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OS LUCROS DOS TRABALHADORES

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Tenho um amigo que publicou hoje, a propósito de uma notícia que saiu no passado dia 24/03, a seguinte exclamação da sua alma em revolta:
"Privatizaram a Lisnave para agora aparecerem estes resultados desastrosos? ... Paralisação, Já!"
Solidarizei-me de imediato partilhando a sua indignação; há que lutar pelos direitos dos trabalhadores e pela distribuição de riqueza.
Para quando um Nicolás Maduro em Portugal que nos defenda? 
Razão têm os Syrizas ao guardarem as suas nacionalizações populares, o sector privado é uma miséria para o povo. Quem precisa dos milhões que uma privatização dá aos cofres do Estado se depois os resultados são estes?
E não há-de o povo estar chateado...

(Pois é, tenho dias em que acordo para o lado esquerdo... Hoje deve ter sido o caso, está mesmo a apetecer-me uma manifestação de protesto domingueira seguida de uma greve geral à segunda-feira. 
Então ninguém trata disso?



"A Lisnave vai distribuir 1,2 milhões de euros pelos trabalhadores efectivos como "gratificação de balanço" pelos resultados alcançados em 2014. "
"Ou seja, um lucro líquido de 6,47 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira a empresa de reparação naval de Setúbal.
A decisão foi revelada em comunicado divulgado após a Assembleia Geral de Accionistas da Lisnave, realizada esta quinta-feira, em que foi aprovado o Relatório de Gestão e Contas de 2014.
De acordo com o comunicado, a Lisnave reparou no ano passado um total de 92 navios de 21 países, "apesar do volátil e adverso contexto que vive o mercado do shipping internacional", tendo registado um volume de vendas de 85,67 milhões de euros.
O comunicado salienta ainda que a Lisnave exporta 98 por cento da produção, com uma incorporação nacional superior a 90 por cento. "Agência Lusa" - "Jornal I"
E não digo mais nada

MAIS VALE ESTAR CALADA

Tenho estado muito calada... Pois tenho, o estado do mundo dá-me conta da cabeça.

O suposto "Estado Islâmico", o filho da senhora Putin, as imagens da Ucrânia, o Boko Haram e as crianças a quem vestem coletes-bomba na Nigéria, Al Assad e o sacrilégio da Síria, o nó górdio no Irão, o Yemen a explodir. E todas as outras loucuras incompreensíveis... Obras de arte milenares destruídas, atentados terroristas, milhões de refugiados em tendas de armazéns apátridas, assassinatos impunes, perseguições religiosas, confrontos pseudo-racistas manipulados por motivos bem claros e bem obscuros
Não consigo alhear-me; não sei se o lamente se me congratule.
Não consigo sentar-me frente a um computador e do alto do meu conforto dissertar acerca da desgraça alheia que também é do meu mundo, não tenho fuga.
Prefiro não perder boas ocasiões para estar calada, o pudor de me sentir triste olhando o mundo sobrepõe-se a qualquer verbalização dessa tristeza ao ter consciência do privilégio de viver em paz.
...De nada me queixo, até teria vergonha.


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A REALIDADE DOS FACTOS


Há verdades que chateiam de tão verdade que são e, quando essas verdades são brasas que aquecem a sardinha do outro ainda chateiam mais, ainda que aqueçam também a nossa sardinha.

Como dizia "o outro", criam-se factos políticos, berra-se bem alto sobre o que está mal (claro que muito está mal, não temos santo milagreiro em funções nem a árvore das patacas no jardim), fazem-se greves que não colam, omite-se sob o tapete que se vai puxando o que não convém que  seja divulgado. Não gasto mais palavras a expor o que toda a gente sabe, quer se coloque por um lado ou por outro.

De resto mais não preciso dizer, pego nas palavras cruas que Sandra Clemente publicou ontem no Económico e tenho dito.
Quem ficar chateado por a sardinha estar assada pode recorrer aos insultos habituais, ou olhar para os horizontes nacionais e constatar que se encontram bem mais alargados do que há quatro anos, sem Parthenon em ruínas.

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O Governo de Passos
Passos Coelho pegou num país falido, sem acesso a financiamento e comprometido com um programa de ajustamento violentíssimo e conduziu-o, durante três anos, para fora do resgate, voltando a financiar-se nos mercados a taxas de juro mais baixas de sempre, pôs a economia a crescer, o desemprego a baixar e o emprego a aumentar.
"A primeira etapa, tirar o país da assistência financeira, foi ultrapassada e a segunda, fazer de Portugal um país com futuro, semeada durante a primeira, está a ser vencida. O País tem confiado. Nestes quatro anos o Governo reformou de tal maneira a economia que alterou o seu perfil estrutural com consequências a todos os níveis: o sector exportador está a ser o motor de saída da crise. Aumentou o investimento (o público está em queda). A prioridade é agora a industrialização. Na banca mudaram todos os protagonistas. Na classe política virou a geração, na empresarial está a virar. Saíram 60 mil pessoas do Estado que funciona. 
Na educação saíram cerca de 30 mil professores e ninguém ficou sem aulas; na saúde a factura com medicamentos e as rendas aos laboratórios caíram centenas de milhões de euros; na justiça foi feita uma reforma sem precedentes; na defesa a reforma 2020; na energia e obras públicas (PPP) foram cortadas rendas com poupanças, presentes e futuras, de milhões de euros ao contribuinte; o Estado manteve e reforçou a rede de segurança para os mais vulneráveis à crise. Pelo caminho, o Governo enfrentou a oposição do Constitucional que boicotou a reforma do aparelho do Estado e a não comparência do PS para um acordo inadiável de reforma da segurança social. 
Não são queixas, são factos, e os factos criaram impossibilidades. O alerta do FMI para que as reformas estruturais não parem terá muito de pressão para o Governo mas chama sobretudo a atenção para o retrocesso que significam Costa e ‘entourage', membros dos governos de Sócrates que faliram o país, que continuam a prometer o que nos faliu e tudo o que o Governo Grego foi obrigado a congelar há duas semanas para obter financiamento: aumento de salários públicos, pensões e investimento público (tudo sem planeamento, sem gerar valor acrescentado, apenas dívida), travar privatizações. Já ultrapassamos esta fase, o Governo precisa de mais quatro anos para a modernidade do país se solidificar." In: http://economico.sapo.pt/noticias/o-governo-de-passos_214480.html


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NÃO HÁ DIREITO...

"Pulgas atacam cela e perna de Sócrates"

"A cela de Sócrates terá sido invadida por pulgas e o ex-primeiro-ministro terá sido atacado pelas pulgas numa perna, segundo relatou o camarada de reclusão, o inspector da PJ João Sousa, no seu blogue. "

"João, o que acha disto? É bicho? Estou cheio de comichão! 
"São pulgas, José. O meu caro tem pulgas!", escreve o inspector, que aconselhou o ex-governante a "lavar a cela". "
In Correio da Manhã - 2Fev.2015