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FAZIAS-ME O OBSÉQUIO?

Ó Zé,

Queria pedir-te um favorzito:
se não te importasses, podias pedir a demissão do "governo de gestão"?

Uma vez que, segundo vocês, não podem fazer nada de nada, a malta que não vos grama - vulgo "os responsáveis pela crise / como puderam fazer isto ao país?" - escusava de continuar a levar convosco... Vocês vingavam-se e saiam mais cedo...

Isso é que era "porreiro, pá!"

É que isto assim não dá gozo, nem sossego.

Grata pela atençãozinha,
Alex.


post scriptum - e até fazia bem ao Teixeira, o homem só pode estar com um esgotamento.


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PODER DECIDIR




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ONDE FICA O FUNDO DO BURACO?

«A execução orçamental está a correr bem,
para não dizer muito bem»

José Sócrates, 11 de Março, 2011


2o dias depois...

O “buraco” das contas públicas ultrapassou, largamente, o valor declarado pelo Primeiro-ministro, José Sócrates.

O valor inscrito na execução orçamental era de 6,8%.

O limite máximo imposto pelo Governo para o défice de 2010 era de 7,3%.

O défice orçamental referente a 2010 está, de momento, nos 8,6%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, após as alterações realizadas pelo Eurostat na metodologia que obrigaram a uma revisão
Credo! Até parece uma falcatrua!

«Essa revisão obriga a alterações nas contas do PIB, divulgadas a 11 de Março, para o ano de 2010, que apontavam para um crescimento de 1,4%.»

«O INE reviu também em baixa o crescimento da economia portuguesa em 2010, de 1,4% para 1,3%, na sequência da revisão em baixa em 0,1 pontos percentuais do crescimento em 2008.»

«As contas nacionais anuais de 2008, hoje divulgadas, explicam que a alteração realizada no Produto Interno Bruto de 2008 tem subjacente alterações substanciais em algumas componentes, como o consumo final das famílias residentes e das administrações públicas.»
A Comissão Europeia limita-se a tomar nota dos novos dados do défice orçamental português divulgados pelo INE.
O Executivo comunitário remete comentários para o final de Abril, altura em que será formalmente notificado pelo Eurostat dos números portugueses, e dos demais Estados-membros.»

ÚLTIMA HORA 31/03/11 21h20:

Teixeira dos Santos acabou de dizer em entrevista à TVI:
« O défice orçamental poderia ter sido de 7,3% e foi de 6,8% »

É UM ESPANTO!

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E SE FOR FEITA UMA AUDITORIA ÀS CONTAS DO ESTADO?

Xiiiiiiiiiiiii...........

(Só um parêntesis:

A 31 de Outubro de 2007, para fazer a introdução a um artigo de António Barreto intitulado "Sócrates, o ditador", escrevi AQUI o seguinte:

O António Barreto é um homem que admiro desde que me lembro dele porque se destacava do rebanho do PS; nunca me pareceu enfeudado ao partido, independentemente de qual fosse o partido, e sempre o vi como uma Pessoa - inteligente, sério, humanista. Gosto dele.

A melhor parte de ter escrito isto há três anos e meio é que poderia, com a mesma sinceridade, escreve-lo hoje.
Fecha parêntesis)


Dito isto e sob esta esta perspectiva estive a ler o que António Barreto disse sobre a necessidade e urgência em que seja feita, e publicada, uma auditoria às contas do Estado.

Comentando a rejeição que alguns responsáveis políticos têm pela realização de uma auditoria com o argumento de “dar um mau sinal” aos mercados, disse:
«O único argumento que ouvi repetidas vezes, para meu desgosto, é que, em caso de auditoria, ia-se descobrir coisas ainda piores do que as que estão. Não é um argumento moral nem político. Com este argumento, já se está a dar a indicação de que há coisas piores que estão escondidas»

António Barreto considera que
«Portugal dá de facto um mau sinal ao mercado, porque aquilo que dizemos é que temos algo a esconder e o mercado desconfia. Se nós descobríssemos um défice ainda pior do que temos, esconde-lo e saber-se lá fora que está a ser escondido, é pior sinal ainda, porque a desconfiança ainda é mais grave.»
«Se nós estamos em crise, é indispensável reforçar ainda mais os critérios de transparência e informação. Em vésperas de eleições, a todos estes critérios, que são critérios teóricos e universais, acrescenta-se um, que é o da lealdade para com o povo; se este princípio não for satisfeito, se não houver nenhuma tentativa de dar mais informação aos cidadãos, vai continuar a haver elevada abstenção, ao mesmo tempo que esta espécie de irritação ou de cólera que há relativamente ao sistema político e democrático vai continuar a aumentar»
«Se não se realizarem auditorias, há dois problemas. O primeiro é que damos mais um sinal negativo ao exterior, isto é, que temos algo a esconder. Em segundo lugar, perante o eleitorado português, perante os cidadãos, é um factor de deslealdade inadmissível»


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O SILÊNCIO DA ESTUPEFACÇÃO


O chavascal é tanto,
a vitimização tão aguda,
feitas novas contas a queda é tão absurda,
feitas novas leis, mesmo antes da votação do PEC4, a lata tão inconcebível,

que não me resta nada a dizer,
confesso que não tenho folgo para tanto.

O estado da Nação emudece-me de estupefacção.

Fico-me à espera do Conselho de Estado.
Vou ali já venho...


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AS MARTELADAS DO NIBELUNGO

Tenho para mim que Paulo está dando um passo maior do que a perna...
... ou anda coxo nas contas.

Ontem perguntava-me eu quem teria posto um anúncio no "Correio da Manhã", esse jornal de ocasião óptimo para vender automóveis, arranjar "boas" companhias para uma tarde "off the office" e que dá até muito jeito às vezes a quem sabe aproveitar.

Hoje o DN escarrapachou-se na minha frente quando fui tomar o pequeno-almoço


PêPê, diga-me cá uma coisa, onde é que o rico quer ir com tanta pressa?

Para o Governo com o PSD assim a modos que imprescindível que é para o seu brilho intrínseco resplandecer em todo o seu esplendor?

Para o Governo com o PS assim a modos que imprescindível que é para o seu brilho intrínseco resplandecer em todo o seu esplendor e, já agora chateia imenso, imenso, o PêPêCê?

Para o Governo com o PS e o PSD dividir para governar e assim o seu brilho intrínseco resplandecer em todo o seu esplendor e, já agora dá com os outros dois em loucos?

Eu sei que o PêPê é educado, irrepreensivelmente educado, e hoje foi a Belém dar uma boa larácha dessa sua boa educação:

(Paulo Portas) «Foi a Belém com mais cinco dirigentes do CDS, esteve com Cavaco Silva mais de uma hora, mas Paulo Portas nem a uma pergunta respondeu no final da audiência.»

