1- É verdade.
Há uns anos havia uns almoços de um grupo na Chamusca que me deixaram muitas saudades. Alguns dos convivas ficavam para o dia seguinte que costumava iniciar-se com um jogo de futebol tipo solteiros/casados.
As mulheres protestaram, o nosso papel não passava de bater palmas. Sempre.
Uma vez resolveram, os homens, constituir um grupo de forçadas (sim forçadas – forcadas à força).
Para mantermos a pose aceitamos mas quando nos vimos na praça de touros com aquela “locomotiva” na frente... Fugiram todas excepto a Teresa e eu. Não sei porque ela não fugiu; Eu não fugi porque tive tanto medo que não fui capaz de virar as costas ao bicho. Foi uma grandiosa pega de cernelha com volta à praça em ombros e almoço de borla para as duas.
Obrigada por esses fantásticos tempos ao Amigo que os organizava.
Estejas onde estiveres estou certa que saberás.
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2- É verdade, fui para o exame de condução a conduzir o meu Fiat 600; por que raio havia de ir a pé? Nada mais a acrescentar.
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3- É verdade.
Era um exame de Economia Política e eu nunca soube grande coisa daquilo. Contava chumbar e seria muito justo.
A dada altura da conversa (vulgo “Oral”) o Prof Martinez, aquele terror dos exames, ciente da minha ignorância e, creio que, simpatizando com a minha honestidade revelada nos “Não sei” e nos “Deixe-me pensar” resolveu perguntar-me:
- “O que é a elasticidade da procura?”
Lá lhe respondi - “Deixe-me pensar” .
Então perguntou-me: - “O que é a elasticidade de um elástico?”.
Armada em esperta respondi com decisão: - “É a capacidade de extensão do mesmo”,
ao que o Prof retorquiu: - “Está bem mas explique-me lá isso”.
E aqui a esperta: - "Porquê, o Senhor Prof. não percebeu?”
Nesse momento ambos soubemos que eu estava chumbada.
Ele fez então uma perguntinha das que se guardam na manga para chumbar um aluno:
-“Qual é a diferença entre o marxismo clássico e o marxismo maoista?
Eu sorri até às orelhas e respondi-lhe que tinha a noção de que deveriam existir diferenças mas que não fazia a menor ideia quais seriam.
Com um ar pesaroso lá disse o Prof.:
-“Qual é a diferença entre o marxismo clássico e o marxismo maoista?
Eu sorri até às orelhas e respondi-lhe que tinha a noção de que deveriam existir diferenças mas que não fazia a menor ideia quais seriam.
Com um ar pesaroso lá disse o Prof.:
- “ Pois é uma pena porque isto é muito importante, os chineses são muitos...”
Perdida por dez, perdida por cem não resisti e retorqui em jeito de conversa deslocadamente informal:
- “Quer o Senhor Prof. Dizer que se o Mão Tze Tung fosse irlandês não teria importância nenhuma?
O Senhor Prof. Doutor Soares Martinez levantou as sobrancelhas, escondeu um sorriso a custo, fez um ar grave e disse:
- “Acabou a sua oral”. Deixou-me chegar à porta da sala e continuou: -” Vai daqui com dez. Não fora agora, comigo nunca mais passava.”
Obrigada Prof., ajudou-me enormemente a acreditar em que devo contar comigo, mesmo "fora do baralho".
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4- Contei esta história, rigorosamente verdadeira, porque a partir deste dia nunca mais deixei de acreditar que existem anjos protectores ou coisa semelhante.
Passou-se na subida junto ao Estádio do Alvito, em Monsanto, cerca das 7 da tarde e estava a anoitecer. Fiquei sem embraiagem e o carro não subia mesmo. A poucos metros o terreno torna-se plano, onde há um jardinzeco, um pequeno bairro e uma escola.
O resto já contei . O táxista, que tinha ido deixar uma pessoa a uma das vivendas do bairro, apercebeu-se de que havia alguma coisa errada na cara do tipo do reboque e resolveu inverter a marcha e passar por nós. Abençoado! Com a pressa de me pirar dali deixei a carteira em cima do capot. Presumo que furioso e olhando os 500 escudos que lhe meti na mão, o reboqueiro oportunista nem deu por ela; e lá ficou à minha espera talvez uns dez a quinze minutos.
Por incrível que pareça é tudo verdade e sempre que alguma coisa me parece irresolúvel lembro-me desta história; não me tenho dado nada mal.
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5- É verdade.
Daqui vai um enorme obrigada ao verdadeiro cavalheiro que me ajudou nessa noite. Tento retribuir com outras pessoas.
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6- É mentira
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7- É verdade.
Tinha dez anos. Costumava passar férias (no verão, na Páscoa, etc.) em Santarém, na casa de uma amiga da minha Avó, frente ao Convento de Sta. Clara, bastante perto do quartel. No primeiro andar da vivenda vivia um casal com um bebé. O pai era capitão no regimento de cavalaria.
