O PREÇO CERTO
Não vou comentar, parece-me desnecessário e está demasiado calor para tarefas gratuitas.
Vou apenas citar o que o meu amigo Miguel, rapaz de humor fino e sarcástico, prantou junto a este artigo na sua contribuição para a boa informação dos transeuntes do Facebook:
«A alguém importante?Ora nem mais! E o mais que acorra ao livre pensamento sobre este artigo... Pois cada um que julgue por si
Nunca vi pagamentos ilícitos a alguém sem importância nenhuma.»
Agência Lusa, publicado em 26 Jun 2012 - www.ionline.pt
«Uma testemunha do caso Freeport admitiu hoje, perante o Tribunal do Barreiro, ter havido pagamentos ilícitos a "alguém importante" para o licenciamento daquele "outlet" em Alcochete, afirmando, porém, desconhecer de quem se tratava.Nota: este artigo foi revisto ao abrigo da militância anti "acordo ortográfico"
A testemunha em causa é João Cabral, engenheiro civil que trabalhou para a empresa de Consultoria Smith & Pedro, que só admitiu a existência de pagamentos ilícitos a "alguém importante", depois de insistentes advertências do Ministério Público, corroboradas pelo presidente do colectivo de juízes, de que incorria em "pena de multa ou de prisão" se não contasse a verdade.
O processo Freeport, originado por suspeitas de alegados financiamentos ilegais a partidos políticos, surgiu na sequência de supostas irregularidades na alteração da Zona Especial de Protecção do Estuário do Tejo.
Tem como arguidos os ex-sócios da empresa de consultoria Smith & Pedro, Charles Smith e Manuel Pedro, que são acusados de tentativa de extorsão.
Estas declarações de João Cabral surgem depois de várias vezes ter negado a existência de pagamentos ilícitos, em resposta a confrontações do Ministério Público e do colectivo de juízes sobre o depoimento do antigo administrador da Freeport Alan Perkins.
A 22 de Maio último, Alan Perkins admitiu perante o colectivo de juízes, presidido por Afonso Andrade, que foram feitos pagamentos ilícitos para a viabilização daquele espaço comercial em Alcochete a uma pessoa cujo nome de código era "Pinóquio", sublinhando não ter dúvidas de que se tratava do ministro do Ambiente José Sócrates.
Segundo Perkins, esta convicção decorreu de conversas que teve com o co-arguido Charles Smith e João Cabral, tanto numa reunião realizada no Mónaco, só com Charles Smith, em 2006, como em anteriores ocorridas em Alcochete, na presença de João Cabral e Charles Smith.
Depois de muito questionado pelo procurador da República, Vítor Pinto, e pelo colectivo de juízes, João Cabral admitiu ainda ter participado numa reunião, onde esteve presente Manuel Pedro, realizada a 04 de Dezembro de 2001, no escritório dos advogados José Gandarez, Albertino Antunes e Alexandre Oliveira, com a presença destes, na qual os advogados os informaram de que a construção do Freeport de Alcochete ia ser inviabilizada.
Para desbloquear o processo, estes advogados pediram-lhes então uma verba de dois milhões - cuja moeda não se recorda ser contos ou libras - tendo João Cabral assumido ter ficado "banzado" e em "estado de choque" por, num processo de 20 milhões, lhes ter sido pedido "dois milhões de contos" para a viabilização, acrescentou o engenheiro civil.
Na madrugada seguinte, os sócios da Charles & Smith receberam um fax com a concretização do pedido de verbas, mas deste vez reduzida a 1.250 milhões de contos.
Mesmo assim, o projecto acabou por ser chumbado - a 09 de Dezembro de 2001 -, o que João Cabral classificou de "decisão política, quando devia ser uma decisão técnica".
"Porque foi uma decisão política não sei", disse, acrescentando que essa reunião veio a acontecer em Janeiro de 2002, contando então com a presença de José Sócrates que disse que o projecto "era para continuar e tinha pernas para andar".