«O líder do CDS disse apenas aos jornalistas que sugeriu ao Presidente eleições "o mais cedo possível", por "respeito aos sacrifícios pedidos às pessoas e às empresas", acrescentando ter feito um pedido para que Cavaco faça um "apelo veemente" para que a campanha seja digna e construtiva, que disse ser a única maneira de recuperar a confiança nos políticos e partidos.» In DN on line, 25/03
Então PêPê...
Acho louvável que a campanha que há-de vir seja digna e construtiva mas o PêPê bem sabe o que dizia o sábio Gandhi

"Temos de ser a mudança que desejamos ver no mundo. "


Ok, vamos recomeçar...?


O PSD (ainda) não disse que quer subir o IVA, disse que:

"só admitirá mexer em impostos sobre o consumo e exclui tocar nos impostos sobre o rendimentos, nas pensões e reformas".

Bem mas isso o PêPê já sabe, muito bem e nem está esquecido.

O PSD também disse que:
ninguém pode, sem conhecer a verdadeira situação financeira, garantir que não mexe em impostos.

Isto também o PêPê sabe... e concorda porque não é parvo.

E mais... Se eu sei o PêPê também sabe, já sabia antes de eu pensar que podia saber.
O PSD não falou em 24 nem 25%, essa foi um "barro à parede" atirado segundo uma lógica aritmética, mas obtusa...

Se vamos falar de IVA e percentagens é assim:
«Ao que SOL apurou, o PSD admite
- passar alguns produtos da taxa intermédia (13%) para a máxima (23%),
e
- criar um novo escalão, de 25%, para produtos considerados de luxo.
Como medida de compensação, o partido de Passos Coelho pode
- passar alguns produtos actualmente taxados a 23% para 13%. »
Então PêPê, comporte-se, a gente sabe que você sabe que a gente sabe...

Pessoalmente estou-me nas tintas para o PSD, pessoalmente até me dava gozo irritar o PêPêCê, pessoalmente até gosto do PêPê desde a JSD, pessoalmente não olho para o CDS/PP nem de esguelha, mas tudo isto pessoalmente
Agora, deixemo-nos de marteladas pessoais, o que está em causa é muito maior, é tudo.
Pessoalmente PS "JÁMÉ" (e CDS "moi non plus").

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WALKIRIA, DIZ-ME TU...

«A chanceler alemã afirmou hoje que tanto o Governo como a oposição em Portugal têm de indicar publicamente e de forma clara que medidas alternativas propõe para atingir as metas orçamentais.»

Sim, está bem
Mas cadê o resto?

Sim, o resto...

Por que é que os senhores analistas e estatísticos que, em Bruxelas, auditaram as contas do Estado português,
anteriores ao PEC4, apresentadas pelo malogrado executivo que agora se esvai, não apresentam, "publicamente e de forma clara", para conhecimento do povo português, o relatório de análise a essas mesmas contas?

Será que era uma "grande bronca"? Não sei, digo eu...


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QUEM PÔS UM ANÚNCIO NO "CORREIO DA MANHÃ"?

«O PSD diz que só será possível ao próximo Governo evitar o agravamento de impostos, se o quadro financeiro descrito pelo actual Executivo corresponder à realidade.
Em declarações à Renascença, o vice-presidente social-democrata Diogo Leite de Campos não se mostra optimista:

“Nós sabemos que aquela situação que o Governo diz que é, não é aquela que existe exactamente. Nós vamos ter de ver o estado financeiro em que o país foi deixado. Eu lembro, por exemplo, que o défice do ano passado vai aumentar para 8%; que a Comissão e o Eurostat sabem que o Governo está a ocultar despesas e a desornamentar despesas”.

Leite de Campos considera que foi o “descontrolo da despesa pública do Governo” que levou à necessidade de apresentação de um PEC4.

O PSD tenciona apresentar ao Parlamento um conjunto de medidas que considera necessário adoptar antes ainda da realização de eleições e Leite Campos diz esperar que haja boa vontade dos restantes partidos, incluindo o PS.

O diário “Correio da Manhã” diz hoje que, caso vença as eleições antecipadas e seja nomeado Primeiro-ministro, Passos Coelho não irá congelar as pensões mais baixas, mas, em contrapartida, pensa em aumentar as taxas do IVA. As verbas gastas com o não-congelamento de pensões serão compensadas com o aumento do IVA “para 24 ou 25%”, refere o jornal.

O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, disse, nas últimas horas, que, a ser necessário, o PSD só admitirá mexer em impostos sobre o consumo, excluindo tocar nos impostos sobre o rendimentos e nas pensões e reformas.

“O combate ao défice não pode ser feito com medidas de impacto sobre os mais desfavorecidos do nosso país”, argumentou Relvas, em declarações à agência Lusa.

“Ninguém pode, sem conhecer a verdadeira situação financeira, garantir que não mexe em impostos.”»
in "Página Um" on line 24 Mar.

SEM COMENTÁRIOS


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LONG LIVE THE QUEEN





ELIZABETH, A OUTRA RAINHA...


"I feel very adventurous. There are so many doors to be opened, and I'm not afraid to look behind them"









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A VERSÃO OFICIAL

O autocarro do Executivo entrou na auto-estrada da recuperação económica seguido pela camioneta do Grupo parlamentar do PS.
Hoje durante uma longa tarde na AR, hoje ao princípio da noite em S. Bento, uns e outros, parlamentares e executivo, contaram o que aconteceu:

- Nós entramos na auto-estrada, em bom andamento e tudo corria de acordo com o planeado, então desataram todos a vir contra nós fora-de-mão; parece que está tudo doido... tudo em coligação negativa...

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A GOTA DE ÁGUA

Depois das inúmeras mentiras que valeram a um primeiro-ministro com "o rei na barriga" o cognome de Pinócrates, os últimos dias têm sido uma verdadeira lástima. Uma lástima não para Sócrates, esse aguenta na sua habitual pesporrência como se não devesse explicações a ninguém; uma lástima pela vergonha e pela real situação económica, não de Sócrates mas dos portugueses.

Depois de tanta "abertura para negociar até ao último momento", vem o outro lá de fora e diz que não há nada a negociar, que não é negociável, foi assim que se decidiu e está decidido; o governo português que meta a viola no saco...

