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A TEORIA DA CONSPIRAÇÃO



Porque vem absolutamente a propósito dos meus desabafos sobre a Informação jornalística que chega até nós, comuns mortais, que deixei no post anterior, quero fazer referência a uma cena, ou,mais especificamente,a um diálogo de um filme.

(Por vezes, quando deparamos com verdadeira poesia, vemos retratados nas palavras escritas, pensamentos e sentimentos nossos que nunca conseguimos verbalizar; de repente estão ali, como se alguém nos tivesse lido a cabeça ou o peito.)

Pois quando vi o “JFK” de Oliver Stone ( pub.1991), que de poético não tem nada, tive um desses momentos:

Quase no fim do filme o representado Jim Garrison – irrepreensivelmente por Kevin Cosner – vai a Washington para um “encontro à cegas” com um General X de quem não sabe o nome.
O tal General diz a Garrison que não desista de levar a tribunal, de tentar provar, a sua Teoria da Conspiração. Explica-lhe os antecedentes que motivaram o assassinato de JFK , o que foi suprimido do Relatório Warren, os negócios de armas e helicópteros, a intervenção em revoluções e eleições em diversas partes do mundo do Poder oculto, verdadeiro.

Revi várias vezes esta cena que num “flash” me fez entender aquela sensação de as coisas não batiam certo, ou batiam demasiadamente certo, que sentia ao ver
um telejornal.
Para mim chega, não quero comprar a versão A nem a versão B.

Mais tarde, pouco antes da sua morte (1995) Garrison confirmou a veracidade desse encontro, disse o nome do General X e confirmou, como já houvera feito ainda nos anos 60, esse lado oculto dos acontecimentos que vieram a estender-se ao longo de toda a guerra do Vietname. Alguns são hoje factos reconhecidos mas, como é sobejamente sabido, a Teoria da Conspiração ainda agora, quase meio século depois, continua sendo oficialmente apenas uma teoria. Oficialmente continua sendo Lee Oswald o único assassino de John Kennedy , e logo a seguir levou com um balázio emudecedor para não ser parvo.

Telejornal? Tenham dó…



O Filme, para quem não viu é a não perder, mesmo.
Quem viu, se não odiou por razões políticas, é a rever quanto mais não seja por homenagem a esse monstro de coragem e verticalidade que foi Jim Garrison, e pela impecável pesquisa e investigação subjacente ao trabalho de Oliver Stone.



UMA REVELADORA ENTREVISTA DE JIM GARRISON À"PLAYBOY", NA INTEGRA EM:

http://www.jfklancer.com/Garrison2.html

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