato e a morte de Navalny, como algo que diz respeito aos Estados Unidos, ao nosso sistema político, e não apenas ao corajoso Alexei Navalny.

COLLINS: Obrigado, Carl.

BERNSTEIN: E Bob Woodward, obviamente, é o outro signatário disto.

COLLINS: Sim. 

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Posto isto e voltando um pouco atrás, acima refiro o testemunho do congressista republicano BRIAN FITZPATRICK. Não sendo palavras que ofereçam qualquer garantia ou grandes esperanças, muito menos quando o Congresso se encontra suspenso por meio mês,  são no entanto uma evidência de que nem todos os congressistas republicanos venderam a alma ao diabo. Transcrevo:

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BRIAN FITZPATRICK: Falo em nome de muitos dos meus colegas, de ambos os partidos.

O Presidente Zelenskyy é um ser humano extraordinário, como sabem. Foi um exemplo, para tantos líderes diferentes, em todo o mundo, de um símbolo de coragem, disposto a morrer pelo seu país .Eu vivia em Kiev. Foi a minha última missão como agente do FBI, muito, muito próximo das pessoas. Por essa razão, sou o presidente da bancada da Ucrânia. E este é um momento brutalmente difícil para um país que eu amo, que muitos de nós amamos, que está a lutar contra a tirania e a opressão.

Estamos a viver uma disfunção no Congresso, neste momento. Gostava que o Congresso não estivesse a andar tão devagar. Mas estamos a chegar a um ponto em que a Ucrânia tem semanas, não meses, para ser reabastecida com munições que só nós lhe podemos fornecer. Os nossos aliados europeus estão a ajudar, mas há certas coisas, sobretudo artilharia, que só nós lhes podemos dar.

CNN's KAITlAN COLLINS:Recebeu alguma garantia do Presidente da Câmara, Mike Johnson, sobre o projeto de lei que apresentou? Ele garantiu-lhe que o ia levar a votação?

FITZPATRICK: Nenhuma garantia, Kaitlan, para além de - para além de lhe dizer que temos uma maioria muito, muito apertada, neste momento. E não estou sozinho. Pode ver a intensidade na minha voz, na minha determinação, vamos encontrar uma maneira de fazer isto. A Ucrânia não falhará sob o nosso controlo.

Há demasiado em jogo aqui. Não se trata apenas da Ucrânia. Trata-se de liberdade, contra ditaduras. Trata-se da verdade contra a propaganda. Trata-se de uma luta existencial. E já vimos esta luta a desenrolar-se ao longo da história. Estes ditadores estão a tentar re-litigar o resultado da Segunda Guerra Mundial. Pensámos que estas imagens estavam permanentemente relegadas para os livros de história. Agora estão a ser reproduzidas em tempo real.

Por isso, chegou a altura de os líderes de ambos os partidos, e todos os membros de ambos os partidos, no Congresso, darem um passo em frente e fazerem o trabalho. E isso vai exigir, Kaitlan, que toda a gente venha para o centro. Porque há muitas maneiras diferentes de enquadrar este pacote.

Mas o mais importante é que consigamos fazer sair o dinheiro, especialmente as armas. A ajuda humanitária também é extremamente importante. Não me interpretem mal. Mas as armas são sensíveis ao tempo, neste momento. Avdiivka caiu por causa da falta de artilharia.

COLLINS: Parece-me que tem determinação, devo dizer. Mas também ouvimos outros republicanos, que têm determinação, mas de uma perspetiva diferente, pessoas como Marjorie Taylor Greene, que dizem que a ajuda à Ucrânia não vai ser votada no plenário.Se o Presidente da Câmara não a apresentar, vai juntar-se aos Democratas para forçar a votação do seu projecto de lei?

FITZPATRICK: Encontraremos uma forma de o levar a votação. Registe as minhas palavras.

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Tudo isto é insustentável moralmente, é inacreditável e, no entanto, está a acontecer diante dos nossos olhos, diante da nossa impotência imposta ilegitimamente por meia-dúzia de usurpadores sem ética, vergonha ou consciência histórica, em última análise por um tarado megalómano e egocêntrico que não se detém perante seja o que for para conquistar o poder que lhe permitirá furtar-se às consequências dos seus crimes de lesa-nação.

