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COLHEITA DE 1961






Um artigo inconsequente mas com graça; nunca tinha pensado nisto... «um número invariante com respeito a uma rotação semi-circular, também conhecido em em inglês como “upside number”.»
Só por curiosidade... ou pouco mais ou menos






«Para a minha geração, este é um ano importante: é o ano de meio século de existência! A eles dedico a coluna de hoje.

A geração de 1961 é uma geração de transição. Demasiado novos para ser verdadeiramente “babyboomers”, demasiado velhos para ser incluídos nas siglas X, Y e semelhantes.
Com frequência, sinto uma certa inveja das pessoas que nos precederam por uma década, os que realmente nasceram nos anos centrais da geração dos “baby boomers” – os que cresceram nos anos 60.
Eles tiveram uma década de crescimento económico e um certo optimismo; nós tivemos “stagfl ation” e “realismo”.
Eles cresceram com o Citröen 2CV e as camisas “tie-dye”, o Bob Dylan e o Eusébio.
Nós apanhámos com o Toyota Corolla e as calças de boca de sino, os ABBA e o Nené.
Eles eram idealistas, nós cínicos.
Eles chegaram à lua, nós chegámos à bomba de gasolina com o depósito vazio.
Eles dançavam ao som do “rock and roll”, nós ao som do “disco”.
Poderia continuar, mas não vale a pena. Não tem comparação, e não há nada a fazer.
A não ser que...

Geração de 1961, trago-vos boas notícias: o nosso ano de nascimento corresponde a um número raríssimo, um número invariante com respeito a uma rotação semi-circular, também conhecido em em inglês como “upside number”. Explico: se lerem o número 1961 de cima para baixo, o que aparece é exactamente o mesmo: 1961! Magia!

Agora a parte mais interessante: antes de 1961, é preciso recuar até 1881 para encontrar outro número “upside”; e o próximo não aparecerá até 6009!
Assim, podemos dizer convictamente que somos os únicos vivos que nasceram num número “upside”.
Isto é extraordinário. Que grande responsabilidade,
Geração de 1961! Isto tem implicações importantíssimas, se bem que de repente não me lembre de nenhuma.
Seja como for: Parabéns, Geração de 1961!»
Luís Cabral
Professor da Universidade de Nova Iorque e da IESE


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