Mais um "jeito" que Trump se prepara para fazer a Putin.
Tão à socapa quanto possível - sem qualquer aviso a aliados estacionados na região nem tão pouco à aliada milícia curda - Trump deu ordem para ser dado início ao projectado abandono, por parte das topas norte-americanas, do norte da Síria, junto à fronteira com com a Turquia. É o preâmbulo do genocídio dos curdos por parte dos turcos. Erdogan tem vindo a aguardar... Salivando com o freio nos dentes.
Que se lixe a NATO, Putin já lhe deu a sua diabólica benção. E as armas.
A primeira de graves consequências é que um confronto do Ocidente com a Turquia, mesmo que apenas diplomático, será a sua suspensão da Nato; Putin dá a sua gargalhada e bate palmas.
A segunda e mais do que provável consequência será o êxodo de refugiados curdos para o norte do Iraque. Os curdos são cerca de 40 milhões, o maior grupo étnico carente de um Estado no Médio Oriente; Esta situação não será linear nem livre de conflitos, os curdos iraquianos talvez não aceitem de bom grado uma interferência nas suas, já per si frustradas, ambições nacionais.
Em terceiro lugar, o êxodo dos curdos deixará um vazio de ocupação territorial que não tardará a ser (re-) ocupado pelos fugitivos da ISIS, aqueles que se encontram em campos de detenção entregues à mílicia curda e aos muitos milhares de mulheres e crianças familiares dos guerrilheiros ISIS deixados para trás num limbo.
A primeira de graves consequências é que um confronto do Ocidente com a Turquia, mesmo que apenas diplomático, será a sua suspensão da Nato; Putin dá a sua gargalhada e bate palmas.
A segunda e mais do que provável consequência será o êxodo de refugiados curdos para o norte do Iraque. Os curdos são cerca de 40 milhões, o maior grupo étnico carente de um Estado no Médio Oriente; Esta situação não será linear nem livre de conflitos, os curdos iraquianos talvez não aceitem de bom grado uma interferência nas suas, já per si frustradas, ambições nacionais.
Em terceiro lugar, o êxodo dos curdos deixará um vazio de ocupação territorial que não tardará a ser (re-) ocupado pelos fugitivos da ISIS, aqueles que se encontram em campos de detenção entregues à mílicia curda e aos muitos milhares de mulheres e crianças familiares dos guerrilheiros ISIS deixados para trás num limbo.
Desta vez até o Gollan , líder do senado republicano com o nome de guerra Mitch McConnell, não pode permanecer (comme d'habitude) ao lado de Trump - arrastando consigo senadores e congressistas normalmente enfeudados ao dono da Casa Branca - e se pronunciou de forma suficientemente clara para deixar sub-entendido o veto de ambas as câmaras da Hill (pasme-se!)
“A precipitous withdrawal of U.S. forces from Syria would only benefit Russia, Iran, and the Assad regime,” McConnell said in a statement Monday. “And it would increase the risk that ISIS and other terrorist groups regroup.”
Several senators said Monday that Trump's move would abandon U.S.-allied Kurdish fighters ahead of a long-threatened Turkish offensive into northern Syria.
"This betrayal of the Kurds will also severely harm our credibility as an ally the world over. President Trump should rethink this decision immediately." Sen. Patrick J. Toomey (R.)
“So sad. So dangerous,” he said on Twitter. “President Trump may be tired of fighting radical Islam. They are NOT tired of fighting us.” Sen. Lindsey O. Graham -(R.)
“The president’s decision to abandon our Kurdish allies in northern Syria in the face of an assault by Turkey is a betrayal that will have grave humanitarian and national security consequences,” said the senators, who are chairman and ranking member, respectively, of the Senate foreign relations subcommittee on near East, South Asia, Central Asia and Counter-terrorism.
“After enlisting support from the Kurds to help destroy ISIS and assuring Kurdish protection from Turkey, the US has now opened the door to their destruction,” they said. “This severely undercuts America’s credibility as a reliable partner and creates a power vacuum in the region that benefits ISIS.”
Trump depressa se dispôs a esquecer, ou melhor dizendo, a ignorar, quanto o mundo ocidental, e não só, deve aos curdos; foram eles a imparável linha da frente na reconquista do solo que servia de pátria ao califato do ISIS, na Síria e no Iraque.
Promessas? Compromissos? Há um ano Trump discursava de outra forma, obviamente com palavras vazias:
Promessas? Compromissos? Há um ano Trump discursava de outra forma, obviamente com palavras vazias:
“We do get along great with the Kurds. We’re trying to help them a lot. Don’t forget, that’s their territory. We have to help them. … They fought with us. They died with us. They died. We lost tens of thousands of Kurds, died fighting ISIS. They died for us and with us. And for themselves. They died for themselves. They’re great people. And we have not forgotten. We don’t forget.”
Desde Dezembro de 2018 que Trump tenta "retirar do terreno as tropas americanas, doa a quem doer, sob as desculpas mais esfarrapadas:
Trump defended his decision and said that the United States was being played for a “sucker” by continuing to serve as “a policing operation” for people in Middle East countries “who don’t even like the USA.”Quando deflagra no Iraque uma insurreição aparentemente descontrolada onde os mais jovens estão a morrer como tordos Trump volta à carga...
Quem incita e manipula os jovens iraquianos em "guerra contra a corrupção institucional"? Não, não é Trump, não é a América...
Quem é?
Quem se dispõe a demonstrar um átomo de coragem na defesa e protecção dos curdos face à coragem que todos lhes devemos?
Não me restam dúvidas, a Besta anda pelo mundo
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A ler sobre o assunto:
THE U.S. IS NOW BETRAYING THE KURDS FOR THE EIGHTH TIME
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