É este criminoso, com pretenções a ditador ao serviço de Putin, que o GOP se prepara para apresentar como o seu candidato à presidência dos States. Como chegaram aqui? Great! Again!
Foi devido à falta de visão europeia que Hitler conseguiu avançar; também a América acordou tarde, despertada por C
hurchill. As lições são óbvias e ignorância é revoltante. Revoltante.



SE ELES DECIDIREM MATAR-ME

Claro que era espectável, não é menos devastador por isso
É um marco na grande lista das injustiças do mundo

De entre dezenas registo quatro vídeos que marcam quatro momentos diferentes na história da Rússia, na história de Alexey Navalny

« Se eles decidirem matar-me isso significa que somos incrivelmente fortes. Precisamos utilizar esse poder. Não desistam, lembrem-se de que temos um enorme poder que tem vindo a ser oprimido por esses tipos maliciosos. Nós não temos a noção de quão fortes somos na verdade. A única coisa necessária para o triunfo do mal é que as boas pessoas não façam nada. Não fiquem inactivos »









COISAS DO 14 DE FEVEREIRO

Nesta coisa dos dias de celebração há dois nos quais emperro particularmente:
O primeiro é "O Dia da Mulher" por razões que já por aqui expus mais de uma vez. 

O segundo é "O dia dos Namorados", essa espécie de "Dia de Ir ao Bolso" dos corações mais jovens, incautos, susceptíveis, a "Black Friday dos românticos e engatatões". Tirem-me deste filme! Por que não se celebra o dia dos casados?  Ah pois, não rende e poderia trazer muita complicação, vão jantar fora no dia do aniversário de casamento e está tudo certo. Podia ser assim com os namorados, podia, mas não era a mesma coisa, o rio de euros fluiría mais lento...
Porém... nem o bom é bom de todo nem o mau é mau de todo...

Corria o ano de 2016 e, entre outras "novelas", em Fevereiro assistia-se às primeiras declarações bombásticas do programa de campanha de Donald Trump para as presidenciais : "I'm gonna built a great wall..." Nesse ano o dia 14 de Fevereiro foi um domingo e pelo meio da tarde dei um salto ao centro comercial do Campo Pequeno para comprar uma torradeira, cigarros e tomar café. Quando saía da tabacaria esbarrei com um amigo relativamente recente, conhecíamo-nos havia pouco mais de meio ano mas mantínhamos empolgantes conversas essencialmente sobre política nas suas múltiplas facetas; não eram muito frequentes porque este cavalheiro é um súbdito de Sua Majestade que apenas se deslocava a Lisboa periodicamente em trabalho mas trocávamos e-mails com frequência, tanta quanto o desenrolar das "novelas" politiqueiras nos motivava e, convenhamos, a época era fértil em assuntos extravagantes.
Ficámos ali em pé num blá-blá-blá infindável. Cansada de mudar o peso do corpo de um pé para o outro sugeri que nos sentássemos por ali onde nos dessem um café. A rotunda do centro comercial estava cheia e incomodamente barulhenta; ele sugeriu o provecto Old Vic, a três passos dali.

Chegados. sentados e servidos fomos presenteados com umas bases para copos em forma de coração e o atencioso empregado sorriu-nos um "Feliz dia dos namorados", devolvi-lhe o sorriso perguntando "Tem amendoins salgados?" Com cara de gafe o pobre homem retirou-se com um "trago já" enfiado da cabeça aos pés; o meu amigo engoliu uma gargalhada e  balbuciou "Peanuts? That's a good aswer..." E por ali ficámos a falar da campanha das presidenciais nos USA, dos desaires do governo na Venezuela, da visita do Papa Francisco ao México... Blá-blá-blá completamente alheados do ambiente circundante abençoado por S. Valentim. A dada altura olhei para o relógio e achei por bem fazer uma breve chamada  para dizer ao meu filho que não tinha desaparecido em combate; enquanto desligava o telemóvel  o meu amigo chamou o empregado e pediu-lhe uma folha de papel, de um bloco de notas servia.  Sacou da caneta e começou a rabiscar com alguma hesitação, tentando lembrar-se de alguma coisa. Quando acabou, sem uma palavra, estendeu-me a pequena folha de papel ; era um pedaço de um  livro de Guimarães Rosa, em português, sem erros