Uma vez o Capitão levou-me ao quartel a ver os cavalos. Eu estava tão fascinada (diria apaixonada, pelos cavalos) que ele me perguntou se eu queria montar. Montei a Hera, uma égua preta com uma chanfra franca. Quando voltamos para casa eu era a menina mais feliz do mundo, não cabia em mim. Ele perguntou-me se queria voltar, disse-me que eu montava como se nunca tivesse feito outra coisa na vida. Ora...
Há uns anos soube deste capitão através de um coronel do regimento que dava aulas de equitação a miúdos numa quinta em Rio Maior. O “bebé” agora é médico.
Este capitão deu-me uma das melhores prendas que recebi em toda a vida. Obrigada, fez-me muito feliz, até hoje, e o meu filho vai pelo mesmo caminho.
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8- É mentira.
(Embora uma história semelhante tenha de facto ocorrido mas na esplanada/bar que há -ou havia - no porto do Funchal junto ao Iate dos Beatles. Mas esta é mentira)
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9- É mentira, do princípio ao fim.
Vou deixar o "ranking" nos comentários
5 comentários:
RESPOSTAS FALSAS: 6, 8, 9
Emiéle
1, 7, 9
Acertaste na 9 e obrigada por acreditares que não me vestiria de abajour
ZPedro
1, 4, 9
Bingo, na 9
Porque há muitas “gaijas” a dizer que lhes aconteceu? Oh pá... Não por porque me aches incapaz de procurar o vestido perfeito para um encontro...
Nem para um encontro nem para um jogo de rugby. Quando passo por um vestido que gosto, me serve e posso pagar agarro-o logo. Se assim não fosse bem podia tentar uma sociedade com o sapateiro...
TP,
4, 8, 9
Ok, 2 em 3
Por que raio havia de ser a subida da antena de Monsanto? E por que raio eu não havia de ter um carro branco? Tive 2, o da história era uma Dyane, um electrodoméstico como qualquer outro
O Martinez passou-me mas posso jurar-te que não foi pela minha cara; vá lá TP, um pouco mais de fé na tua Amiga... para além de ser capaz de se vestir sem ser de toalha de mesa.
João Carlos,
5, 7, 9
Pronto, bingo na 9
Como não conheço as tuas razões fico-me por aqui. Ia jurar que sabias a história da 7... devo ter contado a outro, o costume...
Pinoka,
6, 8, 9
2 em 3 para quem não me conhece é um feito.
Obrigada pela 9; modéstia à parte fizeste um grande bingo.
N.Phillips,
4, 6, 9
2 em 3...
Partiste em vantagem porque sabias duas verdades de antemão mas a tua resposta sobre a 9 é a minha fotografia.
Ciranda,
4, 8, 9,
2 em 3. Para quem nunca me viu nem ao longe é notável.
A 4 impossível... Pois eu contei esta história exactamente por parecer impossível. Tento mantê-la na memória para acreditar que o impossível acontece.
Sandra,
4, 6, 9
2 em 3
Repito o que disse à Ciranda aqui acima relativamente à 4.
A 6 ... é mentira mas talvez me tenhas ouvido contar-te a história verdadeira que me serviu de inspiração.
Continuo a não te perdoar achares que eu vendia a Dyane por 6 contos. Aquilo era uma história de amor.
Cristina R,
4, 7, 9
A 9 está justificadíssima; mentira gira era eu dizer que tinha FEITO um vestido. Havia de ficar giro... Um perfeito abajour, mesmo sem padrão algum.
Santarém é longe, mas não para quem lá está. Achei graça considerares que o facto de ser no quartel do Regimento de Cavalaria ser normal.
OBRIGADA A TODOS, diverti-me imenso
E nem um 3 em 3... acho que me vou dedicar à política.
Alex,
Disseste 2 em 3 e não é verdade. Snif...Snif... eu fiz o maior bingo da minha vida, snif...
Acertei em todas e fui o único, snif...snif...
Ora vê lá.
AI PINOKA DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA
(Além do mais acabaste de me salvar de me dedicar à política, o meu filho já pode ir para a escola sem a meia na cabeça)
Vou já emendar, drasticamente a situação. JÁ!
Oh cum caraças!!! Quando li o que escreveste, antes dos comentários, disse logo em voz alta para o J. «Só acertei em duas». Agora parece mentira mas juro, juro mesmo, que me enganei!!! Queria dizer 8 e disse 7!!! Na minha cabeça tinha apostado na um na oito e na nove.
Quanto à escolha da 1, não foi porque nunca vacilasse quanto à confiança na tua coragem para o feito, mas achei que não eras suficientemente matulona para essa coisa de agarrares o bicho... Na minha cabeça achei que não chegavas lá.. :)))
Emiéle,
Não foi coragem, foi o medo que me colou ao chão.
Quanto ao não chegar lá, ó mulher, não te esqueças dos saltos altos.
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