Foi o primeiro comício de campanha do eleito de Tump para vice-presidente, JD Vance, um exemplo da nova política pela não-violência após o reconhecimento de que o discurso agressivo incita acontecimentos como a tentativa de assassinato de Trump
Quando o senador republicano do Ohio, George Lang, subiu ao palco, saudou a multidão num cântico de “luta, luta, luta” (fight, fight, fight , ou "lutem, lutem, lutem"), o novo grito de guerra para o Partido Republicano depois da tentativa de assassinato de Trump na Pensilvânia. Viva o não incitamento à violência
Disse então o prendado representante eleito pelo povo à multidão:
“Estamos a lutar pela alma da nossa nação. Estamos a lutar pelos nossos filhos e netos, uma luta que nunca imaginámos. Acredito sinceramente que Donald Trump e JD Vance, do condado de Butler, são a última oportunidade de salvar politicamente o nosso país. Receio que, se perdermos esta, seja necessária uma guerra civil para salvar o país, e o país será salvo”.
Ou seja, se o povo americano eleger outra pessoa que não Trump, faz-se uma guerra civil para salvar a América.
Isto sim, é respeito pela democracia, pela liberdade, pela constituição, pelas pessoas. E, além de o pensarem dizem-no em voz alta, gritado num comício
O que faz o povo? Sente-se ameaçado? Desrespeitado? Instrumentalizado? Não, o povo aplaude, dá murros no ar, grita “luta, luta, luta”...
e vota nestes gajos, como moscas a votar no Shelltox
Já agora... Como uma desgraça raramente vem só, aproveito aqui estar para divulgar mais uma pérola, que, publicada no rescaldo do comício supra-referido, só pode ser interpretado como uma Pérola de Ironia;
Esta segunda-feira, o primeiro dia após o Presidente Biden ter deixado a candidatura à presidência, os antigos gestores de campanha de Trump, Chris LaCivita e Susie Wiles, publicaram um "memorando" fazendo o ponto da situação. Diz assim:
«Assim como Donald Trump demitiu Joe Biden, demonstrará ao mundo que também pode demitir a perigosa Kamala.
Esta 'Guerra à Democracia' - será interrompida pelo homem que levou uma bala pela Democracia»
Não digo mais nada, temo que me saia alguma palavra feia sem eu dar por isso
Para quem tiver curiosidade em admirar as impecáveis sobrancelhas do arrumadíssimo Senador Shelltox deixo a amostra aí abaixo
“President Joe Biden is a patriotic American who has always put our country first. His legacy of vision, values and leadership make him one of the most consequential Presidents in American history” - Nancy Pelosi
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“It has been — and remains —the honor of my life to work for @POTUS for the past twenty-two years.He has restored U.S. leadership around the world and delivered historic accomplishments as President. I look forward to building on that record with him over the next six months.” - Secretary of State Antony Blinken
Ontem, sábado, Biden não estava ainda convencido de que seria um "peso negativo" nos boletins de voto para a presidência, Congresso e Senado mas passou o dia a estudar os dados recém-chegados: informações, estatísticas e sondagens. Sábado à noite informou a família e os conselheiros mais próximos da sua decisão de retirar a candidatura à presidência. Pediu então a dois dos seus conselheiros mais próximos que iniciassem o processo de redacção de uma carta e coordenassem o anúncio de abandono da corrida à Casa Branca. Trabalhou com o seu conselheiro de longa data e chefe de comunicações, Mike Donilon, para redigir a carta durante a noite. Steve Ricchetti, outro conselheiro que o acompanha desde o seu tempo de vice-presidente, foi encarregado de organizar o anúncio da decisão. Domingo de manhã telefonou a Kamala Harris.
A vida não é justa, não, não é.
Tanto filho da mãe que há por aí com as rédeas do poder na mão, completamente indiferente às consequências dos seus actos, vontades e proveitos que vai passando incólume entre as espadas da justiça da vida... Porque a vida não é justa, se fosse não castigaria Biden pelo seu crime: envelhecer, expor-se fragilizado. Depois do malfadado debate a 27 de Junho Biden entrou em espiral descendente, de dia para dia, com a pressão dos olhos do mundo sobre cada palavra, cada movimento, cada passo. Há apenas 20 dias escrevia eu aqui:
Está mais velho? Está. Está mais lento? Está. Mas não está parvo, sabe perfeitamente o que quer, tem uma experiência política inigualável, uma capacidade diplomática rara. E não é um pulha maligno
Em menos de 20 dias tornou-se evidente que Biden não suportaria mais 4 anos de mandato, não suportaria muito menos do que isso, está a trucidar-se e a ser trucidado
«Let me finish the job», foi a mais sincera expressão da sua vontade, da sua prece à vida. Mas a vida não é justa
A vida não é justa mas Biden é.
Teimoso como o campeão dos teimosos Biden é a antítese da desistência; tentar até não haver mais hipóteses, dialogar até não existirem mais argumentos, conceder até não poder transigir, conciliar até à fronteira dos opostos. E lutar, até que a luta conduza à derrota.
