De vez em quando lá nos calha uma boa notícia e esta, além de boa, é também importante.Nós, portugueses, fazemos uma certa "gala" em dizer mal daquilo que é nosso; há uns bons anos essa atitude era mesmo arraigada a uma certa certa "superioridade cultural" que encapotava um pensamento do tipo: "Eu conheço muito mais do que isto e o que eu conheço no estrangeiro é que é bom".
Não me está a dar nenhum ataque de bairrismo nacionalista - pois que há muito que fazer e aprender neste nosso pequeno país para que nos possamos comparar à nata da civilização ocidental em muitos e fundamentais aspectos - mas também é verdade que temos por cá muito do bom e do melhor no que toca a recursos materiais, geográficos e humanos; assim os saibamos aproveitar, explorar, desenvolver, rentabilizar e - fundamental - proteger.
A notícia que abaixo transcrevo, quase na integra, versa sobre as castas vinícolas; poderia referir-se a muitos outros produtos da nossa pequena terra - queijos, azeite, fruta, conservas, peixe, pão, gastronomia, etc., etc.
Há algumas coisas em Portugal que fazem dele um grande país; temos de saber protege-las e trata-las, temos de saber merece-las, temos de aprender a não ser "pequeninos"
«Vivemos no país com mais variedade de castas autóctones, são cerca de 250 e já estão a ser desenvolvidos estudos que podem vir a descobrir mais.
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Existem quase três vezes mais variedades de castas do que em Itália e seis vezes mais do que em Espanha e em França. Esta constatação constitui uma vantagem competitiva para o sector vitivinícola e ajuda a desmistificar a crença de que as videiras foram trazidas do Oriente. Afinal, nasceram cá e não vieram com os mercadores fenícios, como se pensava até agora.
«As nossas castas, além de serem as mais numerosas da Europa, são quase todas exclusivas», garante o especialista. Há alguma sobreposição com Espanha, em especial, nas zonas fronteiriças, mas os trabalhos da Porvid provaram que não há vestígios das nossas castas no Oriente, nem sequer no caminho até à Península Ibérica.
Através de técnicas sofisticadas consegue-se olhar para o passado das castas e comprovar que existe uma maior parecença genética entre as autóctones e as silvestres de uma determinada região, em comparação com castas e plantas silvestres de regiões distintas.
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...continuar a ler - in "Sol" 3 Set.11
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2 comentários:
O nosso grande problema foi que os homens de negócios eram quase todos judeus e esses, o Sr. D. Manuel I obrigou-os ou a converterem-se, ou a fugirem. Resultado: exite uma sinagoga portuguesa em Amesterdão! Ou seja, a produzir, sem dúvida que estamos entre os melhores do mundo, mas falta-nos o mercantilismo dos holandeses, por exemplo!
Muitíssimo bem posto.
Tenho alguma esperança que a nova geração de "empreendedores" (expressão muito em voga) tenha estaleca para "se fazer ao mar", que a sua arte de navegar não se fique pela internet.
Por outro lado há que cuidar que o tal "empreendorismo" não atente apenas na expansão esquecendo que sem a matéria prima que advém do sector primário nada feito.
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