24 horas depois... Veio um porta-voz do Manel (sim, o amigo Durão Barroso, amigo ainda não se percebeu muito bem de quem mas amigo) e disse (o porta-voz, não o Manel que já sabe muito desde que anda a trabalhar lá fora) que afinal não é bem assim, o Sr. Juncker, presidente do Eurogrupo, exagerou... Pode haver negociações, pronto, eles dão licença...
E podem dar à vontade, assim como assim ninguém está interessado à parte do executivo... Deixa, faz-se o jeito ao homem que ficou outra vez mal na fotografia.
Mas o que é isto?

Depois do buraco do BPN, escondido com o enorme rabo de fora, 2 Mil Milhões em trocos...

O Gabinete de Estatística da União Europeia quer saber onde e como foi aplicado o dinheiro das transferências do Estado para as empresas de transportes sem contrato de gestão, como a CP, a REFER e os Metros de Lisboa e Porto.

E quer saber porquê? Ora pois, lá vem mais do mesmo...

«Bruxelas põe em causa as contas do Governo português sobre o défice e pode obrigar o INE a incluir gastos com o BPN e empresas de transportes. Os novos cálculos podem levar o défice de 2010 ultrapassar os 8%.

O défice do ano passado poderá ser bem maior do que o que tem sido defendido pelo Executivo. Apesar do compromisso com Bruxelas ser de uma redução para 7,3%, o Governo tem insistido na boa execução, acima do previsto, e numa correcção para menos de 7%. Mas o caso do “buraco” do BPN e as contas das empresas de transportes ameaçam deixar o défice acima de 8%, mesmo com o dinheiro do fundo de pensões da Portugal Telecom. »
Quando é que isto pára?
Não pára, pelo menos nos tempos mais próximos não pára.
Sob o belo relvado da residência oficial de S. Bento estende-se um queijo suíço.
E mesmo com o seu morador a receber ordem de despejo esta tarde podemos estar certos de que quando partir não levará o seu queijo esburacado consigo; Quem ocupar a residência que o vá desenterrando, e nós, todos nós termos de o comer.

Uma coisa vos confesso expondo o meu lado lunar:
Vivera eu longe daqui, ganhasse eu o meu sustento alhures, e aí pagasse impostos que me concedessem direitos acrescidos em vez de apenas contribuírem para diluir uma dívida em aumento exponencial, podem crer que me daria um certo gozo ver José passar hoje na AR e continuar a fazer das suas do alto do seu poleiro - é que gostava de ver como iria José descalçar esta bota.

Ainda que me doesse ver Portugal trucidado, gostava de ver José continuar a dizer que não precisa de ajuda externa, embora os juros dessa ajuda que nos chega semana sim, semana não, tenham hoje ultrapassado os 8% a cinco anos; gostava de ver José desenvencilhar-se para os pagar sem ser comido vivo na rua.

Gostava de ver José continuar a atirar com a responsabilidade da entrada do FMI na gestão de Portugal para cima da oposição - leia-se PSD - se a mesma lhe concedesse a hipótese de continuar a varrer os problemas que tenta ocultar para debaixo do seu próprio tapete esburacado.

José merecia continuar como primeiro-ministro; espero que Portugal saiba merecer melhor sorte quando for a votos.

foto Lusa


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VÁ LÁ, SÓ MAIS 5 MINUTOS...

Todas as manhãs em que acordo com despertador, reviro-me, aconchego-me, abro os olhos só um bocadinho e rosnico entre a voz e o pensamento - só mais cinco minutos...
A velocidade a que me desloco depois entre sair da cama e arrancar com o carro varia consoante a quantidade de "só mais cinco minutos" com que prevarico repetidamente.

Acho que José, o Sócrates, também é deste clube...
Além de, como toda gente sabe, chegar atrasado a todo o lado, continuamente, o que é um bom indicador, o homem deve estar mesmo convencido de que se lhe derem mais cinco dias, cinco semanas ou, vá lá, 5 meses, conseguirá dar a volta ao país (não... para o outro lado...) e provar a saciedade que ainda está para nascer um primeiro-ministro tão bom quanto ele. É só concederem-lhe um bocadinho mais de tempo e ele consegue tirar "o coelho da cartola", quase literalmente... se bem me entendem.
2005 -> 2011 não dá, não chega, são números ímpares e só pode dar azar... Só lhe falta um bocadinho assim, tipo "danoninho", para ele não ter de arcar com as culpas da crise internacional.

No "post" de sexta-feira" passada relembrei a novela que se desenrolou em torno das negociações da viabilização o Plano e Orçamento para 2011, em Outubro de 2010.
O "intocável" e "não negociável" afinal foi revisto; teve de ser.


Hoje, findo o Conselho Nacional do PS onde se tratou de candidaturas, e recandidaturas, a secretário-geral, a rapaziada do executivo foi convocada a interromper o fim-de-semana e pela alvorada das 17 horas lá foi a a um Conselho de Ministros extraordinário.
(Eu diria mesmo mais, um Conselho de Ministros extraordinários.)

Foram rever, ali num bocadinho de um fim de tarde de domingo, as medidas do PEC4 a apresentar amanhã na A.R.
Quem é bom, é bom e qualquer bocadinho chega para rever as contas do país, basta saber o que se está a fazer. Há que dourar um bocado a pílula daqui, acrescentar um pouco de açúcar dali, ceder naquela coisa que nem é particularmente importante de acolá (Ó Teixeira, quem é que tinha posto essa alínea aí, não me lembro...) e pronto, isto está com melhor aspecto, não podem dizer que não demos o nosso melhor. 'Bora lá jantar...

«Lisboa, 20 mar (Lusa) -- O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta do Governo de actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 2012/2013 e vai entrega-la no Parlamento na segunda-feira, anunciou o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.

Em conferência de imprensa, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que teve início às 17:00 horas, Pedro Silva Pereira reiterou que "o Governo permanece inteiramente disponível para dialogar com todos os partidos da oposição aos custos e à aventura de uma crise política".

"Como, aliás, está previsto na lei, mesmo depois da discussão na Assembleia da República, e até ao último momento do envio do PEC para Bruxelas, em sua versão final, podem ser introduzidas todas as alterações", referiu.

Ao aprovar hoje a sua proposta de PEC para a apresentar no Parlamento na segunda-feira, "o Governo corresponde à vontade que foi manifestada pelos partidos da oposição", justificou. »
In EXpresso on line.
Verdade seja dita, não é que a rapaziada do executivo não se esteja a esforçar pelos seus "cinco minutos", os tais que irão fazer toda a diferença. Isso das eleições é que não vinha nada a calhar... Só por causa de"criar" uma crise política, claro, logo agora que isto anda a correr tão bem.
(iIsso de andarmos, semana sim, semana não, a vender a Dívida muito acima dos 7% não quer dizer nada, sabem lá se não está a massa a render a 9 ou 10% num esconderijo para fazer uma surpresa... até pode ser...)