Nessa reunião que, segundo a testemunha, decorreu na Comissão de Coordenação da Direcção Regional de Lisboa (CCDRLVT), estiveram presentes o arquitecto Carlos Guerra, José Inocêncio - que, em Dezembro de 2001, fora eleito presidente da Câmara de Alcochete pelo PS -, a presidente do Instituto de Resíduos, Dulce Pássaro, e Manuel Pedro, Pedro Ferreirinha e Gary Russel, pela Freeport.»
Publicado por Alex at terça-feira, junho 26, 2012 0 comments
QUANDO A RAIVA AO OUTRO É MAIOR DO QUE O AMOR-PRÓPRIO
Eu não sou fan do Paulo Bento, nem deixo de ser. Aqui para o meu lado é mais "eu sei lá quem é o Paulo Bento"; Agora já sei, claro, para mal dos meus pecados não passei o último mês numa ilha deserta. Não faço ideia se o homem foi bem ou mal escolhido mas, nesta altura do campeonato, muito propriamente dito, acho que está a fazer um bom trabalho, ele e a equipa que seleccionou. Tenho gostado de ver jogar a selecção portuguesa, mesmo quando não ganhou. Ontem deliciei-me, foram dois golitos, que podiam ter sido quatro ou cinco, para já não falar do outro, do malvado que estava "fora de jogo".
Vem isto a talho de foice por causa de umas declarações que ouvi hoje de manhã feitas pelo tal Paulo Bento. Dizia o seleccionador que:
«Nem todos em Portugal ficaram felizes com o apuramento, mas já estarão "a afiar as facas e comprar cachecóis da República Checa"
"Às vezes dá a ideia que somos todos uma cambada de incompetentes. Era bom que não pensassem que temos de aprender tudo. Jogámos contra o finalista do último Mundial (Holanda) e com o semi-finalista do último Mundial (Alemanha)".
"A campanha não acabou. Alguns estavam desejosos que a campanha acabasse hoje. Deixem os jogadores em paz. Critiquem o treinador. A maioria do país está feliz. Outros estiveram tristes"»
Pois é, Paulo Bento, acho que o senhor está coberto de razão, os "Tugas" são assim, mesmo que alguém esteja a fazer um bom trabalho a favor da "Tugolândia", se calha ser alguém que não gramem torcem contra si próprios com fervores desmedidos.
E não é só nos "futebois", antes fosse - embora me irrite solenemente a nuvem de inveja e desprezo que tantos querem fazer chover sobre a cabeça do Ronaldo, como se o rapaz fosse infalível, como se fosse uma equipa e não um jogador, como se tivesse falhas por não estar disposto a "dar o litro". Adiante, não quero ir por aqui (mas ontem até me lambi por ser ele a marcar os dois da vitória)
Dizia eu, não é só nos "futebois", é em tudo, em especial no que é de facto fundamental para o país, naquilo em que se mete pelos olhos dentro que todos nós temos vantagem em puxar todos para o mesmo lado. Mas não...
"Se aquele gajo está a puxar para aí comigo não contem, e mais, vão ver que isto não vai resultar (e queira toda a corte celestial que dê para o torto...)"Ultrapassa-me...
Eu acredito que Portugal vai chegar a bom porto, não vai "morrer na praia".
No campeonato da Europa estamos nos quartos de final o que já não envergonha ninguém; a grande "Laranja Mecânica" holandesa teve três derrotas e está a caminho de casa. Isto não é importante, é uma alegriazita e faz bem ao desgastado ego lusitano.
E no resto, o que é realmente importante?
O resto também lá irá. Apesar de todos os "Velhos do Restelo", apesar de quantos puxam para baixo numa altura em que o esforço para empurrar para cima é dia-a-dia posto à prova, apesar de uma comunicação social que espalha uma informação de medo, descrédito e desânimo dando relevo ao muito que está mal e omitindo o muito que nos trás resultados, força e esperança. Apesar de...
Eu acredito em Portugal.
Publicado por Alex at segunda-feira, junho 18, 2012 1 comments
NÃO JULGAI O LIVRO PELA CAPA
Chama-se Andrew, tem 19 anos
Nunca cantou na frente de ninguém, nem sequer dos pais.
Não tem qualquer treino, técnica ou estudos de canto.
Não é a perfeição
mas, tomemos nota,
pode bem vir a ser
.
Publicado por Alex at quarta-feira, junho 06, 2012 0 comments