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Ó TOINO...

Ó Toino... um rapaz tão esperto e julgavas que tinhas o Marcelo no bolso... 

Em verdade te digo, Toino, ninguém tem o Marcelo no bolso. Ninguém, o Marcelo não é leal a ninguém. Nem ao Francisco Sá Carneiro foi leal; ah pois, eu não me esqueci de que o Marcelo, numa primeira fase, esteve próximo do grupelho que avançou com as "Opções Inadiáveis" (lideradas por Sousa Franco) e, antes que a coisa desse para o torto - a cisão no PSD que originou o ASDI - fez marcha-atrás, estava por lá «só para tentar uma conciliação». O Marcelo não é leal a ninguém e também não é parvo, nada parvo.

O que é que tu julgavas, Toino, que o Marcelo assistia a pores-te em bicos dos pés frente a ele, reclamando na tua "boa-consciência" o comando do poder e ele se ficava? Quanta inocência!

Julgavas que o Marcelo, desafiado, tinha uma birra e dissolvia a Assembleia aligeirando alguns dos teus problemas? Estás parvo, o Marcelo não tem birras, contém-nas e tece a sua teia, enreda e tem sempre um Plano de Fuga 


O Marcelo não dissolve a Assembleia, e bem, a meu ver, por duas razões:

- Quanto mais tempo estiveres no poleiro mais de galo cantas (já nos habituámos), mais canalhices fazes e mais razões lhe dás
- O Marcelo não dissolve a Assembleia enquanto a Comissão de Inquérito não fechar as suas conclusões (e lixar o ordinarote). Aguenta.

 Bem te avisei Toino, o Marcelo é perverso. Chega para ti e para mais dois como tu, três Toinos não fazem um Marcelo; eu não vou à bola com ele, aliás nunca fui a parte alguma com ele - ou por ele, nem às urnas - mas gosto de tipos inteligentes e respeito quem as sabe fazer bem feitas

(E não te esqueças de que as próximas eleições não são em 2026, são as Europeias em 2024, um tensiómetro a tomar o pulso ali ao virar da esquina)

Quanto à outra rapaziada que deu em reclamar pela "dissolução já", uns mais rufiões outros mais ingénuos, que se acalme, ninguém se enforca com uma corda curta -  « laissez faire, laissez passer, le monde va de lui même » (ou como diriam os Beatles «Let it be») - serve aqui que nem luva de pelica


Eu espero, sentada, atenta e com um sorriso um quanto malicioso

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