Dói-me imaginar o que inundou Biden ao assentir que a sua luta conduziria à derrota, ao ter sido derrotado pela injustiça da vida. Mais uma vez, como sempre, fez o que era preciso ser feito, o que o carácter e o bom senso lhe exigiu. Mais uma vez mostrou ser sábio, coerente e pragmaticamente funcional
Uma coisa que Trump nunca compreenderá é que a Dignidade e o Respeito não se ganham nas urnas, não se conquistam com discursos nem se traficam em influencias, ou se tem, ou não se tem
Das eminentes figuras que iluminavam a ribalta do partido quando Trump tomou a presidência, nem uma esteve presente no primeiro dia da convenção e, aposto as minhas fichas todas, não haverá sombra deles durante o desenrolar da reunião da seita trumpista adoradora do fundador da projectada dinastia
O concílio foi aberto com os discursos mais fundamentalistas do movimento MAGA/Fraude Eleitoral /6de Janeiro
A evocação do anti-semitismo - não centrado no actual Estado de Israel mas o propagado pelo regime nazi - foi abordada por, pelo menos, 3 dos 6 oradores em "prime time" que antecederam a chegada de Trump (a bem da sanidade mental que me resta não ouvi todos): a indescritível Marjory Taylor Greene com o seu habitual arrazoado de parvoíces e mentiras, o contestadíssimo Charlie Kirk, tido como uma aberração mesmo dentro do seu partido, rei das teorias de conspiração como é recorrente em quem fala do que nada sabe, evangélico de carreira e de proveitosos negócios, Kristi Noem, governadora do Dakota do Sul, que começou com este mimo: “Fui governadora tanto sob o presidente Trump como sob Joe Biden, e as pessoas perguntam-me constantemente: ‘Qual é a maior diferença? E digo-lhes que o presidente Trump honrou a Constituição.”. A partir daqui está tudo dito, que Trump foi "processado injustamente" ou a "cabala das eleições de 2020", sim, pois, já sabemos. Também merece uma referenciazita o governador do Carolina do Norte, Mark Robinson, homem do NRA, citador de Hitler, que recentemente (05/07/24) opinou durante umsermão numa igreja (Lake Church em Bladen County ) : «Some folks need killing.»/“Algumas pessoas precisam de ser mortas.”. Seria uma premonição?
É isto o "prime time" da abertura do que foi o Partido Republicano. Uma tristeza, uma angústia, a formação de uma tempestade negra
A escolha do senador J D Vance para vice-presidente...
Vance, um feroz crítico de Trump em 2015/16, chamou-lhe idiota, chegou a pôr a hipótese de tapar o nariz e votar em Hillary.
"In an interview with NPR in August 2016, Vance said he might even vote for Clinton".
“I think there’s a chance, if I feel like Trump has a really good chance of winning, that I might have to hold my nose and vote for Hillary Clinton,”
Quando se iniciou a campanha para 2020 Vance descobriu que " Trump foi tão bom presidente..." , como poderia não o apoiar? Apagou os seus Tweets de 2016 e foi à luta, à sua luta.
9 Outubro 2016 . 1 mês antes das Presidenciais
Agora teve um empurrãozinho de Elon Musk, o que fez brilhar os olhinhos gananciosos de Donald Júnior: "Daddy, o Vance é fixe e mexe-se bem em Wall Street". (O Don Júnior não percebe que está a dar um tiro no pé, se Vance entrar na Casa Branca será candidato às presidenciais de 2028, certinho como o Sol mesmo num dia de chuva. Talvez depois... Depois passou, o herdeiro do trono, após a hipotética regência de Vance, é o benjamim, Byron, o único que aos 18 aninhos está a ser (en)formado para isso seguindo os trâmites de uma monarquia
Nascido pobrezinho, abandonado pelo pai e retirado à mãe toxico-dependente , Vance cedo mostrou ser um rapaz cheio de iniciativa.
Acérrimo opositor da ajuda financeira e militar à Ucrânia (Musk sabe quem escolhe...) aí está ele, aos 39 anos a fazer o caminho para a Casa Branca apoiado no braço daquele a quem chamou mentiroso, repreensível e idiota mas as subidas ingremes requerem um bom cajado
Eu sei que parecerá um exagero mas, transposto no tempo, na geografia e no marketing, senti um vislumbre do clima obcecado da saudação ao ditador, da saudação de um deus humano acima dos meros mortais que necessitam de um guia para a luz. E depois aquele inexplicável atentado... Inexplicável como aconteceu, inexplicável o tiro na cabeça que feriu uma orelha enquanto um bombeiro ao lado caia baleado fatalmente.. Um imortal. Falavam de divina providência, de um milagre concedido ao Eleito pela graça de Deus, na sua qualidade messiânica. Tenhamos presente que não se trata de um comício composto por seguidores, é suposto tratar-se de uma convenção oficial de delegados do partido que lidera o Congresso para a escolha de um candidato presidencial.