Li, reli e perguntei: "Sabes de cór textos em português?" Explicou-me que uma das formas que usava para fixar vocabulário e construção correcta era traduzir pequenos textos de que gostava e memoriza-los; pausou, sorriu e rematou: "Está a ficar tarde, queres jantar?", "Hoje não, respondi, tenho um adolescente esfaimado em casa, estás cá amanhã? «Há qualquer coisa no ar além dos aviões» (Guimarães Rosa)"

UMA CAVALGADURA COM CASCOS E CORNOS

 Não se me oferece grande coisa a dizer sobre o assunto, é mais do mesmo, do que sempre foi escalado pela impunidade, pelos seguidores da seita que destilam ódio e vão para casa a sentir-se gente e pela cáfila que vende a vergonha a troco da cadeirinha no Capitólio mas vale a pena deixar aqui registado, não vá alguém esquecer-se ou dizer que "não foi nada disso que aconteceu"

VIDEO ABAIXO:

«...por exemplo, damos todos esse dinheiro, já estamos na Ucrânia há mais de 200 biliões de dólares, e eles podem fazer um acordo com a Rússia nas próximas 3 semanas e de repente já não querem nada connosco e demos centenas de biliões de dólares. E estamos com mais de 200 biliões $ US e as nações europeias, se somadas, custa-lhe 25 biliões $ US (?!?)... Isto afecta muito mais os europeus do que a nós, nós temos um oceano pelo meio, certo? Mas nós estamos em 200 e eles em 250...

.../...

...e eles (países da NATO) disseram, se nós não pagarmos vão continuar a proteger-nos? E eu disse, não, absolutamente; não queriam acreditar na resposta.

.../...

um presidente de um grande país (?)  levantou-se e perguntou, se nós não pagarmos e se formos atacados pela Rússia o senhor proteger-nos-ia? E eu disse, não em absoluto, você não pagou, você é um delinquente ( !!!), eu não o protegeria, na verdade eu encorajá-los-ia a fazer o que diabo quisessem"»

Esta cavalgadura, este bode-maligno com cornos incandescentes, que é sobejamente conhecido por não pagar as contas, usar o dinheiro alheio em contas próprias (e impróprias), este criminoso fiscal já condenado por roubar o seu país, o seu Estado de Nova Iorque, este impostor que foi condenado por vender, na malograda "Universidade Trump", cursos que não conferiam formação reconhecida ou grau algum (falo só do que está provado e sentenciado, para o resto não tenho tempo), chama delinquente a um suposto presidente de um grande país da NATO?

Esta cavalgadura, este bode-maligno com cornos incandescentes, não saberá que a única vez que o Artigo 5º foi evocado foi em defesa dos USA após o 11 de Setembro? E também não percebe que NINGUÉM na NATO paga  aos USA para serem guarda-costas? A besta alguma vez quis saber como é  a inter-relação dos países da NATO em defesa, informação, exercícios, formação, etc?

Nas palavras do Major General Charlie Herbert, ex-conselheiro sénior da NATO para o deposto governo do Afeganistão:

"Creio que o que vemos em Trump, potencialmente futuro presidente dos Usa, é uma claríssima mensagem para as nações europeias de que nessecitam reunir-se e redefinir melhor as suas diretrizes de defesa"

E depressa, digo eu.

P. Ricketts, membro da Câmara dos Lordes do UK, ex-representante permanente na NATO

E as outras bestas que aplaudem, seja lá que barbaridade lhe saia das vísceras, alguma vez serão capazes de pensar sobre o que poderá  acontecerá à sua America Great Again - e ao mundo inteiro por arrasto - se o Bode voltar à Casa Branca (cruzes canhoto)? Pensar? Icékerabom!

Animado, animadíssimo está Putin, ele quer lá saber das eleições na Rússia, as que lhe interessam estão do outro lado do oceano, o mesmo oceano que o Bode evoca como muro de defesa.

E já que estou a deixar registos para eventuais auxiliares de memória cito mais um acabadinho de aflorar:

Os satélites Starlink de Musk (Spacex) estão a dar cobertura aos russos sobre os territórios ocupados na Ucrânia. Quanto vale está amizade? 

Pouca esperança tenho numa Justiça Divina, o mais que me alenta é a possibilidade de uma Justiça poética.