É que mesmo com a folga orçamental de 800 milhões de euros anunciada em finais de Janeiro passado;
Mesmo com a "execução orçamental a correr bem, para não dizer muito bem", conforme anunciou José no mesmo dia em que eram comunicadas ao país as novas medidas do PEC4;
Ainda que esteja dito, redito e reiterado que Portugal não precisa de ajuda económica externa;
Mesmo assim, se vierem eleições antecipadas serão "sem dúvida" a entrada do FMI...

E vai daí disse ontem José, na apresentação da moção de recandidatura a secretário-geral do Partido Socialista:
"Eu não estou disponível, da minha parte, para governar com o FMI"

A sério?

Hoje, para além de não ter sido acordada pelo malfadado despertador, de não ter negociado comigo mesma a esmola de "mais cinco minutos", até acordei a quase simpatizar com o FMI. Vá-se lá entender...


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AUXILIAR DE MEMÓRIA

Agora, que José apresenta a sua moção de recandidatura a secretário-geral do PS, pareceu-me bem relembrar o seu discurso de apresentação moção de recandidatura a 18 de Janeiro de 2009. Sem comentários.




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PEC IV - A NOVELA

OS EQUILIBRISTAS


“Nós não podemos aumentar as pensões, tal como estão definidas na lei. Não podemos. E isso é o esforço que se pede para 2012, mas a verdade é que não decorre dessa lei que tenhamos que congelar as pensões mínimas. Temos margem de manobra para proceder a uma actualização- limitada, é certo - das pensões mínimas e é o que faremos”. José Sócrates
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O PULHA


“A comunicação do ministro das Finanças ficará, certamente, para a história como a mais desastrada e desastrosa que alguma vez foi feita em Portugal, se não mesmo no hemisfério Norte, de todos os pontos de vista”. António Costa
E mais...

Sobre a anunciada recusa de Passos Coelho de negociar com o Governo, António Costa sublinhou:

«Não sei se Passos Coelho quando disse isso porventura ainda estava com algum dos equívocos que uma má comunicação tinha gerado. Eu próprio confesso que só no domingo à noite percebi que as pensões mínimas não estavam congeladas. Porventura, muita gente tomou posições com base em posições equívocas».


Eu, que tenho uma mente pecaminosa, diria que o nº 2 do PS está a aquecer para se surgir uma brecha que o retire do banco... Nesse caso não convém nada beliscar o Passos Coelho, não vá o diabo tecer um Bloco Central
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O PAU-MANDADO


Coitado do homem, quase tenho pena dele,
a estupidez não é uma deficiência de carácter, é meramente mental

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O TROCA-TINTAS
«Sócrates afirmou que o seu Governo se limitou a apresentar antecipadamente, como no ano passado, “as linhas de orientação para o PEC”, sublinhando que está agora “disponível para negociar”.
Essa apresentação não foi feita “lá fora”, mas sim “aos portugueses”, e com o objectivo de defender Portugal junto da União Europeia e evitar ajuda externa, tendo “obtido uma vitória nessa cimeira” de sexta-feira, acrescentou o Primeiro-ministro.» 18 Março - A.R.

João Galamba, deputado socialista, 11Mar.
"Admito que as medidas anunciadas esta manhã tenham sido negociadas ontem ao final da noite. Teve uma equipa do BCE e da Comissão Europeia [em Portugal] nos últimos tempos, admito que tenham havido negociações e que isto tenha sido tomado à última da hora. Espero que tenha sido assim e estou convencido que foi porque a maioria dos deputados do PS não sabia, ninguém sabia, eu tenho a certeza que até ontem à noite mesmo o primeiro-ministro e o ministro das Finanças não sabiam".



Em Outubro último discutia-se o Orçamento 2011.

Governo e PSD discutiram durante horas e horas as alterações que permitiriam a passagem do Orçamento na Assembleia da República.
A 27 de Outubro as conversações foram interrompidas:
"O que nós detectámos foi que não existia vontade política de fazer medidas adicionais que implicassem um maior esforço relativo do lado da despesa, face ao esforço relativo da área da receita".
"O Governo foi insensível à nossa argumentação" depois de ter deixado "engordar desmesuradamente a despesa pública em 2010." - Eduardo Catroga.
"O PSD achou que estava a fazer um favor ao Governo" ao sentar-se à mesa das negociações." - Teixeira dos Santos

Dois dias depois, após uma reunião do Conselho de Estado, Cavaco pronunciou-se sobre a "birra":
«Enquanto Presidente da República tenho obrigação de voltar a dizer que a actual situação financeira do pais é muito grave e não se compadece com atitudes que levem a uma crise política»

«Ninguém pode demitir-se das suas responsabilidades. Por isso espero convictamente que se chegue a um entendimento».

Nesse mesmo dia as conversações foram retomadas:
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Eduardo Catroga referiu que quarta feira as negociações entre a equipa do Governo e a do PSD, que liderava, foram interrompidas porque foi confrontado com um "ultimato inegociável" que não aceitou."

"O ministro das Finanças telefonou-me de manhã dizendo que estava muito preocupado e queria voltar a ter a oportunidade de apresentar uma nova proposta, derrogando a posição anterior que era inegociável"

"Eduardo Catroga, revelou que o ministro das Finanças lhe disse "implicitamente" que "não podia ser insensível" aos apelos do Presidente da República, quando lhe telefonou para retomar as negociações."

Após a apresentação da nova proposta e feitos os respectivos ajustes, essencialmente focados na diminuição da Despesa, foi assinado, no dia seguinte - 30 Outubro - um "documento de entendimento sobre o orçamento de Estado 2011"

Nem seis meses passaram... Já vamos no 4º Programa Estabilidade e Crescimento.
Esse, o PEC, veio feitinho de Bruxelas, foi comunicado em segunda mão e, agora, após a inflamação da oposição - em geral, não apenas do PSD - Sócrates apela à «
largueza de espírito e abertura para a negociação».
«Interrogado se o Governo admite reavaliar medidas previstas para o novo PEC como o congelamento das pensões e os cortes ao nível das deduções fiscais, Sócrates disse que Portugal precisa de alterar a lei que indexa o crescimento das pensões à inflação.
«Isso não será possível, mas estamos disponíveis para conversar sobre essa e sobre todas as medidas. Mas é inaceitável é a posição de quem não quer conversar sobre nada e de quem não apresenta nenhuma solução, achando que passar para um
défice de três cento [em 2012] não exige medidas nenhumas»
Moral da história:
Quando Sócrates está à rasca quer dialogar
Quando é o supra-primeiro não quer conversas com ninguém, faz como bem entende.
«E não me responda que falou com o Presidente da República porque queria falar primeiro com os portugueses porque eu acho até nova prova que o Presidente da República não é tibetano e que por sua vez a Senhora Merkel não é transmontana» - Paulo Portas, 18 Mar. AR.
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E SE VIEREM AS ELEIÇÕES?