Fora a convenção num estádio e teríamos um remake não militarizado de 1936. Um mundo alternativo, uma realidade paralela, o absurdo em marcha
Nada disto é normal
Uma coisa sobressai, a expressão de Trump mudou, completamente
Não estou a dizer que o homem mudou, não sei e duvido, estou a constatar que a expressão, a linguagem corporal é inequivocamente diferente. Inequivocamente não está bem, não está à vontade, não se sente como peixe na água como quando habitualmente preside a uma enorme reunião de adoradores. Pelo menos neste primeiro dia foi assim
Aguardemos pela versão de Trump que veremos dentro de dias discursar nesta convenção, perante a América, perante o mundo
Por último, e enquanto as eleições não chegam, vale a pena focar o designado "Project 2025"
O primeiro passo foi a sagração da Imunidade Presidencial pelo malfadado Supremo Tribunal Federal arremessado por uma maioria de juízes enfeudados . Trump não se preocupa com a jurisprudência que daí advém, na sua cabecinha loira acabaram-se os presidentes democratas, liberais, da "radical left", como ele gosta de espalhar aos quatro ventos (como se isso fosse coisa que exista significativamente nos EUA)
Não vou gastar muitos bytes a debitar sobre o tenebroso projecto, a página oficial com aquilo que querem deixar transparecer, por agora, encontra-se AQUI com várias ligações mimosas
«O Projecto de Transição Presidencial 2025, também conhecido como Projecto 2025, é uma iniciativa organizada pela Heritage Foundation com o objectivo de promover uma colecção de propostas políticas conservadoras e de direita para remodelar o governo federal dos EUA e consolidar o poder executivo caso Donald Trump vença as eleições presidenciais de 2024»
Quando, recentemente Biden disse que o Projecto 2025 destruiria a América e o Partido Democrata tentou chamar a atenção dos eleitores para a organização que o sustenta, Trump apressou-se a publicar na Truth Social, a sua rede social:
«Não sei nada sobre o Projecto 2025. Não faço ideia de quem está por trás disso. Discordo de algumas das coisas que estão a dizer e algumas das coisas que estão a dizer são absolutamente ridículas e abismais.» Eu não acredito que Trump usasse a expressão "abysmal" saída da sua cabecinha, alguém lhe disse "demarca-te lá disto por agora, ainda é cedo, vai dar bronca". A verdade é que a organização está pejada de aliados e colaboradores de Trump.
No início de Julho, o presidente da Heritage, Kevin Roberts, deu uma eloquente entrevista ao podcast "War Room", fundado pelo ideólogo de Trump Steve Bannon, sobre o Projeto 25 não se inibindo de levantar a perspectiva de violência política :
“Estamos no processo da segunda revolução americana, que permanecerá sem derramamento de sangue se a esquerda o permitir”
As consequências disto são inimagináveis, um mundo novo emerge e não vai ser agradável de ver, muito menos de se viver
A maior parte das notícias que nos chegam dividem-se em dois grupos: o "Já foi" e o "Pode vir a ser".
O "Já foi" é muitas vezes é um "já era", pronto acabou-se, ou um "veremos consequências" que nos permite estabelecer uma ou várias relações de causa/efeito;
O "Pode vir a ser" tem como contrapartida o "Pode vir a não ser", é frequentemente um exercício jornalístico baseado num qualquer facto, acontecimento, extrapolado em opiniões mais ou menos alicerçadas; dependendo de quem extrapola será uma hipótese plausível ou uma conversa que leva a parte nenhuma
De vez em quando aparece uma notícia que é mesmo importante, sobre alguma coisa que representa uma alteração real do statu quo, como a invasão da Ucrânia, o alargamento da NATO, uma mudança de linha de poder significativa, uma descoberta espantosa, um avanço científico transformador
Hoje houve uma notícia importante, muito importante, com um "a ver vamos" à mistura
O presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, de 69 anos, um cirurgião cardiologista e legislador, foi eleito há uma semana derrotando o seu rival de linha dura Saeed Jalili, antigo negociador nuclear, numa votação que se desenrolou no meio de tensões acrescidas a nível interno e internacional.