SIR SCOTT

 Ao longo da vida tive 9 cães, e mais 3 que não posso deixar de considerar "meus" como "meus" são os que trago enraizados no coração, que fazem parte do meu pequeno círculo íntimo, tenham patas ou pernas; soma feita são muitas patas e algumas pernas. Através dos anos, e dos cães, cada um com uma personalidade diferente do outro, uma coisa aprendi com carimbo de "Certeza Absoluta": nenhum cão substitui outro. Também aprendi que a melhor forma de lidar com o vazio que a morte de um cão deixa na nossa casa e com a saudade que nos pesa a cada momento de ausência, é arranjar outro cão tão depressa quanto possível; esse vazio de espaço e de alma, que não conseguimos ignorar, é tomado de assalto por um cachorro recém-chegado. Não substitui, não desrespeita, não remete ao esquecimento mas confronta-nos com a saudável mudança do nosso foco de atenção, de repente tudo gira em torno de um cachorro, queiramos ou não.


Desta vez não foi diferente
Depois da partida do Jazz pesava cá em casa uma calma arrastada pelos cantos; o patas "irmão mais novo" do Jazz não queria comer, levantava-se de noite rondando a casa... E eu... eu consolava-me com os melhores e mais sensatos pensamentos, uma, e outra, e outra vez. O pouco mais de uma semana neste regime de "ainda é cedo" fez-se "em nome de quê?" 

Chegou Sir Scott à família e nunca mais houve sossego.

Link OBRAS
O Scott tem três meses, já feitos em casa, que lhe deram tempo para aprender a fazer os disparates mais rebuscados, para saber mostrar o que quer, e o que não quer, para ser exímio nas chantagens mais eficazes, compreender o efeito de atirar com os pratos quando quer (mais) comida ou água,  apropriar-se de todos os brinquedos (e de tudo o que lhe pareça giro para brincar). 
Tédio? Pois, isso não temos. Acalentamos a esperança de que o bicho acalme quando começar a poder sair à rua, na próxima semana já fará mais vacinas e, passados uns dias, pode ser que as alvoradas sejam um pouco mais tarde e lhe dê a quebra um pouco mais cedo, até lá haja calma, paciência e bom humor


Pronto, curiosos, quando começarmos a passear faço a actualização

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INSUSTENTÁVEL

Indefensável
Imperdoável




JAZZ

 In Memoriam

O nosso Jazz deixou-nos hoje, foram 12 anos de amor puro, de desassossego, de companheirismo e de todas essas coisas boas que só um cão nos pode oferecer sem quase nada pedir. 

Talvez por ser o cão mais pequeno que tive foi mimado para além do superlativo, foi o que mais me deu conta da cabeça, o que tive de desistir de soltar em campo aberto depois de inúmeras fugas, a última das quais me valeu uma caminhada de 8kms sob um Sol abrasador ao longo de uma estrada que fazia contorcionismo; fui salva por meia-dúzia de jovens que vindimavam e o conseguiram apanhar enquanto serpenteava entre as cepas. 
Obediência? Mostrem-me um beagle obediente e mostrar-vos-ei um fenómeno da natureza. E o Jazz não era bem um beagle, era um cruzamento entre um beagle e um foxhound inglês, nascido para correr e seguir uma pista até ao fim do mundo. Não quero ser maledicente, ele obedecia, dentro de casa ou em recinto fechado... Não por ser obediente mas por não ser minimamente estúpido

O nosso Jazz deixou-nos hoje, depois de quase 2 anos de quimioterapia muita dedicação e empenho. Foi irrepreensivelmente assistido pela oncologista Drª. Ana E., uma síntese de competência, de devoção, de experiência e de humanidade. Nunca passou mal nem mesmo menos bem, não apresentou sequelas de efeitos secundários, teve praticamente mais dois anos de vida plena depois do que temi ser a evidência do fim. Se for verdade que todos os diabos têm sorte o meu diabrete não o negou

O nosso Jazz deixou-nos hoje em perfeita paz, em companhia, sem ter passado pelas provações que tantas vezes a pré-morte trás

Meu querido Jazz, espero que encontres os teus amigos lá no céu dos cães, que deve ser o melhor dos "céus"; se depender de mim voltaremos a encontrar-nos




SEM LIMITES

 Faz tempo que o designo por "Bode Maligno", faz tempo que digo que atravessamos um "reinado do maligno", querendo com isto significar que o consciênte colectivo atravessa uma fase de vigência crescente de tudo quando é mau, tolera-se o desrespeito pelos mais básicos limites como se fosse normal, é assombroso. A irracionalidade vigora como se a sociedade global fosse constituída por seitas lideradas pela mentira, pela disseminação do ódio, sendo a ignorância dos factos a maior prova de lealdade que se pode prestar a líders venerados como deuses: Trump, Putin, Kin JongUn, Xi...

