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AVIÕES RIMA COM SANÇÕES

 

A 20 de Janeiro, dia da tomada de posse de Trump, União Europeia impôs o 15° pacote de sanções à Rússia, focadas no sector energético, e a extensão das sanções que caducariam a 31 Dez. 24, aprovado por unanimidade

Isto significa que a Hungria e a a Eslováquia aprovaram as sanções 

              Na quinta-feira, 30/01, o espaço aéreo belga esteve fechado durante um pouco mais de 1 hora devido a "uma pane técnica na infraestrutura aeroportuária" que levou à suspensão temporária do tráfego aéreo

Por acaso, durante essa hora, Robert Fico, o primeiro-ministro da Eslováquia, dirigia-se a Bruxelas para uma reunião agendada com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o comissário para a Energia, Dan Jørgensen ; o avião que o transportava teve de fazer meia-volta e regressou a Bratislava.

Fico tem sido um desinibido opositor da imposição de sanções à Rússia, ombreando com Viktor Orban, o primeiro-ministro húngaro.

Em Dezembro, após uma reunião com Jørgensen, Fico condenou a Ucrânia pela sua decisão de cortar o fluxo de gás russo para a Europa Central e reiterou estar preparado para impor sanções à Ucrânia de forma a pressionar Kyiv a reabrir os pipelines que transportam o fornecimento russo, o que provocou uma reação descabida por parte da Hungria e da Eslováquia, dois países sem litoral que ainda compram combustíveis fósseis russos. No início de Janeiro Fico ameaçou vetar o novo pacote de sanções como retaliação.

Foi uma pena não ter conseguido aterrar em Bruxelas mas, felizmente, o impedimento não foi devido a uma ameaça de ataque por míssil  (É que, por incrível que pareça, há por aí quem ataque aviões comerciais com mísseis)

Orban, também tinha ameaçado vetar as novas sanções:

"A extensão das sanções está agora na agenda e eu puxei o travão e pedi aos leaders europeus que compreendessem que isto não pode continuar. O que está fechado agora, tem de ser reaberto novamente. Não é um assunto da Ucrânia, é um assunto da Europa, da Europa Central. Se os ucranianos querem ajuda, por exemplo, sancionando os russos, então vamos reabrir as rotas de trânsito de gás e permitir que os países da Europa Central, incluindo a Hungria, recebam o gás de que necessitamos através da Ucrânia”.

 A Hungria pediu a alteração da ordem de trabalhos da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, para introduzir uma discussão separada sobre o apoio à Ucrânia e permitir a discussão da renovação das sanções, que é geralmente aprovado sem qualquer problema, por entender que essa renovação "não é automática" . Também apresentou uma série de pedidos relativos à política energética e, em particular, à recente decisão de  Zelensky ao fechar os pipelines quando afirmou: 

"É preciso impedir Moscovo de ganhar milhares de milhões adicionais à custa do nosso sangue" 

O enviado húngaro também apresentou uma série de pedidos relativos à política energética e, em particular, à recente decisão da Ucrânia de pôr termo ao trânsito de gás russo através da Hungria, mas a resposta que obteve da U.E. foi definitiva:

 "As sanções são uma parte essencial da nossa estratégia. A questão do trânsito de gás não tem nada a ver com as sanções contra a Rússia. As sanções contra a Rússia devem-se à agressão".

A verdade é que nem a Hungria nem a Eslováquia vetaram o pacote de sanções.
Não menos verdade é que só está na União Europeia quem quer e quem não quiser é livre de sair

A UE está já a preparar um 16º pacote de sanções contra a Rússia a ser aprovado antes do 3º aniversário da invasão, no final de fevereiro.

Não sei se Orban tem viajado de avião... 



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