Nem vale o esforço dizer alguma coisa, falar do que não sei porque no fundo não mudou nada; sim no fundo, onde nós estamos. Não é o desenrolar das próximas polítiquices que trará mudança, essa só, talvez, com as eleições e, aqui para nós que ninguém nos ouve, mesmo essas...
Prevejo um cenário político semelhante: O PS a vencer sem maioria e a apoiar-se à esquerda devolvendo-nos a situação actual. Ou...
Ou a festa que o BE e o PC aguardam: pelo preço de um OGE viável, uma coligação governamental correspondente à actual geringonça.
Aqueles que se situam à direita do PS podem sentir hoje vontade de dançar. Pois dançai, dançai hoje, só hoje porque o tempo não está para danças.Conjectura-se sobre o papão da "Crise Política" provocada pela queda do governo... Ai que medo! Como se não vivêssemos em crise política desde que o presidente Cavaco Silva (em 2015, parece uma eternidade) achou por bem entregar o governo a um partido que não ganhou as eleições, foi incapaz de dar um murro na mesa e dizer "Entenda-se com quem ganhou as eleições ou vai ver o que é uma crise política a sério".
Pois, nós não vivemos na Alemanha, nem sequer em Espanha. Que vergonhaça...
Dançai hoje - O Costa PIM, o Costa PUM - mas há que ter em mente que os tempos são de "Alto e
Pára o Baile!"
Particularmente aqueles que estão à direita-direita-direita... Pois dançai, mas não se esqueçam que para parar o baile há que pôr de lado raivinhas e partidarismos divisionistas, interessezinhos egocêntricos e esperanças vãs. Os tempos são de remar contra a maré e votar, votar, votar, não são remadores divididos por multiplo barquinhos que podem chegar a bom porto.