Apesar das tentativas de bi-polarização e distorção do que Guterres disse, por mero ataque de polítiquice orquestrada de quem o quer substituir por um "mais a jeito", em momento algum Guterres minimizou o selvagem ataque a Israel: “Nada pode justificar o assassinato, o ferimento e o sequestro deliberados de civis, ou o lançamento de mísseis contra alvos civis”, nas suas palavras, como não minimiza a trágica situação dos habitantes da Faixa de Gaza para quem o Hamas, os seus vários primos e o grande padrinho se estão totalmente "nas tintas", é uma fundamental mais-valia ter tantas vítimas para mostrar nos noticiários
O HAMAS é uma milícia terrorista privada da República Islâmica do Irão, acolhedora de tresmalhados da ISIS, que tem por fim primeiro a aniquilação do Estado judaico de Israel e, por fim segundo, a promoção da "justiça islâmica" através da vitimização do "seu" povo, usado e abusado na prossecução destes objectivos.
Grave é a cegueira do actual, e batido, governo de Israel que a) se recusou a admitir a iminência mais do que anunciada e evidente de um ataque terrorista e b), na sua fúria de retaliação, tem vindo a cumprir a cada dia os mais prezados desejos dos terroristas islâmicos: a condenação criminal do Estado de Israel, a revolta ocidental crescente face à situação humana na Faixa de Gaza, o ressurgimento exponencial do anti-semitismo
Pior do que um autocrata egocêntrico só um autocrata egocêntrico estúpido.
Em 2015 foi feita a primeira série israelita "FAUDA", estreou na Netflix em 2016
O mínimo que posso dizer sobre esta série é que é profundamente pedagógica; não se trata de futurologia, trata-se das relações causa/efeito, da observação dos factos e ilação das consequências. Como disse o Secretário-Geral da ONU, e bem, "Os atos de 7 de outubro não aconteceram no vácuo". E não.
Deixo abaixo, em apenas 20 fotogramas, um extrato de um diálogo ficcional entre um líder de uma célula do Hamas e o seu braço-direito (FAUDA - série 1 - ep. 11); foi filmado há 8 anos, exibido por todo o mundo há 7. Sou levada a crer que Netanyahu não viu, ou se esqueceu,
ou não quis saber...
Essa é outra questão, não a que estou a abordar, a questão aqui é o que podiam (deviam) ter feito: tiveram tempo, tiveram meios, tiveram capacidade; por duas ou três razões não tiveram vontade nem visão, só arrogância e inconsciência. Netanyahu investiu em si, na aquisição de mais poder, na ocupação de mais território, na exploração de um fundamentalismo religioso com o fim de amplificar um nacionalismo radical. Nunca procurou conversações com a Autoridade Palestiniana derrubada pelo Hamas, o vazio ficou à disposição de quem o ocupasse sem oposição
Agora? Agora não haverão vencedores nem ética nem compaixão, a humanidade cobre-se de negro e sangue em Israel e em Gaza
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