Abaixo está o último anúncio de campanha do dito no final do qual, ou muito me engano ou prepara a ascensão do seu primogénito à Casa Branca dando continuidade à "sagrada dinastia" . 

Não teço comentários, para quê?

2024, A INCÓGNITA

 Por mais estrondosa que seja a Passagem d'Ano -  desta vez passei-a de forma pacífica e sossegada, estritamente em família e, abraços à parte, creio que o momento mais alto terá sido o magnífico fogo de artifício de Londres que tem a vantagem de ser o único à mesma hora de Lisboa mas sem o "banho Tuga" e as mini-entrevistas deprimentes no Terreiro do Paço - só me convenço de que um novo ano está a começar quando chega o Dia de Reis, quando deixo de ouvir "Feliz ano Novo" a cada passo, quando as luzinhas se começam a apagar e o bolo rei deixa de nos ser impingido em grandes tabuleiros à beira de qualquer inocente café. 

Ontem fiz uma deslocação prolongada e pouco mais tinha para me ocupar durante esse tempo do que as minhas congeminações e solilóquios silenciosos. O mote? 2024... Não se me aparenta muito auspicioso... 

Desde que Putin começou a ameaçar ataques nucleares a coisa tem vindo a piorar a passos largos. Não as ameaças de Putin, esse é diabólico, não estúpido, mas o termómetro do ponto de ebulição mundial tem vindo a subir, a subir... Como se não bastassem as crises migratórias, a regressão económica pós-Covid, a destabilização social, económica, política e de segurança da Guerra na Ucrânia, a crescente ocupação terrorista da África, a ameaça expansionista de uma China em declínio, as taras megalómanas da Coreia do Norte, a obtusidade que reina no partido republicano nos EUA, a rematar o último trimestre de 23 deu-se aquele selvático ataque terrorista a Israel que descambou naquela barbaridade genocida em Gaza. E mais além? O Líbano está na calha... O Mar Vermelho na ordem do dia...  A Síria não conhece paz e o Iraque é um alvo adiado. 2024 estreia-se com um ataque terrorista no Irão... Abstenho-me de comentar.

Deparamo-nos com uma variedade de desafios que têm implicações drásticas para a democracia e a estabilidade de uma paz trémula. O mundo enfrenta  ameaças às instituições, aos valores democráticos, aos mais básicos direitos humanos, ao direito internacional, enquanto o  autoritarismo, a diminuição do espaço cívico e a desinformação disseminada conhecem alguns dos seus melhores dias.

2024 será  ano de uma avalanche de eleições, quase 80 países irão a votos, votações umas mais reais do que outras. Começando em Taiwan, onde de hoje a uma semana se joga a posição face à China, segue-se a Rússia que já tem vencedor, a menos, talvez, que o czar caia nas escadas do Kremlin do primeiro ao último degrau. Também Portugal irá a votos - o que só terá grande interesse para os portugueses e alguma relevância para a U.E. - segue-se a India onde não se preveem grandes alterações. No Reino Unido a coisa não será pacata, terão de ser marcadas eleições até Janeiro de 25, aguardemos. A África do Sul e o México poderão trazer surpresas; acabando nos EUA, onde vai a jogo tudo e mais alguma coisa;  no meio disto tudo há que considerar as eleições europeias, às quais demasiados não ligam e que a todos dizem respeito.

É absolutamente claro que o mundo passará por profundas transformações: as mudanças económicas, os avanços tecnológicos, as alterações político-sociais irão moldar a nossa situação global.  Os desafios cada vez mais óbvios das alterações climáticas, a desigualdade social e a agitação política terão de ser enfrentados com uma consciência arguta e adulta: as mudanças que atravessamos exigem colaboração e soluções inovadoras. A divisão crescente e o regressismo obsoleto e obtuso não deixam transparecer grandes esperanças. Que não falhe o propósito e não falte a coragem

Por agora dou graças pelo que tenho, pelo fim de ano pacífico e acolhedor que para tantos seria um luxo, um sonho. Que assim permaneça na alvorada do próximo ano