ISTO É IMPORTANTE MAS MUITO CHATO;

VEM CONTRARIAR A TESE SOCRÁTICA DE QUE EXISTE UM BICHO PAPÃO ESCONDIDO NOS BRAÇOS DAS ELEIÇÕES ANTECIPADAS




Dívida pública

«Moody´s matém rating em caso de eleições antecipadas se o novo Governo garantir a redução do défice»
16.03.2011 - 14:51 Lusa
«A agência Moody’s deverá manter a nota da dívida (rating) de Portugal mesmo no caso de o país ir para eleições antecipadas, caso daí resulte um Governo maioritário comprometido com a redução do défice, disse à agência Lusa o vice-presidente da Moody’s, Anthony Thomas.»

«Questionado sobre se eventuais eleições antecipadas, decorrentes da crise política que se vive em Portugal, podem levar a um novo corte do rating em Portugal, o responsável pela notação de Portugal garantiu que “não”.

“A questão-chave é saber o que vai acontecer depois das eleições. Se destas sair um Governo maioritário que mantenha o compromisso da consolidação orçamental, não há motivo para alterar o rating”, afirmou Anthony Thomas, vice-presidente da agência de notação financeira Moody’s e analista-chefe para Portugal.

A Moody’s cortou ontem a nota da dívida de longo-prazo de Portugal em dois níveis, de A1 para A3, mantendo-o ainda sob perspectiva negativa.

O responsável garantiu que a agência tem acompanhado o debate político que está a acontecer em Portugal, com o PSD a opor-se às novas medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira pelo Executivo, e que está “expectante” quanto aos resultados, mas afirmou que tal não terá “grande impacto” na nota da dívida desde que se mantenha o “compromisso” para a consolidação orçamental.

“Nós não olhamos para as flutuações diárias, para as boas ou más notícias que surgem num dia, mas para a tendência”, afirmou.

Aliás, segundo Anthony Thomas, foi precisamente “a partilha de uma visão [entre o Governo e o PSD] de que o défice tem de ser controlado que fez com que o rating de Portugal se mantivesse em nível A”, tal como vem referido no relatório que justifica o corte da notação de Portugal.

Novas medidas de austeridade revelam que anteriores eram insuficientes

A agência de notação financeira Moody’s considerou ainda que as novas medidas de austeridade vêm garantir o cumprimento do défice mas também revelam que as medidas anteriormente tomadas não eram suficientes, disse Anthony Thomas.

“O anúncio das medidas pelo Governo [português] é sinal de que ainda não tinha sido feito o suficiente para conseguir atingir as metas de consolidação orçamental para este ano, 2012 e 2013”, afirmou. Segundo o responsável, estas medidas, que “vão ajudar o Governo a alcançar a consolidação orçamental”, implicam também “o enfraquecimento da economia”. Ainda assim, o responsável evita a palavra crise: “Daí a falar de uma crise económica vai outro passo”, acrescentou.

Para Anthony Thomas, este ano a economia portuguesa vai passar por um “processo de ajustamento” ao diminuir a sua dependência da procura interna e a apostar no sector exportador.
A agência de notação financeira Moody’s anunciou na terça-feira a redução do rating da dívida de longo-prazo de Portugal em dois níveis para A3, invocando uma conjuntura económica incerta face ao programa de austeridade do Governo, mantendo ainda o outlook negativo.»


DEPOIS DISTO SÓ FALTA QUE O GRUPO MAIORITÁRIO VOLTE A SER O DA ABSTENÇÃO...




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INTENÇÕES CRIMINOSAS

«Comunidade internacional tem 10 horas para actuar,
diz diplomata líbio na ONU»

«Após participar na reunião do Conselho de Segurança em que se discute uma resolução sobre a Líbia, o representante permanente adjunto líbio na ONU, que aderiu à revolução anti-Khadafi no início do conflito, adiantou à imprensa esperar uma tomada de posição "o mais rápido possível, autorizando ataques aéreos contra as forças de Khadafi".

Citando "informações" de que o movimento anti-Khadafi dispõe, Dabbashi disse que estão a ser preparadas pelo regime duas grandes ofensivas.

Uma delas envolve mercenários que lutaram na guerra civil no Congo, Uganda, Burundi Ruanda, Níger e Chade que, sob comando de um general líbio, estão a mover-se "em mais de 400 veículos" para Ajdabyia, onde é esperada a sua chegada "em breve".

"Têm instruções claras para destruir tudo e não poupar ninguém ou quaisquer edifícios. Pensamos que nas próximas horas vamos ver um verdadeiro genocídio em Ajdabyia se a comunidade internacional não se mover rapidamente e o prevenir de atacar com uma grande força"

«Numa entrevista ao canal televisivo Euronews, que será transmitida esta noite, Seif al-Islam disse que a eventual aprovação pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia "virá demasiado tarde", porque "dentro de 48 horas tudo estará concluído".»
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«Quarta-feira ao final do dia, o secretário geral da ONU falou por telefone com o ministro dos
Negócios Estrangeiros da Líbia, cujo líder Muammar Kadhafi se tem mostrado indiferente aos apelos da comunidade internacional para renunciar ao conflito e abandonar o poder.
Depois de dois dias no terreno, o enviado especial do secretário-geral, Abdel Elah Al Khatib, regressou hoje da Líbia com a sua delegação.

Nos encontros com altos responsáveis líbios, foram transmitidos "os fortes apelos da comunidade internacional para acabar com a violência e assegurar o acesso humanitário e trabalhar para solução pacífica para a crise", segundo o gabinete de Ban Ki-moon.

Os esforços de Al Khatib vão continuar, refere a mesma fonte, incluindo contactos com a rebelião em Benghazi e o regime em Tripoli. »
In Sic notícias on line 16/03
PARA QUÊ?
NÃO BASTA?

