A 4 de Dezembro, 3 dias antes das milícias rebeldes sírias tomarem Damasco, perguntava eu aqui no Real Gana :
«O regresso dos "Rebeldes" à guerrilha Síria, neste momento em que Rússia e Irão têm as mãos - leia-se armas e mercenários - ocupadas à exaustão é assunto a ter em conta por todas as partes. Pergunto eu porque sou curiosa: por quem e onde está a ser feito o treino nos "novos rebeldes" sírios? E de onde lhes chegam as ferramentas? Quem as faz, quem as paga, quem as distribui?»
Não encontro em nenhum site de notícias absolutamente nada sobre qualquer acção militar do Ocidente na Síria. Os israelitas bombardeiam, e entram na Síria para além da "zona tampão" previamente acordada após a queda de Assad, os russos batem em retirada com quilómetros de armamento pesado ao longo de auto-estradas, os turcos apelam a isto e àquilo enquanto pensam como melhor podem aproveitar a instável situação. De resto não se passa nada...
A coisa mais próxima que encontrei foi uma curta declaração do secretário de Estado americano, o incansável Blinken, numa conferência de imprensa em Aqaba, na Jordânia:
“Sim, temos estado em contacto com o HTS (Hayat Tahrir Al-Sham - milícia rebelde síria) e as outras partes”
Os Estados Unidos, a Turquia, a União Europeia e países árabes concordaram que "um novo governo na Síria deve respeitar os direitos das minorias". Um acordo de paz foi assinado em Aqaba este sábado,14, e foi objecto de uma declaração conjunta dos EUA e da coligação de outros países numa reunião ministerial urgente. Blinken afirmou: «O acordo envia uma mensagem unificada à nova autoridade interina e às partes sírias, afirma o apoio total à unidade, integridade territorial e soberania da Síria» (Esta da "integridade territorial e soberania" até poderia parecer um recado a Israel...)
E pouco mais que se possa espremer..
Hoje chegou-me um vídeo - não, não é manipulado - que, por mais que procure nas notícias nem sombra de palavra sobre o que mostra
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