"Apesar destes passos em falso, estou ansioso por encetar um diálogo construtivo com os países europeus para colocar as nossas relações no caminho certo, com base nos princípios do respeito mútuo e da igualdade"
Tido como um reformista Pezeshkian tem favorecido o diálogo com os inimigos do Irão, especialmente no que se refere ao programa nuclear
"Gostaria de sublinhar que a doutrina de defesa do Irão não inclui armas nucleares e exorto os Estados Unidos a aprender com os erros do passado (saída do Acordo Nuclear - JCPOA) e a ajustar a sua política em conformidade. Os decisores em Washington precisam de reconhecer que uma política que consiste em colocar os países regionais uns contra os outros não teve sucesso e não terá sucesso no futuro"
"A Rússia é um valioso aliado estratégico e vizinho do Irão e a minha administração continuará empenhada em expandir e reforçar a nossa cooperação. Lutamos pela paz para os povos da Rússia e da Ucrânia e o meu governo estará preparado para apoiar ativamente as iniciativas destinadas a alcançar este objetivo"
Como disse, é uma notícia importante, mais importante do que a queda de um helicóptero, mais importante do que as eleições no Irão, essas, de formas diferentes, foram ritos de passagem. Agora "a ver vamos"... A ver vamos se o deixam, a ver vamos se continuará vivo e livre . A ver vamos se uma nova onda de protestos se formará entre o povo iraniano se Pezeshkian for travado após a sua eleição
É o líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei, quem tem a última palavra em todas as questões de Estado. Em matéria de política externa Pezeshkian terá de se submeter a Khamenei que, até agora, condenou todas as tentativas de melhorar as relações com o Ocidente. Talvez os "acidentes de helicóptero" o motivem a repensar, uma coisa se tornou evidente: os helicópteros também caiem no Irão, sabe-se lá o que mais poderá acontecer... Veremos se este é um "Pode vir a ser" ou se se ficará por um "Pode vir a não ser"
Olhando para o Partido Conservador destes últimos 14 anos pergunto-me como conseguiu o Reino Unido permanecer um dos G7...
BREVE HISTÓRIADA DO DECLINIO BRITÂNICO REGIDO PELOS CONSERVADORES
David Cameron, eleito em 2010 (em coligação com os Liberais Democratas) foi a última cabeça coerente e arrumada ao leme do UK por parte dos Conservadores - até à escolha de Rishi Sunak, contrariados mas desesperados, já lá vamos...
Cameron foi reeleito em 2015, sem coligações e com mais do que a maioria requerida;
Face à derrota, o líder trabalhista Ed Miliband, demitiu-se abrindo a porta a Jeremy Corbin, um socialista radical de esquerda a tomar as rédeas de um partido social-democrata, a coisa não poderia correr bem.
Pressionado pela ala direita do partido conservador Cameron cometeu um erro, crasso: admitiu a realização do referendo Brexit; acreditou que os britânicos, a maioria dos britânicos, veriam mais longe do que os limites dos seus quintais, compreenderiam que, no mundo do Séc. XXI , as fonteiras nacionais são ilusórias, as fronteiras existem, sim, onde se delimitam "os poderes", e esses requerem uniões, coesão além fronteiras nacionais para se poderem impor e subsistir.
Isto é hoje inegavelmente evidente mas em 2015 o que é agora evidente apenas começava a tomar forma: a invasão da Crimeia em 2014, a candidatura de Trump em 2015, a interferência da Rússia em eleições democráticas e a sua intervenção militar na guerra da Síria em Setembro do mesmo ano quando os rebeldes, armados pelo Ocidente, começavam a ocupar espaços estratégicos, para citar apenas o mais óbvio.
Em 2016 os dados estavam lançados, foi a consolidação do sonho populista, nascido em noites de maligna insónia nos aposentos do Kremlin para assombrar os dias do Ocidente. Hoje é vivido como uma vitória da direita radical. Quanta ilusão... Uma maioria inqualificável dos eleitores populistas ainda hoje não acredita nisto, por mais que se meta pelos olhos dentro.
Por pouco houve um Brexit, por pouco Trump ganhou a presidência - assente no Colégio Eleitoral. Na Síria caiu Aleppo, com os curdos os americanos conquistaram Palmira e, pouco depois os traíram deixando-os à sua sorte e às garras de Erdogan; deu-se uma das maiores crises humanitárias que o mundo conheceu e, sequentemente, quebrou-se o frágil cessar-fogo entre os EUA e a Rússia; O golpe de Estado na Turquia falhou em poucas horas; O Trans-Pacific Partnership (TPP) - acordo comercial entre os EUA e 11 países asiáticos - sucumbiu no Congresso após a vitória de Trump, ainda durante o mandato de Obama; A Coreia do Norte realizou testes de mísseis e testes nucleares sem precedentes sendo designada por Obama, ao deixar a Casa Branca, como a maior ameaça mundial. E face à vitória do Brexit Cameron demitiu-se. O pesadelo britânico materializou-se
Ascende ao governo britânico a doce Theresa May nomeada pelos líders conservadores. Senhora honesta e cumpridora teria provavelmente feito um bom lugar em qualquer posto que requeresse organização sem confronto, sem necessidade de pensamento lateral. Terá sido escolhida para ser manipulada, incapaz de um pensamento mais "fora da caixa", com a capacidade criativa de um peixe num aquário redondo, resistiu à manipulação por ser integra e teve a agradecer a vitória nas eleições de 2017, sem maioria, à oposição liderada por Corbin, visto de lado por muito bom trabalhista. Após longas conversações fez uma aliança parlamentar como Partido Democrático Unionista (DUP, da Irlanda do Norte) o que veio a complicar, ainda mais, as negociações do Brexit com a UE ( A Irlanda, tal como a Escócia, "chumbou" o Brexit)
Menos de dois anos depois May era traída pelo seu partido, enfraquecida pelas desventuras do seu mandato: as inconsistentes negociações do Brexit, rejeitadas pelo DUP, a instabilidade económica crescente, a desvairada, e insultuosa, visita de Trump ao UK, os resquícios da campanha do Brexit inflamados por Nigel Farage e Boris Johnson - foi-lhe retirado o apoio parlamentar. Em Maio de 2019 anunciou a sua demissão assim que um novo líder conservador fosse escolhido pelo partido
Em Julho de 2019, após conturbadas e demoradas eleições dentro do Partido Conservador, entra Boris Johnson.