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APRES MOI LE DELUGE





"HÁ MAUS LÁ FORA...
"

"HÁ TRAIDORES CÁ DENTRO...
"

"O MUNDO ESTÁ CHEIO DE CONSPIRADORES...
"







Para portugueses com falta de pachorra para ouvir o gajo chalupa que anda a fazer de primeiro-ministro desde o dia 12 de Março de 2005, tendo completado assim os seus 6 aninhos de estadia no poder no passado sábado, dia em que "o povo saiu há rua com a alegria que costumava ter, cantando se o rei faz anos que venha à praça para nos conhecer (José Cid)", fica o resumo do que ele disse ontem à noite:

"Après moi le déluge"
("Depois de mim o diluvio"
frase erradamente atribuída a Louis XV
pois foi Sócrates I, O Tenaz, que a disse logo à nascença)


Assumiu-se como um desgraçado a quem toda gente faz a vida negra dentro e fora do país :

"há maus lá fora, e há traidores cá dentro. O mundo está cheio de conspiradores que põem em causa Portugal e a minha governação"

mas descansou os portugueses de duas formas:

1º - Não estamos em "crise política"
"ninguém na Europa acredita que Portugal cometa o erro de precipitar uma crise política"
2º - Se vier o dilúvio ele cá estará para nos salvar
"Eu não sou dos que viram a cara às dificuldades, nem viro a cara à luta. Era o que faltava. Agora, o meu dever é fazer tudo o que está ao meu alcance para que o país não cometa esse erro de entrar em crise política e eleições antecipadas"

"Nessas circunstâncias cá estarei para lutar pelo PS porque sou o líder do PS e tenciono recandidatar-me"
Ok, José, um acto falhado... Para lutar pelo país estamos cá muitos

"Se a Assembleia da República votar contra o PEC, não tem de votar a favor mas se votar contra..."
Tradução:
Vá lá gajada, ó p'ra mim aqui tão querido a querer continuar a sacrificar-me como grande-primeiro, ó p'ra mim aqui a deitar-vos a escada... Então mas uma abstençãozita custa alguma coisa? Vocês lavam daí as vossas mãos e eu continuo para PEC5.

Então e relativamente a apresentar e informar Bruxelas das novas medidas incluídas no PEC4 antes de as apresentar na AR, ou seja, ao soberano povo português?
Ah bem, é que
"era importante apresentar as ideias em Bruxelas antes da cimeira de chefes de Estado para ganhar a confiança de todas as Instituições".

De todas? Quais todas? Então e os portugueses? E o P.R.? Então e a AR, não tem que se pronunciar sobre esta matéria? Primeiro dispara-se e depois pergunta-se quem lá vem?

Gajo, quem foi eleita foi a Assembleia da República... Eleições para a Assembleia da República, lembras-te?

Curiosamente 28 de Fev., 11 dias antes da comunicação, aos portugueses, do PEC4 o executivo falava assim:

Primeiro o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e depois José Sócrates, admitiram hoje, na II Conferência da Reuters/TSF, em Lisboa, o cenário de atingir o objectivo do défice.
Se a execução orçamental vier a revelar que são necessárias mais medidas, tomá-las-emos, mas, até ver, não temos indicação nesse sentido”, disse Sócrates, lembrando que a execução orçamental de Janeiro deixa o Governo ‘tranquilo’...In Economía/ Público


E se Portugal tiver de recorrer a ajuda externa a culpa é "do PSD que deseja criar uma crise política".
What else?






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MANIFESTO

Cabe-nos a nós, portugueses, cuidar do nosso país, compreendermos de uma vez que somos responsáveis pela sua vida presente e futura. 

Cabe-nos a nós, portugueses, não deixar que, seja quem for, se aproprie da nossa intenção, vontade, acção e liberdade. Vivemos, constitucionalmente, numa democracia representativa; 
Cabe-nos a nós, portugueses, exigir as mudanças que podemos impor, exigir o cumprimento dos compromissos assumidos pelos nossos representantes, exigir que o serviço público, que pagamos a peso de ouro, seja Serviço Público e não um repositório sem fundo para obter empregos, favores, aliados dúbios e poder pessoal. Cabe-nos a nós, portugueses, a mais ninguém. Se virarmos as costas, ainda que em insulto, e considerarmos que não uma há solução na democracia representativa, se nos demitirmos do nosso poder e da nossa responsabilidade resta-nos um futuro de culpabilização alheia pela nossa inoperância e a ditadura de uma minoria que nunca desiste, sedenta de poder, ávida na sua prepotência por nós legitimada. 
 Cabe-nos a nós, portugueses, agir ou continuar a aumentar a "maioria abstencionista", profeta da desgraça, que se desculpa dizendo que não vale a pena porque "são todos iguais". Cabe-nos a nós, portugueses, construir a diferença e mantê-la. Quem elege também demite quando não serve. 
  Haja alma .

UM CURSO INTENSIVO E ÚTIL

Vamos começar a semana a prepararmo-nos para tomar conta do país?

Vá lá, apliquêmo-nos com afinco.




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POR DENTRO DA MANIF.

Alguém, que apenas conheço pelos comentários, quanto a mim pertinentíssimos, que, com alguma frequência, deixa ao que aqui publico, ofereceu-me a sua opinião, comentando o meu "post" "José Sócrates vai à merda" e referiu-se à manifestação de ontem, 12 de Março.
Quando comecei a responder-lhe apercebi-me de que estav
a a expor a minha visão do que se passou ontem dentro da manifestação de Lisboa, algo de que queria falar aqui.
Tomei a liberdade de copiar o comentário de Laurus nobilis e de, juntamente com este, publicar a minha resposta.

Fica aí.


Laurus nobilis disse...

«Quanto ao desígnio principal deste artigo, não posso estar mais de acordo.

Quando ouvi falar desta manifestação pela primeira vez pensei que, finalmente, a sociedade estava a reagir, de uma forma sã, com um propósito nacional, supra- partidário e paralelo aos poderes instituídos.

Hoje, vi o resultado... Punhos no ar, José Afonso, plataformas, cravos e, para a televisão, o cenário habitual...

Ou não puderam ou não quiseram...

A partidocracia já tomou conta... pelo menos infiltrou-se e ditou as regras do espectáculo mediático...

Esqueçam!

Sou monárquico desde que me conheço como pessoa e, do presidente, não tenho grande impressão, embora o ache sério qb.

Estranhamente, desta vez, até quase que gostei…»
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Caríssimo Laurus nobilis,

Nem te vou perguntar, obviamente não estiveste na manifestação. Ok.
Eu estive; levei quase 3 horas do princípio da Av. da Liberdade até entrar no Rossio. Depois estive uma boa meia-hora, ou mais, frente ao Café Nicola a observar.
Continuava, inexplicavelmente, a entrar gente no Rossio, a entrar, a entrar... Claro que muitos dos que ali chegavam se dirigiam, compreensivelmente, ao primeiro sítio onde se conseguissem sentar, comer, beber.

