Perguntaram-me por que não escrevi nem uma palavra sobre as "presidenciais, sus muchachos e muchachas"; remeti a resposta para depois do acto.
Fico contente por a coisa se ter despachado à primeira volta, não fosse eu ver-me na contingência de ter de ir votar num personagem de carácter mais do que dúbio e andar 5 anos a rosnar de mim para comigo.
Caso se me tivesse posto alguma dúvida sobre as minhas deslavadas opções - coisa que não se pôs - as declarações do "Rasputine" na passada sexta-feira ter-me-iam confirmado que não haveria lugar para remoques na minha obsessivamente analítica consciência:
"o Governo está a fazer o que deve, que é continuar um caminho do Estado português de redução do défice, para fazer terminar o processo de défices excessivos".Verdade se diga, não acredito por um minuto que o "Fazedor-de-Factos-Políticos" pense o que disse... Então por que disse? Bem podia ter ficado calado. Podia, mas ele é assim, diz o que pensa... ser melhor dizer a dado momento... para alcançar os propósitos que persegue. E diverte-se com o assunto, está-lhe na alma de intriguista.
É um bom jogador de xadrez este rapaz, tem uma soberba capacidade para olhar e interiorizar o tabuleiro como um todo - apenas superada pela sua vontade compulsiva de brincar ao xeque-mate. Como agora o rei é ele pode ser que se acalme mas é duvidoso, não lhe dá gozo.
Nem pastelinhos de camarão,
nem croquetes de vitela,
nem sequer uns pasteis de Belém...
Nada na ementa que me compusesse o estômago, nada que comesse por bom
Lá teve se ser, vagamente amargo, absolutamente seco,optei pelo branco, de um trago, e não penso mais nisso.