Sobre este chanfrado ambicioso, que em pequenino queria ser rei de Inglaterra, pouco haverá a dizer que não tenha sido óbvio aos mais desatentos.. Arregaçou as mangas para o que viria a ser uma desastrosa conclusão das negociações do Brexit, quase exasperando Jean-Claude Juncker e elevando aos picos a paciência de Michel Barnier
Foi confirmado eleitoralmente como primeiro-ministro em Dezembro de 2019, ainda no período de transição do Brexit e antes das suas consequências se começarem a sentir. De referir, en passant, que a Comissão Eleitoral classificou a campanha de Johnson como: "inapropriada e enganadora", e o Twitter afirmou que tomaria "acções correctivas decisivas" se houvessem "novas tentativas de enganar as pessoas". Entre outras vergonhas o Partido Trabalhista obteve documentos governamentais que mostravam que Johnson tinha enganado o público sobre o acordo dos conservadores Brexit / UE, especificamente em relação aos controlos alfandegários entre a Grã-Bretanha e a Irlanda do Norte, que fazem parte do Good Friday Agreement , que Johnson disse que não existiriam
Sucederam-se os escândalos dentro do Partido Conservador, no seu governo e nas suas fileiras parlamentares; a economia caía a pique, o porto de Dover parecia um lava-loiças entupido devido à congestão das importações/exportações, a Irlanda do Norte associou-se à Republica da Irlanda na defesa da manutenção das suas fronteiras abertas, a Escócia via-se encurralada devido à queda drástica das exportações - o independentismo espreitava - faltavam bens, sobretudo alimentares, nos mais corriqueiros super-mercados. E chegou o Covid... Johnson apostava na imunização por contágio, foi o descalabro. Depois de hospitalizado durante uma semana com 3 dias em UCI, cedeu ao confinamento, ao dos outros, no Number10 havia festarolas e reuniões de copos e ministros a atravessarem condados. Morreram cerca de 250 mil pessoas.
Em 2020 os britânicos retiravam-se do Afeganistão a reboque dos EUA e a população acompanhava incrédula a desorganização, a falta de apoio às tropas, à embaixada, aos colaboradores afegãos; Johnson descartava-se atirando a responsabilidade para o Ministério da Defesa e seguia animado. O NHS afundava-se, o Partido Trabalhista pediu um aumento de 45% para o seu financiamento que foi chumbado.
Johnson aguentou-se numa corda bamba até Julho de 2022 altura em que se demitiu, do governo e de líder partidário após ter vindo a público mais um escândalo por "má conduta sexual" do vice-líder da bancada parlamentar, nomeado por Johnson com conhecimento do processo; vários ministros se demitiram abrindo nova crise governamental
A 6 de Setembro de 2022, entra Liz Truss, escolhida, em detrimento de Rishi Sunak, pela ala mais conservadora do partido e próxima de Johnson; um desastre total que ficou conhecido como o mandato mais curto da história do Reino Unido. Demitiu-se a 25 de Outubro
No mesmo dia da demissão de Truss foi eleito como primeiro-ministro , pelo partido, Rishi Sunak.
Sunak terá cometido um acto de bravura, necessidade ou busca de prestigio não foi por certo; ex-ministro das finanças conhecia bem a situação em que se encontrava o UK.
Foi tarde, depois de Johnson a situação económica e social era perto de calamitosa: o NHS estava em cuidados intensivos e o descontentamento atingira picos incontestáveis. Conseguiu controlar a inflação mas não se reflectiu no custo de vida, uma crise de habitação sem precedentes e, o coup de grace, a ideia peregrina de enviar imigrantes para o Rwanda como se fossem gado de exportação.
Após Cameron, depois de mais 4 governos em 8 anos, o Partido Trabalhista tinha a vitória assegurada.
Sai Sunak...
Sunak é um Senhor. É a prova provada de como o Partido conservador apostou mal ao longo de demasiados anos, ao pé dele Johnson é um labrego, em todos os sentidos, pessoalmente, socialmente e politicamente; foi o único primeiro-ministro da história que, poucas horas após ter sido formalmente empossado pela rainha, revelou detalhes da conversa entre ambos
Sunak é um Senhor e assim o demonstrou, uma vez mais, ao deixar Downing Street; assumiu uma total responsabilidade que não tem, basta olhar uns poucos anos para trás. Referiu-se ao homem que o venceu como sendo "um bom e decente homem que eu respeito" e que "o seu sucesso será o nosso sucesso, desejo-lhe o melhor". É preciso ter pinta, caramba. (Tal e qual como Farage que, desiludido com 1/4 dos deputados que esperava, rosnou: "O Partido Trabalhista vai ter-nos à perna, vamos fazer-lhes a vida negra")
Entra Keir Starmer.