No centro do Rossio, e também logo à entrada frente ao Teatro Nacional, pelo que me apercebi, "comiciava-se".
No centro tinham montado arraiais os "animadores"; os "homens da luta", a música, alguns discursantes inflamados que mal se ouviam para além do círculo que os rodeava.

Quando cheguei a casa estive a ver, na net, imagens que haviam passado durante a tarde nas TV'S e, por razões várias, tive a sensação de que tinha estado numa manifestação diferente...

Obviamente que nestas coisas de manifs. e comícios não há quem bata a esquerda - e quando falo de esquerda não falo do PS sequer; esses não são coisa alguma - entre a pretensão e a prática vai um abismo que não conseguem, nunca conseguiram, preencher com as suas saladas de ideologia e acção.
A esquerda tem uma capacidade de acção, mobilização e intervenção que, à excepção de momentos isolados de explosão social, encostam os outros à existência refilona mas entediante das águas mornas.

No entanto...

Como referi, à excepção de momentos isolados de explosão social. Ontem foi isso que se passou, as pessoas transbordaram, estravazaram. O povo tem uma expressão que utilizo com frequência e que descreve bem este tipo de sentimento e que ontem preenchia a Av. da Liberdade: "Corno e aperreado é demais para um homem só".

Felizes, muito felizes, estariam os votantes do BE, do PC e afins, se o BASTA que ecoou ontem por Lisboa, Porto e outras tantas cidades fosse uma representação da sua implantação. Não foi.

Ao contrário daquilo que a maior parte dos noticiários apresentou, a enorme massa que veio para a rua não estava partidarizada, estava chateada, farta, revoltada. E não só jovens, longe disso, muitas pessoas mostravam ter mais idade do que o limite da paciência para manifs. faria supor que ali se encontrassem; os limites da sua paciência haviam de facto sido ultrapassados mas não os de se manifestarem na rua, outros limites.

Que a esquerda faz mais barulho, canta mais alto, é mais intervencionista... Claro que é, indiscutivelmente - e numa coisa tens toda a razão: "ditou as regras do espectáculo mediático...". Sem dúvida mas não se "infiltrou", estava lá e soube fazer-se ouvir. E só. Esteve presente, integradamente, com a majoríssima parte de quem saiu à rua.

Não vás por aí, não lhes faças o favor de deixares transformar uma manifestação sem bandeiras partidárias, sem palavras de ordem, sem convocatórias partidárias, nem qualquer outra coisa que não uma manifestação de vontade e opinião de uma imensa amálgama de gente, de diferentes ideologias e posicionamentos políticos, com apenas uma coisa em comum: não suportarem mais a situação política actual em silêncio.
Eu sei, eu saí, estive e fiquei. Foi assim.

E se amanhã houver que ir para a rua de novo irei, sem me deixar complexar e sem oferecer o meu protesto à esquerda, à direita ou ao diabo - protesto pelo meu país, por mim e pelo futuro do meu filho - numa palavra, pelo futuro.









































EU SENTI-ME TÃO BEM, FINALMENTE, QUE ACABEI O DIA ESTRAVAZANDO A MINHA LIBERDADE, DANÇANDO SOB UM CHOVISCO COM UM DESGRAÇADO ROMENO, UMA AUTORIDADE EM PRECARIDADE, QUE, SABE DEUS COMO E POR QUÊ, VEIO PARAR A LISBOA. É BOM SENTIRMO-NOS VIVOS.




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JOSÉ SÓCRATES VAI À MERDA. (Post politicamente incorrecto)

Exmos. Leitores,

Abri este blog no dia 9 de Julho de 2007.

Desde então, por muito que me sinta indignada com o que se passa no meu país. nunca parti para o insulto; variadíssimas vezes dei a minha opinião - desagradável, desagradabilíssima mesmo - face às práticas do executivo de José Sócrates. Nunca, até hoje, utilizei linguagem menos própria em nenhum dos "posts" publicados. Aqueles que me conhecem bem talvez estranhem, por vezes até talvez tremam... Aqueles que me conhecem sabem que tenho o hábito de chamar os bois pelos nomes... E quando um boi não é apenas boi, é corno, há que lhe chamar corno. Quando um tipo merece que o mandem à merda é aí que merece que o mandem, não vale a pena entrar em paráfrases de falsos punhos de renda e mandar o tal tipo ao cócó.

O executivo, e a minoria situacionista - sim minoria, façam contas e somem, dividam, mas por uma vez percebam: o PS foi o partido mais votado mas não representa a maioria do povo votante - estão muito exacerbados com o discurso do Presidente da República, esse sim, eleito à primeira volta pela maioria do povo votante, em sufrágio directo.

Parecem o Américo Tomás a falar do futebol para afastar um ou outro tema do qual era uma chatice falar; e não se falava.

Agora fala-se do "novo pacote" e do discurso do Presidente da República.

Estou-me a passar.

Não, estou-me a passar com esta merda

O que é que querem, responsabilizar o Presidente da República pela manifestação convocada para amanhã?

Não, não vim aqui defender a posição do Presidente da República: o homem tem razão, leiam o seu discurso de Tomada de Posse se se derem ao trabalho e, de cabeça aberta se possível, verão que o homem disse o que havia a dizer, tardiamente mas disse.

Assumam-se e maldigam as redes sociais, maldigam o Facebook, instrumento manipulado pela malandragem que tomou de ponta este executivo e não olha a meios para levar a sua avante. Pois.

Assumam que estão mesmo à rasca, mesmo, sem ser para fazer graça ou aproveitar trocadilhos.

E se não estão à rasca deviam estar: pela primeira vez desde o dia 25 de Abril de 1974 está convocada uma manif. totalmente, absolutamente, à margem dos poderes institucionalizados, dos poderes partidários.
E também à margem do poder do Presidente da República, como é óbvio, como todos sabem. Todos, situacionistas, executivo, todos.
Os nervos vêem daí, o resto é conversa, histérica e estéril, de quem não aceita critícas nem perdas. Que raiva!

Após o 25 de Abril deram-se algumas, poucas, manifestações pluri-partidárias; a "Grande Manif da Alameda" foi convocada, à priori, "sem bandeiras de partidos", só nacionais. Não foi assim que depois aconteceu mas o espírito estava lá, no entanto as convocatórias foram partidárias, pluri-partidárias.

Se não estão à rasca deviam estar - deviam ter consciência do que têm vindo a fazer às pessoas; do que estão fazendo uma vez mais, sem que isso resolva coisa alguma.
Resolve, momentaneamente, as satisfações que há a dar ao Banco Central Europeu. E Só. Nada mais. Quem vende, e vende, e revende a Dívida Pública, quem compra empréstimos , com a taxa de juros a que nos têm sujeitado, sabe, ou devia saber num momento raro de lucidez, que não vai haver maneira de a pagar de acordo com o que se pretende fazer acreditar - "quem vier atrás de mim que feche a porta", diz o povo, e bem.

