Hoje passei a manhã em deslocações de automóvel de um lado para outro; comecei pouco depois das 8 da manhã e parei por volta da 1 da tarde; não ficou por aqui mas para o que pretendo este intervalo de tempo já chega.
Durante este período tive sempre o rádio ligado e saltitei bastante entre estações emissoras. Não sei quantos serviços noticiosos ouvi mas, se considerarmos que são emitidos a cada meia-hora, foram mais do que os suficientes.
Ouvi notícias que não percebi sequer por que foram "notícia", por exemplo:
"Uns quantos médicos vindos de Porto-Rico encontram-se em Portugal sem poderem exercer por falta de documentos comprovativos que permitam a sua inscrição na Ordem dos Médicos."
Sim? E daí? Querem uma manif. à porta do Consulado? Que o nosso Ministério da Saúde exija os documentos à Embaixada? Por que raio é isto tema de noticiário nacional, logo a seguir aos incêndios que lavram pelo nosso país?
Adiante.
Também fiquei a saber que hoje, 4 de Outubro, é Dia Mundial do Animal. Está bem, antes isso.
A este propósito, apenas numa estação emissora (já não sei qual), ouvi um testemunho do nosso "status" de civismo e sensibilidade que me deu a volta ao estômago.
Não fora o tal "Dia Mundial do Animal" e, provavelmente, ninguém falaria nisto, aliás não foi assim "de caras" que agora encontrei a notícia na net para a poder colocar aqui.
O caso é o seguinte:
sem justificação clínica"
sai caro, dá trabalho, chateia, larga pêlo, cresceu muito, cresceu pouco, não é bom guarda, morde no puto que morde nele, é uma chatice para se poder ir de férias, faz xi-xi no sofá novo, etc.
Solução:
manda-se abater.
( ou abate-se como de uns cachorros de que soube este Verão que estavam a ser enterrados vivos)
Sobre estas pessoas, perdão, sobre a gentalha que faz isto não quero sequer dizer seja o que for. Deixo um "link" à única notícia que encontrei (apesar de ter partido da agência Lusa, alguém por aí a ouviu ou leu?) e cada um que pense o que bem entender.
"Sabemos de muitas pessoas que nunca deveriam ter tido um animal e que, à menor dificuldade, se querem livrar dele, nem que seja através da eutanásia, o que é revoltante", disse à agência Lusa a presidente da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA), a propósito do Dia Mundial do Animal"
.../...
Igual papel desempenham os veterinários, que se vêem a braços com estes "pedidos incompreensíveis". Ana Marques, médica veterinária e directora da Clínica -----, disse à Lusa que desde o Verão que tem recebido várias solicitações neste sentido, as quais recusa "veementemente".
"O meu papel é salvar vidas e não acabar com elas. Quando me propõem tal coisa, tento explicar - e ajudar - que há solução clínica para o caso do animal ou, se o dono não quer ficar com ele, que pode optar por dá-lo para adopção", referiu.
"Chegam-me os casos mais bizarros. Querem, mesmo por telefone, a garantia de que eu abato o animal, até sem o observar clinicamente. Quando me recuso, não hesitam em dizer que o vão fazer em outro lado"
Apenas me quero congratular por o homicídio (ainda) ser ilegal, e punível com prisão...
Com gentalha desta, de mandar abater o cão a mandar abater o avô, que só em medicamentos gasta mais do que recebe de pensão de reforma, vai um saltinho.
E os putos? Só dão é trabalho e despesa. O Zézinho fez-se um sacana malcriado que só arranja é problemas - na escola, em casa, no bairro... E a Marianinha? É uma desgraça, nasceu "mongolóide" e agora tem ataques de asma, melhor fora que Deus a levasse, ou o senhor doutor... Não há vida para isto...
Acham que estou a exagerar? Não, não estou. Se fosse possível, e não punível, entregar os empecilhos humanos para abate haveria muito quem o fizesse, a começar por aqueles que o fazem àqueles a quem a lei permite que seja feito.
E esta é a segunda questão:
Como é possível que a lei permita o abate de animais domésticos sem a justificação de um estado de deterioração clínica irreversível, concretamente a cães e gatos?
Em alguns países do nosso mundo este cenário jurídico não é muito diferente de um que permitisse a eutanásia da avó porque " agente não tem dinheiro para a sustentar nem ninguém para tratar dela quando vamos trabalhar; é melhor assim para todos, sobretudo para a avó".
A justificação:
Os canis municipais continuam a proceder ao abate de cães "abandonados", não há "pão para malucos"...
Sobre este "argumento" há muito que se lhe diga e nem só de retórica vive o homem... Quanto a custos, entre proteger e matar, a opção correcta é mais do que possível. Sugiro que dêem uma vista de olhos a esta esclarecedora informação: http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/2010/12/21/quanto-custa-abater-um-animal-num-canil-municipal/
Quem "tiver estômago" pode ver imagens do tipo "campo de concentração" aqui; canil municipal de abate - Lisboa
NÃO ACONSELHÁVEL A CRIANÇAS
OU JOVENS COM UMA SENSIBILIDADE SAUDÁVEL
Que moral pode ter um Estado assassino de animais saudáveis e inocentes para legislar sobre a conduta dos "assassinos privados"?
Para além deste mundo sombrio e gélido há quem entregue horas de dedicação, trabalho, carinho e esforço para salvar, tratar e encontrar um lar a pobres inocentes que não têm culpa de que a humanidade (tão mal) domine a Terra.
Bem hajam!
http://www.uniaozoofila.org/index.php?option=com_content&view=category&id=5&Itemid=7
a minha favorita:
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