E Sir Starmer também é um Senhor. É homem de uma seriedade invulgar no meio político. Quando se tornou líder do Partido Trabalhista, em 2020, pegou num partido esfrangalhado, radicalizado e com a pior votação desde 1935. Expulsou Corbin do Parlamento não lhe tolerando mais o continuo discurso anti-semita. Em 4 anos, difíceis, elevou o partido a uma estrondosa vitória, reuniu um governo no qual inseriu independentes por considerar que serão aquelas as pessoas mais eficazes, foi buscar alguns ex-ministros de Blair por considerar que serão mais experientes. E veio para trabalhar, indubitavelmente.
Pessoalmente tinha duas pedras nos sapatos, uma no esquerdo outra no direito :
à direita temia uma vitória do Rassemblement National;
à esquerda temia uma maioria da aliança Nouveau Front Populaire.
Temores vencidos, a Ensemble, de Macron, conseguiu uma surpreendente segunda posição tornando-se imprescindível à maioria parlamentar
Equilíbrio. Respiro fundo
Só por curiosidade:
Comecei a escrever sobre as eleições no UK, não é para hoje, por hoje estou satisfeita;
A propósito do Brexit escrevi umas linhas que ponho aqui hoje em "ante-estreia" porque servem que nem uma luva face ao post que o Ministério dos Negócios Estrangeiros Russo pôs no X/Twitter 3 dias depois da 1ª volta das eleições francesas:
«No mundo do Séc. XXI , as fonteiras nacionais são ilusórias, as fronteiras existem, sim, onde se delimitam "os poderes", e esses requerem uniões, coesão além fronteiras nacionais para se poderem impor e subsistir.
Isto é hoje inegavelmente evidente mas em 2015 o que é agora evidente apenas começava a tomar forma: a invasão da Crimeia em 2014, a candidatura de Trump em 2015, a interferência da Rússia em eleições democráticas e a sua intervenção militar na guerra da Síria em Setembro do mesmo ano quando os rebeldes, armados pelo Ocidente, começavam a ocupar espaços estratégicos, para citar apenas o mais óbvio.
Em 2016 os dados estavam lançados, foi a consolidação do sonho populista, nascido em noites de maligna insónia nos aposentos do Kremlin para assombrar os dias do Ocidente. Hoje é vivido como uma vitória da direita radical, quanta ilusão... Uma maioria inqualificável dos eleitores populistas ainda hoje não acredita nisto, por mais que se meta pelos olhos dentro.»
Não morro de amores pelos franceses, reconheço-lhe qualidades importantes, particularmente a nível cultural - cresci durante quase década e meia entre eles e sei bem o que os caracteriza, para o melhor e o nem tanto - os parisienses mexem-me com o sistema nervoso, ficaram no mês de Maio de 1968 e não evoluem, sentem-se a avant-garde da Europa e perderam a humilde dignidade dos tempos da Résistance, é pena; em Estrasburgo há que ter cuidado para não chocar com tanto nariz empinado, na Bretanha são uns gajos porreiros, na Côte d'Azur são para esquecer. Porém... Neste momento não posso deixar de lhes tirar o meu chapéu, os meus chapéus todos. Não sei como irão comportar-se domingo que vem, na segunda volta das legislativas, mas esta semana estão a dar uma enorme lição de consciência política, nacional, patriótica.
18 Junho 1940, Charles de Gaulle, BBC
Os líders políticos mandaram o partidarismo às malvas e colocaram o país primeiro, não é fácil, creio que é a primeira vez que vejo. Se o povo compreender e responder positivamente ficará na história da ciência político-social.
Tendo em mente a irresponsabilidade, a inconsciência, o egotismo que assola os EUA, e não só mas ali é gritante, a competência político-partidária que os franceses estão a demonstrar ao enfrentar a vantagem partidária da extrema-direita é singular e meritória.
O Rassemblement National (Le Pen/Bardella) obteve 33,15% dos votos, dos quais cerca de 4% serão do partido republicano (de Eric Ciotti - De Gaulle deu 3 voltas na tumba ao ver o seu partido unir-se à extrema-direita apoiada por um ditador soviético), a Nova Frente Popular (Partido Socialista, os Verdes e França Insubmissa) surge no segundo lugar, com 28,5% e coligação centrista, Ensemble (de Macron), obteve 20,83%. A união da Ensemble com a Nova Frente Popular soma 49,33%. a 0,67% da maioria; Percebo que Le Pen esteja em fúria, que insulte Macron, é azucrinante sucumbir à sede com o oásis à vista; em breve saberemos se é um oásis ou uma miragem.
A união destes 49,33%, tão diferentes entre si tem um denominador comum: impedir que o governo francês se torne mais um vassalo de Putin, mais um espinho na Europa, uma Hungria francófona. "Ter denominadores comuns facilita a comparação, soma e subtração de frações." Assim seja.