Se não estão à rasca deviam estar; se não estão é porque faz parte da praxis: "o povo que se lixe, eles sabem lá o que é que querem, estão a ser manipulados. Estas bestas ( o povo) não percebem que não há outra hipótese, que estamos a fazer o que é imprescindível?"

Durante anos ouvi, e disse, que o Presidente da República se calava, se calava demais, que não tomava posições, que não dava um murro na mesa.
Cavaco Silva não deu um murro na mesa, pelo menos ainda não deu.
Cavaco Silva chamou os bois pelos nomes, educadamente. Tomou uma posição e falou verdade. Aguentem-se. Não foi demagogia, não dourou a pílula nem, finalmente, optou por "não se meter no assunto". Falou verdade. Que chatice!

Cavaco apelou à juventude? Ainda bem, pois que apele, é bem tempo de que esta acorde, que saia da Playstation, do portátil, e de todas as outras coisas que ocupam o lugar do tempo dos futebois de Américo Tomás. E que berre e grite e esperneie e se revolte - com aquela revolta pura e verdadeira da qual só os mais jovens são capazes. Que se revolte contra o enfeudamento do seu futuro, das suas potencialidades, dos seus direitos por nascimento: nasceram pessoas livres e assim devem permanecer. Lutem. Berrem, porque quem tem uma dívida às costas como a que os jovens portugueses têm, tem todo o direito de berrar.

Apelou à juventude em vésperas de uma manifestação convocada, essencialmente, via Facebook? Pois foi, olhou à sua volta e viu o que ocorria; e falou; e dirigiu-se às pessoas.
Óptimo, ainda bem, até que enfim. Isto é falta de imparcialidade? Uma gaita, isto é dizer:

«Façam ouvir a vossa voz. Este é o vosso tempo. Mostrem a todos que é possível viver num País mais justo e mais desenvolvido, com uma cultura cívica e política mais sadia, mais limpa, mais digna. Mostrem às outras gerações que não se acomodam nem se resignam.»
Isto é um mau conselho? É ser parcial? Na boca de Barack Obama soaria muito bem, na boca de Cavaco Silva é meter o bedelho intempestivamente.

"Isto é que é uma gaita, só faltava agora este gajo a dizer aos jovens que façam ouvir a sua voz, que mostrem não se acomodar nem se resignar... uma cultura cívica e política mais sadia, mais limpa, mais digna? Mas o que é que ele quer, não sabia continuar calado?"
Pois é José, é muit'a chato... que descaramento.

O José Sócrates não falou nem ouviu, não teve tempo, teve de ir prestar contas para Bruxelas. Azarito.
O José Sócrates nem sequer tem página no Facebook... Ou por outra, ter tem, mas não são bem dele, são-lhe dedicadas... Quem quiser que as procure, não quero entrar por aí, nem tenho tempo para isso.

O José Sócrates está chateado, acha que o Presidente da República não foi imparcial.
Pois não, não foi e não tem de ser. Não deve ser. O Presidente da República foi tão, ou mais, eleito quanto o primeiro-ministro.
O Presidente da República foi inconveniente para este executivo, foi parcial- tomou o partido do seu povo. Gaita!

O Presidente da República recorreu a dados oficiais, a declarações e análises do Banco de Portugal e, estruturadamente, colocou a realidade preto no branco.

O que digo não é cego nem sectário, não sou grande admiradora de Cavaco Silva - mas por razões que não vêm ao caso - do que vem ao caso digo que o homem falou verdade inconvenientemente;
e digo "finalmente", já o deveria ter feito, a sua responsabilidade nesta farsa advém do seu silêncio. Pois que não seja tarde para remediar a falta.

O José Sócrates está chateado. É natural, no lugar dele eu também estaria.
Estaria mais do que chateada, estaria à rasca.

O raio que o parta.
O José Sócrates escusa de se revoltar contra o Cavaco, escusa de insultar o povo manipulado, ignorante e estúpido.
A grande gaita não é apenas a "impopularidade" das medidas do novo pacote de austeridade - essas o Zé-povo até é capaz de as aguentar ( que remédio).
A grande gaita é que o povo ignorante e estúpido lê nas entrelinhas a impossibilidade de reaver a sua vida normal, o bom futuro dos seus filhos, o reconhecimento do seus direitos.
O povo ignorante e estúpido e manipulado sabe que está a ser sacrificado em nome de uma política descuidada, megalómana, idolátra, que foi varrendo para debaixo do tapete a realidade crescente de uma ruptura económica e financeira.

O povo ignorante, estúpido e manipulado dá mostras de estar revoltado por ter sido enganado, repetidamente enganado, por se ter deixado enganar. Finalmente.

O José Sócrates pode agarrar-se aos elogios de Bruxelas; pois que se agarre, pouco mais lhe resta a que se agarrar.
O Banco Central Europeu não tem de cuidar dos portugueses, tem de cuidar do Euro. E fá-lo.

O José Sócrates tem obrigação de cuidar dos portugueses, de Portugal. Não o fez, não o faz.
O José Sócrates cuida da sua imagem - ou julga que o faz - junto do BCE, junto da CE, junto da Tia Angela; luta por se manter onde está, pela sua soberania, que a de Portugal já era.

José Sócrates vai à merda.


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MAS ESTE GAJO NÃO SE ENXERGA?

Citando José Sócrates a botar faladura hoje:

«A execução orçamental está a correr bem,
para não dizer muito bem»


Então não? As novas medidas de extorsão:

«“Uma contribuição especial aplicável a todas as pensões, com abrangência e impacto semelhantes àqueles que tivemos este ano no âmbito dos salários da Administração Pública, nas pensões acima de 1.500 euros”, anunciou o ministro das Finanças esta manhã»

«O Governo vai voltar a propor a limitação dos benefícios e deduções fiscais e a revisão da estrutura das taxas de IVA, que não foram aplicadas este ano devido ao acordo com o PSD.
As medidas a tomar para concretizar estas metas compreendem, ainda, o congelamento do Indexante dos Apoios Sociais.

Será ainda realizada uma redução dos custos com medicamentos e subsistemas públicos de saúde
, aprofundamento da racionalização da rede escolar, aumento da eficiência no aprovisionamento e outras medidas de controlo de custos operacionais.»


Quando é que estes gajos percebem que não podem continuar a extorquir o povo?

Quando se criarão neste país condições apelativas ao investimento e desenvolvimento?