Não esqueçamos que, já antes de domingo, amanhã quinta-feira, o UK vai a votos e o inefável Farage irá subir uns quantos pontos, mesmo depois da inqualificável cena que se pode ver no vídeo aí abaixo; alguns presentes reagiram mal, gritaram que rasgassem a imagem, Farage apenas balbuciou um "acalmem-se" vagamente incomodado
Durante 90 minutos tive um intensíssimo exercício de contenção emocional e verbal. Eu, que não sou americana nem por lá vivo ou por lá tenho filhos mas vivo no planeta Terra e não tenho saída
Pergunto-me como conseguiu Biden, que é um poço de emoções, manter-se auto-controlado, como resistiu a pregar um berro e chamar o bode pelo nome, a evocar-lhe a mãe. Conseguiu, à custa da sua presença que foi drasticamente, visivelmente, dolorosamente abalada
Como é que o bode, com o maior descaramento do mundo, que não conhece limites a depor uma "realidade alternativa", se atreve a dizer:
"Toda a vida conheci políticos, há 8 anos que estou deste lado, nunca conheci ninguém tão mentiroso como Biden, o homem mente o tempo todo"
Como é possível? Esta não foi, de todo, a mais grave mas foi sem dúvida a mais espantosa e talvez a mais danosa para a presença de espírito de Biden
O pior, o pior de tudo, é que o confronto de um gajo que tem o maior descaramento do mundo e não conhece limites com um homem que não usa subterfúgios para expor factos é com frequência, demasiada frequência, visto como uma prova de força de quem não hesita em usar todo e qualquer argumento ou versão rocambulesca para sair por cima. Não é, a estupefactção perante o inconcebível não implica incapacidade
E quase sempre o traste sai por cima porque o essencial é relegado como lixo. Fica a imagem de um homem exausto, chocado, a debater-se entre processar os absurdos que ouve e a resposta que pode dar.
Espantosamente, poucos minutos após o final do debate, Biden foi filmado num palco frente a apoiantes que o aguardavam, depois a mesma cena no aeroporto; era outra pessoa, outra presença, outra energia. No dia seguinte repetiu a dose, do que se pôde ver, e foi bastante, nem uma vez se emaranhou nos seus pensamentos, hesitou na fala
Na minha invalidada opinião, depois das reuniões dos G7, da Nato e da Conferência para a Paz na Ucrânia, que se sucederam sem intervalo, o homem foi sujeito a demasiado treino, aconselhamento, baias, o que, adicionado à irascibilidade e descaramento do bode, o focaram em qual "o comportamento correcto", "qual a resposta "certa". Congelou
Eu também
Está mais velho? Está. Está mais lento? Está. Mas não está parvo, sabe perfeitamente o que quer, tem uma experiência política inigualável, uma capacidade diplomática rara. E não é um pulha maligno
Lincon Project - republicanos contra Trump / Obama
Durante dias a fio irá falar-se do mau debate de Biden, os republicanos não vão largar, os democratas estão em pânico. Boas razões assistem ambos os lados. Está bem. Então é as alarvidades que o bode vociferou? A análise das suas tiradas vai rebentar todos os programas de "Fact Check". BUM!
Escrevo imediatamente após o debate (estou tão avassalada, constrangida, que nem consigo dormir) mas atrevo-me desde já a dizer que serão abordadas as múltiplas dezenas de mentiras do bode e ninguém se chorará com isso, será mais do habitual, a gravidade disto será diluída no mau desempenho de Biden.
Vem-me à memória o primeiro debate entre Barack Obama e Mitt Romney em 2012; foi um descalabro para Obama... Parecia que Romney estava a dar uma aula a Obama, com a crucial diferença de que Romney é um tipo civilizado, Obama é negro numa América complicada e faltavam apenas 5 semanas para as eleições. No entanto Obama deu a volta
Por último:
Está provado à saciedade que seja o que for que o bode faça o partido republicano não lhe retira o apoio, podem vender a alma ao diabo mas continuam firmes. Uma hora e meia de mau debate faz vacilar o partido democrata... É vergonhoso. É um pânico vergonhoso. Consertem o que está mal, ajudem a corrigir e vencer, analisem, não cometam os mesmos erros Uma hora e meia de debate não invalida mais de 3 anos e meio de presidência. Mais 4 anos? Tenha Biden a idade que tiver, pior do que 4 anos de bode maligno não é, nem perto. Se o bode vencer, após esses 4 anos seguir-se-ão 4 anos de filho-do-bode, sejam quais forem os resultados das eleições, podem escrever
AS ATOARDAS DE TRUMP - NÃO NA TOTALIDADE, NÃO CABEM AQUI
Alguns Estados democratas permitem a execução de bebés logo após o nascimento - Não comento
Os EUA têm actualmente o maior déficit da história - O maior foi sob o mandato Trump
Os EUA actualmente um deficit comercial record de comércio com a China - Tem, herdou-o de Trump
Biden recebe, pessoalmente, uma enorme quantia de dinheiro da China - Falso, os negócios com a China associados à Casa Branca foram os de Ivanka, filha de Trump, durante a presidência do pai, já com a Arábia Saudita o caso fia muito mais fino...
Não houve qualquer ataque terrorista durante a sua presidência - Houve, múltiplos
O Irão não financiou o Hamas nem o Hezbollah ou grupos terroristas durante a sua presidência - Sem comentários
Biden quer quadruplicar os impostos das pessoas - Tenham medo, tenham muito medo e esqueçam que Trump retirou impostos, em muitos casos até ao zero, às maiores empresas americanas
Os EUA deram muito mais dinheiro à Ucrânia do que a Europa - É exactamente o contrário
Os EUA deram à Ucrânia 200 biliões de dólares - Deram 110, a última remessa há dias
Durante o mandato de Biden 18 ou 19 milhões de pessoas atravessaram as fronteira para os EUA - Só duplicou o número
Todos os países do mundo estão a despejar as suas prisões e hospícios mentais mandando os liberados como imigrantes - Isto nem a sua campanha se dispôs a confirmar
Biden só criou empregos para imigrantes ilegais - Nem comento
Nancy Pelosi recusou a sua oferta de 10 000 homens da Guarda Nacional no "6 de Janeiro"- A Presidente do Congresso e o então líder do Senado, Mitch McConnell, apelaram à assistência militar, incluindo a Guarda Nacional.
Nancy Pelosi reconheceu ter recusado as tropas porque o Congresso era da sua responsabilidade - Ninguém ouviu ou tem conhecimento de tal oferta nem Pelosi reconheceu tal disparate, o poder sobre a Guarda Nacional repousa no presidente
Enviou a Guarda Nacional durante as agressões (da extrema-direita) contra a população de Minniapolis em 2020 - Não enviou ninguém, foi o governador democrata quem chamou as tropas
Houve fraude ridícula nas eleições de 2020 - Sem comentários, os tribunais já falaram
A NATO estava nos seus últimos dias antes (de Trump) assumir a presidência - Esta é de antologia...
Os EUA pagavam 100% dos custos da NATO antes de (Trump) ser presidente - Nem comento
Foi ele (Trump) e não Biden quem baixou (drasticamente) o preço da insulina - Baixou para um pequeno número de cidadãos senior, Biden baixou os preços de venda evocando os preços a que os mesmos produtos dos mesmos laboratórios são vendidos, após exportação, na Europa
Foi Biden quem o indiciou judicialmente em todos os processos - Absurdo. E a totalidade dos processos que perdeu defendendo "eleições fraudulentas" em Estados republicanos também terá sido o Biden? E os falsos eleitores do Colégio Eleitoral que tentaram entregar o seu voto no Capitólio, também foi o Biden?
A Europa não tem nem aceita carros americanos - Ford? Tesla? Jeep? Dodge? Chrysler? Chevrolet? GM? etc... Mais um absurdo para MAGA comer
Negou ter dito, ao recusar-se a ir ao cemitério onde repousam soldados americanos mortos na II Guerra, no Dia D: «I don’t want to go in there because they’re a bunch of losers and suckers.» - "Não quero ir para lá porque são um bando de falhados e otários"; corroborado ,entre outras fontes, por John Kelly, general de quatro estrelas da Marinha reformado que foi chefe de gabinete de Trump na Casa Branca
Biden apelidou os negros de "super-predadores" durante 10 anos - Não merece comentário
A China deixou de comprar bens ao Irão sob a sua pressão - Falso, a China continua a ter relações comerciais e económicas com o Irão
Foi ele (Trump) que criou o programa "Veterans Choice" - O programa "Veterans Choice", que benificia o acesso de veteranos militares a cuidados de saúde, apoio domiciliário e assistência, foi criado por Obama em 2014
Biden acabou com o "Veterans Choice" porque foi ele (Trump) que o fez - Nem uma coisa nem outra
Relativamente ao 6 de Janeiro:
«Um número relativamente pequeno de pessoas que se deslocaram ao Capitólio e que, em muitos casos, foram conduzidas pela polícia». - Relativamente pequeno comparado com o quê, com a população americana? Quanto à polícia... dois morreram, mais dois suicidaram-se, dezenas foram gravemente feridos. Se não fora a polícia...
A 7 de março de 2023, o Chefe da Polícia do Capitólio dos EUA, J. Thomas Manger, afirmou que a alegação de que "os nossos agentes ajudaram os desordeiros e actuaram como 'guias turísticos'" é "ultrajante e falsa". Um porta-voz da Polícia do Capitólio confirmou a autenticidade do memorando Mais de 1.400 pessoas foram acusadas de crimes federais decorrentes do motim. Mais de 850 pessoas declararam-se culpadas dos crimes
Quando interrogado sobre os acontecimentos 6 de Janeiro foi esta a resposta:
«On January 6th we had the lowest taxes ever. We had the lowest regulations ever on January 6th.»- No dia 6 de janeiro, tivemos os impostos mais baixos de sempre. No dia 6 de janeiro, tinhamos os regulamentos mais baixos de sempre». Não comento